A palavra cashback vem do inglês e significa, literalmente, “dinheiro de volta”. Não se trata de desconto. Pelo sistema de cashback, a cada compra, um percentual do valor do produto volta para uma conta do cliente. Atualmente, esse percentual varia de 1% a 50% do valor da transação, segundo critérios definidos pela empresa.
Nas compras presenciais, o usuário recebe uma parcela do valor que gastou na forma de bônus em reais ou dinheiro em conta corrente. Nas compras virtuais, o cliente acessa primeiro a plataforma de cashback e, de lá, é redirecionado para o site da loja que preferir.
Popular nos Estados Unidos, o cashback tem ganhado força no Brasil com o surgimento de startups focadas neste serviço. O modelo de negócios é simples: por atrair o cliente à loja, os sites de cashback recebem uma comissão, pois funcionam como uma plataforma de anúncio. Parte desse valor, então, é repassado para o consumidor.
O sistema existe desde os anos 1990 nos EUA, no varejo físico. Agora, com o avanço da tecnologia, um mercado mais aberto e com o comércio eletrônico, as pessoas estão mais propensas a apostar em ferramentas que dão benefícios.
Estratégia de aquisição ou educação
Executivos das empresas de cashback sustentam que, no final das contas, a proposta não é incentivar o consumismo, mas sim uma consciência maior sobre o ato de comprar. A ideia é educar o consumidor para comprar melhor.
Um exemplo é o Méliuz , empresa de cashback de Belo Horizonte, criada em 2011, que já devolveu R$ 94 milhões aos consumidores em mais de 1.600 lojas físicas e online parceiras. Um outro exemplo é o Mooba, nome que vem ganhando espaço no setor cashback brasileiro.
A Mooba oferece um serviço é muito parecido com o Méliuz – sendo que é preciso baixar o aplicativo ou acessar pelo navegador e visitar a loja parceira. Um outro exemplo é a startup Beblue, cujo app está disponível para Android e iOS.
Com mais startups neste mercado, o sistema avançou rapidamente no varejo online. Tudo o que você precisa fazer é instalar um plugin em seu navegador (Chrome, Firefox) e então ativar o serviço sempre que estiver comprando em uma loja parceira.
Praticamente todas os grandes e-commerce brasileiros estão nesta lista de parceiras. Outra forma de aproveitar o “benefício” é acessar a loja pelo site empresa de cashback.
Setores que já aderiram
O cashback – programa de recompensa baseado na devolução de dinheiro para os usuários – começa a ganhar força entre produtos financeiros. A expectativa é de que o uso se expanda e alcance volumes significativos de clientes e parceiros até 2022.
O Banco Pan anunciou, em fevereiro, o seu cartão com cashback em parceria com o Méliuz, portal de vantagens especializado no programa. Sem anuidade, o cartão tem bandeira Mastercard e dará o retorno de 0,8% em todas as compras. Além disso, haverá a restituição acumulada com os estabelecimentos cadastrados na startup.
Um outro exemplo é a fintech brasileira Trigg. O seu principal produto é um cartão de crédito100% gerenciado por smartphone e que devolve ao consumidor 1,30% do valor de todas as compras.
No entanto, a Trigg cobra anuidade. O Valor é de 12 x R$ 9,90 (os três primeiros meses são gratuitos para que o cliente decida se vale a pena continuar com o cartão de crédito). A justificativa da fintech para cobrar a anuidade é de que ela possui um excelente programa de anuidade.
Os hotéis costumam oferecer um cashback bem vantajoso. Já grandes varejistas, como os norte-americanos, entregam uma porcentagem menor de devolução, com exceção da Amazon e de lojas focadas em livros.
No entanto, é bom ficar atento a cashbacks muito agressivos. Apps de delivery, por exemplo, estão utilizando uma estratégia de aquisição, pagando uma boa quantia de cashback para o cliente usar sua ferramenta, estratégia que não deve ter um tempo muito longo de operação.
Fonte: startse