Amazon supera estimativas de vendas com força da nuvem e ações sobem

Apesar do bom desempenho, a Amazon começou o ano eliminando empregos em várias divisões.

(Reuters) – A Amazon.com superou nesta quinta-feira as expectativas de receita para o quarto trimestre, devido ao crescimento robusto dos gastos online durante a temporada crítica de compras de fim de ano, fazendo com que suas ações subissem 5% após o fechamento do mercado.

Apesar do bom desempenho, a Amazon começou o ano eliminando empregos em várias divisões. Os planos de adquirir a iRobot por 1,4 bilhão de dólares foram frustrados pelos órgãos reguladores europeus.

A Amazon Web Services (AWS), o maior provedor de serviços em nuvem do mundo, obteve uma receita de 24,2 bilhões de dólares no quarto trimestre, em comparação com as expectativas dos analistas de 24,26 bilhões de dólares.

Em um comunicado, o presidente-executivo da AWS, Andy Jassy, destacou o “foco contínuo de longo prazo da unidade nos clientes e na entrega de recursos”, citando esforços para incorporar a IA generativa em muitos de seus serviços. Os novos recursos “estão começando a se refletir em nossos resultados gerais”, disse ele.

No que foi visto como um estímulo para as empresas de comércio eletrônico, os consumidores foram atrás de bens e serviços durante feriados de fim de ano, apesar das altas taxas de juros, conforme mostrou um relatório do Departamento de Comércio na semana passada.

Enquanto isso, o crescimento da Alphabet e das unidades de nuvem da Microsoft superou as expectativas do mercado, pois os clientes queriam testar novos recursos de IA e criá-los para seus próprios aplicativos.

A receita no quarto trimestre aumentou 14%, para 170 bilhões de dólares, superando a estimativa média dos analistas de 166,21 bilhões de dólares, de acordo com dados da LSEG.

O lucro ajustado de 1 dólar por ação superou a estimativa média de 0,80 dólar por ação

A empresa previu uma receita para o trimestre atual de 138 bilhões a 143,5 bilhões de dólares. Os analistas consultados pela LSEG esperam 142,13 bilhões de dólares.

Fonte: “Amazon supera estimativas de vendas com força da nuvem e ações sobem (infomoney.com.br)

Download

Big Techs perdem quase US$ 4 trilhões em valor de mercado em 1 ano

Setor foi afetado por inflação alta nos Estados Unidos e retorno das vendas para níveis pré-pandemia.

O grupo de “big techs” formado por Apple, Microsoft, Amazon, Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) e Alphabet (Google) perdeu US$ 3,901 trilhões em valor de mercado nos últimos 12 meses. Isso equivale a cerca de R$ 21 trilhões, na cotação de 4 de janeiro.

Os dados são de um levantamento feito por Einar Rivero, da consultoria TradeMap, a pedido do g1, comparando os valores de mercado no último dia 4 com os de 1 ano atrás.

Ao mesmo tempo, bilionários da área também viram suas fortunas diminuírem. Elon Musk, que deixou de ser o homem mais rico do mundo em dezembro, tem acumulado perdas nos últimos meses. Desde novembro de 2021, seu patrimônio encolheu em US$ 212 bilhões, de acordo com a agência Bloomberg.

Entre outras empresas, Musk é o dono da montadora de carros elétricos Tesla, que também patinou no mercado de ações no ano passado, e do Twitter, que se retirou da bolsa com a venda para Musk, concluída em outubro.

O que explica o ano ruim das ‘big techs’?
Inflação nos EUA: menos anúncios
Para começar a entender a situação das “big techs”, é preciso levar em conta as altas seguidas na taxa de juros nos últimos meses, nos Estados Unidos, para conter a inflação.

Além de impactar nas vendas, o cenário tem feito empresas diminuírem gastos com publicidade, o que afeta em cheio as gigantes da tecnologia que dependem de anúncios.

O Google, por exemplo, até teve um leve crescimento de faturamento com publicidade no 3º trimestre de 2022, mas aquele vindo de propaganda no YouTube caíram 2%. E a receita da Alphabet teve a menor alta desde 2013.

Na Meta, houve queda no faturamento com publicidade nos 2º e 3º trimestres do ano passado, em relação a 2021. E isso em um momento em que a empresa de Mark Zuckerberg tem investido “rios” de dinheiro no chamado metaverso, ainda longe de dar resultados.

A Amazon citou a desaceleração econômica ao planejar a demissão de funcionários também no fim do ano. Na quarta-feira (4), a empresa anunciou que cortará mais de 18 mil empregos de sua força de trabalho. O plano de redução de pessoal é o maior entre os recentes anúncios de cortes que afetam o setor de tecnologia nos Estados Unidos e o plano mais severo da história da empresa, segundo a France Presse.
Por outro lado, a empresa acaba de fazer um empréstimo de US$ 8 bilhões para se proteger da turbulência do mercado.

Declínio da pandemia
Quem explica esse fator é o próprio Mark Zuckerberg: “No início da Covid, o mundo rapidamente se moveu para o online e a onda de comércio eletrônico levou a um crescimento de receita. Muitas pessoas previram que esta seria uma aceleração permanente e que continuaria mesmo após o término da pandemia”.

“Eu também [acreditei num cenário estável]. Então, tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não saiu como eu esperava”, completou Zuckerberg.
A declaração foi dada em novembro, quando ele anunciou o corte de 11 mil vagas na Meta, em novembro.

No caso da Apple, a pandemia trouxe mais um revés: uma nova onda do coronavírus na China, no fim de 2022, afetou a parceira Foxconn, maior responsável pela produção de iPhones no mundo.

Por conta da antiga política de “Covid zero” do país asiático, a fabricante diminuiu sua capacidade de operação durante o ano, o que também afetou as vendas do aparelho.

Tesla também cai
O valor de mercado da Tesla, que também costuma ser associada ao setor de tecnologia, caiu de US$ 936 bilhões para US$ 338 bilhões entre 2021 e 2022, de acordo com Einar Rivero, da consultoria TradeMap, a pedido do g1.

Além de a montadora também ter sido afetada pela nova onda de Covid na China, que fez sua fábrica local fechar temporariamente, e sofrer com problemas na cadeia de abastecimento, a queda nas ações é explicada pelas movimentações de seu presidente-executivo, Elon Musk.

De novembro de 2021 a dezembro de 2022, o empresário vendeu US$ 39 bilhões em papéis da Tesla. Parte do valor foi usada para financiar a compra do Twitter por cerca de US$ 44 bilhões.

Com a venda das ações, a Tesla deixou de ser a maior fonte do patrimônio de Musk e foi ultrapassada pela SpaceX, do setor aeroespacial, segundo a Bloomberg.

Isso tudo, junto a um início bastante turbulento à frente do Twitter, fez uma parcela dos investidores da montadora temer que o empresário gaste muito tempo com a rede social e acabe perdendo o foco com a produção de carros.

https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2023/01/05/big-techs-perdem-quase-us-4-trilhoes-em-valor-de-mercado-em-1-ano.ghtml

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/big-techs-perdem-quase-us-4-trilhoes-em-valor-de-mercado-em-1-ano

Download