Social commerce: as redes sociais são realmente canais de vendas eficientes? E para quem vende em marketplaces?

Estamos, atualmente, em um mercado onde as possibilidades de vendas são cada vez maiores, isso por conta de inúmeros canais de vendas que possibilitam que os compradores encontrem lojas e produtos que lhes interessam.

Por um lado, isso é algo bom, pois aumenta as possibilidades de atingir mais públicos. Por outro, os empreendedores podem ter problemas para administrar tantos canais de vendas e de comunicação.

Pensando por esse lado, temos as redes sociais, que servem tanto como canais de comunicação para as marcas estreitarem o relacionamento com seus clientes quanto como possíveis canais de vendas ou mesmo uma extensão de e-commerces que podem direcionar links para suas lojas online através de suas redes.

Dessa maneira, temos o conceito de social commerce, que engloba o uso das redes sociais como plataformas de vendas e, neste texto, abordaremos se elas são realmente canais de vendas eficientes e confiáveis na visão dos consumidores.

O que é social commerce?

O social commerce é uma estratégia que utiliza as redes sociais como canais de venda, integrando interações sociais com as vendas online. Essa abordagem auxilia as marcas a se conectarem com seus clientes, proporcionando uma experiência de compra que possa vir a ser mais personalizada, o que auxilia no aumento do faturamento de uma marca.

De acordo com a pesquisa Social Commerce 3.0 da Opinion Box, 72% dos entrevistados disseram usar as redes sociais para fazer compras, o que engloba desde fazer os pedidos em si como as utilizar para pesquisar os produtos.

Principais características do social commerce

Integração com redes sociais: o social commerce se baseia na presença ativa em plataformas como Instagram, WhatsApp, TikTok, Facebook etc., permitindo que as empresas alcancem os consumidores diretamente nas redes onde passam grande parte do tempo.

Compra direta nas redes sociais: os consumidores podem realizar compras sem sair da plataforma social, simplificando o processo de aquisição de produtos e aumentando a conversão de vendas.

Interatividade e engajamento: a estratégia enfatiza a interação social, incentivando avaliações, comentários e compartilhamentos, criando uma comunidade em torno da marca.

Redes sociais como canais complementares às compras

Mesmo se a empresa em si não vender diretamente nas redes sociais, as práticas do social commerce ainda são importantes. Afinal, os consumidores buscam opiniões através dessas plataformas, se informando se a marca é confiável, se seus produtos são de qualidade e mesmo tirar dúvidas com a equipe da empresa ou com outros compradores.

Na pesquisa já citada da Opinion Box, a Social Commerce 3.0, foi perguntado aos entrevistados se utilizam as redes sociais para pesquisar seus produtos, e 74% afirmaram que sim. A esses 74%, foi perguntado o que mais costumam pesquisar, e, dessas respostas, destacamos as seguintes:

– 67% disseram que informações sobre preços;
– 66% comentários sobre experiências de compras de outros compradores;
– 64% detalhes sobre os produtos;
– 47% dados da empresa, seu site e sua loja física;
– 26% canais de atendimento.

Entre as redes sociais mais utilizadas pelos consumidores para tais pesquisas, destacam-se o Instagram (com 72%) e o WhatsApp (com 36%).

WhatsApp: um canal para se destacar

De acordo com a pesquisa divulgada pela Opinion Box, 56% dos consumidores compram pelo WhatsApp. Isso porque o canal é muito eficiente em atender, tirar dúvidas, mostrar produtos e finalizar as compras dos usuários na própria plataforma, o que o torna prático.

De tal forma, é válido para os empreendedores investir seu tempo em agilizar seu atendimento por meio desse canal para dar uma melhor experiência ao seu consumidor.

Como aplicar o social commerce a um negócio?

O social commerce pode ser aplicado a um negócio de diversas maneiras estratégicas para maximizar o impacto nas vendas e no relacionamento com os clientes. Aqui estão algumas abordagens fundamentais:

Presença multicanal: os empreendedores devem expandir a sua presença nas redes sociais, utilizando diferentes plataformas que façam sentido para a sua persona, integrando o social commerce de maneira coesa em todas as suas estratégias online.

