Mercado Livre incentiva profissionalização no e-commerce

Na condição de maior plataforma de e-commerce da América Latina, o Mercado Livre vem assumindo seu papel de contribuir com a democratização do comércio por meio de iniciativas de incentivo à profissionalização de vendedores. A empresa atua nessa missão desde sua fundação, há 21 anos.

Um dos resultados mais evidentes é que, desde março de 2020 até o momento, mais de 85 mil vendedores que atuam no marketplace foram formalizados. Com o auxílio do Mercado Livre, os vendedores da plataforma tiveram, em média, o tempo de abertura de empresas reduzido pela metade, de 60 para 30 dias.

“O Mercado Livre é uma plataforma muito acessível, com a missão de democratizar o acesso ao comércio no Brasil. Assim, uma pessoa que, por exemplo, perdeu o emprego e resolve comercializar algum produto, tem a possibilidade de começar e crescer por meio da nossa plataforma”, explica Fernando Yunes, vice-presidente sênior de Commerce do Mercado Livre.

A formalização do comércio é uma das principais formas pelas quais o Mercado Livre contribui –por meio de suas ferramentas de logística, pagamentos e serviços financeiros– para a retomada da economia e para o desenvolvimento socioeconômico.

Com mais empresas formalizadas, o crescimento da economia se dá em bases mais consolidadas e as pessoas têm mais segurança e estabilidade de renda.

Essa ação ganhou ainda mais relevância no contexto da pandemia, quando muitas pessoas recorreram ao comércio, inicialmente de modo informal, para complementar ou garantir renda. Milhares desses vendedores e vendedoras tiveram a oportunidade de formalizar seus negócios e criar empresas que vão durar muito tempo depois da pandemia.

Depois de formalizado, o vendedor passa a ter acesso a ainda mais ferramentas para desenvolver sua empresa dentro da plataforma do Mercado Livre.

A partir do momento em que o indivíduo se formaliza, tem acesso à logística do Mercado Livre, passa a contar com prazos de entrega muito mais curtos, pode investir em publicidade no Mercado Ads, pode montar uma loja virtual com o Mercado Shops e pode ter acesso a crédito pelo Mercado Crédito. Muitas vezes, para empresas pequenas que não conseguiram crédito em instituições financeiras tradicionais, o Mercado Livre acaba sendo um canal novo de crédito”, explica Yunes.

Esse incentivo à profissionalização vem acompanhando de outras ações que contribuem para desenvolvimento do e-commerce no Brasil. Só nos últimos quatro anos, o Mercado Livre investiu mais de R$ 10 bilhões no Brasil com o objetivo de expandir e melhorar seus serviços de logística –incluindo o início da operação de uma frota aérea própria para acelerar as entregas. Este ano, a empresa investirá outros R$ 10 milhões na operação brasileira, mantendo o foco em ampliar entregas rápidas e a baixo custo em todo Brasil, assim como avançar em inclusão financeira com o Mercado Pago.

A empresa conta hoje com mais de 6 mil funcionários registrados no Brasil e projeta a contratação de mais 7,2 mil até o fim de 2021.

Além disso, investiu e reforçou suas ações antipirataria, com a exclusão de mais de 20 milhões de anúncios irregulares de sua plataforma em 2020 (leia o relatório) e contribuiu com mais de R$ 1,2 bilhão em impostos no mesmo ano.

Fonte : https://www.poder360.com.br/conteudo-patrocinado/mercado-livre-incentiva-profissionalizacao-no-e-commerce/

Comércio eletrônico fatura R$6,4 bilhões no Dia das Mães de 2021, mostra Neotrust

Relatório da Neotrust mostra crescimento das vendas no e-commerce durante o Dia das Mães 2021. Além do aumento do faturamento, houve também aumento do ticket médio.

O relatório mostra que os consumidores adiaram ao máximo suas compras para a data este ano, assim como aconteceu no ano passado, de maneira que o pico de vendas coincidiu com o pico de visitas aos sites: dia 06 de maio.

As vendas, no entanto, começaram a aumentar de maneira significativa a partir do dia 29 de abril — com um breve declínio no fim de semana do dia 01 e 02 de maio, comum no comércio eletrônico.

Vendas dia a dia.

O faturamento da data foi de R$6,4 bilhões de vendas no e-commerce (entre os dias 26 de abril e 09 de maio de 2021). A soma representa um aumento de 14% com relação ao faturamento de 2020.

Vendas por gênero e categoria

A pesquisa relacionou também a quantidade de vendas por categoria de acordo com o gênero dos consumidores.

De maneira disparada, a categoria Beleza é dominada pelo público feminino, com 90% do total de vendas. É seguida de perto pela categoria Saúde e Farma, com 81% das vendas também pelo público feminino.

Os homens, por outro lado, são destaque na categoria Eletrônica e Informática, com 80% do público masculino nas compras.

Vendas por gênero e categoria

Vendas por região

Como na edição do Dia das Mães do ano passado, o Sudeste se manteve à frente das demais regiões com 63% das vendas. Mas a região Sul também apresentou crescimento com relação às vendas do mesmo período do ano passado.

Em 2020, a região Sul foi responsável por 15% das vendas na data, número que subiu para 18% em 2021.

Vendas por dispositivo

Nas compras de 2021, as vendas pelo desktop continuaram na dianteira e foram responsáveis por 61% dos presentes de Dia das Mães.

Em comparação com 2020, no entanto, houve uma queda singela do desktop: ano passado, 65% das compras da data foram pelo computador.

O diferencial das compras pelo mobile é que elas se mantêm mais estáveis mesmo nos fins de semana que antecedem o Dia das Mães 2021, enquanto as feitas pelo desktop apresentam quedas nesses períodos.

Recompra no Dia das Mães 2021

O relatório mostra ainda que 3% das pessoas que compraram em uma loja no Dia das Mães de 2020 realizaram uma compra na mesma loja na edição deste ano.

Variação no custo do frete

Em comparação com as vendas feitas na edição do ano passado (em 2020, 12 a 25 de abril) e deste ano (2021, 26 de abril a 09 de maio), houve queda de 0,7% do valor pago nos fretes.

Ticket médio

Na edição deste ano, o ticket médio cresceu 21% nas compras em comparação ao ano passado, chegando ao valor de R$476,90.

Outra comparação feita pelo levantamento foi a do período anterior ao Dia das Mães 2021, em que também houve aumento de 3% do ticket médio (de 12/04 a 25/04 e de 26/04 a 09/05 de 2021).

