Mais centros de distribuição e aviões: o plano do Mercado Livre para dobrar a operação logística
Varejista online vai inaugurar 11 novos CDs até o fim de 2025, chegando a mais Estados do Nordeste e do Sul, além do Distrito Federal.
Em ritmo acelerado de crescimento, o Mercado Livre vai inaugurar 11 centros de distribuição até o fim de 2025, passando dos 10 atuais para 21 centros de distribuição.
Seis centros de distribuição serão inaugurados ainda neste ano, como parte do montante de R$ 23 bilhões de investimentos anunciados pela companhia em abril. Outros cinco CDs serão inaugurados ao logo do próximo ano, fazendo parte do orçamento que a companhia ainda está definindo. “Mas, com certeza, será maior”, garante Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil.
O objetivo dos novos investimentos é expandir a presença geográfica da operação logística da companhia, entrando especialmente em novos Estados como Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Dos novos endereços, 63% são fora de São Paulo.
“É uma aposta no Brasil, no e-commerce e no crescimento que acreditamos realizar nos próximos anos”, diz o executivo. No primeiro semestre deste ano, as vendas da companhia no país cresceram 33% ante o mesmo período de 2023, com o país liderando as operações do grupo — além do Brasil, que representa cerca de 50% do faturamento, o Mercado Livre opera no México e na Argentina, onde nasceu.
Mercadorias estocadas
Todas as novas instalações fazem parte do modelo fulfillment, em que as mercadorias ficam estocadas até que o consumidor realize a compra. Com isso, argumenta Yunes, a empresa amplia em 40% o número de cidades que irão receber entregas no mesmo dia. Hoje, são 232 municípios nessa modalidade de entrega.
Com mais de 900 mil metros quadrados adicionados à malha logística, a expectativa é de que os custos de frete sejam reduzidos em até 50%, cortando preços para vendedores e consumidores, de acordo com o diretor de operações, Luiz Vergueiro.
A intensidade de crescimento da plataforma de marketplace chama atenção do mercado e tem garantido recomendações de “buy” para as ações do Meli, negociadas em Nova York, mas investidores têm se mostrados mais atentos aos investimentos logísticos, os custos operacionais e as margens do negócio.
Para Yunes, o crescimento de vendas deve logo responder à pressão inicial de despesas por causa dos investimentos. “Nossa visão é seguir melhorando rentabilidade ano após ano, custo da rede logística está dentro disso. Não esperamos impacto na rentabilidade pelo aumento na rede logística”, afirma.
De acordo com ele, o crescimento de todo o setor de ecommerce no Brasil (cuja penetração está em torno de 15% contra mais de 20% de mercados mais maduros como o norte-americano) vai vir por mais pessoas no ecossistema, mas também por mais compras ao mês, o que deve ser ampliado com o aumento de entregas em mesmo dia, bem como com a entrada de sellers regionais conforme mais CDs são inaugurados.
O executivo exemplifica com o centro de distribuição da Bahia, inaugurado ainda em 2020 e que marcou a entrada do Mercado Livre em regiões menos concentradas. “Desde que o lançamos ganhamos 15 pontos de market share. O de Pernambuco, inaugurado há um mês, está sinalizando que vai refletir esse comportamento”, afirma.
Além dos novos CDs, o Mercado Livre está adicionando dois aviões à sua frota com o braço de logística de carga da Gol, a Gol Log. No total, serão nove aeronaves. “Ter aeronaves nos ajuda a ter desenvolvimento dos mercados. Com as entregas chegando em até dois dias, o mercado cresce, e depois conseguimos construir nossa rede logística”, diz Yunes.
A frota aérea tem sido especialmente utilizada na operação logística para a região Norte do país, onde o Mercado Livre ainda não tem centros de distribuição. No Amazonas, por exemplo, o período médio de entrega passou de até 15 dias para dois dias.
Além dos novos CDs, a companhia anunciou ampliação de instalações, incluindo a ampliação na atuação na Bahia e no Rio de Janeiro. Também pretende aumentar os investimentos em robótica. Hoje são 334 robôs autônomos no CD de Cajamar (SP), sua maior instalação, o que levou a 20% menos tempo no processamento de pedidos.
A ação do Meli acumula alta de mais de 63% no último ano da Nasdaq, levando a companhia a um valor de mercado de US$ 107 bilhões.
