Guerra nas entregas: startups captam megarodadas para dominar o Brasil

O mercado de delivery brasileiro está povoado de concorrentes capitalizados que, cada vez mais, disputam as mesmas verticais (e clientes)

São Paulo – Nas grandes metrópoles, há a sensação de que surge um motoboy de aspecto diferente a cada virada de esquina. Eles ostentam nas caixas de entrega ou nas roupas as cores vermelho, verde, laranja, amarelo e azul. Cada uma delas é uma startup de pedidos e/ou entregas diferente: iFoodUber Eats, Rappi, Glovo e Loggi.

A dominação recente não é coincidência, mas sim o resultado de uma série de injeções de capital. Três desses players – a espanhola Glovo, a colombiana Rappi e a brasileira Loggi – protagonizaram megarounds nos últimos meses, ou captações de investimentos de mais de 100 milhões de dólares.

O objetivo é aproveitar o quente mercado de entregas curtas. Apenas o conhecido delivery de alimentos faturou mais de 10 bilhões de reais no ano passado. No mesmo período, o comércio eletrônico faturou 59,9 bilhões de reais e enviou 203 milhões de pacotes.

Conquista pelo estômago

O iFood, empresa da Movile criada há sete anos, nadava sozinho no oceano azul de delivery de restaurantes. Em 2016, presenciou o surgimento de players como Uber Eats e a entrada da empresa de entregas Loggi nos alimentos. Mas foi a chegada da colombiana Rappi no ano passado, com uma tática agressiva inspirada nas gigantes chinesas, que sacudiu as entregas de comida por aqui. Diante da repercussão do serviço, com motoboys com caixas e roupas laranjas para todos os lados da cidade de São Paulo, nos últimos seis meses parecia que todos os outros players estavam patinando.

O sentimento só aumentou com a alçada da Rappi ao status de unicórnio – startup avaliada em um bilhão de dólares ou mais – no mês passado, com um investimento de 826 milhões de reais. A Rappi possui hoje 3,6 milhões de usuários (800 mil no Brasil), “milhares” de estabelecimentos e dois mil funcionários. No próximo mês, o negócio espera chegar a 11 mil pedidos por hora. Também projeta chegar a 80 milhões de usuários nos próximos três anos.

A ascensão da Rappi fez até o líder do delivery de comidas mexer-se. EXAMEapurou que o iFood, cujo faturamento anual é estimado em 370 milhões de reais, vai investir 100 milhões de reais para turbinar a operação. Uma das linhas de investimento será a compra de 20.000 uniformes e mochilas vermelhos para motoqueiros, algo que a Rappi fez bem com o laranja. O dinheiro, que viria do próprio caixa da companhia, servirá também para expandir a equipe e melhorar a logística para reduzir o tempo de entrega.

O iFood possui mais de 8,7 milhões de pedidos mensais e mais de 6 milhões de usuários ativos, com presença no Brasil, na Colômbia e no México. E, segundo a empresa, registra um crescimento de três dígitos por ano desde sua criação.

Depois, a entrega de tudo

Apesar de ter o delivery de restaurantes como maior vertical, a Rappi quer ser um aplicativo para “entregar de tudo”. Dá para pedir frutas e verduras, produtos de limpeza, remédios e até dinheiro. Mas a statup colombiana não está sozinha nessa tentativa.

A espanhola Glovo atua em 17 países e anunciou em agosto deste ano um aporte de 115 milhões de euros (ou 500 milhões de reais), dos quais “dezenas de milhares” serão colocados no mercado brasileiro, onde a startup atua desde fevereiro. A Glovo tem uma atuação similar à do Rappi, com um aplicativo para comida, supermercado, farmácia, lojas de conveniência, floriculturas, pet shops, lojas de presentes e lojas de eletroeletrônicos. A startup espanhola está em 17 cidades brasileiras hoje e pretende dobrar o número até o fim de 2019. A Glovo não divulga número de entregas e usuários.

Outra concorrente de peso é a Loggi. A startup levantou nesta semana um aporte de mais de 400 milhões de reais, liderado pelo fundo Vision, do SoftBank (Japão), e acompanhado pelo KaszeK Ventures (Brasil). A aposta em aplicativos de entrega não é novidade para o fundo do bilionário Masayoshi Son. No início deste ano, o Vision Fund liderou um investimento de US$ 535 milhões na DoorDash, um aplicativo de entrega de alimentos com sede em São Francisco. Também comprou 15% da gigante Uber, dona do spin-off Uber Eats.

