Aline Rieira tem uma relação de longa data com bicicletas. A empreendedora foi a idealizadora do Selim Cultural, uma iniciativa que proporcionava passeios de bicicleta pelas ruas, mas que parou de funcionar depois de perder algumas parcerias.
Sem esse trabalho, Aline começou a trabalhar como entregadora freelancer para uma empresa, onde ficou por dois anos. “Pedalava mais de 70 quilômetros por dia, com chuva ou sol”, disse.
Dessas experiências, Aline percebeu que as mulheres são ignoradas em trabalhos de entrega. “Somos encaradas como mais lentas, mais medrosas e menos autônomas”, afirmou.
Assim, ela criou um outro projeto, o Señoritas Courier, um serviço de entregas por bicicleta que é realizado apenas por mulheres e transexuais. Hoje, são 16 funcionários que cobrem toda a cidade de São Paulo — em entregas com horário marcado e de itens de pequeno porte.
Apenas 30% do valor da entrega ficam com a empresa, para custos operacionais. Os outros 70% ficam com a pessoa que fez a entrega. “Minha vontade é de mostrar que somos únicas, somos diversas e, ainda assim, damos conta do trabalho”, disse Aline.
Fonte : revistapegn.com