Vendas diretas nas redes sociais: caso seja possível, utilizar recursos de venda direta nas redes sociais, permitindo que os clientes concluam transações sem sair da plataforma, simplificando o processo de compra.

Engajamento com influenciadores digitais: colaborar com influenciadores relevantes para o seu nicho de mercado pode ser interessante para uma marca, e não necessariamente grandes influencers – aqui o foco são os nanoinfluenciadores, que possuem menos seguidores, mas alto engajamento. Essa parceria pode aumentar a visibilidade de uma loja e gerar confiança entre os seguidores do influenciador.

Implementação de chatbots: integrar chatbots para proporcionar atendimento instantâneo ao cliente, respondendo a dúvidas e facilitando o processo de compra, porém, é preciso tomar cuidado e não deixar de lado o atendimento humanizado quando necessário.

Anúncios dinâmicos e segmentados: utilizar anúncios nas redes sociais que sejam dinâmicos e segmentados, direcionando produtos específicos aos usuários com base em seu comportamento online, pode aumentar a relevância da marca e das ofertas que ela proporciona.

Vendo através dos marketplaces – as redes sociais ainda são eficientes para minhas vendas?

A presença em marketplaces é inegavelmente vital para ampliar a visibilidade dos produtos e atingir um público mais amplo. No entanto, a eficiência contínua das redes sociais auxilia a impulsionar as vendas tanto nessas plataformas quanto nas próprias lojas virtuais que o seller tenha, trazendo benefícios como:

Construção e manutenção da marca: enquanto os marketplaces oferecem um alcance massivo, as redes sociais permitem uma conexão mais pessoal com os clientes. Construir e manter a identidade da marca, contar a história por trás dos produtos e envolver os clientes em conversas autênticas são aspectos fundamentais que as redes sociais proporcionam. Essa construção de marca sólida pode influenciar positivamente a decisão de compra, mesmo quando os clientes estão navegando em marketplaces.

Promoção de ofertas exclusivas: as redes sociais são o canal perfeito para destacar ofertas exclusivas que podem não estar disponíveis nos marketplaces. Campanhas promocionais, códigos de desconto e lançamentos exclusivos para seguidores incentivam a lealdade e direcionam o tráfego diretamente para a loja online, proporcionando um controle maior sobre a experiência do cliente.

Engajamento e comunicação direta: os marketplaces, por sua natureza, podem limitar a interação direta com os clientes. As redes sociais, por outro lado, oferecem uma plataforma para engajar ativamente os consumidores. Responder a perguntas, fornecer suporte rápido e participar de conversas relevantes ajudam a construir uma comunidade em torno da marca. Esse engajamento constante pode se traduzir em clientes mais satisfeitos e propensos a fazer recomendações, ampliando ainda mais o alcance da marca.

Direcionamento de tráfego qualificado: embora os marketplaces gerem tráfego, nem todo visitante é necessariamente qualificado. As redes sociais permitem estratégias direcionadas para atrair um público específico. Campanhas publicitárias segmentadas, conteúdo relevante e parcerias estratégicas podem direcionar tráfego qualificado para a loja online. Isso resulta em taxas de conversão mais altas e em um ROI mais eficiente em comparação com a abordagem mais ampla dos marketplaces.

Conclusão: uma abordagem integrada entre canais

Em última análise, a resposta à pergunta “As redes sociais ainda são eficientes para minhas vendas quando estou presente nos marketplaces?” é um claro sim.

A estratégia ideal envolve uma abordagem integrada, na qual a presença nos marketplaces é complementada por uma presença ativa e estratégica nas redes sociais. Essa sinergia não apenas impulsiona as vendas, mas cria uma presença de marca mais robusta e resiliente em um cenário do comércio eletrônico competitivo e em constante evolução.

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