Anúncios em streaming devem quintuplicar nos próximos 5 anos

Estudo da Comscore mostra que brasileiros com TVs conectadas preferem ver propaganda para economizar em assinatura.

As plataformas de streaming voltadas para o entretenimento se destacaram nos dois anos de pandemia de covid-19. A presença de crianças e adolescentes em casa, além de uma programação de TV aberta que não atendia às necessidades das famílias, foram dois dos motivos pelos quais passou a valer a pena assinar canais de filmes e séries.

Não demorou para que novas opções surgissem e pusessem a renda em xeque. Mas o mercado logo encontrou uma alternativa que conciliava todos os interesses: inserir anúncios em troca de assinaturas grátis ou mais em conta. Deu tão certo que 45% dos brasileiros que possuem dispositivos de TV conectada (CTV) aprovam e preferem essa opção.

É justamente o crescimento nas vendas de CTVs que deu novo fôlego ao mercado publicitário com foco no streaming. A previsão da Comscore, empresa especializada em mídia, é de que os investimentos sejam quintuplicados nos próximos 5 anos.

“A TV virou a TV conectada e o out of home virou o digital out of home. Ambos distribuem mídia e conteúdo digitalmente e em tempo real, e sua adoção já se tornou massiva”, avalia Gustavo Souza, diretor de Produtos de Publicidade do Google Brasil.

Para a gigante da tecnologia, com essa nova dinâmica de consumo, menos passiva à programação, a atenção teve de ser reconfigurada. Assistir à televisão passou a ser, além de um hábito, uma escolha.

“Antes, a televisão era sinônimo de vídeo, agora o vídeo está em tudo. Essa mudança contou com um fator de aceleração: a pandemia de covid-19. Naquele momento, foi por meio do vídeo que as pessoas conseguiram se comunicar, se entreter, ter acesso à educação, manter seus negócios e saber o que estava acontecendo no mundo. As lives de música no Brasil, que bateram recordes de audiência no YouTube, são um registro disso. A relação com o consumo foi ressignificada”, afirma Luciano Eugenio, head de Soluções de Publicidade de YouTube e DV360.

Estudo sobre CTVs e publicidade

Em setembro deste ano, Ingrid Veronesi, country manager Brasil da Comscore, apresentou o estudo “Panorama CTV” no 3º Data Collaboration Summit São Paulo, realizado pela LiveRamp Brasil. Pertence a esta pesquisa a informação de que quase metade dos brasileiros com TVs conectadas preferem assinaturas grátis ou mais baratas em pacotes com anúncios. Mas o estudo, com dados de 2023, permite outros insights.

Antes, porém, é preciso entender o que são as TVs conectadas. Diferentemente do conceito que deu origem ao aparelho no passado, a CTV, sigla em inglês para connected TV, é qualquer dispositivo conectado à internet por meio do qual é possível assistir a vídeos, ouvir áudios e navegar pela web. Estes dispositivos podem ser smatvs com wi-fi, consoles de games e streaming integrados, como Apple TV ou Google Chromecast, por exemplo.

A pesquisa conduzida pela Comscore revelou que 50% da população brasileira digital é espectadora de CTV e 12% dos domicílios possuem 4 dispositivos conectados. No entanto, 9 em cada 10 entrevistados afirmam assistir à CTV em uma smartv, sendo o principal dispositivo para este tipo de consumo.

Os dados da plataforma de e-commerce do Mercado Livre no Brasil evidenciam que as vendas devem crescer: de janeiro a setembro de 2024, as buscas por smartvs cresceram mais de 200% em comparação ao mesmo período de 2022.

O que torna a CTV atrativa para a publicidade

O estudo “Panorama CTV” descobriu que 71% dos espectadores optam por maratonar séries ou ver filmes de uma só vez. Ou seja, a atenção deles está focada nos programas de sua preferência. Em média, cada domicílio com CTV possui 8,2 assinaturas de streaming entre as quais 3,5 são gratuitas e 4,7 são pagas. Além disso, famílias com crianças em casa tendem a ter, em média, um número maior de assinaturas pagas (5) em comparação às famílias sem crianças (4,1).

