Amazon Prime é importante. Alibaba é ainda mais!

A Amazon divulgou na semana passada, o início do serviço Prime aqui no Brasil, notícia que mexeu com os ânimos e o otimismo do varejo nacional. Este novo modelo de ofertas impacta em um dos pontos fracos de nosso país, que é a eficiência logística. Afinal, há boas empresas cobrando caro para entregar em prazos nada amigáveis.

Historicamente temos conhecimento que a indústria automobilística americana tinha “medo” da japonesa por sua eficiência fabril (com ênfase para o modelo Toyota); que a indústria japonesa temia a coreana por sua eficiência logística (você sabia que a Kia termina a construção de seus carros no navio?); e que a indústria coreana temia a chinesa por… Bem… Ser chinesa.

Ao fazer uma correlação com esta premissa e diante de algumas análises sobre o mercado, acreditamos que a verdadeira ameaça para o varejo nacional não está na Amazon. Pensamos que está no Oriente e chama-se Alibaba.

Amazon e Alibaba

A Alibaba não é, ao contrário do que muitos pensam, a versão chinesa da Amazon. Na verdade, é completamente diferente: trata-se de uma empresa que não mantem estoque e se posiciona como uma facilitadora de vendas, tanto para os meios digitais como para os meios tradicionais.

A contribuição estratégica desta gigante está no uso aperfeiçoado de dados combinado com a coordenação de uma intrincada rede de consumidores, fabricantes, lojistas e até digital influencers – o que ela chama de “negócio inteligente”.

Quanto mais transações ocorrem por meio da plataforma da Alibaba, mais a empresa aprende a partir dos dados gerados nas transações e treina seus algoritmos para tomar decisões de forma automatizada. Trata-se da expressão máxima do que se convencionou chamar no horizonte de transformação digital, exceto pelo fato de que a companhia não tem qualquer amarra com nossas práticas podendo inovar em um ritmo mais acelerado.

A Alibaba se posiciona como uma plataforma digital de negócios e tem objetivos, no mínimo, arrojados. Em 2036, a meta é servir dois bilhões de clientes, criando cem milhões de empregos, empoderando dez milhões de empresas para criação de negócios lucrativos dentro e fora da internet. Tudo isso, se pautando na combinação da inteligência de dados e efeito de rede.

Varejo

“Se o ritmo de mudança interna de uma organização for mais lento do que o ritmo de mudança externa, o fim está próximo. A única questão é quando” (WELCH, 2000). Mais uma vez, a máxima compartilhada pelo executivo da GE Jack Welch, há mais de 19 anos, sobre a importância das empresas serem rápidas para mudar, se mostra verdadeira. O varejo nacional tem que se valer da criatividade brasileira característica para poder responder de forma eficiente.

Movimentos como esse são impulsionadores para transformação de negócios através de recursos digitais. Ou seja, transformação digital muito além do discurso vazio e de forma bem tangível.

Não temos dúvidas que nossa indústria conseguirá ser, outra vez, bem-sucedida e sabemos que, no final, o ecossistema como um todo avançará em benefício dos consumidores.

Amazon Prime é expressão da inovação incremental feita do jeito certo, por isso, causa desconforto aos competidores. Entretanto, a Alibaba é disruptiva e tem potencial para tornar a forma como pensamos varejo irrelevante.

Fonte : ecommercebrasil.com

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