Riachuelo procura soluções inovadoras em universidades e startups

A Riachuelo busca integrar todas as áreas da companhia e simplificar processos e ações dentro da empresa, por meio da área de Inovação. Com investimento de R$168 milhões em tecnologia no último ano, a varejista agora busca arrojar seus desafios em soluções, desenvolvidas em parcerias com universidades e startups, além do time interno que segue trabalhando em projetos inovadores e contratando em plena crise

O objetivo desta busca por alternativas fora do espaço da Riachuelo é de acelerar a aproximação da varejista com o ecossistema de startups e o processo para o desenvolvimento destas soluções se dá a partir do evento Demodays, em que times internos mapeiam os desafios que têm a necessidade de uma solução e buscam microempresas que apresentam recursos que podem resolver tais questões com eficiência operacional. Além da procura no mercado de startups, as equipes também tem à disposição dezenas de empresas cadastradas no Riachuelo Lab, iniciativa lançada no início desse ano, que funciona como um banco de contatos.

“A aproximação da Riachuelo com outros contextos e as iniciativas da área de inovação, além de fomentar o cenário de microempresas no Brasil, também são importantes para o momento, que acelera startups e projetos mesmo em período de crise, contribuindo com a economia dessa área”, comenta comenta Carlos Alves, diretor executivo de tecnologia e inovação da Riachuelo.

As soluções também podem vir por meio de programas feitos em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, como o Citi, que uniu a varejista à empresa junior da UFPE, desenvolvendo um projeto de pesquisa e desenvolvimento sobre estratégia omnichannel no ponto de venda e experiência no varejo. Em outra ação em parceria com a universidade, a Riachuelo patrocinou o Cesar Summer Job, um programa de capacitação aos alunos durante o período de férias, fazendo mentoria com os participantes e analisando a possibilidade de implementação do resultado final do curso dentro da empresa.

Fonte : tiinside.com.br

Startups de logística sentem os impactos da pandemia de COVID-19 no Brasil

Logtechs relatam crescimento de demanda de entregas em diversos setores no país.

De acordo com recente relatório da Compre&Confie, o e-commerce no Brasil registrou um crescimento expressivo no primeiro trimestre de 2020. O faturamento atingiu R$ 20,4 bilhões, uma alta de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Por causa da quarentena imposta em diversos estados em resposta à pandemia de COVID-19, o número de compras online teve um salto no período: 49,8 milhões, número 32,6% maior do que o do primeiro trimestre de 2019.

Para atender a toda essa crescente demanda do e-commerce, startups de logística precisaram se adequar à nova realidade, e muitas delas registraram crescimento durante esse período. “Tivemos um aumento de demanda em torno de 10%”, conta Thiago Witte, CEO da Carguero.

Impactos

De acordo com o CEO, os impactos negativos da crise causada pelo coronavírus não foram sentidos pela startup, que aumentou o quadro de funcionários e pretende dobrar o tamanho do time ainda este ano. “fomos surpreendidos positivamente por conseguir manter a performance da empresa mesmo tendo 100% do quadro de funcionários em home office desde 16 de março”, afirma Thiago.

Para os motoristas da Carguero, as medidas de segurança foram reforçadas para evitar o contágio. “A solução por si só já inibe o contato físico, pois permitimos ao motorista evitar contato físico usando a tecnologia. Além disso, fizemos algumas campanhas de conscientização para os caminhoneiros (inclusive um vídeo) com dicas para que pudessem evitar o contágio, incluindo distanciamento mínimo, medidas de higiene pessoal constante entre outras pontuadas pela OMS.”

Para Thiago, o futuro pós-coronavírus para o segmento de logística forçará mudanças nas empresas. “O Covid-19 trará uma realidade que ainda está distante para a logística no geral: o incremente da tecnologia e automatização de processos. As exigências que o cenário atual está nos impondo certamente criará uma nova forma de fazer logística no Brasil: muito mais eficiente, tecnologia e colaborativa”, acredita.