Segundo Fabien Mendez, cofundador e CEO da Loggi, o aporte reflete o interesse do SoftBank em mobilidade urbana, comércio e logística, além de demonstrar um melhor humor dos investidores do que o visto em 2015, quando a startup captou um aporte bem menor, de cerca de 50 milhões de reais.

“Eles acreditam que o pior da crise já passou e que movimentos interessantes do Brasil, como uma população jovem, conectada e com acesso à crédito, não dependem de decisões do Congresso. Além disso, a Loggi cresceu nos últimos anos e atingimos nosso ponto de equilíbrio no final do ano passado, e crescimento com disciplina é um atrativo.”

O novo investimento será usado para quadruplicar a equipe de tecnologia e entrar de cabeça na tendência do “novo varejo” – a tendência de unir o online com o offline, mais vista em gigantes chinesas como o Alibaba e experimentada por brasileiras como Magazine Luiza. Hoje, a Loggi faz 3 milhões de entregas em 30 cidades, com 10 mil motofretistas e motoristas de vans. A expectativa é atingir 5 milhões de entregas por mês nos próximos três anos.

Para Mendez, os principais concorrentes da Loggi são as transportadoras tradicionais. Players como Rappi e Mercado Livre são vistos como complementares: enquanto eles são especializados em fazer os consumidores pedirem, a Loggi atua na logística. Há entregadores da Loggi que, inclusive, fazem entregas para a Rappi.

Mas tais fronteiras cada vez mais se diluem, na visão do investidor Paulo Humberg. “Estaríamos nos vinte minutos do primeiro tempo, se isso fosse um jogo de futebol. Não sabemos ainda o que vai acontecer, mas, no fundo, daqui a pouco todo mundo concorre. Haverá um amadurecimento desse mercado e começaremos a olhar quem sobrevive após as grandes captações”, afirma o investidor do fundo A5 Capital Partners.

Humberg vê com bons olhos a captação da Loggi, que poderá fazer mais frente à expansão da Rappi. Ele ressalta que aquisições entre gigantes e startups podem ocorrer, já que o mercado de delivery é alvo de negócios de diversos setores – mobilidade urbana, tecnologia e varejo físico e online, por exemplo. No final do ano passado, a rede americana Target comprou a startup de delivery Shipt. Mais recentemente, no mês passado, o Walmart adquiriu a startup mexicana de entregas para supermercados Cornershop.

No Brasil, porém, o mercado ainda está “tranquilo demais” para esse movimento. As gigantes fazem tanto parcerias com pequenas quanto desenvolvimentos próprios. O Mercado Livre fechou uma parceria com a startup EuEntrego e já faz algumas entregas de seus vendedores. A gigante Amazon ensaia uma operação 100% própria e ensaia um piloto com a startup de logística por caminhões CargoX. “Não acho que vivemos em um mundo binário. Vejo espaço para transportadoras independentes como forma de complementar as entregas. A chinesa JD.com possui tanto logística própria quanto parceiros”, afirma Mendez, da Loggi.

A guerra nas entregas incorpora cada vez mais combatentes e recursos – e não tem data para terminar.

Fonte: exame.abril.com.br

Loggi, startup de logística, é o mais novo unicórnio brasileiro

Negócio que entrega de documentos a alimentação atingiu valor de 1 bilhão de dólares com nova rodada de investimentos de 150 milhões de dólares.

A startup de logística Loggi se tornou o mais novo unicórnio brasileiro, ou startup avaliada em um bilhão de dólares ou mais. O valuation veio após uma rodada de investimentos no valor de 150 milhões de dólares feita pelos fundos de investimento SoftBank, GGV Capital, Fifth Wall e Velt Partners, além da Microsoft.

O mercado brasileiro de entregas é especialmente atrativo: o país gasta o equivalente a 12,7% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em logística, do armazenamento ao transporte. Nos Estados Unidos, esse percentual é de 7,8%. Atualmente, a Loggi faz 100 mil entregas diárias e a meta é realizar cinco milhões de entregas por dia nos próximos cinco anos. Incluindo encomendas com maior prazo, a Loggi faz mensalmente 3 milhões de entregas em 33 cidades, com 10 mil motofretistas e motoristas de vans.

