Como Business Intelligence pode inovar os seus negócios

Estar a frente da gestão de negócios até então significava tomar boas decisões a partir de previsões de mercado e com base na experiência nos negócios. A incerteza e a instabilidade estão sendo pouco a pouco substituídos pela inteligência de mercado, potencializada na transformação digital através do Business Intelligence.

Apostar nesta estratégia significa utilizar os dados disponibilizados através das plataformas para estruturar soluções dentro dos cenários da empresa. Isso pode ser aplicado em questões relacionadas ao espaço administrativo, ao mercado e também aos consumidores.

O Business Intelligence oferece uma série de oportunidades para análise, basta encontrar aquela que mais tem a ver com o seu negócio. Dentre as opções disponíveis está a possibilidade de identificar tendências, o entendimento a respeito do público-alvo e a oportunidade de inovação, uma vez que permite a visibilidade da cadeia logística, o monitoramento de cargas, a análise da concorrência e também reconhecer as necessidades dos clientes.

Muito mais do que planejamento e conhecimento, aplicar o Business Intelligence está atrelado ao uso de tecnologia. E nesta realidade, o Big Data é uma das tendências no que se refere armazenamento e processamento de dados. Já no Comércio Exterior, o que antes gerava o acúmulo de documentos abre espaço para o acesso de dados em tempo real. E é com esses dados que acontece a interpretação e o cruzamento, que permitem embasar novas tomadas de decisão.

Apostar no Business Intelligence requer a preparação e o treinamento de toda a equipe para transformar a forma de pensar e executar ações no cenário digital. Com o acesso a uma ferramenta de ponta, invista em metodologias práticas e explore os relatórios gerados visualmente para facilitar a interpretação dos dados. Em um segundo cenário, utilize as entregas do Business Intelligence para corrigir problemas, evitando erros humanos, eliminando a falta de informações atualizadas e as dificuldades na análise de mercado.

Fonte: ecommercenews.com.br

Marcas investem em big data para atrair clientes no varejo

Tecnologia personaliza o atendimento com informações ‘real time’ de cada consumidor e torna o gerenciamento de tarefas mais eficiente

Quando se fala em atendimento ao cliente, seja no físico ou on-line, as marcas buscam ferramentas para tornar a experiência de compra do consumidor cada vez mais agradável. O uso de big data, por exemplo, está em alta no Brasil. De acordo com dados da consultoria Frost & Sullivan, dos Estados Unidos, o Brasil é líder na América Latina no uso de big data, com 46,8% do mercado e uma receita de US$ 1,16 bilhão, com forte atuação no varejo.

Para a diretora executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), Patricia Cotti, a coleta de análise de dados por meio de inteligência artificial pode aprimorar o atendimento e permitir que o colaborador entenda melhor o que o consumidor procura. “A tecnologia facilita a comunicação, disponibiliza informações ‘real time’ e torna o gerenciamento de tarefas mais eficiente. A base pode disponibilizar diversos dados, desde preferências do cliente que já comprou anteriormente naquela loja, até a consulta do estoque para verificar determinado produto”, comenta a executiva.

Nos Estados Unidos, por exemplo, uma loja da Ford utiliza o recurso Mobile Pay, com pagamento via reconhecimento facial, o que facilita a compra ou aluguel de um carro. Já a loja de vestuário 365, trabalha com a tecnologia de totem que analisa o biótipo do cliente e armazena as informações para futuras compras.

O programa de fidelidade também utiliza algoritmos da big data para interpretar o comportamento de consumo de cada consumidor. A ferramenta é bem conhecida e já inserida no dia a dia de muitos consumidores. No Brasil, o Grupo Pão de Açúcar, detentora das marcas Pão de Açúcar e Extra, é um grande usuário de big data. A rede soma mais de 14 milhões de pessoas em seus programas de fidelidade, utilizando os dados coletados para personalizar ofertas com base no perfil de compra de cada consumidor.