Entregas

A Intelipost, de tecnologia e soluções de logística, afirma ter percebido um aumento de até 10% nas entregas, com variações dependendo do setor. “A coleta e a entrega estão dificultadas nos municípios com circulação restrita, o que está impactando SLAs (Acordo de Nível de Serviço). Quanto aos prazos, em média, houve um acréscimo de 1 a 3 dias”, explica Stefan Rehm, CEO da empresa.

Outra mudança diretamente ligada à quarentena foi a redução de insucessos na entrega por “cliente ausente”, visto que os consumidores estão ficando mais em casa. “Fora isso, as entregas estão acontecendo mais rapidamente, por conta da redução de carros nas grandes cidades”, conta.

A empresa também está sentindo uma crescente na quantidade de cotações e pedidos recebidos. “Nas primeiras semanas de isolamento social, vimos uma pequena queda, mas nas últimas semanas já é possível notar um aumento, justificado pela mudança no comportamento do consumidor que está evitando sair e fazendo mais compras online”, explica Stefan.

A empresa realizou recentemente um estudo sobre os impactos da COVID-19 no ecossistema logístico. De acordo com o levantamento, do lado dos varejistas, foi necessária uma adaptação nos armazéns, somada a conscientização diária sobre a importância dos cuidados, acompanhamento de temperatura e higienização, turnos sem sobreposição e a eliminação de contato físico com os motoristas ou fornecedores.

Do lado das transportadoras, as empresas estão disponibilizando kits de higienização para cada motorista e abolindo a assinatura de comprovação de entrega, com a orientação de utilizar apenas o RG e nome do recebedor ou comprovante de entrega por voz.

Para auxiliar clientes e parceiros a continuarem no mercado mesmo com as lojas físicas fechadas, a Intelipost firmou uma parceria com a Neomode e a Uello para a criação de um canal de vendas online para quem já atua no offline, transformando as lojas físicas em pequenos centros de distribuição possibilitando a oferta de entregas em casa.

“Para a logística, com certeza, este é um momento de transformação, de grande aprendizado e adaptação. As empresas que adotaram medidas preventivas para a saúde dos seus profissionais, como a higienização e otimização de turnos, provavelmente irão adotar esses procedimentos permanentemente. Modalidades de entrega como lockers, PUDOs e ship from store podem ter seu desenvolvimento acelerado durante a crise. O que podemos ver é que a tecnologia terá um papel importante, com o aumento da demanda por sistemas inteligentes de otimização da cadeia de suprimentos”, prevê o CEO.

Transporte

A TruckPad, uma das maiores plataformas de conexão entre caminhoneiros e cargas na América Latina, também está sentindo os efeitos da pandemia. A startup notou que 90% das empresas transportadoras de cargas cadastradas na plataforma tiveram queda em seu movimento. “Algumas com queda de até 40% em sua demanda. No entanto, empresas que atuam no setor do agronegócio continuam com 100% de suas operações rodando quase que normalmente”, explica Carlos Mira, CEO e fundador da empresa.

Ele explica que a pandemia forçou uma pequena pausa no ritmo de crescimento da empresa, “mas temos planos de quadruplicar nosso quadro de funcionários ainda este ano, em relação ao ano passado. Por isso já estávamos em um ritmo de contratações intenso antes da pandemia e pretendemos – o quanto antes, voltar a este ritmo intenso”, diz.

Por ter investidores chineses, a TruckPad começou a se preparar para a pandemia bem antes dos brasileiros começarem a tomar iniciativas neste sentido. “Para apoiar o setor, lançamos a iniciativa Transporte Voluntário, na qual nos oferecemos para localizar e contratar gratuitamente caminhoneiros para entrega doações de produtos de saúde, e o frete para o motorista é custeado pelo TruckPad”, conta Carlos. Até agora, já foram mais de 20 entregas pelo país. PAra solicitar transporte, as instituições podem acessar o site da iniciativa. “Além disso, em parceria com a Anfir (Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários), estamos distribuindo mil refeições aos motoristas nas rodovias brasileiras, para apoiar esses profissionais tão importantes nesse momento de crise.”