Por gênero

Os homens gastam mais. Sendo assim, a data sazonal comprovou que o gênero masculino tem um ticket médio mais alto: R$610,00 em 2021 (contra R$450,65 registrado em 2020).

As mulheres, por sua vez, registraram um ticket médio de R$422,30 (contra R$353,89 do ano passado).

Apesar do ticket médio mais baixo, as mulheres foram responsáveis por uma fatia maior do faturamento da data: 52,6%.

Por categoria

O segmento que mais faturou no Dia das Mães 2021 foi telefonia, com aumento de 21% com relação a 2020, com ticket médio de R$ 1.643,80.

  • 2º lugar: Eletrodomésticos e ventilação, com aumento de 31% e ticket médio de R$ 1.278,50;
  • 3º lugar: Entretenimento, com aumento de 15% e ticket médio de R$ 551,10;
  • 4º lugar: Informática e câmeras, com aumento de 32% e ticket médio de R$ 1.063,8;
  • 5º lugar: Moda e Acessórios, com aumento de 11% e com ticket médio de R$ 222,40.

Tentativa de fraude

A Clearsale registrou 106.769 tentativas de fraudes frustradas no período de compras para o Dia das Mães 2021. Dessa forma, a quantidade é 86% maior do que as registradas em 2020.

Esse número de fraudes evitadas economizou R$120,54 milhões, 180% maior do que o valor salvo das tentativas de fraudes do ano passado.

Outro dado relevante apontado pela Clearsale é que as tentativas de fraude são mais frequentes durante a semana, caindo significativamente no dia do feriado.

Metodologia da pesquisa do Dia das Mães 2021

Este relatório foi produzido pelas unidades do Grupo Locaweb, All iN & Social Miner, Etus e Tray em parceria com a Neotrust, Clearsale, Lett e Octadesk. Além disso, houve ainda o apoio da Yapay e Opinion Box para a conclusão do levantamento.

O período analisado foi entre os dias 12 de abril e 09 de maio de 2021.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/dia-das-maes-2021-fatura-64-bilhoes-neotrust/

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Consumidores consideram delivery brasileiro ruim, revela pesquisa

Os brasileiros consideram o delivery brasileiro ruim, segundo uma pesquisa feita pelo AlmoçoGrátis e pela Galunion Consultoria. Os consumidores deram nota 4,25 (de 5) para o delivery que, apesar de parecer uma boa nota em uma primeira olhada, é considerada ruim pela pesquisa.

As notas de referência são:

Notas de 1 a 3,5: péssimo
Notas de 3,6 a 4,25: ruim
Notas de 4,26 a 4,5: ok
Notas de 4,6 a 5: excelente

A pesquisa diz que “os consumidores demandam melhores notas públicas que constam nos aplicativos para que se sintam à vontade para a compra”. Para 75% dos consumidores, a nota mínima do estabelecimento precisa ser de 4,5 pontos para que ele compre no local.

Atraso no delivery

Para a maioria dos entrevistados, o tempo máximo aceitável de entrega é de 45 minutos. Os restaurantes que atrasam a entrega em 20 minutos têm uma queda de 33% no encantamento. A pesquisa mostra que vários restaurantes estão trabalhando para que o tempo máximo seja de 25 minutos.

De acordo com a pesquisa, 38% entendem que a culpa por atrasos é da logística e do aplicativo, enquanto 62% entendem que é do restaurante. “A tendência é o consumidor diminuir a sua percepção de qualidade do restaurante, mesmo se a culpa for do parceiro ou do marketplace”, afirma a pesquisa.

Ainda segundo o levantamento, 24,1% escolhem o que vão comprar em marketplaces porque sabem que o produto é bom, 12,4% são influenciados pela marca por trás e 11,6% escolhem com base nas fotos.

Para a maioria dos entrevistados, o sabor dos produtos precisa ser perfeito. Outros pontos muito importantes aos consumidores são pontualidade, temperatura dos produtos, entrega e embalagem.

Seis em cada dez entrevistados esperam que o produto entregue em casa seja igual ou muito parecido ao serviço no salão, com exceção da aparência.

O levantamento ouviu 3.032 pessoas, sendo 54% mulheres e 46% homens. A maior parte dos respondentes tinha de 27 a 35 anos (43%). 24% tinham de 36 a 44 anos e 23% de 18 a 26.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/delivery-brasileiro-ruim-pesquisa/

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Mais CDs, menos Correios: o crescimento da logística do Mercado Livre

Apenas no segundo trimestre, o Mercado Livre vendeu 5 bilhões de dólares, mais do que o dobro do que no mesmo período do ano passado. Foram 178,5 milhões de itens – desses, 157,7 milhões passaram pela divisão de logística da companhia, o Mercado Envios.

Criado em 2013, há alguns anos o Mercado Envios gerenciava apenas a tecnologia para o pagamentos de envios para a logística. Por meio do Mercado Envios, os vendedores pagavam pelo frete e imprimiam uma etiqueta para envio pelos Correios.

Nos últimos anos, a empresa avançou para ter uma malha logística nas estradas, entrega de última milha, diversos centros de distribuição e de cross docking e centenas de pontos físicos para depósito de produtos. Mais de 50% dos produtos já saem do armazém de um centro do Mercado Livre. A última etapa é fazer todo o serviço logístico para o vendedor, da gestão de estoque, preparo dos pedidos, envio e entrega. Esse serviço é chamado de fulfillment e já é usado em 20% das vendas.

“Hoje nossa malha consegue atender toda nossa demanda, que explodiu na pandemia, e estamos com uma velocidade de entrega fora de série, com pico histórico na satisfação do cliente”, diz Leandro Bassoi, diretor de Mercado Envios em entrevista à EXAME.

Correios

Com o desenvolvimento da malha logística própria, o Mercado Livre diminui sua dependência dos Correios. “Diminuir a dependência é importante não só para o Meli, mas também para os Correios. Quando um parceiro é muito grande dentro do negócio do outro, começam a aparecer situações não desejáveis para nenhum dos dois lados”, afirma Bassoi. “Estamos buscando uma série de parceiros, para manter todos saudáveis e que todos os lados ganhem dinheiro.”

Para o diretor, embora as grandes varejistas tenham investido para criar sua malha própria, essa não é a realidade da maior parte dos lojistas. Oito a cada dez varejistas online de pequeno e médio porte dependem dos Correios como fonte principal dos fretes aos clientes. Com a greve dos Correios, esses varejistas podem ficar desassistidos. Para o Mercado Envios, é uma oportunidade para conquistar ainda mais clientes para o seu serviço.