“Dados da NRF 2019 – Retail’s Big Show mostraram que 72% dos colaboradores acreditam que um treinamento com ferramentas como essas podem impactar positivamente o cliente na hora da compra”, revela a diretora do IBEVAR.

Fonte: polinize.com

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Embraer lança sistema de manutenção preditiva com big data e analytics

A Embraer anunciou hoje na 53ª edição do Paris Air Show International o lançamento do IKON, sistema em nuvem para captação, armazenamento e análise de alto volume de dados para manutenção preditiva da família de E-Jets. O novo sistema é totalmente baseado na plataforma da Amazon Web Services (AWS) e foi desenvolvido pela Embraer, com apoio dos fornecedores AWS ProServe e Claranet, utilizando tecnologias de Big Data e Analytics para oferecer um ganho de 96% de produtividade em análise e processamento de dados das aeronaves, estabelecendo novos padrões em serviços e suporte aeronáuticos.

Oferecendo um alto poder de escalabilidade, elasticidade, durabilidade e análise, o sistema entrega um gerenciamento eficaz da capacidade de processamento e armazenamento, fazendo com que a Embraer otimize os tempos de ingestão de dados dos E-Jets E2. Usando o conjunto de serviços analíticos da AWS, essa nova tecnologia identifica padrões de dados e é capaz de detectar e resolver problemas potenciais de aeronaves antes que eles ocorram. Essa capacidade de executar a manutenção preditiva ajudará a fornecer novos aprimoramentos de recursos ao E2 e a acelerar a entrega de melhorias aos modelos anteriores.

“A Embraer investe continuamente em novas tecnologias. Vemos no IKON uma ferramenta totalmente agnóstica que abre novos horizontes para lidar com dados e uma evolução que reconhece possibilidades de melhorias, fazendo com que possamos funcionar como um monitor de saúde da aeronave. A manutenção preditiva se traduz no aumento da eficiência com custos reduzidos, maior competitividade e disponibilidade da aeronave”, diz Johann Bordais, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

Somado a isso, o sistema permite novos avanços no processo de digitalização da indústria aeronáutica. Hoje, a segunda geração de aeronaves comerciais da Embraer produz cerca de 100 GB de informações diretamente acessíveis por ano. Graças a um sistema de roteamento e análise acelerado, esse alto volume de dados pode ser transmitido para uma ação imediata. Com o IKON, a coleta automática de dados passou de 12 dias para um processo imediato, garantindo que os dados estejam prontos para serem analisados 5 minutos após sua geração na aeronave.

O alto volume de dados e a demanda por decisões mais rápidas e precisas exigem tecnologias capazes de captar, armazenar e conectar informações em rede. No momento em que o avião pousa, os dados são automaticamente transmitidos para o IKON por meio de um módulo instalado na aeronave chamado WSU (wireless server unit).

Para assegurar o recebimento das informações com assertividade e agilidade, o Embraer Ground Server (EGS) utiliza a AWS para a conexão automática do avião a fim de permitir o download dos dados de voo. Após o pouso, a transmissão para a plataforma é feita em cerca de cinco minutos. Na sequência, migram para a camada de Data Lake do IKON, onde são disponibilizados para que os engenheiros analisem essas informações com eficiência.

“O IKON e o EGS implementam conceitos de Big Data e Analytics na prática. Isso dá à Embraer enorme vantagem na oferta de serviços exclusivos às necessidades de seus clientes”, explica Andre Doro, Chief Information Office da Embraer.

A AWS é a provedora de toda a infraestrutura de nuvem, que oferece segurança, agilidade, alto poder de processamento, ferramentas analíticas e gerenciamento de custo – serviço disponibilizado via pay-per-use, ou seja, os usuários só pagam pelo que utilizarem. A equipe da AWS ProServe, área de serviços profissionais da companhia, trabalhou junto com a Claranet no design e implementação do projeto IKON e buscou garantir a qualidade e melhores práticas de análise de dados, provendo uma arquitetura no estado da arte em termos de eficiência, qualidade de dados e escalabilidade.