A maioria dessa audiência assiste tanto a programas na TV conectada quanto na TV aberta, entretanto, percebe que as propagandas exibidas em TV aberta são mais predominantes (70%) e interruptivas (60%). Os dados são uma janela de oportunidade para o mercado publicitário, uma vez que audiência entende que os anúncios no streaming interferem menos em sua experiência visual.

Além disso, a maioria (62%) se lembra mais dos anúncios antes do programa ou filme começar, 36% descobriram um novo produto por meio desse anúncio e 32% buscaram mais informações sobre algo anunciado.

“Para os publishers de streaming, capturar a atenção do espectador é fundamental para preservar o investimento do anunciante. Isso requer moldar intervalos comerciais de CTV que reflitam uma experiência semelhante à da TV, projetada para reter os espectadores. O público do streaming está menos disposto a tolerar experiências de intervalo comercial abaixo da média, com anúncios repetitivos que não tenham relevância”, observa Márcia Byrne, managing director para América Latina da Integral Ad Science (IAS), plataforma de medição e verificação de publicidade digital.

Na perspectiva da executiva, a entrega de uma experiência de visualização de qualidade, incluindo a limitação de frequência. “É possível, com o servidor de anúncios certo, capacitar os publishers de streaming a estabelecer um caminho para o crescimento futuro da receita publicitária de CTV”, afirma Márcia.

Retail Media

Utilizando ferramentas de tecnologia mais precisas e avançadas para entender hábitos de consumo, hipersegmentar a audiência e promover comunicação assertiva com conversão, o retail media também está de olho nas oportunidades geradas pelo streaming.

Mario Meirelles, diretor sênior de Mercado Ads no Brasil, diz que a empresa foi pioneira em expandir as capacidades de retail media para o audiovisual. “Primeiro, com o lançamento do Mercado Play, em 2023, com a solução de publicidade Video Ads, a partir do qual passamos a oferecer aos anunciantes uma opção altamente eficiente para as suas campanhas de awareness, tornando, assim, o Mercado Ads uma plataforma capaz de abranger todas as etapas do funil de vendas”, pontua.

O segundo movimento foi a parceria com a Disney+ para comercialização de anúcios na plataforma de streaming, noticiado em reportagem exclusiva da Mercado&Consumo. De acordo com o executivo, a parceria representou um marco significativo tanto para Mercado Ads quanto para a publicidade digital na América Latina, permitindo integrar as avançadas soluções de audiência da Disney à segmentação de dados comportamentais, geográficos e transacionais coletados por meio da audiência massiva que utiliza o ecossistema do Mercado Livre.

De acordo com os dados mais recentes do Mercado Ads, a plataforma reuniu até o segundo trimestre deste ano 206 mil anunciantes.  Entre as soluções lançadas pela vertical de negócios estão: Product Ads, Video Ads, Display Ads Programmatic e Brand Ads.

YouTube e DOOH

Dados internos do Google Brasil mostram que o brasileiro consome conteúdo local. Segundo esse levantamento, 80% do tempo gasto pelas pessoas no YouTube na CTV acontece em vídeos de criadores. Nos últimos 3 anos, o tempo de conteúdo assistido na televisão desses criadores cresceu mais de 400%. Esses números motivam os youtubers, como são chamados os criadores de conteúdos da rede, a melhorar a qualidade da entrega para visualização em telas maiores.

Para a big tech, essa dinâmica já afeta as mídias digitais. Um estudo da Kantar, citado por Google Brasil, aponta que 50% das campanhas veiculadas em out of home no Brasil já são digitais e podem alcançar 70% em grandes centros como São Paulo.

Em meio às inúmeras ofertas de publicidade, a empresa criou uma vertical de negócios para condensar os formatos de anúncios e distribui-los segundo a necessidade do anunciante. O Display & Video 360 (DV360) é a plataforma de mídia programática do Google, que unifica a compra de mídia digital por meio de uma visão centralizada e recorre à Inteligência Artificial para tornar as campanhas mais eficientes.

Segundo o Google, além dos tradicionais formatos de display e vídeo e do acesso exclusivo ao YouTube, a plataforma também passou a ofertar acesso ao inventário dos outros players de streaming em TV conectada e telas de digital out of home (DOOH). Dessa forma, a ferramenta publicitária do Google passa a ter acesso a um inventário com mais de 110 mil telas DOOH em 25 estados brasileiros e a mais de 2 mil telas de cinema em todo o Brasil.