Os recursos servirão, primeiro, para montar uma equipe com mais de mil desenvolvedores. O investimento em profissionais de tecnologia começou no final do ano passado, com a compra da startup de inteligência artificial aplicada à publicidade na internet WorldSense. Cerca de 400 engenheiros foram incorporados à equipe da Loggi na época. O movimento de aquisição com foco em talentos, comum no Vale do Silício (Estados Unidos) nos anos 2013 e 2014, é chamado de acqui-hiring.

Outro objetivo com o aporte de 150 milhões de dólares é expandir a atuação geográfica da empresa por meio pontos de onde saem as entregas próximos dos consumidores. De acordo com entrevista anterior do fundador Fabien Mendez a EXAME, 80% dos recursos obtidos nos últimos anos foram direcionados a identificar e montar os hubs de entrega. A empresa começou este ano com 12 centros do tipo em toda a cidade de São Paulo, sua sede.

Histórico

Criada em 2014 para enviar documentos, a Loggi se expandiu e captou recursos para atender novas demandas. Foi dos documentos para o e-commerce, aproveitando o crescimento de 12% do comércio eletrônico em 2018, para 53,5 bilhões de reais. Hoje, atende as dez maiores lojas online do país, Como Dafiti e Mercado Livre. Há um ano e meio, a Loggi começou a fazer entregas em alimentação. A ideia é aproveitar horários de atuação distintos, intercalando entregas de produtos vindos do e-commerce com refeições.

Ao todo, a Loggi já captou 295 milhões de dólares em aportes. O último aporte havia sido realizado em outubro do ano passado, também pelo SoftBank, no valor de 111 milhões de dólares. A aposta em aplicativos de entrega não é novidade para o fundo de investimentos do bilionário japonês Masayoshi Son.

São Paulo integra-se com outras metrópoles para entregas no mesmo dia ou no dia seguinte (modelo conhecido como same ou next day delivery). A região coberta same ou next day representava 35% do volume nacional de encomendas no começo do ano. Até 2020, a porcentagem deve saltar para 100%.

Fonte: exame.abril.com.br

Fique de olho nas startups do norte!

Se engana quem pensa que não existe inovação na região norte do país. O cenário de startups da região é promissor e vem crescendo muito nos últimos anos. O motivo? A criação de comunidades de apoio ao empreendedor, players locais engajados e instituições como a ABStartups. Estamos de olho em tudo o que está rolando por lá, através de mapeamentos, eventos e parcerias, por exemplo. Nesse artigo, você vai conhecer o que tem sido feito na região, e como pode contribuir ainda mais para esse ecossistema!

O cenário empreendedor

Atualmente, com 229 startups mapeadas pelo Startupbase, a região tem suas startups distribuídas entre os estados na seguinte proporção: Amazonas (33%), Pará (22%), Tocantins (16%), Acre (10,4%), Rondônia (9,6%), Amapá (6,7%) e Roraima (1,7%).

Focadas principalmente nos segmentos de educação, comunicação/mídia e e-commerce, o ecossistema da região atende ao público B2B, adotando os modelos de SaaS e marketplace.

Já em relação a maturidade das startups locais, a maioria das startups se encontram maduras, principalmente em fase de tração (36,8%) e operação (34,6%). Em contrapartida, também temos o cenário de ideação em crescimento (25%). As startups em scale-up, apesar de menor proporção, também marcam presença na região (3,6%).

Novo mapeamento da região norte

O mapeamento de comunidades nasceu com um objetivo: ajudar comunidades a desenvolver e engajar novas startups criando uma rede de apoio e conexão em todas as regiões do Brasil. Em 2018 foram diversas cidades mapeadas e 30 materiais publicados.

Mas essa missão ainda não acabou! As comunidades, assim como a inovação está em constante mudança. E queremos continuar esse trabalho com essas e outras comunidades.

Os mapeamentos funcionam como um guia atualizado permanentemente para identificar oportunidades e desafios de ecossistemas emergentes. E é importante a participação para  aumentar a visibilidade dos ecossistemas locais atraindo investimento e parceiros e contribuir para a criação de políticas e mecanismos que fortaleçam o ecossistema de startups.

Fonte: itforum365

Visa convoca startups para nova edição do programa de aceleração

Startups têm até o dia 30 de junho para se inscreverem. Iniciativa busca startups na área financeira que desejam expandir operações.

