Concorrente da Infracommerce e da Vtex, Bravium quer ganhar os holofotes para plano de R$ 2,5 bi

A empresa terminou 2023 com um faturamento de R$ 500 milhões e prevê crescimento de 40% ao longo deste ano.

O mercado de tecnologia é pródigo em criar negócios que movimentam milhões — ou bilhões, caso das big techs. Muitos deles operam distantes do grande público e são desconhecidos mesmo por quem usa os serviços. A Bravium se enquadra neste grupo. Por anos, a empresa adotou uma postura mais acanhada, comportamento que deve deixar de lado para ir em busca de objetivos maiores.

A companhia vive uma nova fase desde o segundo semestre de 2022 quando recebeu um cheque de R$ 100 milhões do venture capital Bridge One. No ano passado, faturou R$ 500 milhões, crescimento de 25% em relação a 2022. O sarrafo está ainda maior para este ano: Avançar para R$ 700 milhões, o equivalente a 40% de alta.

O negócio é daqueles que trabalham por trás das operações, organizando a infraestrutura digital e logística para que os consumidores recebam os produtos no tempo e nas condições adequadas em suas casas.

Como funciona a empresa

Atua em mercados em que compete com nomes como Infracommerce, na logística e digitalização das empresas, e  Vtex, na criação e integração de plataformas. A partir de uma ferramenta única, oferece serviços como:

  • gestão de e-commerce,
  • programas de relacionamento,
  • relacionamento com os clientes
  • galpões para armazenagem de produtos
  • entrega dos produtos

O negócio surgiu em 2007, ainda com o nome de Satelital, para gerir toda a infraestrutura logística, conhecido como fullfilment, para programas de fidelidade de companhias aéreas como Gol e Azul.

Por trás, estão os cofundadores Ricardo Garcias e Marcelo Caligaris a quem se uniu Adelmo Inamura, em 2012. Cofundador da Pra Valer, de crédito universitário, o executivo tinha acabado de vender a participação na startup e procurava novos desafios quando foi convidado para o negócio.

“Eu sabia dar crédito, montar FIDCs, mas nada de incentivos. Eu vim porque percebi que havia oportunidade”, diz Inamura, CEO da Bravium, criada em 2012 com a ambição de transportar o aprendizado para outras indústrias, como empresas de bens de consumo do porte da Ambev, BRF, Havanna e J.Macêdo.

Os sócios também lançaram a Atrus, em 2021, um full commerce, modelo que vai desde o planejamento até a gestão operacional dos canais digitais e análise de dados. Em 2022, tudo isso virou o grupo Bravium.

O conhecimento no mercado de fidelidade ainda gerou a Orbia, uma join venture com a Bayer em 2019 que se tornou um dos maiores programas de fidelidade para os agricultores do mundo. A empresa detém 15% do negócio, que tem participação da Yara Fertilizantes e do Itaú, empresas que entraram em 2021 no acordo. A operação é apartada e os números de faturamento não entram na conta.

Desde sempre, o negócio da Bravium rodou com capital próprio e gerando caixa. O aporte da Bridge foi o primeiro e único na história da Bravium e chegou para impulsionar os números da empresa, cujo plano mira o faturamento de R$ 2,5 bilhões até o final de 2028. “O sonho é grande”, afirma Inamura

Um desafio e tanto, considerando que a Infracommerce, hoje a principal referência no setor e empresa com a qual a Bravium compete em alguns mercados, acumulou nos primeiros nove meses de 2023 uma receita líquida de pouco mais de R$ 800 milhões. Os números do ano serão divulgados na próxima semana.

Qual é a nova fase da Bravium

“Nós temos usado esse dinheiro muito para investir em iniciativas que investíamos mais devagar. Temos acelerado os investimentos em tecnologia, principalmente, e trazendo pessoas boas para suportar esse crescimento”, diz Inamura.

Fonte: “https://exame.com/negocios/concorrente-da-infracommerce-e-da-vtex-bravium-quer-ganhar-os-holofotes-para-plano-de-r-25-bi/”

 

 

 

Download

Deixe um comentário