Em pesquisa realizada com cerca de 10 mil contratantes de fretes, como indústria, comércio, atacadistas e transportadoras que utilizam a plataforma TruckPad, a empresa mostrou que houve uma queda de cerca de 40% no volume de cargas nas últimas semanas, em relação à movimentação normal.

O levantamento ainda registrou que o movimento das cargas chamadas “last mile” (entregas de última milha) tiveram uma queda de quase 40%. “Estão são as entregas realizadas em estabelecimentos comerciais como lojas de ruas e de shopping centers, supermercados etc. Já para as cargas tipo ‘Full Truck Load’ (ou completa) – que ocupam toda a capacidade de um veículo, nossa pesquisa aponta queda de 30%, demonstrando que também há uma desaceleração no comércio atacadista e em uma boa parte da indústria”, explica Carlos.

“Contudo, o agronegócio nos parece estar a todo vapor. Acredito que este percentual de queda deve aumentar nas próximas semanas quando teremos o reflexo de um período maior de dias nos quais a população consumidora tenha sofrido com as restrições de movimentação. Embora alimentos e produtos de higiene tendam a continuar sendo comercializados normalmente, podemos esperar uma queda em produtos considerados supérfluos, como eletrônicos e roupas, por exemplo”, finaliza.

Fonte : itforum365.com.br

Rappi apostará em dados para se destacar na América Latina

De acordo com a Reuters, a Rappi usará os dados presentes no aplicativo para ganhar destaque entre os usuários da América Latina. Em entrevista, o co-fundador do aplicativo de entregas, Sebastian Mejia, disse que “vamos ajudá-lo a entender suas oportunidades perdidas”, como melhor momento de oferecer um produto, serviço ou promoção. Os dados servirão para entender “Por que quarta-feira talvez não seja o melhor dia para você, ou por que o almoço é melhor que o jantar”.

A proposta de Sebastian Mejia pode parecer ousada para uma empresa de entregas, mas ajuda a explicar por que a Rappi está gastando muito em uma expansão relâmpago na América Latina. E o segredo desta expansão é o uso estratégico de dados.

Conhecida pelas mochilas laranjas, a Rappi ganhou espaço em cidades como São Paulo, Bogotá e Cidade do México. Há cinco anos no mercado, no entanto, ainda não obteve lucro. E é isso que os executivos tentarão mudar em um futuro próximo, de acordo com a entrevista concedida à Reuters.

Investimento e crescimento acelerado

A rápida expansão da empresa pode ser uma estratégia de alto risco e depende de manter o fluxo de caixa dos investidores até que os lucros se concretizem. “Parte da visão da Rappi é construir um ecossistema”, disse Mejia. “É muito mais que uma empresa de entrega”.

Questionado sobre quanto tempo Rappi obteria lucro, Mejia disse que sua prioridade era crescer rapidamente e que os investidores estavam de acordo com o plano. “Quero atingir o maior número possível de consumidores”, disse ele. “Prefiro investir nisso do que focar em metas de curto prazo ou na lucratividade de curto prazo”.

Hendrick Lee, sócio-gerente da Palm Drive Capital, que investiu na Rappi, disse que os gastos da startup fazem sentido em sua busca para atrair as massas. “Entendo por que o Rappi está gastando muito dinheiro para chegar lá”, acrescentou.

Atualmente, a startup é avaliada em US $ 3,5 bilhões. Além disso, conta com o apoio e investimento do banco japonês SoftBank. Nos nove países em que atua, oferece desde mantimentos, alimentos até medicamentos e móveis. Nos últimos meses, inclusive, passou a oferecer aluguel de patinetes elétricos e serviços bancários, que também terão mais funcionalidades disponíveis no futuro.

Como acontece a coleta de dados

Toda transação gera dados sobre os compradores. Por exemplo: onde eles moram, o que querem e quando quando. Com o objetivo de atrair mais usuários para o aplicativo, a Rappi terá ainda mais material de usuário e possibilidades para coletar informações.

Os dados, por sua vez, não são repassados aos comerciantes que vendem pelo aplicativo. De acordo com Mejia, são fornecidas a eles as tendências de compra.