Outros varejistas também ganham com a paralisação. Segundo os dados do Bling, um negócio de tecnologia dedicado a sistemas de gestão para microempreendedores, pequenas e médias empresas com vendas online, quem mais ganhou negócios no primeiro dia de paralisação foram transportadoras particulares. Pela ordem, ganharam a paulistana Intelipost (28% de aumento em relação ao período anterior à greve), Total Express (25%), Mandaê (16%), Mercado Envios, braço de logística da gigante do e-commerce Mercado Livre (9%) e B2W, dona das marcas Americanas e Submarino (1%).

Novos investimentos

“Nessa pandemia o Mercado Livre conseguiu cumprir um papel muito importante e ajudou vendedores a continuar girando a roda, vendendo, para que as pessoas pudessem ficar em casa”, diz o diretor.

Para o futuro, a meta é continuar investindo cada vez mais. A companhia prevê investir 4 bilhões de reais este ano no Brasil, grande parte na área logística. Recentemente inaugurou o seu novo centro de distribuição na Bahia e irá abrir um outro na região Sul, anunciado recentemente. Para o ano que vem, prevê abrir ainda outros centros, tanto para fulfillment dos vendedores quanto para o crossdocking. No Brasil, a companhia abriu 18 centros de sortimento apenas no segundo trimestre, com mais de 35 aberturas no ano.

Nos últimos meses, o Mercado Livre contratou cerca de 6.200 funcionários. Destes, quase metade irão para a logística – 2.500 ficarão nos centros de distribuição e 430 nos centros de cross docking. Até o fim do ano, serão outros 5.000 funcionários, parte relevante para o Mercado Envios.

Lojas físicas?

O Mercado Livre nasceu digital, como uma empresa de marketplace puro, e não tem nenhum plano para abrir unidades físicas. Suas rivais como Magazine Luiza, Via Varejo e B2W usam a estrutura de suas lojas físicas para facilitar e baratear a logística. Clientes podem retirar seus pedidos nas lojas, na modalidade clique e retire, e as lojas servem como pequenos centros de distribuição para envio de compras virtuais.

Para o Mercado Livre, essa solução não é a ideal. “Na nossa visão, entregar os produtos na casa do consumidor, com uma entrega bem executada e com velocidade, é uma experiência melhor do que a retirada da compra em um ponto físico”, diz Bassoi.

A visão é compartilhada com o restante da diretoria. Fernando Yunes, que em maio assumiu o cargo de vice-presidente sênior do Mercado Livre, disse em entrevista à EXAME que “vemos que, na logística, os vencedores no mundo não têm rede de lojas”.

O Mercado Livre garante sua presença física através de parcerias. Recentemente, lançou o projeto Agências Mercado Livre, que conta com 1.300 parceiros e lojistas que funcionam como ponto de entrega para vendedores. São livrarias, padarias e outros pontos de venda com acesso para a rua e que recebem os produtos de vendedores no Mercado Livre. Todos os dias, uma carreta passa nesses locais e recolhe as encomendas para, então, realizar a entrega pela malha logística da varejista.

Para esses pontos, a vantagem é receber mais visitas frequentes e para o vendedor, facilita o trabalho de depositar as encomendas. Essas lojas ainda não estão sendo usadas para enviar os produtos para as casas dos consumidores no Brasil – no México, essa já é uma opção.

Caminhões e motos

Para cuidar de toda logística para entrega no Brasil, a empresa dispõe de frotas parceiras de todos os tamanhos. São centenas de caminhões nas estradas e milhares de pequenos veículos que fazem as entregas de última milha.

Em uma campanha, o Mercado Livre irá etiquetar 60 carretas com o seu logo e identidade visual. “São parceiros com contratos longos e que realizam um grande volume de entregas para nós, por isso decidimos dar a nossa identidade aos caminhões deles”, afirma Bassoi. A ideia é chegar a 150 caminhões etiquetados.

Uma das modalidades de entrega mais rápidas é a modalidade Flex, lançada inicialmente apenas para a grande São Paulo. São motoristas de moto que fazem a entrega no mesmo dia.

Fonte : https://www.biznews.com.br/mais-cds-menos-correios-o-crescimento-da-logistica-do-mercado-livre/

Mercado Livre protocola projeto para instalar centro de distribuição em Santa Catarina

O Mercado Livre protocolou junto ao Corpo de Bombeiros de Santa Catarina um projeto de prevenção contra incêndios para a instalação de um centro de distribuição no Estado. A informação foi divulgada inicialmente pela jornalista Giane Guerra, de GaúchaZH, e confirmada pela coluna pelo comandante da 1ª Região, coronel Cesar Assumpção Nunes.

O projeto preventivo é uma exigência legal para edificações comerciais e industriais. O pedido foi protocolado em Biguaçu há cerca de 20 dias. Questionada a respeito, a prefeitura da cidade disse que ainda não houve contato formal da empresa com o município.

As primeiras informações de que o Mercado Livre poderia instalar um CD no Estado começaram a circular em junho, após o grupo confirmar que havia desistido do projeto em Gravataí (RS), onde as negociações estavam avançadas. O “não” a pedidos por benefícios fiscais teria pesado na decisão do grupo de abandonar o projeto gaúcho. O governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda, já confirmou que irá conceder regime tributário especial para a operação.

Gaspar, no Médio Vale, também estaria na briga para receber o investimento. A prefeitura local chegou a abrir uma frente de conversas com um representante do Mercado Livre e um galpão próximo a BR-470 inclusive já estaria mapeado. O local, no entanto, não estaria completamente descartado porque poderia servir como um braço logístico de uma eventual operação sediada na Grande Florianópolis.

O Mercado Livre trata o investimento com discrição. A gigante de vendas online já divulgou planos para investir R$ 4 bilhões no Brasil neste ano, numa estratégia para ampliar sua eficiência logística e reduzir prazos de entrega de encomendas. 

No início de setembro, a empresa afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que “continua estudando as possibilidades de localização para seu centro distribuição no Sul, bem como potenciais parceiros para atuar na região”. Procurado novamente pela coluna nesta terça-feira (13), o Mercado Livre manteve o posicionamento e disse que “no momento oportuno, em que tiver informação concreta e exata, a companhia fará uma comunicação pública a respeito”.