“O IKON é um projeto extremamente inovador, ao aliar o poder da nuvem a ferramentas avançadas de Big Data e Analytics Services, o que faz com que dados complexos se tornem simples e possíveis de serem analisados em um curto espaço de tempo”, comenta Cleber Morais, country manager da AWS no Brasil. “Esse é um projeto que vai ao encontro de um dos pilares mais modernos de aplicações corporativa: tornar processos baseados em insights de dados parte crucial do planejamento, execução e evolução dos negócios”, ressalta o executivo.

O IKON já está disponível nos pacotes de suporte personalizados para cada cliente oferecidos pela Embraer Serviços & Suporte. Esses programas são parte de uma gama de produtos desenvolvidos para atender a frota de jatos Embraer ao redor do mundo por meio da TechCare, o portfólio de produtos e soluções para entregar a melhor experiência de serviços e suporte.

Tag: tecnologia

Fonte: ipnews.com

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O que Amazon, Pão de Açúcar e Raia Drogasil estão fazendo com seus dados

O varejo está se desdobrando para descobrir como se beneficia do potencial da internet sem destruir o valor de seus principais ativos: os pontos físicos de venda. Em 2018, o varejo nacional sofreu a redução de sua rede de lojas, com o fechamento de 226,5 mil unidades, segundo Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Do outro lado, o varejo online só cresce, mesmo na crise. Só no Dia dos Namorados deste ano, o aumento nas vendas foi de 24%.

Porém, se o varejo físico estivesse morrendo, a Amazon não pagaria 13,7 bilhões de dólares pela rede de mercados Whole Foods. Cada vez mais, a loja física vira um ponto de captação de dados que interage com os dados captados na internet pelo mesmo varejista. O mais novo modelo de loja da Amazon, a Amazon  4-Star, usa a experiência no online para escolher os produtos ofertados no físico.

Pão de Açúcar

Os grandes captadores de dados do GPA são seus programas de fidelidade, que tornam as promoções massivas cada vez mais obsoletas. As tecnologias de captação de apuração de dados permitem criar um histórico robusto do comportamento de compra para poder oferecer o preço certo para o cliente certo. Hoje, o grupo alimentar tem mais de 17 milhões de clientes em seus programas de fidelidade.

Raia Drogasil

A maior varejista de farmácias do Brasil, a Raia Drogasil, comprou a Onofre do grupo americano CVS apostando, principalmente, na sua capacidade de análise de dados. O presidente do Conselho de Administração da Raia Drogasil, Antonio Carlos Pipponzi, falou sobre como o mercado de medicamentos aqui e no exterior está trabalhando o histórico de compra dos consumidores. Nos Estados Unidos, por exemplo, a rede de farmácias CVS se fundiu à Aetna, empresa de planos de saúde, para criar uma base completa sobre o comportamento dos consumidores e aprimorar o conhecimento sobre a rotina dos americanos e o impacto em sua saúde.

Fonte: Portal no varejo

LGPD – nova lei de conformidade digital

Embora esteja em alta no momento falar-se em ‘compliance’ anticorrupção ou voltado à uma ideia equivocada de aplicabilidade criminal, este, na verdade, é um instituto que objetiva a criação de uma mentalidade ética e de conformidade com as leis de maneira geral, com aplicação nas mais diversas áreas, tais como, marketing, recursos humanos, relações comerciais, tecnologia e outras. E, diante de todo esse contexto, com a consciência de que a proteção dos dados pessoais se tornou verdadeira pedra angular da sociedade moderna, em especial pelos hoje conhecidos transtornos causados pelo vazamento de dados, pela facilidade de captação destes na internet e/ou pelas grandes empresas captadoras de dados, big data e analytics, é que as leis destinadas às defesas dos dados individuais tomou relevância. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD é uma realidade que poucos conhecem, e que tem data para ser aplicada (agosto/2020) e que será aplicável à toda e qualquer atividade econômica.