Luis Techera, chefe de parcerias estratégicas da Rappi no México, defende que a coleta de dados pode ajudar tanto o aplicativo quanto as marcas parceiras. O executivo dá o exemplo da possibilidade de testes usando produtos novos da marca e a oportunidade de entrega da Rappi.

Empresas como Nestlé, Gillete e Petz estão confiando na análise de dados da Rappi ao apostar nas vendas pelo aplicativo. “O Rappi não tem escolha a não ser continuar crescendo. Vemos o Rappi como um veículo que continuará ajudando o desenvolvimento do comércio eletrônico para compras ”, afirmou Luis Macin, vice-presidente de comércio eletrônico da Nestlé no México.

Planos para o futuro da Rappi

A empresa busca expandir suas operações na América Latina a partir de cidades com mais de 5 mil habitantes. Atualmente, a empresa ganha espaço na parte Sul do continente, mas ainda não tem profundidade na América Central.

De acordo com Gabriel Simões, analista de pesquisa de tecnologia do Itaú BBA em São Paulo, a plataforma está tentando “prender” mais usuários dentro dela. A estratégia “poderia dar certo, mas é muito cedo no jogo para garantir que essa seja a melhor estratégia ou não”, defende Simões.

Por mais significativa que seja a presença da Rappi nos países latinos, ela ainda enfrenta grande concorrência de outros aplicativos locais, como é o caso do iFood no Brasil.

De acordo com a empresa Apptopia, existem mais de 10 milhões de usuários ativos mensalmente na Rappi. Além disso, é estimado que o aplicativo forneça entregas para mais de 100 mil empresas.

Dificuldades e oportunidades no caminho da Rappi

Alguns especialistas do setor levantaram preocupações sobre a alta queima de caixa da startup e a necessidade de novos recursos para manter seu crescimento. Eles disseram que a Rappi pode achar difícil afastar os usuários dos grandes descontos e promoções que está oferecendo para conquistá-los, o que pode prejudicar a lucratividade.

Uma entrega na hora do almoço de sopa, tacos e um burrito na Cidade do México pode custar 319 pesos (16,80 dólares), por exemplo. Mas pode chegar a apenas 40 pesos após considerar as ofertas. A Rappi também envia cupons via texto ou push notification com promoções variadas de acordo com o local.

Fonte : e-commerce Brasil

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Sudeste soma quase 5 mil startups, indica levantamento

A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) revelou em seu último mapeamento de startups por região, que o Sudeste do Brasil tem 4776 startups ativas na região, sendo São Paulo o estado com a maioria delas (65%), seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro (ambas com 19% cada); o ecossistema do sudeste é composto, em grande parte, por modelos de negócios do tipo SaaS (40%) e Marketplace (21%), que contam com equipes de até 10 colaboradores.

“O Sudeste é, sem dúvida, um dos polos econômicos mais aquecidos do País, concentrando, hoje, mais de 1/3 de todas as startups mapeadas. Porém, como o nosso intuito é dar visibilidade a novos polos, priorizamos no mapeamento as cidades que estão começando a ter destaque, tal como São José dos Campos (SP), que se posiciona como polo de hardtechs e indústria, concentrando seus negócios nos setores Agro (20%) e meio ambiente (30%), em serviços e produtos para outras empresas (56%)”, pontua Amure Pinho, presidente da Associação Brasileira de Startups.

Entre as cidades, São Paulo assume a liderança com 46%, seguida do Rio de Janeiro (12%) e Belo Horizonte (10%). Entre os cinco primeiros, também está Uberlândia, com 104 startups ativas, a maioria em fase de tração e operação (39% cada, onde foi criada a comunidade UberHub (MG), indicada como finalista do último Startup Awards, com o objetivo de gerar densidade e conexões no ecossistema e que tem tornado o ecossistema local um dos mais vibrantes na região.