Fonte: “https://exame.com/insight/mais-centros-de-distribuicao-e-avioes-o-plano-do-mercado-livre-para-dobrar-a-operacao-logistica/p”
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Sorters com desviadores podem potencializar operações de Black Friday, diz especialista
Murilo Namura, da Pitney Bowes, destacou que a ferramenta otimiza processos de triagem de encomendas utilizando tecnologia avançada.
Uma pesquisa da empresa de tecnologia Wake, em parceria com a Opinion Box, mostrou que 66% dos consumidores no Brasil pretendem comprar algo na Black Friday 2024. Diante disso, empresas de e-commerce e operadores logísticos precisam lidar com o aumento significativo de encomendas de forma eficiente, mantendo os prazos de entrega e a qualidade do serviço.
Um dos principais aliados para enfrentar esse pico sazonal de demanda são sistemas automatizados que melhoram e otimizam a produtividade. Segundo Murilo Namura, Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, especializada em soluções de logística, envio de documentos, encomendas e pacotes, sorters com desviadores podem ser o diferencial durante o período.
“Sorters são sistemas de classificação automatizada que identificam e separam mercadorias de acordo com destinos ou categorias predefinidas, garantindo que cada item seja enviado para o local correto”, observou. “Quando equipados com desviadores, os sorters tornam-se ainda mais versáteis, permitindo que cada item seja direcionado de forma eficiente por rotas diferentes ao longo da linha de processamento, de acordo com a necessidade da operação.”
Esses equipamentos reduzem o lead time, erros manuais, organizam as encomendas por tipo e necessidade e são despachados de forma correta, reduzindo o número de frota, protegem a receita e reduzem custos operacionais, como frota e erros de envio.
Conforme o especialista, esses sistemas são configurados para trabalhar com diferentes tipos de pacotes, tamanhos e formas, o que os torna ideais para as operações logísticas dinâmicas e variadas, típicas do comércio online. Ainda, a empresa consegue minimizar falhas humanas durante a operação e atuar de forma simultânea e constante.
Namura ressaltou também que esse tipo de solução se torna estratégica para épocas de pico de demanda, como a Black Friday. “Quando falamos de benefícios, encontramos vantagens importantes que vão além de agilidade e precisão no processo de separação”, disse, pontuando o aumento de eficiência na operação, a redução de custos e expansão da capacidade de processar encomendas sem a necessidade de expansões físicas dos centros logísticos. “Como exemplo, temos o Grupo Soma, que adotou o equipamento OneShip Slim Sorter, no modelo ZigZag e reduziu o fechamento da Black Friday de 72h para apenas 24h.”
Fonte: “Sorters com desviadores potencializam operações de Black Friday“
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Frete grátis atrai o consumidor e beneficia o e-commerce quando aplicado com estratégia
Vender online é um desafio para boa parte das empresas e empreendedores que resolvem investir em um e-commerce. Portanto, para operar nesse mercado é necessário usar, como aliadas, a estratégia e a inteligência para alcançar resultados expressivos.
Um estudo feito pela empresa de pesquisa Opinion Box, detectou que 85% dos brasileiros compram online pelo menos uma vez por mês e que 3 em cada 10 pessoas compram pelo menos uma vez por semana pela internet. Um dos aspectos que influenciam a escolha da loja online em que as compras serão realizadas é o frete grátis, apontado por 73% das pessoas como fator decisivo.
Aliás, o valor do frete acaba sendo determinante quando o cliente vai decidir se conclui a compra ou se abandona o carrinho com os produtos pré-selecionados. Tanto que 80% dos consumidores afirmam simular o valor da entrega enquanto as compras estão no carrinho e 55% dos clientes costumam adicionar mais produtos ao pedido quando a loja coloca um limite mínimo de consumo para a conquista do frete grátis. Além disso, 70% das pessoas afirmaram já terem trocado de loja, mais de uma vez, para não ter custos com o frete.
Os dados confirmam que o frete grátis não é apenas conveniência para ao consumidor, mas se tornou estratégia fundamental para as empresas que querem atrair e fidelizar clientes. Ao eliminar a barreira do frete, as empresas conseguem atrair a atenção do cliente, estimular a experimentação e conseguem, inclusive, fidelizá-los. Além disso, a iniciativa costuma motivar o aumento do volume de itens adquiridos, tornando mais dinâmica a movimentação de estoque e, consequentemente, o aumento das receitas do e-commerce.