A LGPD é o método encontrado para determinação de conformidade no Brasil para captação, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais, prevendo procedimentos que as empresas precisarão adotar para impedir que informações individuais sejam livremente trabalhadas, sem o conhecimento do próprio indivíduo, desde o mapeamento até o gerenciamento de crises.

O cumprimento da legislação de proteção de dados e, principalmente, a realização de procedimentos para coleta e tratamento dos dados individuais, será fiscalizada pela recém criada Agência Nacional de Proteção de Dados – ANPD, que poderá exigir a exibição de relatórios de Impacto à Proteção de Dados Pessoais, onde serão demonstrados os registros das operações de tratamento das informações recebidas e que realizarem, que deverá ser responsabilidade do controlador ou operador desses dados.

Para fiel cumprimento do que estabelece este novel legislativo, as empresas precisarão se adequar às normas de compliance digital e segurança de dados estabelecidos na própria norma, dentre as quais é importante citar a nomeação do ‘Data Protection Officer’ – DPO, responsável pelo desenvolvimento e/ou continuidade do programa de proteção de dados da empresa, bem como interface com a ANPD (a quem a legislação estabelece responsabilidade direta pelo descumprimento e vazamento de dados).

Além disso, será necessário mapear o fluxo de dados recebidos/armazenado, fazer avaliação dos riscos inerentes e criar um plano de adequação, com a criação de medidas e políticas de segurança da informação, constituição de padrão de normas e procedimentos internos, tanto para recebimento dos dados como para enfrentamento de crises decorrentes de falha no sistema de segurança. É importante o comprometimento da alta direção e do estabelecimento de mentalidade voltada ao cumprimento das normas elaboradas internamente para toda a equipe de colaboradores, com realização de cursos e treinamento constante.

Certamente os impactos sobre as empresas serão notórios. Não será permitido (somente com o consenso expresso do titular dos dados) o compartilhamento ou troca de dados com terceiros, e até mesmo nas relações de trabalho, já que o aval do titular dos dados é necessário em qualquer tipo de relação jurídica. As penalidades para não conformidade com a legislação poderão variar desde advertência com indicação de adoção de medidas corretivas, publicização da infração após devidamente apurada e confirmada, bloqueio ou eliminação dos dados pessoais, até multa simples ou diária, mínima de até 2% do faturamento do seu último exercício até a R$ 50.000.000,00 e indenização pelos danos efetivamente causados.

É dado início à revolução digital, e a legislação busca nos proteger do que está por vir. A relação humana com a tecnologia tornou-se produto, e sua comercialização está demonstrando ser muito perigosa, o que a LGPD procura inibir baseando-se nos conceitos já aplicados mundo afora, o que deverá ser motivo de atenção dos usuários de internet e consumidores, com a leitura (agora mais do que nunca) dos termos de utilização de dados. Ao empresário, a busca por profissionais qualificados para adequação é medida urgente e que não poderá ser deixada para a última hora.

Fonte:  itforum365

Aproveitar o poder da Big Data para gerir uma frota

Para as empresas, de forma particular, a Big Data apresenta inúmeras oportunidades. O volume de dados disponíveis tem vindo a crescer, oferecendo aos empreendedores de todos os setores de atividade novos indicadores que podem ser utilizados para maximizar a eficiência e a contenção de custos.

O mundo em que vivemos está a mudar de forma drástica e constante. Novas tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT) ou a análise de dados estão a transformar a forma como as organizações gerem os seus negócios, o modo como se relacionam com os seus clientes e gerem o aumento dos seus níveis de produtividade para gerar lucro.

Não existe prova mais evidente da iminência daquilo que já se apelida de 4ª Revolução Industrial, do que o crescimento do número de dispositivos conectados. Estima-se que mais de 20.4 mil milhões de dispositivos conectados sejam instalados em todo o mundo até 2020, e 100 mil milhões até 2030. Estes números terão naturalmente consequências para todos nós.