Destaque ainda para a cidade de Campinas (SP), origem da unicórnio QuintoAndar, focada no aluguel de imóveis, que possui hoje 115 startups ativas, que possui ainda outros cases de sucesso como a Trustvox, a Super Lógica, a Agrosmart, a Movile e o PJBank, contendo uma academia forte através de universidades como a PUC Campinas, Unicamp, Inova Business School, com forte reputação e programas voltados para o empreendedorismo; Além de um ótimo relacionamento com grandes corporações que orbitam o ecossistema, tal como Ambev, Petrobrás, IBM e Bosch, motivadas por talento e outros pontos forte da cidade, cuja maioria dos negócios (38%) ainda está em fase de tração.

Fonte : itforum365

Ikea faz parceria com startup para aprimorar processos de logística reversa

A marca sueca de móveis Ikea firmou parceria com a startup de logística Optoro, a fim de melhorar seus processos de gerenciamento de retornos e logística reversa. O projeto piloto abrangerá dez centros de distribuição da Ikea, 50 lojas de varejo e seu centro de suporte ao cliente nos EUA, com potencial de expansão para outros mercados no futuro.

A plataforma da Optoro usa análise de dados e algoritmos de learning machine para redistribuir o estoque devolvido e em excesso para os melhores locais na rede da varejista. A empresa também pode criar uma visão completa dos processos de logística reversa.

“Estamos em uma missão para nos tornar um negócio circular até 2030”, disse Javier Quiñones, presidente e diretor de sustentabilidade da Ikea Retail EUA. “A solução da Optoro nos permitirá eliminar grande parte dos resíduos criados na cadeia de suprimentos reversa, desde minimizar as emissões de carbono liberadas no transporte de retorno até encontrar as melhores lojas próximas para os itens devolvidos”.

A Ikea prevê que o uso da análise de dados em seu processo de devolução reduzirá o volume de produtos enviados para aterros. “Os varejistas que utilizam as plataformas de otimização de devoluções podem desviar dos aterros mais de 99% dos produtos devolvidos, eliminar desperdícios em até 70% e reduzir as emissões em 51%”, afirmou a startup.

Desviar mercadorias vendáveis ​​de aterros sanitários e voltar aos destinos de varejo não é apenas uma opção mais sustentável, mas também pode servir aos resultados dos varejistas. Um estudo da Arris Retail estima que mais de US$ 369 bilhões em vendas foram perdidas em 2018, devido a devoluções, que também podem aumentar os estoques e os custos da redistribuição e inventário de merchandising.

O valor do investimento da Ikea na última rodada de financiamento da Optoro não foi divulgado. O varejista fez investimentos em uma variedade de empresas de energia alternativa e reciclagem, enquanto trabalha para reduzir o desperdício.

Enquanto a Ikea pilota as soluções de otimização de logística reversa da Optoro, ela também vem trabalhando para tornar suas operações mais sustentáveis. Em uma carta aos funcionários sobre o apoio da empresa ao Acordo Climático de Paris, Quiñones disse que a Ikea planeja fazer entregas domiciliares em Nova York e Los Angeles 100% elétricas até 2020. A marca já opera entregas de última milha totalmente elétricas em Xangai e tem objetivos de expandir o programa para Amsterdã e Paris até 2020.

Fonte : mercado e consumo

O desafio de dar agilidade e eficiência ao Omnichannel

Nos últimos dois anos, consolidou-se no varejo global a tendência de foco em estratégias de omnichannel. É possível afirmar isto a partir de cases como Amazon Go e a consolidação do Magazine Luiza na liderança do setor no Brasil. Mas há ainda outras evidências fortes: quando o assunto é o ticket médio, relatório recente do IDC Retail mostra que estratégias de omnichannel incrementam algo entre 15% e 35% o valor das vendas. Nos Estados Unidos, segundo outro estudo, este do Criteo, consumidores omnichannel representaram 27% das compras totais em 2017.

Some a estes indícios alguns fatores cruciais para o varejo ser competitivo, como agilidade na entrega e uma operação logística sustentável. No primeiro caso, a maior parte das entregas são feitas após 48 horas da compra, o que inibe exponencialmente o potencial da venda online, que também é impactada se o frete for pago. O segundo ponto está totalmente relacionado ao primeiro. Como oferecer frete grátis em um momento em que as cidades cada vez mais restringem a circulação de veículos de carga? Ou então como atender regiões muito afastadas dos grandes centros?