É claro, no entanto, que nem sempre é possível oferecer frete grátis. É essencial avaliar alguns aspectos para que a medida não gere prejuízos. Para isso, é fundamental prestar atenção ao cálculo do frete, levando em conta os custos operacionais relacionados a ele, assim como a margem de lucro e a média de gastos com esse ponto, levando em consideração a média de quilometragem rodada para realização das entregas.
Para tornar o frete grátis uma realidade, vale, por exemplo, aderir à prática apenas para regiões específicas. Outra estratégia é estabelecer um valor mínimo de compra para receber o benefício, o que vai impulsionar o ticket médio das vendas beneficiando também a loja online. Uma alternativa que também pode ser aplicada é a da entrega grátis para alguns produtos, assim há um incentivo para a compra de itens selecionados.
Muitas lojas também optam por oferecer frete grátis na primeira compra. Assim, torna-se possível atrair novos clientes. Seguindo nesse mesmo caminho, há a possibilidade de ofertar entrega grátis no caso das compras recorrentes, ação que vai contemplar aqueles que se mantiverem fiéis à loja.
As alternativas e estratégias são inúmeras e podem ser potencializadas com o uso de ferramentas de automação do marketing, como, por exemplo, as ferramentas que geram gatilhos para compras e que viabilizam a recompra de produtos de uso recorrente. A primeira apresenta conteúdos customizados ao consumidor, tomando por base seus interesses anteriores. A segunda, por sua vez, estima o tempo médio para o consumo de cada produto, o intervalo de tempo entre as compras de um mesmo item por uma série de clientes, além de algoritmos.
Construir comunicações especiais nesses casos – e, claro, nos demais também – de forma inteligente, aliando a elas a oferta de entrega grátis, pode ser decisivo para ‘fechar’ uma nova venda. O mesmo vale no caso daquele carrinho que foi abandonado. Encaminhar um lembrete ao consumidor e oferecer o frete grátis como incentivo pode fazer toda a diferença para um desfecho positivo.
Fonte: “Diário Indústria & Comércio – Notícias“
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Loggi expande parcerias com plataformas de e-commerce para otimizar vendas
Atualmente, a empresa está conectada a mais de 15 plataformas, entre elas Bling, Magazord e Wake.
A empresa de logística Loggi está investindo na ampliação de suas parcerias com plataformas do ecossistema de e-commerce, com o objetivo de aprimorar o gerenciamento de vendas, tanto no físico quanto no online, de forma integrada para o envio de pacotes para todo o Brasil.
Atualmente, a Loggi já está conectada a mais de 15 plataformas, entre elas Olist ERP, Bling, Magazord, WBuy, Wake, Eccosys, Tray e BaseLinker, cobrindo mais de 80% do mercado de vendas online. A marca pretende aumentar ainda mais o número de plataformas até o final do ano, abrangendo tanto pequenos e médios negócios quanto grandes marcas e marketplaces.
Ariel Herszenhorn, vice-presidente de Novos Negócios da Loggi, explica que o objetivo da companhia é melhorar a experiência de venda dos empreendedores com uma integração fluida e minimização de problemas. Ele ressalta que isso permite aos lojistas acessar o portfólio de produtos da Loggi com apenas um clique e obter preços de entregas com ótimo custo-benefício.
A Loggi tem investido pesado na integração de plataformas nos últimos anos, com foco em garantir que, em um único lugar, seja possível gerenciar diversas atividades, como programação de coletas, identificação de pontos de despacho credenciados, programação de coleta recorrente e rastreamento de pacotes. Na prática, isso economiza tempo, reduz os custos operacionais e melhora a experiência tanto do negócio quanto do cliente.
Conceito PUDOs
Um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre 2019 e 2023, mostraram que as compras online registraram um aumento de 100%. E esse movimento seguirá pelos próximos anos. Com este crescimento e, em busca de preços mais competitivos na entrega de encomendas, o conceito de Pick Up and Drop off Points (PUDOs) está transformando o mercado de entregas, e tem se consolidado e expandido cada vez mais no Brasil.