Para as empresas, de forma particular, a Big Data apresenta inúmeras oportunidades. O volume de dados disponíveis tem vindo a crescer, oferecendo aos empreendedores de todos os setores de atividade novos indicadores que podem ser utilizados para maximizar a eficiência e a contenção de custos. No entanto, e mais importante, o benefício do poder dos dados proporciona também às empresas uma capacidade disruptiva nas suas indústrias, logo uma vantagem competitiva face aos concorrentes na entrada na era digital.

Para aqueles que se querem posicionar na vanguarda da transformação, a chave para desbloquear o poder da Big Data passa por, não só, mas sobretudo, contar com uma equipa talentosa, uma administração arrojada e aceder às ferramentas e tecnologias certas para utilizar de forma produtiva os dados recolhidos.

As empresas que incorporarem estes elementos fundamentais na sua estratégia conseguirão tirar proveito do facto de terem a capacidade de identificar, prever e superar futuros desafios para a empresa.

No entanto, e apesar de todas estas oportunidades apresentadas por esta nova era, muitas organizações ainda precisam de explorar o potencial da Big Data para apoiar o seu crescimento e desenvolvimento. A forma como as empresas se relacionam com os seus clientes acabou por tornar evidente que os gestores ainda necessitam de superar algumas barreiras associadas à adoção de estratégias que impulsionem a utilização destes recursos de forma eficaz.

Este cenário tornou-se particularmente evidente no caso das empresas que possuem uma frota automóvel.

Fonte: sapo.pt

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Artigo: Small data ou big data?

Compreender o comportamento do cliente requer esforços multidisciplinares atrelados a uma ampla base de dados de consumo.

Tenho refletido muito sobre os desafios que os profissionais de Marketing têm frente a quantidade de informações a serem analisadas e de como é fundamental conectar os diversos pontos para gerar poderosos insights, entendendo melhor os consumidores e sua jornada de compra phygital. Atualmente presencio certo desespero em alunos e clientes, que relatam a dificuldade em analisar e processar a enxurrada de dados externos e internos em suas empresas. A tecnologia oferece ferramentas para transformar dados em informações, porém a expectativa é que o dashboard traga não só a análise pronta, mas os planos de ação desenhados para implementação. E todos sabemos, ainda não chegamos nesse estágio de desenvolvimento da Inteligência Artificial.

O comportamento do consumidor é uma ciência multidisciplinar em sua essência e por isso devemos recorrer aos diversos campos do conhecimento para entender suas nuances, as mudanças frequentes nos estilos de vida, a interação com as marcas, os interesses, o consumo, enfim os estímulos que captam a atenção dos consumidores. As informações são fundamentais aos negócios e embasam a tomada de decisão, porém não se deve desprezar os dados coletados nas vivências etnográficas, na interação com os consumidores e shoppers, ou seja, nas “entrelinhas”, que são as pistas nem sempre são verbalizadas em pesquisas, canais de atendimento ou expostas nas redes sociais.

Nuances da escolha

Me lembro de alguns exemplos em minha experiência, onde extraímos insights visitando lares de consumidores para entender a importância da categoria de higiene e beleza para as mulheres de classe média. Notamos em muitas casas o “altar da beleza”, uma espécie de santuário de cosméticos que ficava no quarto ou na sala, simbolizando a vaidade e sobretudo o status da família, que possui acesso a produtos caros de marcas consagradas. Ou mesmo entendendo que a valorização da roupa branca pelos consumidores de classe C está conectada não só aos cuidados que a dona-de-casa tem com a família, mas sobretudo ao caráter e dignidade dos membros familiares.

Acredito, como muitos estudiosos já alertaram, que a combinação inteligente do Big Data ao Small Data[1] é o caminho para evidenciar insights relevantes que podem transformar marcas de serviços e produtos em sucesso junto ao mercado.

Martin Lindstrom em seu livro Small Data, nos dá ótimas pistas de como podemos entender as entrelinhas do comportamento dos consumidores.

Fonte: portalnovarejo.com

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Os dados são o futuro do varejo: ou você se movimenta, ou vai fechar

Não há mais espaço para a loja que abre suas portas e espera o consumidor com estoque e prateleiras lotados, na esperança de que algo ali o agrade. Mas será possível que o varejo, o maior empregador do país se reinvente? Por onde começar?