É neste cenário que o omnichannel entra como uma solução com potencial para se tornar a principal estratégia do varejo. Lojas físicas tendem naturalmente a se transformarem em estoques avançados. Mas há ainda um potencial enorme a ser explorado: garagens comerciais com alta ociosidade.

Para se ter uma ideia, de acordo com levantamento da Unpark, startup focada em levar inovação para o segmento de estacionamentos, 25% da área construída da cidade de São Paulo é de garagens. Boa parte delas ociosas em mais de 12 horas por dia. Para o varejo, elas representam uma solução interessante para alguns de seus principais gargalos. Por quê?

  • localização privilegiada, em pontos valorizados das cidades e, por consequência, com maiores chances de serem próximos aos consumidores, reduzindo, assim, o tempo de entrega;
  • potencial para reduzir drasticamente uma das principais dores das transportadoras: as multas de trânsito. Dados do Sindicato das Empresas de Transportes de São Paulo indicam que na capital paulista mais de 70% das multas de trânsito do setor estão relacionadas à circulação em horários não permitidos e estacionamento irregular;
  • tornar a operação logística mais ambientalmente sustentável. Ao abastecer centros de armazenamento avançados em garagens, o varejo permite que o chamado last mile seja feito por bicicletas ou motos, opções com menor emissão de poluentes e mais adequadas ao trânsito das cidades, gerando um impacto significativamente menor na vida das pessoas;

Todos os elementos, dos novos modais de transporte, passando por garagens ociosas em bairros valorizados, à demanda do varejo e de clientes por melhores serviços, estão na mesa. Cada vez mais as soluções terão de trazer criatividade ao setor, pois está claro que os clientes não estão dispostos a pagar e nem esperar muito por um produto. Muitas vezes ele até se dispõe a buscar o produto em um ponto próximo, mas esta experiência precisa ser funcional e agradável.

A sacudida recente do setor causada com a chegada da Amazon no Brasil é uma evidência de que há muita inovação por vir. Quem ganhará é o consumidor e as empresas que se posicionarem.

Fonte : canaltech.com

Startup Lilium planeja lançar frota de táxis-aéreos em 2025

Em 2025, poderemos ter táxis-aéreos circulando em diversas cidades. Durante a Slush, conferência de tecnologia que acontece anualmente na Finlândia, Remo Gerber, diretor comercial da startup Lilium, falou sobre os planos da empresa de lançar veículos de decolagem e aterrissagem verticais (eVTOL) em até cinco anos.

“Estamos falando de uma maneira fundamentalmente diferente de mover as pessoas rapidamente, por longas distâncias”, disse Gerber. “Acreditamos que isso cria novas oportunidades. Então é assim que você vai experimentar o futuro”. Durante o evento, o executivo falou sobre detalhes técnicos da aeronave e sobre a visão da empresa de reinventar o transporte e o relacionamento das pessoas com as cidades.

A Lilium possui 400 funcionários focados em desenvolver aeronaves e um aplicativo que permitirá que usuários acessem uma rede de plataformas de pouso em diversas cidades. Os clientes poderão solicitar um táxi-aéreo assim como um Uber.

“Esse é o tipo de tecnologia que pode realmente fazer a diferença em grandes cidades e ambientes urbanos menores”, disse Gerber. “Você pode, por exemplo, ficar em um grande centro da cidade e morar em outro lugar. E isso mudará como usamos nossa terra, como planejamos nossas férias e como conectamos diferentes sociedades em diferentes comunidades de uma maneira que simplesmente não é possível hoje”.

Fonte : startse

Justiça obriga Loggi a contratar motoboys como CLT e pagar multa de R$ 30 milhões

A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou, nesta sexta-feira (6), que os motoboys que fazem entrega para a Loggi possuem vínculo empregatício com a empresa. A decisão da juíza Lávia Lacerda Menendez determina que a startup contrate, em regime CLT, todos os condutores que trabalharam na startup de outubro até dezembro deste ano.