A Visa está com inscrições abertas para a segunda edição do Programa de Aceleração Visa 2019. A iniciativa busca startups com soluções voltadas para o mercado financeiro. Projetos nas áreas de pagamentos, transações, gestão financeira, empréstimo, blockchain, big data, machine learning, inteligência artificial, automação comercial, CRM, gestão de vendas e soluções para PDV (ponto de venda) estão alinhados com a proposta desta edição.

O programa busca, sobretudo, startups que já tenham receita, base de clientes e que desejam expandir operações. Além disso, é preciso ter disponibilidade para participar das atividades em São Paulo, entre os meses de agosto a novembro. As inscrições vão até o dia 30 de junho.

Após o período de inscrições, é feita uma triagem de todos os interessados. A partir daí serão selecionadas as startups para a fase de apresentações no Pitch Fest, que acontecerá em julho. Lá, empreendedores irão mostrar suas ideias para uma banca da Visa, que poderá escolher até 10 startups para participar do Programa de Aceleração.

Benefícios para as startups

Os participantes receberão mentorias com executivos da Visa e do mercado para desenhar uma estratégia de crescimento e verificar sinergias e oportunidades de negócio, com a possibilidade de receber investimento da Visa para teste de MVP (minimum viable product).

Empreendedores ainda vão passar duas semanas no Vale do Silício, podendo validar sua estratégia de negócio com especialistas, fazer benchmark, estreitar relacionamento com Venture Capitals e verificar se a solução criada por eles pode ser internacionalizada.

“Estamos muito felizes em iniciar mais uma edição do Programa de Aceleração e continuar fomentando negócios, possibilitando que contratos sejam fechados entre a Visa, nossos clientes e as startups. Visto que os resultados do Programa em 2018 foram bem expressivos, as possibilidades de parceria com as startups são animadoras”, destacou Percival Jatobá, vice-presidente de Soluções e Inovação da Visa do Brasil.

Fonte: itmidia.com

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Rappi e iFood lideram ranking de startups com maiores investimentos da AL

Mais de US$ 5,7 bilhões foram investidos em startups da América Latina desde 2012. Isso é o que indica um levantamento realizado pela CB Insightsrecentemente. Nos últimos sete anos, mais de 520 acordos foram realizados entre os investidores e as startups. No relatório, foram mapeadas as 11 empresas que receberam os maiores aportes. Juntas, elas levantaram mais de US$ 2,5 bilhões.

Em primeiro lugar, está a Rappi. Criada na Colômbia, a startup já acumula hoje 6,5 milhões de usuários, em sete países: Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai. A empresa já arrecadou mais de US$ 1,4 bilhão. Já o iFood ocupa o segundo lugar no ranking. De acordo com o levantamento, a startup brasileira já levantou US$ 586 milhões.

Fonte: startse

Em terceiro lugar, está a Selina, que possui uma rede de hospedagem com diversos tipos de acomodações para atender às necessidades de viajantes. A startup oferece quartos privados, compartilhados, pacotes de experiências e espaços de co-working. Até hoje, ela já arrecadou US$ 195 milhões. Hoje, a Selina está avaliada em US$850, e em breve poderá entrar para o time de unicórnios — startups com valor de mercado de US$ 1 bilhão ou mais — junto com Rappi e iFood.

As posições seguintes ficaram com Clip (US$147,4 milhões), Technisys (US$ 64 milhões), ComparaOnline (US$ 33 milhões), Bitt (US$20,5 milhões), Bankingly (US$10,3 milhões), Crehana (US$ 5,4 milhões), inMediata (US$ 4 milhões) e Singularities (US$1,3 milhão).

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Correios dos EUA farão parceria com a startup TuSimple para fazer entregas com caminhões autônomos

O programa piloto envolve cinco viagens, totalizando mais de 3.380 quilômetros ou cerca de 45 horas de condução.

O Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS) iniciou nesta terça-feira, 21, um teste de duas semanas transportando correspondência em três Estados do sudoeste do país usando caminhões autônomos, um passo para comercializar a tecnologia para o transporte de cargas.

A startup de San Diego, TuSimple, disse que seus caminhões autônomos começarão a transportar correspondências entre as instalações do USPS nas cidades de Phoenix e Dallas para ver como a tecnologia pode melhorar os prazos e custos de entrega. Um motorista de segurança sentará ao volante para intervir, caso necessário, e um engenheiro ficará no banco do passageiro.