Uma fonte envolvida nas tratativas acredita que a empresa estaria esperando o fim das eleições municipais para anunciar oficialmente o investimento.

Fonte : https://www.nsctotal.com.br/colunistas/pedro-machado/mercado-livre-protocola-projeto-para-instalar-operacao-em-santa-catarina

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Cresce mais de 30% número de restaurantes cadastrados no iFood

A pandemia de covid-19 acelerou o crescimento da venda de refeições prontas por meio de aplicativos e, por consequência, a digitalização de restaurantes em todo o país. O aplicativo de entregas iFood informou nesta quinta-feira (16) que o número de restaurantes cadastrados em sua plataforma, que era de 120 mil antes da pandemia, ganhou 40 mil novos estabelecimentos nos últimos quatro meses.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/07/16/cresce-mais-de-30percent-numero-de-restaurantes-cadastrados-no-ifood.ghtml

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O plano da Loggi para ocupar o lugar dos Correios

Desde 2016, a startup de entregas constrói uma malha logística para atender o Brasil inteiro. Agora, em meio a uma explosão de 500% do volume de entregas, a companhia começa a transformar suas agências em centros de negócios e vai apostar no modelo de franquias. O CEO e fundador, Fabien Mendez, explica a estratégia

Desde que fundou a Loggi, em 2014, o empreendedor francês Fabien Mendez repete, como se fosse um mantra, que sua missão é criar o correio do futuro, capaz de entregar qualquer coisa, em qualquer lugar, para qualquer pessoa em um ou dois dias.

Não se trata de uma missão fácil. Em especial em um país como o Brasil, que tem dimensões continentais. Além disso, a tarefa é ainda mais difícil para uma startup que está construindo tudo do zero, mesmo que altamente capitalizada, como o caso da Loggi, que levantou US$ 295 milhões de investidores como Softbank, GGV, Fifth Wall, Kaszek Ventures, Monashees, Iporanga Ventures, ONEVC, Velt Partners, entre outros.

Soma-se a esses fatores a concorrência de operadores logísticos internacionais, como Fedex, UPS e DHL, além do próprio Correios, que tem presença nacional, mais de 11 mil agências de atendimento, 99 mil funcionários e faturou R$ 18,3 bilhões em 2019.

Mas, em meio a pandemia do coronavírus, que fez a demanda de entregas de clientes de comércio eletrônico crescer de forma exponencial, a Loggi está dando um passo importante para ser o correio do futuro.

A startup que vale US$ 1 bilhão está começando a fazer testes em suas agências espalhadas em 542 cidades para transformá-las em pontos que, além de fazer as entregas, possam também receber as encomendas de pessoas físicas e de pequenos negócios.

Esses pontos são minihubs que recebem as encomendas da Loggi para fazerem o trajeto da última milha. Até o fim do ano, eles vão também estar aptos para receber pacotes de consumidores, como uma agência de Correios.

“Eles vão poder conquistar clientes localmente para enviar via Loggi”, afirmou Mendez, em entrevista ao NeoFeed. “Esse é o nosso terceiro movimento estratégico: oferecer a entrega de tudo para todos”

O primeiro movimento estratégico foi em 2014, quando a startup começou com entregas locais de diversos produtos, de documentos a remédios. Dois anos depois, a companhia iniciou a implantação de uma malha logística nacional.

Hoje, a Loggi está em todas as capitais brasileiras mais o Distrito Federal e conta com sete crossdocking, centros de triagens em que algoritmos de inteligência artificial e robôs fazem a roteirização da entrega, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.

Crossdocking de Cajamar, em São Paulo

Desses locais, os pacotes saem por avião, caminhões e até ônibus para serem entregues nos minihubs espalhados pelo Brasil. Ao chegarem a esses destinos, motos e carros concluem a última milha até a casa do cliente.

Essa estratégia, até agora, concentrou-se no modelo B2B2C (business-to-business-to-consumer). Difícil de entender? O cliente da Loggi são grandes empresas, como varejistas e e-commercers (é o business). Mas as entregas, em geral, são feitas para os consumidores (o consumer). O terceiro movimento estratégico que a Loggi começa a concretizar agora são as entregas de encomendas para pessoas físicas.

Com os minihubs se transformando em “agências de Correios”, a startup passará a atuar de forma direta com os consumidores e irá atender também pequenos comerciantes que não contam com infraestrutura logística para fazer a entrega dos produtos vendidos em seus sites.

“Todo mundo se preocupa com o last mile, mas esquece do first mile“, afirma Mauro Roberto Schlüter, professor de logística do Mackenzie. “Esses minihubs podem gerar economia de escala para a Loggi.”

Atualmente, aproximadamente metade dos minihubs são próprios. A outra metade são as chamadas Loggi Leve, empresas de logísticas associadas que viabilizam as entregas. “Em breve, eles vão virar franqueados”, diz o CEO e fundador da Loggi, sem dar detalhes de como será o modelo.

De acordo com Mendez, a Loggi já testa o modelo e ele será lançado de forma gradativa até o fim deste ano. O fundador da startup de entregas não diz também quantas franquias pretende ter e em que localidades vão ser implantadas.

Demanda explosiva

O projeto da transformar seus minihubs em agências de negócios, e não apenas de entregas, acontece em meio a uma demanda explosiva pelos serviços da Loggi durante a pandemia do coronavírus.

Para se ter uma ideia, o volume de entregas em julho deste ano foi 500% maior do que o mesmo mês do ano passado. Atualmente, a empresa está fazendo 300 mil entregas diárias. E a meta é chegar em novembro, durante a Black Friday, com capacidade de entregar 500 mil itens por dia.

“Ela teve uma curva de crescimento bastante acentuada e eles conseguiram absorver essa expansão” afirma Guilherme Assis, do fundo Iporanga Ventures, um dos primeiros a apostar na startup, e que faz parte do conselho da Loggi. “Poderia ter vindo essa demanda e eles explodirem, por não conseguirem atender. Mas eles tiveram capacidade de escalar.”

É claro que essa demanda explosiva de uma hora para outra teve um custo – não que Mendez reclame dele. A companhia tinha a meta de chegar a todas 5.570 cidades brasileiras em 2020. Agora, o plano é atingir a cobertura nacional só em 2021.

“Tivemos de correr para construir mais capacidade para atender as necessidades atuais”, afirma Mendez

“Tivemos de correr para construir mais capacidade para atender as necessidades atuais”, afirma Mendez. “E, em vez de expandir a qualquer custo, pausamos os esforços de expansão geográfica.”