Esse modelo cria uma rede de pontos, que está conectado a uma operação logística nacional. Assim, pessoas físicas e especialmente o pequeno e médio negócio, têm acesso a diversos locais para deixar seu produto de forma mais facilitada.
Investindo nesse conceito, a Loggi tem apostado na criação de uma rede de varejo, hoje com centenas de pontos espalhados pelo Brasil. Por meio do aplicativo da companhia, é possível conferir uma lista de pontos credenciados próximos à localização em que a pessoa estiver.
Segundo Herszenhorn, vice-presidente de Novos Negócios da Loggi, esses PUDOs — chamados de Loggi Pontos, são fundamentais para otimizar a logística, pois oferecem pontos de coleta e entrega convenientes que reduzem os custos de transporte e melhoram a eficiência operacional, beneficiando tanto a cadeia de suprimentos quanto os consumidores.
“Conseguimos transformar a experiência de entrega e coleta em algo mais flexível e eficiente. Os PUDOs minimizam as tentativas de entrega falhadas e proporcionam aos clientes a liberdade de escolher quando e onde retirar suas encomendas”, complementa o executivo.
Fonte: “Loggi expande parcerias com plataformas de e-commerce para otimizar vendas – Mercado&Consumo”
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30 KPIs: O norte da agenda ESG na Solistica, com foco em sustentabilidade e inovação logística
Empresa aposta na consolidação de cargas, eletrificação da frota e ações comunitárias para atingir metas ambientais, integrando clientes e fornecedores em um ecossistema sustentável.
O ESG se fortalece cada vez mais no Brasil, especialmente entre empresas que enxergam a sustentabilidade como um diferencial competitivo e uma responsabilidade com o futuro. A agenda avança amplamente no país, com 51% das empresas brasileiras declarando ter estratégia de sustentabilidade — um aumento de 14 pontos percentuais entre 2021 e 2024.
Um desses exemplos é a Solistica, operador logístico que tem apostado na implementação dessas práticas — de acordo com a companhia, de forma contínua e estratégica. Segundo o diretor de Contratos Logísticos da companhia, Marcelo Andrade, a empresa desenvolveu iniciativas ESG ao longo dos anos, alinhando-se com as exigências globais e as necessidades específicas de clientes e parceiros.
“Desde o início, a Solistica sempre teve uma cultura muito voltada à parte ambiental e regulatória. A gente sempre olhou para esses aspectos com muita seriedade. Operamos em mercados onde a gestão técnica, a qualidade e o compliance são absolutamente essenciais”, explicou o executivo.
De acordo com ele, a companhia propôs a ser “mais do que um operador logístico”. “Queríamos ser uma extensão da indústria dos nossos clientes, sempre pautando o mercado e nos colocando em um nível superior em termos de exigências. A sustentabilidade, dentro desse contexto, foi algo que aconteceu naturalmente para nós.”
A EVOLUÇÃO DO ESG NA SOLISTICA
Para a Solistica, o ESG não foi uma pauta repentina, mas uma consequência de práticas já consolidadas. Andrade destacou que, há mais de uma década, a empresa já trabalhava com certificações como a ISO 9000, 14000 e 45000, que garantiam padrões de excelência em gestão ambiental e de qualidade, algo que poucos operadores logísticos no Brasil faziam à época.
“A gente já tinha a ISO 14000 quando quase ninguém falava disso no Brasil. Isso só reforça nosso compromisso de sempre olhar para frente, de pautar o mercado em vez de só seguir tendências. Na nossa história, sempre estivemos à frente no quesito de qualidade e sustentabilidade”, ressaltou.
A partir dessa base, a Solistica criou três plataformas internas para organizar ações ESG: “Nosso Planeta”, “Nossa Comunidade” e “Nossa Gente”. “Esses três blocos são o cerne das nossas ações hoje. Eles nos permitem focar em indicadores que realmente fazem diferença e criar um ambiente de troca de experiências entre nossos clientes e fornecedores, sempre elevando o nível das operações”, detalhou o executivo.
DESAFIOS DE MATURIDADE E ESTRATÉGIAS PARA AVANÇAR
No entanto, ter a pauta ESG fortalecida dentro da companhia não significa que essa pauta está livre de desafios. Segundo Andrade, essa maturidade varia muito de cliente para cliente. “Todo mundo quer avançar em ESG, mas os níveis de apetite e de investimento ainda oscilam bastante, principalmente quando envolvem questões financeiras. A verdade é que muitas empresas querem fazer, mas esbarram no custo e na viabilidade econômica”, afirmou.
