A pesquisa anual que mede o Índice de Eficiência no Recebimento (IER) de mercadorias nos polos recebedores de São Paulo e região metropolitana aponta que o tempo médio para uma descarga em SP é de 2h50. Antes de mais nada, é preciso lembrar que em 2018 esse mesmo tempo era de 3h22. A redução de pouco mais de 30 minutos pode parecer insignificativa, porém, o impacto total chega a 22% de redução no custo da hora parada do veículo.
O custo da espera
Para se ter uma ideia, uma carreta de 25 toneladas com 3 eixos, estacionada por 30 minutos chega a custar R$52,52 de acordo com o levantamento do IPTC em setembro desse ano.
Sendo assim, considerando que um centro de distribuição recebe em média entre 280 e 300 carretas de carga por dia (além das entregas realizadas com outros veículos de menor porte), e que em alguns locais o TMD pode atingir 11h, os custos para as transportadoras são exponenciais e isso se reflete diretamente em toda a sociedade.
Sobre a pesquisa
Ao todo foram avaliados 299 estabelecimentos englobando atacadistas, centros de distribuição, home centers, magazines e supermercados, entre os meses de março a julho, por meio de 22 itens relacionados à infraestrutura e a processos operacionais de descarga. Com base nas informações apuradas e também nos relatórios repassados pelas empresas de transporte de cargas, o estudo constatou que o IER médio geral entre estabelecimentos deste ano é de 29,26%, contra 24,38% de 2018.
O levantamento é uma iniciativa da Diretoria de Especialidade de Abastecimento e Distribuição (DEAD) do SETCESP e atualmente é feito pelo IPTC – Instituto Paulista do Transporte de Carga para identificar e mensurar a eficiência no recebimento de mercadorias nos principais polos recebedores de carga da grande região metropolitana de São Paulo.
Tempo é dinheiro, literalmente
Quando perguntando sobre a importância da redução no tempo de descarga em SP, o diretor do segmento de abastecimento e distribuição do SECESP, Marinaldo Barbosa, lembrou que “veículo parado é prejuízo, e o transportador sabe disso como ninguém”.
Fonte : Revista Mundo Logística