Isso não significa que a Loggi tenha ficado estagnada nesse quesito. Ao contrário. Em vez de uma expansão para milhares de cidades, o crescimento foi na casa das centenas. A companhia chegou a 475 novos municípios em 2020 – ela estava em menos de 100 no ano passado.

Essa expansão acelerada fez a Loggi voltar a contratar. Em fevereiro, a startup demitiu 120 funcionários nas áreas de venda e marketing. Mas com o crescimento da demanda, a companhia já conta com mais funcionários do que antes dos cortes  – atualmente são 1,5 mil pessoas.

Mas o grande batalhão de pessoas que trabalham na empresa não é formado por seus funcionários. Hoje, a companhia, que adota um modelo baseado na Uber e na Rappi para seus entregadores, conta com 35 mil profissionais autônomos e centenas de empresas que ajudam na entrega final.

Com isso, a Loggi consegue ter a seu favor um componente que faz parte da economia do compartilhamento: contar com uma frota de aviões, caminhões, carros, motos e até ônibus, que ajudam a startup a fazer as entregas aos seus clientes, sem ser dona de um único veículo.

Mas apesar de não ser dona da frota, a companhia faz com que todos eles usem sua tecnologia no processo de entrega. “A tecnologia é onipresente. Usamos em todas as etapas do processo logístico”, afirma Mendez.

Desde a retirada dos produtos até a entrega ao consumidor final, tudo é rastreado. As rotas são definidas por algoritmos de inteligência artificial e os profissionais autônomos e das agências de atendimento usam aplicativos de celular para acompanhar todo o processo.

Clientes e concorrentes

O desafio da Loggi é que, ao mesmo tempo que cresce de forma acelerada, atendendo principalmente e-commerces e varejistas, os seus clientes estão se transformando em seus concorrentes. Pior: eles estão avançando rapidamente na área de logística à medida que focam seus esforços no crescimento de seus marketplaces.

No Mercado Livre, por exemplo, 96% das vendas totais do marketplace, no segundo trimestre de 2020, passaram pelo Mercado Envios, braço de logística da companhia. Dessa fatia, 51% foram feitas pela Melinet, a estrutura que oferece coleta, entrega e armazenagem de mercadorias.

Nesta semana, o Mercado Livre anunciou também a aquisição de uma participação minoritária na Kangu, startup que habita pequenos comércios de bairro interessados em operar como minihubs de produtos comprados via e-commerce. Em troca, esses lojistas recebem uma comissão por cada pacote estocado em suas lojas.

O Magazine Luiza tem investido na formação de uma estrutura própria de entregas na última milha, com o apoio da Logbee, startup de logística comprada em 2018. Hoje, essa rede conta com 4 mil micro transportadores e motoristas.

A estratégia da B2W, dona das marcas Submarino e Americanas.com, passa pela LET’s, plataforma de logística e distribuição que inclui 17 operações no formato de fulfillment, além de alternativas como clique e retire, que envolvem os pontos de venda da Lojas Americanas.

E até mesmo a Via Varejo, que conta com as marcas Casas Bahia e Ponto Frio, que era considerada a retardatária nessa área, está se mexendo. Em abril, a companhia comandada por Roberto Fulcherberguer comprou a ASAP Log, empresa de tecnologia que conecta lojas e entregadores.

Esses não são os únicos desafios da Loggi. “A privatização dos Correios pode criar um grande competidor”, diz uma fonte do setor de logística. “E sempre há os riscos regulatórios dessa área.”

Mas é apenas isso. “Dá para montar uma capilaridade igual a dos Correios, mas leva tempo e tem um custo altíssimo, principalmente para operar nos rincões do Brasil”, diz Schlüter, do Mackenzie. “Os Correios são hoje o maior operador de e-commerce do Brasil.”

Mendez sabe das ameaças. Mas se apega a exemplos internacionais para assegurar que há muito espaço ainda para todos os competidores. De acordo com ele, na China e nos Estados Unidos, os grandes varejistas online como Tencent, Alibaba e Amazon não deram conta de 100% de seus volumes de entregas.

“Esses grandes players conseguiram internalizar 50% do volume de entregas. E deixaram o restante para outros players”, afirma Mendez.

Além disso, o empreendedor diz que existe um mundo a ser explorado além das grandes empresas de comércio eletrônico e de varejo. “São milhões de indivíduos que precisam enviar bens e pacotes todos os dias”, afirma Mendez. “E esse mercado é três vezes maior.”

Fonte : https://neofeed.com.br/blog/home/o-plano-da-loggi-para-ocupar-o-lugar-dos-correios/

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Vendas de e-commerce crescem 41% no dia dos pais

Mais acostumado às compras online com a pandemia, os brasileiros fizeram o Dia dos Pais de 2020 o melhor em vendas do e-commerce brasileiro para esta data: R$ 3,5 bilhões de faturamento, alta de 41% em relação a 2019 (dados a partir de compras realizadas entre 25 de julho e 8 de agosto). Os dados, que são da Ebit|Nielsen, mostram que o número de pedidos foi de 8,2 milhões, aumento de 37% na comparação com o ano anterior. Houve também crescimento no ticket médio que, neste ano, foi de R$ 434, com uma variação de 3% frente ao mesmo período de 2019.

Na  análise das performances regionais, o destaque foi para a região Norte com uma alta de 77% no período do Dia dos Pais de 2020, contra o ano anterior. Na sequência, aparece o Nordeste com crescimento de 73% nas vendas, seguido pelo Centro-Oeste (54%), Sul (37%) e Sudeste (30%). Mas, apesar da alta no faturamento nas demais regiões, o Sudeste continua tendo maior peso no faturamento, com 58% de importância nas vendas do e-commerce brasileiro.

De acordo com Julia de Avila, líder da Ebit|Nielsen, o melhor desempenho do comércio online representa a maturidade do setor. Com o consumidor mais seguro para fazer suas compras pela internet, somado ao fato das restrições pela COVID-19 ainda vigentes em algumas regiões e o receio de muitos brasileiros de ir fisicamente às lojas, contribuíram para essa performance positiva do e-commerce.

“Neste ano, vimos uma aceleração nas compras online. O aumento de 41% no faturamento, sobre a mesma data do ano anterior, foi mais que o dobro do crescimento de 20% (R$ 2,5 bilhões) do Dia dos Pais de 2019, na comparação com 2018”, explicou Julia de Avila.