Para lidar com essas diferenças, a Solistica desenvolveu uma abordagem estratégica que considera três fatores essenciais: impacto, eficiência e custo. “Primeiro, sempre avaliamos qual é o impacto gerado por cada ação. Não adianta você fazer algo que não traga um resultado relevante. Depois, a gente analisa a eficiência: qual é o nível desse impacto? E, por fim, a gente vê se é viável, financeiramente falando. Muitas vezes as pessoas acham que ESG é caro, mas nós provamos que não precisa ser.”
Um exemplo de projeto barato e bem-sucedido citado pelo executivo é o “Papatampinha”, que envolve coleta seletiva de tampinhas de refrigerante. “O mais legal é que essa ação envolve não só nossos colaboradores, mas também suas famílias, criando um hábito sustentável que vai além do ambiente corporativo”, pontuou.
METAS AMBIENTAIS E ELETRIFICAÇÃO DA FROTA
Um dos grandes focos da Solistica no pilar ambiental é a redução de emissões de CO2. “Sem dúvida, nosso maior passivo é o CO2, porque somos uma empresa de transporte. Mas estamos constantemente buscando formas de mitigar isso”, comentou Andrade.
Focada em enfrentar esse desafio, a empresa tem apostado em veículos elétricos e na otimização das rotas de transporte. “A eletrificação da frota é uma prioridade, mas também estamos focados em consolidar cargas para evitar que os veículos saiam com capacidade ociosa. O que a gente faz de mais efetivo hoje é consolidar. Se antes a gente precisava de dez veículos, agora a gente pode fazer a mesma operação com sete, e isso diminui significativamente nossas emissões”, explicou o diretor de Contratos Logísticos.
Além disso, a Solistica tem metas ambiciosas de sustentabilidade para 2030 e 2050. Segundo Marcelo Andrade, essas metas incluem o uso de 85% de energia limpa nos centros de distribuição e a reciclagem de quase 100% dos resíduos gerados por suas operações. “A gente recicla praticamente tudo o que passa pelos nossos CDs, desde plástico até pallets. Isso inclui não só os resíduos da Solistica, mas também os que vêm dos nossos clientes. É uma cadeia de reciclagem que beneficia todos”, enfatizou.
CONSTRUÇÃO DE INDICADORES E O FUTURO DO ESG
Outro aspecto fundamental no avanço da agenda ESG na Solistica é a construção de indicadores que permitem medir e aprimorar as ações em curso. Andrade explicou que a empresa monitora cerca de 30 KPIs, que foram desenvolvidos ao longo dos anos. “Começamos há cerca de dez anos, com uma base simples, e fomos avançando. Todo ano, nós adicionamos um ou dois novos itens, seja com foco em energia, água, resíduos ou ações sociais. Foi um processo de aprendizado constante, e hoje podemos dizer que temos um programa robusto que leva essas práticas para todos os nossos clientes”, detalhou Marcelo Andrade.
O executivo reforçou estar confiante de que o ESG continuará a crescer em importância no Brasil, especialmente no setor logístico. “Há cinco anos, a gente tinha talvez um quinto das pautas ESG que a gente tem hoje. O interesse dos clientes e das empresas só aumenta. Hoje, muitas negociações que fazemos já trazem o ESG como uma obrigação, e isso é fantástico. Acredito que, nos próximos anos, esse movimento vai se intensificar ainda mais. O ESG é o futuro, e nós vamos continuar a investir nisso. Não é só bom para o planeta, é bom para o nosso negócio também. E essa é a melhor parte: todo mundo ganha.”
Fonte: “30 KPIs: O norte da agenda ESG na Solistica“
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DHL faz teste com o Tesla Semi e se impressiona
A DHL Supply Chain dos Estados Unidos fez uma parceria com a fabricante de veículos elétricos Tesla para iniciar uma operação com um caminhão Tesla Semi, modelo totalmente elétrico que tem autonomia prometida pela montadora de até 800 km. Em uma primeira avaliação, por 5 mil quilômetros, a empresa se surpreendeu.