Além de contratar os profissionais que prestaram serviços recentemente, a Loggi não poderá mais trabalhar com motoristas autônomos, modelo em que a empresa opera desde o início. Empresas como iFood, Rappi, 99, Uber e Uber Eats também adotam o mesmo regime. A decisão, de primeira instância, é o resultado de uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, protocolada em 27 de agosto de 2018.

A Loggi ainda não se manifestou sobre a decisão.

Últimas notícias

A Loggi é um dos unicórnios brasileiros – ou seja, uma startup avaliada em valor superior a US$ 1 bilhão. Ela atingiu este patamar após receber um aporte de US$ 150 milhões liderado pelo Softbank.

Em julho deste ano, a empresa, junto ao iFood, realizou um acordo com a Prefeitura de São Paulo para acabar com bônus para os motociclistas que realizam muitas entregas no menor tempo possível, prezando pela segurança.

Mais recentemente, a empresa abriu um escritório em Portugal e está com vagas abertas para brasileiros trabalharem no local. A companhia também abriu 800 oportunidades no Brasil para todos os setores.

Fonte : startse

Como o Nubank usa tecnologia e intuição para criar produtos

Na sabedoria popular, a intuição é considerada por muitos o sexto sentido humano. No mundo dos negócios, também tem sua importância. Mas em tempos de big data e inteligência artificial, é difícil seguir a intuição quando soluções podem ser criadas com base no cruzamento de uma série de informações. O Nubank, entretanto, tenta mesclar um pouco dos dois mundos.

Ao menos, é o que afirma Hugh Strange, vice-presidente de produtos do unicórnio brasileiro. Na empresa desde 2014, quando a startup passava longe de ser avaliada em US$ 1 bilhão e se via repleta de desconfiança por parte do mercado, o canadense foi responsável pela criação de praticamente todas as soluções ofertadas pelo Nubank. “No começo, o nosso objetivo era levar o ‘roxinho’ [em referência ao cartão de crédito] ao maior número de consumidores possível”, diz.

Para cada uma dessas soluções, Strange buscou balancear ciência de dados com intuição – que o executivo também chama de bom senso. Na sua visão, empresas não podem tomar todas as decisões com base em dados qualificados. “Isso traz lentidão ao negócio.” O segredo é encontrar o meio-termo. No Nubank, ele diz que os times de desenvolvimento de produtos têm a missão de tomar as melhores decisões com base nas informações que têm. “Às vezes, uma análise extra não vale o tempo. Algumas coisas são óbvias. É preciso usar as ferramentas à mão e tomar uma decisão. É um mix de skills.”

O processo
No Nubank, produtos são criados em duas situações diferentes: oportunidades ou necessidades do consumidor. Oportunidades podem ser internas, diz Strange. Quando processos podem ser automatizados ou acelerados, times de tecnologia se debruçam sobre uma possível solução. No caso das novidades voltadas para o cliente final, há um processo de coleta de dados e a condução de pesquisas internas e externas para entender melhor o problema.

Uma questão frequente que o time do Nubank se faz é a seguinte: “esse é um tema que faz sentido para nós?”.  Parte da resposta dessa pergunta está na complexidade do tema, diz Strange. A empresa prefere focar em problemas mais complexos do que nos mais simples, garante o executivo. “Frequentemente, buscamos algo que possa ser ‘atacado’ com uma boa dose de tecnologia, design e ciência de dados”, afirma.

Caso haja interesse, a empresa dá início ao desenvolvimento de um protótipo para testes. A ideia é que esse processo seja rápido, para que a decisão de seguir ou não com a solução aconteça também aconteça sem demora. Dentro do Nubank, esse processo ficou conhecido como Discovery. Um exemplo que o executivo dá é o de transferência de dinheiro da NuConta para outros bancos. Durante esse processo, o time de Strange analisou como a operação funcionava nos seus principais concorrentes antes de desenvolver a sua própria. Depois da análise, decidiu optar por criar uma solução “simples” e apresentá-la aos consumidores. “Com base na recepção e no comportamento dos nossos clientes, trabalhamos a solução”, diz.