O volume de pedidos também mostrou altas expressivas em diferentes regiões do país: Nordeste teve crescimento de 69%, seguido do Sul (+49%), Norte (+44%), Centro-Oeste (+35%) e Sudeste (+27%). Dados que reforçam a consolidação do e-commerce nacionalmente, segundo a Ebit|Nielsen.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2020/08/12/vendas-de-e-commerce-crescem-41-no-dia-dos-pais/

Crise leva o triplo de lojistas por mês para Magalu, Mercado Livre e B2W

Com mimos e descontos, os principais e-commerces brasileiros incentivaram a digitalização dos pequenos negócios durante a pandemia

A história da comerciante paulista Márcia de Proença Lemes serve de exemplo de como o comércio eletrônico ganhou importância na vida do brasileiro em 2020. Há dez anos Lemes é dona da loja O Caminho, de artigos religiosos ao lado da basílica de Aparecida, maior templo católico do país, no interior paulista e a pouco mais de 100 quilômetros de São Paulo. Acostumada com o vaivém de romeiros em busca de suvenires com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Lemes viu o movimento desabar em abril com a quarentena. “Pensei que iria à falência”, diz.

Para encarar a provação dos tempos ¬atuais, o jeito foi tirar fotos dos 380 produtos, entre santos, rosários e terços, e pôr tudo à venda na internet. O empurrão veio depois de assistir na TV a uma propaganda do Parceiro Magalu, um programa do Magazine Luiza que serve de vitrine digital para micro e pequenos empreendedores exibirem seus produtos nos sites e em outros canais do marketing turbinado da varejista. Dali para as vendas online foi pouco mais de um mês. Hoje, a Origem fatura por mês 9.000 reais, metade do obtido antes da pandemia. Ainda assim, o digital manteve o negócio de pé num momento em que o turismo religioso está de joelhos.

E, se antes clientes de todos os cantos iam à sua loja, agora é ela quem vai ao encontro deles. “Despacho, feliz, minhas mercadorias para o Brasil todo.”

Nos últimos meses, milhares de negócios como o de Lemes migraram para os market¬places, uma espécie de shopping center virtual com ofertas de lojistas de todos os tamanhos — e mantido por gigantes como o Magazine Luiza, dispostos a impulsionar as vendas online de parceiros em troca de comissões. De março a julho, mais de 120.000 varejistas aderiram aos market¬places, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), de apoio ao varejo digital. É um ritmo três vezes superior ao de antes da pandemia. A proliferação desses bazares vem na esteira da adoção acelerada do comércio digital por gente que, trancada em casa, saiu gastando no celular ou no computador. Entre abril e junho de 2020, 5,7 milhões de brasileiros compraram online pela primeira vez — 30% mais do que o registrado no mesmo perío¬do de 2019, segundo a Neo¬trust/Compre & Confie, empresa de inteligência de mercado. Ao que tudo indica, esse hábito está ligado à expansão dos market¬places. Dos 117 bilhões de reais que o comércio eletrônico deverá faturar em 2020, cerca de 45% virão dessas plataformas. Há três anos, a fatia era de 24%. “A velocidade de expansão do market¬place indica o potencial da plataforma para pequenas e médias empresas”, diz Maurício Salvador, presidente da ABComm.

A pandemia só acelerou a ambição dos market¬places, que dependem dos lojistas parceiros para crescer — e investem mundos e fundos nisso. Na Amazon, pioneira no conceito de marketplace nos anos 2000, faz cinco anos que mais da metade do faturamento vem de parceiros. Em 2019, a empresa investiu 15 bilhões de dólares na presença dos pequenos, como a abertura de centros de distribuição para espalhar o estoque e minimizar os perrengues na entrega. (No mês passado, a varejista anunciou a compra de lojas abandonadas das concorrentes J.C. Penney e Sears só para ter mais espaço para a parafernália dos parceiros.) O chinês Alibaba, quase 100% dedicado ao modelo de market¬place, desembolsou em março 476 milhões de dólares em medidas de apoio aos parceiros, como treinar 200.000 lojistas para fazer bonito na frente das câmeras — a varejista patrocina lives com propagandas na plataforma Taobao Live. A lógica é gastar para ganhar a lealdade de milhões de vendedores e faturar em cima deles. No Alibaba, as vendas brutas bateram 1 trilhão de dólares no ano fiscal encerrado em março, uma alta de 15% em 12 meses. “É um efeito de rede. Quanto mais gente entra numa plataforma, mais valor ela tem”, diz Rafael Moreira, analista de inteligência de negócios do Sebrae.

COMISSÃO CAMARADA
O Brasil tem papel-chave na estratégia das grandes do marketplace de estender um tapete vermelho aos lojistas. Por aqui, não há um player dominante nesse mercado, como é o caso do Alibaba na China e da Amazon nos Estados Unidos e na Europa. A disputa está embolada entre Mercado Livre, com quase 30% das vendas online, B2W, dona das marcas Americanas e Submarino, e Magazine Luiza, cada um com cerca de 20%. Na corrida pela relevância nesse mercado, vale apostar alto. Em abril, o líder Mercado Livre desembolsou 600 milhões de reais em linhas de capital de giro para vendedores brasileiros abandonados pelos bancos. Além disso, deu descontos de até 30% nas taxas de comissão por três meses. “É um atrativo forte para os vendedores, que rentabilizam mais o negócio”, diz Julia Rueff, diretora de marketplace do Mercado Livre. O resultado: 71.000 novos vendedores no Brasil, um feito e tanto para quem já tem uma capilaridade formidável — são mais de 11 milhões de vendedores na América Latina, boa parte deles brasileira. Estratégia semelhante adotou o Magazine Luiza com o Parceiro Magalu, aberto em março, com benefícios como um site para gestão das contas a pagar dos empreendedores, além de condições camaradas para as comissões a quem está entrando — 3,99% por venda, uma fração dos usuais 12,8%. Em cinco meses, 24.000 lojistas aderiram. “As pequenas e médias empresas ajudam a expandir nosso portfólio e a ter mais produtos distribuídos pelo país”, diz Mariana Castriota, diretora de marketplace do Magalu.