Se bem sucedida, isso marcará uma conquista para a indústria de condução autônoma e uma possível solução para a escassez de motoristas e restrições regulatórias enfrentadas pelos transportadores de carga nos EUA.

O programa piloto envolve cinco viagens de ida e volta, totalizando mais de 3.380 quilômetros ou cerca de 45 horas de condução. Não está claro se a entrega autônoma de correio continuará após o programa de duas semanas.

“O trabalho com a TuSimple é a nossa primeira iniciativa em transporte autônomo de longa distância”, disse a porta-voz do USPS, Kim Frum. “Estamos conduzindo pesquisas e testes como parte de nossos esforços para operar uma futura classe de veículos que incorporarão novas tecnologias.”

A TuSimple e o USPS se recusaram a divulgar o custo do programa, mas Frum disse que nenhum dinheiro de imposto foi usado e que a agência depende da receita de postagem e outros produtos. TuSimple já levantou  US$ 178 milhões em financiamento privado, inclusive da fabricante de chips Nvidia e da empresa chinesa de mídia online Sina.

Os caminhões viajarão nas principais estradas interestaduais e passarão pelos Estados de Arizona, Novo México e Texas.

Fonte: link.estadao.com.br

 

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Startups começam a desenvolver serviços financeiros dentro de casa

Toda segunda-feira, uma reunião dá as boas vindas aos profissionais recém-chegados à plataforma da Singu, startup de serviços de beleza em domicílio. Nesses encontros, muitas histórias em comum: mulheres endividadas e sem dinheiro para comprar comida durante o mês, já que muitos salões pagam quinzenalmente. “Paguei a dívida de uma delas, mas depois tentei descobrir como a empresa podia resolver esse problema e elas pudessem receber todos os dias”, conta Tallis Gomes, fundador da startup. A solução foi criar um sistema de adiantamento de recebíveis, usado por 90% dos mais de 3 mil profissionais que prestam serviços como manicure e massagem na plataforma.

Operar serviços financeiros não é a atividade principal da Singu, mas se tornou parte da estratégia. Não é uma exceção: é crescente o número de startups que adicionam uma “roupa de fintech” (startup de serviços financeiros) a seu portfólio. É o caso da empresa de mobilidade Yellow, do serviço de entregas Rappi e da Movile, que controla a startup de delivery de comida iFood.

É uma tendência forte, não só no Brasil”, diz Bruno Diniz, especialista em fintechs da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). De fato: Amazon e Apple entraram no setor nos últimos anos, enquanto, na China, “ter carinha de fintech” é praticamente regra entre as gigantes de tecnologia. O principal caso é o da Alibaba, que fundou a Alipay, em 2011. Rebatizada como Ant Financial, a empresa é a startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 150 bilhões após rodada de aportes feita em 2018.

No caso da Singu, o serviço é simples: hoje, os profissionais de beleza ficam com 65% do valor do serviço prestado. Se quiserem receber o pagamento no mesmo dia, porém, a fatia cai para 60%. Como muitos parceiros da startup são desbancarizados, a empresa também quer lançar serviços de crédito. “Em um ano, todos os marketplaces estarão ‘um pouco’ fintechs”, diz Gomes, pioneiro das startups no País – em 2011, ele fundou a EasyTaxi.

Feito em casa

Há motivos para que as empresas estejam de olho em serviços financeiros. O primeiro é que, com isso, elas podem ficar com uma fatia maior da receita gerada pelo serviço. Outro é que, segundo elas, desenvolver um sistema financeiro dentro de casa é mais fácil e eficiente. Além de dominar tecnologia, elas podem usar os dados que acumularam sobre os costumes de seus usuários, em vez de transferir um grande volume de informações a um terceiro.

Ao começar a operar serviços financeiros, as empresas também podem descobrir outras necessidades dos clientes. Foi o que ocorreu com o grupo Movile, cujo iFood hoje processa mais de 17,4 milhões de pedidos por mês.

No início, a empresa precisava gerar boletos no fim de cada mês para que os estabelecimentos pagassem sua comissão. “Essas necessidades nos levaram a criar serviços financeiros”, diz Thomas Barth, diretor financeiro da MovilePay – criada em janeiro. O início da operação do braço financeiro da empresa foi marcado pelo lançamento do pagamento via QR Code que, em cinco meses, acumulou 10 mil estabelecimentos – incluindo não só o iFood, mas também mercados e farmácias.

