Pesquisa também revela que os desafios do e-commerce ainda persistem, como falta de mão de obra especializada e gestão de estoque.
O comércio eletrônico em Minas Gerais continua a crescer, com 62,5% das empresas do Estado já inseridas no ambiente on-line, segundo pesquisa recente realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). De acordo com o levantamento, a maioria dessas empresas já atua no e-commerce há pelo menos três anos, demonstrando um amadurecimento no uso das plataformas digitais.
Dentre essas empresas já estabelecidas na internet, 21,8% utilizam marketplaces, um aumento de 6,1% em comparação ao ano passado. Um exemplo de plataforma é o Mercado Livre, onde metade dessas empresas está presente, seguido pelo Ifood e Magazine Luiza, ambos com 15,4%.
Quase 95,2% das lojas inseridas no ambiente on-line são próprias e, aproximadamente, 6,2% são franquias. Além disso, apenas 37% das empresas possuem um site próprio e, entre essas, 77,3% realizam vendas por ali.
A pesquisa foi realizada entre 5 e 9 de agosto de 2024, com 419 empresas do comércio varejista de Minas Gerais, selecionadas a partir do cadastro da área de Estudos Econômicos do Sistema Fecomércio-MG. O levantamento abrangeu todas as regiões do Estado.
Pix é a forma de pagamento mais utilizada
Quando analisadas as formas de pagamento, o PIX se sobressai como o método mais aceito, utilizado por 91,6% das empresas, superando os pagamentos por cartão de crédito (79%) e débito (70,6%).
“O uso do PIX vem sendo cada vez mais disseminado por todo o comércio. Nas vendas on-line, essa modalidade se destaca pela agilidade e segurança, além de muitos empresários oferecerem descontos nessa forma de pagamento, o que se torna um grande atrativo para os consumidores”, destaca a economista da Fecomércio-MG, Gabriela Martins.
Quanto ao volume de vendas on-line, 18,5% das empresas relataram que as vendas digitais correspondem a até 10% do total de suas vendas, enquanto para 16%, as vendas on-line variam entre 10% e 20% do total. Entre as empresas que ainda não estão no ambiente on-line, 8,3% planejam iniciar suas vendas virtuais nos próximos 12 meses, indicando uma tendência de expansão no setor.
Desafios e oportunidades
Apesar do avanço, o comércio eletrônico em Minas Gerais ainda enfrenta desafios significativos. A falta de mão de obra especializada foi apontada como um dos principais obstáculos, afetando 18,5% das empresas. Outro desafio relevante é a gestão de estoque, citada por 13,4% dos empresários.
A pesquisa revelou ainda que 66,4% das empresas com presença física e digital oferecem serviços como retirada de produtos na loja e trocas de compras feitas pela internet, o que contribui para uma experiência de compra mais completa e satisfatória.
“A internet, junto com estratégias de logística, tem transformado o e-commerce em um protagonista do varejo. Embora existam desafios, o aumento da participação das empresas mineiras nos meios digitais é uma resposta direta à demanda crescente dos consumidores, que não só compram, mas também pesquisam preços e tendências on-line“, conclui Martins.
Confira os principais dados da pesquisa
Presença online: 65% das empresas mineiras já possuem presença digital, sendo que 45,4% dessas também realizam vendas pela internet.
Demanda do consumidor: 56,3% das empresas afirmam que a demanda do consumidor é o principal fator para atuarem com vendas on-line.
Ferramentas de venda: o Whatsapp Business se consolidou como a principal ferramenta de vendas, utilizado por 32,7% das empresas.
Redes sociais: já entre as redes sociais o Instagram é a mais utilizada pelas empresas para vendas (100%), seguida do Facebook (41%) e do Messenger (3,3%).
Uso de marketplace: 21,8% das empresas com presença on-line vendem por meio de marketplaces, com destaque para o Mercado Livre, onde 50% dessas empresas estão presentes.
Métodos de pagamento: o Pix é o meio de pagamento mais aceito nas vendas on-line, utilizado por 91,6% das empresas, superando cartões de crédito (79%) e débito (70,6%).