NÚMEROS SUPERLATIVOS
Quem corre por fora também quer aproveitar a expansão dos market¬places no país ¬— e já há novato colhendo bons resultados. Uma das pioneiras dos shoppings virtuais, a americana eBay investiu 500.000 dólares em consultorias e descontos para destravar a exportação de bens vendidos por comerciantes latino-americanos — os brasileiros receberam algo como 25% disso. A Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, simplificou a integração do lojista às vitrines digitais — a demora caiu de três meses para uma semana — e bombou a área de publicidade digital para expor mais os vendedores. A B2W lançou o Americanas ao Vivo, um canal no YouTube e nos aplicativos da marca com ofertas dos parceiros numa estratégia de vendas chamada live commerce, inspirada no que faz o Alibaba há algum tempo. A iniciativa também foi aplicada ao Shoptime, marca que começou como um canal de vendas na TV paga nos anos 1990. A operação brasileira da Amazon colocou um gerente de contas à disposição de lojistas às voltas com os problemas causados pela pandemia. “O cenário atual acelerou transformações no modelo de consumo que começaram há muito tempo”, diz Jean-Gabriel de Mourgues, diretor de marketplace da Amazon Brasil. Com tudo isso, até mesmo indústrias saem ganhando. Na crise, a multinacional Unilever aumentou três vezes o número de lojistas cadastrados no Meu Mercado em Casa, um site lançado em 2018 como uma vitrine para uma clientela até então limitada às redondezas. O faturamento quintuplicou. “São números superlativos”, diz Julio Campos, vice-presidente da multinacional no Brasil.

Com tanta opulência, as vitrines digitais estão avançando sobre o espaço do varejo tradicional — movimento que não deve ter volta. Até há pouco tempo, era comum essas plataformas atraírem lojistas já craques nas vendas online. “Com a pandemia, elas passaram a olhar quem está no mundo físico”, diz André Dias, da Neotrust/Compre & Confie. Do ponto de vista dos lojistas, os mimos são uma alavanca para explorar novos jeitos de chegar aos consumidores. Que o diga o capixaba Marcus Magalhães, dono de uma marca de café que leva seu nome. Magalhães entrou na plataforma do Magalu depois que a venda de seus produtos caiu nas padarias de Vitória, vazias durante a quarentena. Até outubro, Magalhães está isento do frete, um custo rachado entre a varejista e os clientes finais, hoje espalhados pelo país. Com isso, as vendas por mês chegaram a 10.000 reais. “Um aumento de 25% em relação ao que era antes da crise”, afirma ele. A vitrine digital do Magalu deu fôlego a João Alves Barbosa, dono da Clique Presentes, com duas lojas em Cianorte, no norte do Paraná, com toda sorte de utilidades domésticas. Durante a crise, a receita despencou 80%. As vendas online ajudaram a recuperar o terreno perdido. Atualmente, Barbosa fatura 120.000 reais por mês, metade do patamar pré-crise. Do total, 40% são vendas online. “Não vou abandonar a venda online quando a pandemia passar”, afirma Barbosa.

Há lojistas já considerando o marketplace como sua primeira opção — tendência impulsionada pelas incertezas com o abre e fecha do comércio de rua nas regiões mais afetadas pela covid-19. É uma inversão da lógica de inclusão digital. Segundo Salvador, da ABComm, o usual antes da pandemia era o lojista de menor porte vender pelas redes sociais, como WhatsApp e Instagram, a vizinhos ou familiares. Aos poucos, os lojistas ganharam confiança e buscaram maior alcance no marketplace. “Na crise, não é hora de criar site próprio, sobretudo quem não tem familiaridade com tecnologia”, diz Alexandre Marquesi, especialista em e-commerce na faculdade ESPM.

Por causa dos custos baixos, 50% dos lojistas que abriram negócios na pandemia já estrearam no e-commerce — muitos em market-places, segundo uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva, especializado em comportamento do consumidor, com 2.813 usuários dos sistemas do Mercado Livre. Ter uma vitrine pronta foi a mão na roda para o fotógrafo Rogério Donizete, de Porto Ferreira, cidade de 50.000 habitantes no interior paulista autointitulada “capital brasileira da decoração”. Antes da crise, Donizete vivia de tirar fotos de cadeiras, espreguiçadeiras e outros artigos das fábricas locais. Tudo parou com a crise, e o jeito foi pedir estoques emprestados a antigos clientes para colocar tudo à venda no Mercado Livre. “As fotos eu já sabia como fazer, o resto aprendi sozinho”, diz. A aposta deu certo: a loja de Donizete, chamada Évora, faturou 40.000 ¬reais em três meses, quase seis vezes o que tirava com as fotos no mesmo período.

O ecossistema em expansão dos marketplaces abre espaço para empresas de tecnologia dispostas a plugar lojistas ao maior número de vitrines digitais. Uma delas é a paranaense Ebanx, avaliada em mais de 1 bilhão de dólares por desenvolver maneiras mais fáceis de empresas e consumidores fecharem negócios online. Em março, a empresa lançou um sistema para autônomos parados na quarentena, como cabeleireiros e personal trainers, venderem vouchers a clientes dispostos a esperar até as condições sanitárias permitirem o usufruto dos serviços. Mais de 10.000 profissionais já aderiram, boa parte atraída pela divulgação da novidade no marketplace da bandeira de cartões Visa. No também paranaense Olist, dedicado a tecnologias para ventilar ofertas na miríade de ambientes dos market¬places, a crise motivou a criação do Shops, lojinha gratuita que serve de pontapé inicial para a presença online.

Hoje, mais de 20.000 negócios de 108 países usam o sistema. “O sistema facilita a venda a clientes do bairro. É o primeiro passo antes de tentar dominar os marketplaces”, diz Tiago Dalvi, fundador da startup. As maiores empresas de tecnologia também estão de olho nesse filão. Em agosto, o Google e a empresa de tecnologia brasileira Vtex criaram uma campanha de treinamentos a vendas online com a meta de chegar a 100.000 lojistas até dezembro. Pelo programa, o lojista pode anunciar 75 produtos de graça no Google pelo sistema da Loja Integrada, solução da Vtex para pequenos e-commerces.

“A vida do consumidor é tanto online quanto ¬offline. As empresas precisam atendê-los da forma que quiserem comprar”, diz Fernanda Bromfman, diretora do Google. Junto com o Sebrae, o Facebook apostou em treinamentos aos pequenos, que é um público estratégico, responsável por 94% dos 70 bilhões de dólares faturados com publicidade em 2019. Em maio, a companhia permitiu a abertura de lojas dentro de seus aplicativos, como o Instagram, facilitando os negócios nas redes sociais.