Costurando para fora

Às vezes, o “braço fintech” das startups acaba gerando até mesmo novas funções para a empresa. Foi o que ocorreu na Rappi, nascida como “delivery de qualquer coisa”. Hoje, sua divisão de pagamentos, o RappiPay, permite não só o pagamento de serviços com QR Code, mas também a transferência de dinheiro entre usuários, cada um com sua carteira digital.

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Startup do Reserve faz primeira entrega com drone autônomo

especializada em produção de imagens aéreas e soluções com drones do Reserve, fez a sua primeira entrega com um drone autônomo (não pilotado), com inteligência artificial. O pedido foi uma embalagem de Leite de Rosas comprada na Drogaria Venancio, de Petrópolis (RJ), na última quarta-feira (22).

A novidade aconteceu através do projeto D4 (Door-to-Door Drone Delivery), desenvolvido pelo My View Drone Lab (laboratório de P&D da empresa) para entrega comercial de produtos por drone autônomo. Segundo a startup, esta ação foi realizada pela primeira vez no País.

O My View D4 utiliza uma aeronave especialmente desenvolvida pela startup, ao longo de oito meses de pesquisa, criação, prototipação e testes. O objetivo do projeto inédito é iniciar a entrega comercial regular de produtos por drones autônomos, para que o serviço seja logo regulamentado no Brasil.

“Iniciamos o projeto em julho de 2018, seguindo um cronograma rígido e muita experiência na bagagem para chegar hoje a este MVP (Minimum Viable Product ou Produto Minimamente Viável no jargão tecnológico)”, explica o CEO, sócio e fundador da My View, Thiago Calvet.

“Esta primeira entrega comercial com drone autônomo no Brasil foi realizada com o devido credenciamento junto aos órgãos reguladores, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Escolhemos o distrito de Itaipava por ser uma área com pouco tráfego aéreo e baixa densidade urbana”, esclarece o sócio e COO da startup, Luiz Paulo Cavedagne.

COMO ACONTECEU
O voo autônomo foi realizado entre uma loja da Drogaria Venancio (Ponto A) e a casa do cliente (Ponto B). Através de geolocalização, com identificação em tempo real de obstáculos ao voo, o drone MVAD-01 voou a uma altitude de 30 metros, velocidade média de 14 quilômetros por hora, completando a distância de 876 metros em menos de quatro minutos.

Durante o voo, também foram monitoradas as condições climáticas, incluindo velocidade e direção do vento na altitude de voo, o payload (carga útil, peso e dimensões do produto embalado), as condições da decolagem, pouso e entrega do produto, além do nível de automação da aeronave.

A empresa já mantém contratos com a Petrobras para inspeções em plataformas de petróleo e com a Rede Globo para produção de imagens aéreas em novelas e programas.

Fonte: panrotas.com

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Startup chinesa produz vans-robôs para automatizar entregas

Com capacidade inicial para produzir 30 mil veículos, a Neolix quer atender um mercado que tem crescido exponencialmente na China: o ecommerce.

A startup chinesa Neolix iniciou a produção comercial de uma van-robô que promete automatizar entregas. A empresa quer atender um mercado que tem crescido exponencialmente na China: o ecommerce. Apesar de ser iniciante nesse mercado, a Neolix já tem clientes de peso, como a gigante de tecnologia Huawei.

A startup começou as suas operações em algumas áreas de Pequim e na cidade de Changzhou. A produção inicial tem uma capacidade para produzir 30 mil veículos. Além disso, a empresa quer instalar fábricas em outros países para atender potenciais clientes na Suíça, Japão e Estados Unidos. De acordo com o Enyuan, a meta é vender 100 mil unidades nos próximos cinco anos.

Por enquanto, a startup desenvolveu uma van para a entrega de mercadorias, mas Enyuan planeja expandir os serviços. Segundo ele, a startup tem desenvolvido vans-robôs que carregam máquinas automáticas de comidas e bebidas. Elas funcionariam 24h todos os dias da semana, o que ajudaria os consumidores nas suas compras.

“Queremos começar com o menor produto”, disse Enyuan. “Quando os robôs-táxis realmente entrarem em nossas vidas diárias, talvez já tenhamos mais de um milhão de veículos de entrega autônoma em uso, e os fabricantes desses veículos serão os principais impulsionadores da tecnologia de veículos autônomos.”

Fonte: epocanegocios.globo.com