Conhecer o cliente é uma realidade que já fazia parte da relação de consumo lá nos anos 1940, quando o dono do “secos e molhados” chamava cada um pelo nome e sabia de sua vida. O problema é que a quantidade de informações aumenta exponencialmente. Estima-se que até o ano de 1900 o mundo levava um século para dobrar as informações disponíveis. Atualmente são necessários 13 anos e, a partir de 2020 – graças ao 5G e o processador quântico –, o planeta verá a quantidade de dados dobrar a cada 12 horas.

Neste novo cenário não é mais suficiente cuidar da vitrine, do atendimento presencial e do ponto de venda. É primordial que as empresas, desde as menores, disponham de ferramentas para conhecer melhor o consumidor. A boa notícia é que elas já existem e não custam caro.

Dados como ativo econômico

O primeiro passo para ingressar nessa nova era é ter uma empresa realmente voltada para dados. A partir de 2021, será recomendável que a quantidade e o tratamento de dados sejam incluídos no balanço financeiro, ou seja, tornem-se ativos tangíveis não apenas como valor de marca, mas também econômico.

Depois de mudar o mindset para a relevância dos dados, é hora de pensar na curadoria, na forma de efetivamente ajudar o cliente a comprar (ou a deixar de fazê-lo). A busca de uma camisa na internet mostra milhares de resultados, mas o consumidor quer saber onde comprar, por quê, qual o propósito e de que forma vai resolver sua demanda. Ele não se importa em pagar a mais por isso, desde que o vendedor esteja qualificado para fazer uma oferta que realmente o satisfaça. Não interessa o que você vende: é ofensivo falar com o consumidor que não busca seu produto.

Curadoria consiste em conceber um marketplace que ofereça a melhor experiência. Isso permite que se alcance o terceiro ponto da ressignificação do varejo como conhecemos hoje: a desintermediação. O marketplace direcionado à experiência do consumidor permite que o varejista atue como um elo entre a indústria e o cliente, mas não é mais aquele que compra por X e precisa vender por 2X para ter margem de lucro de 10%. Agora ele funciona como um retail as a service, sendo uma vitrine, uma curadoria, quem chancela a escolha.

Então a ressignificação do comércio é a desintermediação do varejo, justamente o tradicional intermediário? Exatamente. Por isso está na hora de se reposicionar. Entre 2015 e 2017 mais de 430 mil lojas foram fechadas no Brasil. Ou você se movimenta, ou também vai fechar. Foi assim que surgiu a Pier X, pop-up que por um ano serviu de laboratório em Porto Alegre. Um lugar onde as marcas expõem seus produtos e ligam a indústria ao consumidor. A experiência é como uma plataforma, tendo a cultura digital como ponto de partida. Deu tão certo que agora vamos abrir a plataforma em outra região do Brasil.

É fundamental que a atenção à cultura de dados comece pelas cabeças das empresas. Às vezes o decisor não quer pensar no assunto e contrata alguém para isso, mas ele é o primeiro que tem que bolar algo exponencial. Não estamos falando aqui de melhorar em 10% os resultados do varejo. A dificuldade para incrementar os resultados em 10% ou multiplicar por 10 é a mesma, então por que não pensar na segunda alternativa? Os dados são o caminho para a reinvenção do varejo.

Fonte: portalnovarejo.com.br

Uso dos dados na cadeia logística: ou você sabe usar ou está perdendo tempo e dinheiro

Ao ler este texto, de alguma forma você está sendo cookado, tagueado e algum algoritmo criado, para que essas informações sejam acessadas mais tarde. Isso vale para todos: consumidores, produtos e serviços. Os dados viraram a commodity mais valiosa no mundo dos negócios. Eles ajudam as organizações a reduzirem seus custos, a tomarem decisões mais rápidas e apuradas e até a criar novos produtos e serviços que atendam a demandas diárias dos consumidores.