A proliferação de vitrines nos marketplaces na pandemia também ajudou negócios de maior porte a enfrentar a crise. Veja o caso da fabricante de cosméticos paulistana Be Factory. Nos últimos anos, a empresa focou negócios como linhas de produtos assinadas por influenciadores digitais, como Lala Rudge e Mica Rocha, além da exportação de insumos para salões de beleza de Europa e Ásia. A crise derrubou a demanda. A saída foi fabricar também álcool em gel, produto disputadíssimo no início da pandemia, e pôr tudo no Olist, que distribuiu seus produtos em mais de dez sites, entre Submarino, Americanas, Magalu e Mercado Livre — hoje, o canal número 1 em vendas. Com a guinada, 20% das vendas já são online e a empresa deverá faturar algo como 20 milhões de reais em 2020. “Conseguimos proteger a operação e evitamos demissões”, diz Paulo Kazak, que fundou a empresa em 2011 ao lado da mulher, Fabiana Seixas Kazak. Para os negócios maiores, a presença nos market¬places trouxe novos clientes — e, de quebra, turbinou as vendas do site próprio. Na fabricante de almofadas FOM, de São Paulo, a entrada em mais de dez vitrines digitais colaborou para a fatia das vendas de seu e-commerce aumentar de 6% no início do ano para 36% agora. “Nossa marca ganhou reconhecimento”, diz Sidney Rabino¬vitch, presidente da empresa, que deve faturar estimados 50 milhões de reais em 2020.

PIRATARIA SEM CONTROLE?
Daqui para a frente, o desafio de marketplaces e lojistas será ganhar espaço num mercado disputadíssimo. Além de conhecer os hábitos do consumidor, um mantra dos especialistas no e-commerce, vai levar vantagem quem ajudar o lojista a entender como tomar decisões. “Sairá na frente o market¬place que tiver os dados mais calibrados em relação à jornada de um consumidor até encontrar o que quer na internet”, diz Jean Carlo Klaumann, vice-presidente da Linx, dona de softwares de gestão para pequenos varejistas com facilidades como algoritmos para calcular as rotas mais curtas até o cliente ou catálogos prontos para digitalizar o estoque.

Com tanta informação dos pequenos, não é à toa que nas últimas semanas o controle acionário da Linx tem sido alvo de uma disputa ruidosa entre a ¬Totvs, também dona de softwares de gestão, e a empresa de maquininhas Stone, com boa presença entre os pequenos. A corrida pelos dados deve levar a uma onda de aquisições de empresas de tecnologia para o varejo. Nos últimos dois meses, o Magazine Luiza comprou três negócios: a empresa de tecnologia Hubsales, startup que assessora fabricantes nos market¬places, o site de tecnologia ¬Canaltech e a plataforma Inloco Media, tecnologia para enviar ofertas a celulares de potenciais clientes. Por trás do movimento está a preocupação das donas dos market¬places em minimizar os erros dos lojistas recém-chegados. “Alguns lojistas demoram para entregar, outros enviam o produto errado. Quando isso acontece, é a imagem do marketplace que fica arranhada na esfera pública”, diz Salvador, da ABComm.

Os grandes varejistas têm também o desafio de combater a pirataria nessas vitrines digitais. No ano passado, o prejuízo da indústria brasileira por causa de produtos piratas chegou a 291 bilhões de reais em impostos sonegados e na perda de vendas de produtos originais. É quase 20% mais do que o registrado em 2018, segundo um estudo da Etco, organização não governamental dedicada a combater o problema. “Em boa medida, os marketplaces colaboram para isso”, diz Edson Vismona, presidente da Etco. O problema é tão sério que o Ministério da Justiça vem cobrando desde 2018 que os marketplaces endureçam o controle sobre a origem das mercadorias. No rol de medidas estão desde a obrigação de venda com nota fiscal até a expulsão de suspeitos de contrabando. No início do ano, uma força-tarefa do governo e da indústria lançou um guia de boas práticas contra a pirataria ao qual 72 varejistas aderiram, entre eles Magazine Luiza, B2W e Via Varejo. “Ainda assim, o progresso está longe do ritmo esperado”, diz Vismona.

Apesar dos percalços, uma coisa é certa: os milhões de consumidores que aprenderam a comprar online dificilmente vão largar o hábito com o fim da pandemia. Na pesquisa do Instituto Locomotiva, cerca de 60% dos lojistas do marketplace do Mercado Livre acreditam na importância maior das vendas online no pós-pandemia. O mesmo vale para os milhares de lojistas que descobriram no marketplace uma alternativa viável para expor produtos — e para tantos outros que ainda vão ocupar esses espaços. A briga pelas vitrines mais disputadas do Brasil está só começando.

Fonte : http://sbvc.com.br/crise-triplo-lojistas-marketplaces/

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Gigantes como Mercado Livre e Magalu driblam a dependência dos Correios

A pandemia e o aumento do comércio eletrônico pressionaram toda a cadeia logística – incluindo os trabalhadores dos Correios. Com aumento da demanda e sem medidas adequadas de proteção e higiene, cerca de 100.000 funcionários da estatal acabaram de decretar greve.

A greve deve afetar as entregas no comércio eletrônico, já que a estatal é uma das maiores operadoras logísticas para as compras virtuais. As gigantes varejistas, no entanto, desenvolveram nos últimos anos sua própria estrutura logística, com integração com suas lojas físicas, dezenas de centros de distribuição em vários estados e até suas próprias startups e transportadoras. Como as empresas migraram para outras categorias de produtos além dos eletrodomésticos, como moda e alimentos e bebidas, ter uma estrutura ágil é essencial.

Mais recentemente, passaram a realizar essa logística também para seus parceiros de marketplace, serviço que se intensificou com a pandemia – afinal, dezenas de milhares de pequenos lojistas se voltaram às grandes plataformas para vender, com o fechamento temporário de suas lojas físicas. Essa estrutura aumenta a eficiência das varejistas e permite realizar entregas em uma fração do tempo.

Magazine Luiza

Em função dos novos hábitos de consumo durante a pandemia, o comércio eletrônico formal brasileiro cresceu 70,4% no segundo trimestre, segundo o E-bit. No Magazine Luiza, o comércio eletrônico cresceu 182%, atingindo 6,7 bilhões de reais e 78% das vendas totais no trimestre.

Fonte : https://exame.com/negocios/gigantes-como-mercado-livre-e-magalu-driblam-a-dependencia-dos-correios/

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