Outra parte do seu trabalho é conectar diferentes times da startup. Hoje, a área de desenvolvimento de produtos conta com pessoas das áreas de tecnologia, design e ciência de dados. “Quando você trabalha em conjunto, as soluções são muito mais rápidas. Se você quer liderar uma empresa disruptiva, é preciso que todos os braços trabalhem em conjunto.”

2020
Questionado sobre o que a empresa deve lançar em 2020, Strange afirma que “muito vai acontecer”. O executive não dá detalhes, mas diz que parte do seu trabalho nos últimos meses tem sido focado na customização do atendimento. Com o crescimento no número de clientes, a navegação pelo aplicativo se tornou uma jornada mais “genérica”. Agora, a ideia é mudar isso usando inteligência artificial e ciência de dados, para que as pessoas tenham experiências mais personalizadas dentro do banco digital. “Nós amaríamos customizar a experiência de cada um, oferecendo combinações exclusivas de produtos e empréstimos”, diz. Outra funcionalidade que está no horizonte do executivo é deixar mais fácil e mais rápida a navegação pela NuConta. “Quero que os nossos clientes possam transferir dinheiro para os amigos e pagar contas com ainda mais agilidade.”

Fonte : epocanegocios.globo.com

Startup brasileira vence competição internacional de logística

A 2ª edição do Future of Logistics Tech Summit – importante evento que reúne grandes empreendedores e líderes da área de logística espalhados pelo mundo, aconteceu na última semana e debateu as influências das inovações tecnológicas no setor. A Uello – startup que usa rede colaborativa para reduzir custos no frete e agilizar entregas foi premiada com o título da People’s Choice of Best Startup.

O evento, que acontece em Miami, e o prêmio foram realizados pela LAB Ventures – empresa que investe em startups disrusptivas no setor de tecnologia. Foi formada uma curadoria que selecionou as 10 startups mais inovadoras do mundo em logística para competir pelas melhores ideias no setor. A competição foi vencida pela Uello, a única brasileira a ser convidada.

O papel da Uello na logística

Fernando Sartori, fundador da Uello, destacou como a empresa ajuda os empresários brasileiros a melhorarem os serviços de logística para seus clientes. “Tivemos a oportunidade de explicar o modelo de negócio para grandes players do mercado de logística no mundo, como podemos contribuir na evolução no setor de forma geral e explicamos ainda as dores de pequenos empreendedores no Brasil para realizar uma entrega rápida e com custo menor”, enfatizou Fernando.

O empreendedor ressaltou na oportunidade que a Uello nasceu para solucionar o problema de pequenas e médias lojas virtuais, com poucos pedidos diários e que dependiam quase que exclusivamente dos Correios para realizar seus envios. “A empresa trabalha com rede colaborativa e funciona por meio de uma plataforma virtual que permite a integração entre os motoristas que fazem as entregas. Além disso, realizamos parcerias com pequenos armazéns espalhados em toda a grande São Paulo, o que possibilita diminuição de custos logísticos em até 30%”, explicou.

Já Andre Martins, cofundador da Uello, reforça a importância da participação da empresa no debate para melhorar cada vez mais os serviços no setor. “Foi um encontro de ideias, onde cada empresário apresentava seus conhecimentos para contribuir cada vez mais na melhoria do atendimento e na eficiência da logística no mundo.”, reforçou o cofundador da Uello, Andre Martins.

No evento

Além da Uello e de outras 9 startups do mundo todo, estavam presentes na Future of Logistics Tech Summit, além de grandes players internacionais, como DHL, Agility, Uber e UPS. “A receptividade de todos com as vantagens oferecidas pela Uello para empresários de todos os tamanhos no Brasil mostra que estamos no caminho certo, mas vamos aproveitar todos os insights adquiridos no evento para tornar a Uello ainda mais eficiente no setor de logística”, finalizou Andre.

Fonte : Revista Mundo Logística