De acordo com a Tesla, o caminhão tem três motores elétricos integrados ao eixo traseiro, com o triplo da potência de um caminhão similar a diesel, o que equivale a cerca de 1.200 cv de potência total, e garante uma aceleração máxima de 0 a 100 km/h em apenas 20 segundos, mesmo com peso total (37,2 toneladas nos EUA). A autonomia varia de 480 a 800 quilômetros, dependendo a configuração, e o preço será muito próximo de um caminhão convencional a diesel.
Nas operações da DHL, o caminhão foi integrado em uma operação regular na região de Livermore, Califórnia, com distância total percorrida de 5 mil km. O período de teste incluiu uma rota de 625 km totalmente carregado, com 34 toneladas de PBTC.
No teste, o caminhão consumiu 1,72 kWh/milha (1,06 kWh/km), com velocidade média de 80 km/h. O resultado do teste e a capacidade de carga, idêntica aos caminhões comuns da empresa, excedeu as expectativas da DHL.
“Colocar o Tesla Semi à prova nos permitiu validar se ele poderia viajar 500 milhas (800 km) com uma carreta totalmente carregada e ver o que nossos motoristas achavam do desempenho do caminhão. Ficamos encorajados pela rapidez com que eles ganharam confiança com o veículo e alavancaram os recursos inteligentes do Tesla para ajudar a melhorar o desempenho, o conforto e a experiência geral do motorista”, disse a empresa, em comunicado.
“Maximizar o alcance e a eficiência é crucial para provar que veículos elétricos de longa distância podem realizar trabalho equivalente ao diesel. Estamos animados para ver a DHL confirmar os benefícios da tecnologia avançada do Semi e dos recursos centrados no motorista em operações comerciais ao vivo”, completou Graham Caroll, Chefe de Desenvolvimento de Negócios da Tesla.
Agora, a DHL espera a Tesla concluir a construção de sua fábrica em Nevada para iniciar as compras do modelo, a partir de 2026.
Fonte: “https://blogdocaminhoneiro.com/2024/10/dhl-faz-teste-com-o-tesla-semi-e-se-impressiona/#:~:text=A%20DHL%20Supply%20Chain%20dos,quil%C3%B4metros%2C%20a%20empresa%20se%20surpreendeu.”
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Entrega não domiciliária é tendência crescente no serviço postal
A entrega não domiciliária de encomendas é uma tendência crescente, estando a “revolucionar” a logística associada ao serviço postal. Esta é a visão da InPost, partilhada a propósito do Dia Mundial dos Correios, que se assinala esta quarta-feira, 9 de outubro.
A empresa nota, em comunicado, que o setor emprega cinco milhões de pessoas, afirmando-se como um polo de inovação, integração e inclusão estratégico em qualquer país.
“Poucos setores no mundo sofreram uma transformação tão profunda ao longo da sua história. Os serviços postais passaram de um instrumento de diplomacia em tempos de guerra e de conquista a um canal essencial de comunicação com os amigos, os casais e a família. Tudo isto, utilizando os diferentes meios de transporte em vigor em cada época: dos cavalos às carrinhas, e daí passando pelas entregas não domiciliárias, onde o modelo se transforma completamente para se adaptar a uma sociedade apressada que valoriza a liberdade e a flexibilidade acima de tudo”, sustenta.
Destaca ainda que, nas últimas décadas, e especialmente com a popularização das compras online, os serviços postais tornaram-se uma peça fundamental no setor da logística, já não se limitando ao correio ou às cartas. No que toca às encomendas conhece novos players, de iniciativa privada, como a InPost, que instalou o seu primeiro Locker na Polônia em 2009. O foco são as entregas não domiciliárias, com os utilizadores a escolherem em que cacifo pretendem levantar a encomenda, ao invés de esperarem pelo estafeta em casa.
A InPost está atualmente em nove países, incluindo Portugal, com uma rede de mais de 78.000 Ponto Packs e Lockers e tratando quase 900 milhões de encomendas.
Fonte: “https://www.supplychainmagazine.pt/2024/10/08/entrega-nao-domiciliaria-e-tendencia-crescente-no-servico-postal/”
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Shopee turbina logística para entregas rápidas e esquenta competição no e-commerce
Plataforma controlada por grupo asiático investiu em centros de distribuição para dar conta da alta demanda do marketplace – e será testada nas próximas datas do varejo.