A cadeia de suprimentos ou Supply Chain também está passando por essa digitalização, liderada pelo Big Data e Analytics. Segundo pesquisa do Supply Chain Insights, 93% dos entrevistados acreditam que o Big Data irá gerir esta disciplina até o final de 2020. Diria que não vai demorar tanto assim. É uma mudança de abordagem radical, que tem como consequência direta melhoras significativas no tempo de entrega, na confiabilidade, no custo e no controle. Essa abordagem tornou-se imperativa, dada a crescente concorrênciados mercados, as altíssimas expectativas dos consumidores e o crescimento constante e acima da média do e-commerce.

Neste novo cenário, as regras mudaram: o que era desejável virou mandatório e o que era vislumbrado, tem se concretizado. Por exemplo, os tempos de entrega diminuem continuamente. Informar o passo a passo do status de entrega deixou de ser acessório e tornou-se uma ferramenta eficaz para “aplacar” a ansiedade do consumidor.

Nunca tivemos acesso a um volume de informações tão grande, de fontes e naturezas distintas, quase que em tempo real. Acrescenta-se a isso os dados históricos, dados de venda, pesquisas setoriais, indicadores macroeconômicos e os dispersos na internet. Mas, com toda essa fonte inesgotável de informações, as empresas precisam saber usá-las de forma inteligente, navegar e entender adequadamente tudo o que está disponível, caso contrário, o retorno sobre o investimento tardará a chegar.

Com isso, as cadeias logísticas vêm sendo redesenhadas com base nos dados e análises. Hoje esse processo se divide em 4 etapas evolutivas: descritiva ou histórica; regressiva ou preditiva; prescritiva e, no topo delas, a cognitiva. Entre as empresas, podemos dizer que 30% delas estão no primeiro estágio, 50% no segundo e 20% no terceiro. Poucas figuram na última etapa, como Amazon e Netflix, que se baseiam no comportamento e demanda de seus clientes. Neste último caso, o importante não é adivinhar, mas sim captar rapidamente a mudança e momentos do consumidor, como o conceito matemático da inflexão, em que a curva muda para cima ou para baixo.

Um bom exemplo de cadeia logística bem construída é a usada por uma grande rede varejista de e-commerce de moda. Ela usa as informações do cliente para adequar a oferta, o fluxo do pedido e da entrega. A entrega acontece como planejado e aí começa o ciclo novamente com novas ofertas, etc. Normalmente as empresas que já nascem digitais tem mais facilidade em montar suas cadeias usando a informação, pois informação é parte do DNA da empresa.

Os dados também são a base para tornar as cadeias de suprimentos mais resilientes e responsivas. A análise dos dados históricos e fontes externas permite a identificação de pontos de risco e quais eventos fortuitos poderiam impactas as operações. É o caso, por exemplo, de tempestades, inundações, queda de pontes e até greves. Com o diagnóstico na mão, é possível desenhar estratégias de continuidade, como rotas e modais alternativos. A greve dos caminhoneiros em 2018 foi um bom exemplo. Muitas empresas não estavam preparadas, mesmo com informações sobre o movimento estarem disponíveis há semanas.

Alinhado aos dados na cadeia de suprimentos, une-se a tecnologia Blockchain, autenticando as transações entre os parceiros e validando entre todos os participantes, principalmente no comércio exterior. Com aplicação correta do Blockchain, o processo tende a ser ainda mais célere e confiável, reduzindo assim custos com burocracia, uma vez que irá atuar já a partir do momento da compra, com banco envolvido, navegação, despachante, porto, etc.

Vale ressaltar que a falta de informação não pode mais ser uma desculpa para não se fazer o que é necessário para montar, de maneira eficaz, uma cadeia de suprimentos sólida e adaptativa. Os dados estão disponíveis, acessíveis, compartilhados e detalhados. Fazer uso correto deles irá agregar novos valores aos negócios e, de quebra, elevar a logística a um novo patamar.

Fonte: portalinovarejo.com.br

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