A logística da Shopee no Brasil está em franca expansão para atender à alta demanda dos consumidores da plataforma, frequentemente vista no topo dos rankings de maiores e-commerces e aplicativos baixados do país. Com isso, a varejista controlada pelo grupo Sea, de Cingapura, tende a fechar alguns gargalos de distribuição que poderiam impactar negativamente sua operação no país, observam especialistas do setor.
“As empresas que querem ter relevância no mercado digital precisam estar convencidas que a logística é um fator crítico de sucesso. O não cumprimento desses requisitos pode comprometer a marca”, explica Eduardo Maróstica, especialista em logística e varejo e professor na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Criar uma logística fullfillment deverá, sim, ajudar a Shopee a enfrentar a concorrência, ainda que o grau de como ou se isso funcionará ainda seja incerto para o mercado”, complementa.
Fonte: “https://www.infomoney.com.br/business/shopee-turbina-logistica-para-entregas-rapidas-e-esquenta-competicao-no-e-commerce/”
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Azul Cargo Express amplia frota com dois Airbus A321 cargueiros
Companhia aumenta capacidade operacional, eficiência e aposta em novas oportunidades de mercado com as aeronaves.
Os novos cargueiros permitirão um aumento de 39% na capacidade de carga e uma redução de 27% no consumo de combustível por tonelada transportada.
A Azul Cargo Express, unidade de logística da Azul, anunciou a incorporação de dois Airbus A321P2F à sua frota, com previsão de início das operações para o primeiro trimestre de 2025. Esses cargueiros, que têm capacidade para transportar até 27 toneladas, representam um aumento significativo na eficiência e capacidade logística da empresa, sendo a primeira vez que a companhia utiliza o modelo A321-200 CEO, convertido para transporte de cargas.
As novas aeronaves, que receberão as matrículas PS-AJA e PS-AJB, permitirão à Azul Cargo aumentar em 39% a capacidade de peso e 50% a capacidade volumétrica em relação aos atuais Boeing 737-400F, com 14 posições de pallets e uma volumetria total de 212 m³. Essa melhoria também vem acompanhada de uma redução expressiva no consumo de combustível por tonelada transportada, cerca de 27% a menos, o que resulta em uma economia de até 9.000 toneladas de CO2 por ano por aeronave, considerando o mesmo volume de carga.
Outro diferencial dos Airbus A321P2F é a autonomia para realizar voos internacionais, expandindo o alcance e a possibilidade de atender novos mercados e clientes globais. Segundo a Diretora da Azul Cargo Express, Izabel Reis, a expansão representa uma oportunidade estratégica para a empresa. “Com essa ampliação de capacidade e o aumento de espaço disponível, estamos criando novas oportunidades para clientes que precisam de mais agilidade nas operações. Essas aeronaves vão transformar a logística no Brasil, especialmente com a sinergia perfeita com nossa frota, composta por 58 aeronaves Airbus”, afirmou Izabel.
Ela também destacou os investimentos contínuos da Azul em infraestrutura, como novos sistemas de classificação de carga (sorter) e aprimoramento das aeronaves, que têm sido fundamentais para o desenvolvimento das operações. “Estamos recebendo cada vez mais investimentos significativos da Azul, que permitem nossa expansão e nos posicionam como um dos principais players do setor de logística no Brasil”, complementou.
Crescimento estratégico da Azul Cargo Express
A Azul Cargo Express comemorou seu 15º aniversário em agosto de 2024 e, desde sua fundação, tem crescido de forma constante. Hoje, a empresa cobre mais de 5.000 municípios brasileiros e opera por meio de 330 lojas, garantindo entregas rápidas para mais de 2.000 cidades em até 24 horas. A expansão e modernização da frota é uma etapa essencial para manter a eficiência operacional e continuar a oferecer um serviço diferenciado aos clientes. A Azul Cargo se destacou também em eventos de alta demanda, como o Prime Day de 2024, quando transportou mais de 600 mil produtos em um único dia. Com tempos médios de entrega de 1,8 dias, a empresa se consolidou como um componente essencial da infraestrutura logística do Brasil, transportando cargas de forma 75% mais rápida do que os métodos terrestres.
Fonte: “https://brasilturis.com.br/2024/10/03/azul-cargo-express-amplia-frota-com-dois-airbus-a321-cargueiros/”