Projeções do mercado

Para Ingrid Veronesi, da Comscore, a recorrência dos anúncios no streaming, desde que equilibrada e ajustada à legislação, não leva a audiência a desistir das assinaturas e torna-se uma vantagem competitiva criada com proteção aos dados coletados.

Olhando para o mercado publicitário, os especialistas ouvidos na pesquisa da Comscore indicaram que o investimento em CTV poderá aumentar significativamente na medida em que sejam desenvolvidos novos formatos de publicidade específicas para este meio. Do total do orçamento publicitário previsto, o prognóstico para os próximos 5 anos é de que:

  • A TV não conectada perderá investimentos, passando dos atuais 40% a 60% do orçamento para uma redução de 20% a 40%;
  • O digital poderá alcançar até 80% do orçamento, saindo dos atuais 40% a 50% do total investido em publicidade;
  • O vídeo digital, cuja fatia é estimada entre 30% a 40% do total, poderá variar entre 40% e 70% em 5 anos;
  • Hoje, as campanhas para CTV representam algo entre 3% a 10% do orçamento publicitário, mas deverão chegar à faixa de 25% a 50% do orçamento nos próximos anos.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2024/marketing/anuncios-em-streaming-devem-quintuplicar-nos-proximos-5-anos/”

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Dia do Consumidor: anúncios otimizam comércio on-line

Considerada uma das datas estratégicas para o varejo neste primeiro trimestre do ano, o Dia do Consumidor, comemorado no dia 15 de março, promete agitar o comércio, com ofertas e outras facilidades para fisgar os clientes nesse período que, em muitos estabelecimentos, dura o mês inteiro com o intuito de engajar o consumidor a ir às compras, especialmente no e-commerce. De acordo com a Ebit | Nielsen, em março de 2021 houve crescimento de 75% no faturamento do comércio eletrônico, em comparação com 2020. E espera-se que esse destaque se mantenha em 2022: uma pesquisa da plataforma de compras Shopee mostrou que 81% dos brasileiros possuem a intenção de comprar em marketplaces ao longo da ocasião. Com esse protagonismo nos ambientes virtuais, as estratégias de marketing digital estão sendo desenhadas com mais atenção pelo varejo, já que são essenciais para movimentar as vendas no “mês do consumidor”.

Conforme o e-commerce cresce como um todo, o investimento em anúncios por parte do varejo também é impulsionado. Segundo a Google, o quarto trimestre de 2021 arrecadou U$6,1 bilhões com comercialização de publicidade na empresa, um aumento de 32,5% em comparação com a receita de 2020. “Quanto mais pessoas forem atraídas para a loja, seja ela e-commerce próprio ou marketplace, maiores serão as chances de que consumidores finalizem a venda, aumentando o ROI da empresa. Os anúncios são parte primordial do planejamento de uma marca, utilizados para alcançar públicos específicos, em plataformas que variam para cada objetivo”, comenta Tiago Mello, diretor de produtos da Linx Digital, unidade de negócio voltado ao varejo digital da Linx, especialista em tecnologia para o setor.

Captar e trabalhar dados para a geração de indicadores é indispensável para entender o comportamento do consumidor e, a partir disso, estruturar campanhas – desde que tudo esteja de acordo com as regras da LGPD, que já estão em vigor. “As PMEs movimentam o varejo de maneira muito expressiva, e nem sempre contam com as mesmas equipes disponíveis em grandes players, focadas apenas em marketing de dados, por exemplo. Por isso, varejistas também podem optar pela implantação de ferramentas que captam, analisam e geram insights com os dados para facilitar a criação de anúncios e campanhas voltados para o que o consumidor busca, além de outras funções como retargeting, notificações push etc.”, afirma o executivo da Linx.

Promover anúncios eficientes é uma maneira de fortalecer o relacionamento com o cliente, buscando mais engajamento e fidelização. Reforçar essa frente durante uma data que homenageia o consumidor pode ser a chave para bons resultados. “Após analisar e identificar quais são as expectativas do cliente, ficará mais simples entender como promover conteúdos de mídia atrativos e relevantes. A publicidade não deve ser invasiva, pois isso afasta o possível comprador. Além disso, anúncios não são só um ‘extra’ para o varejo, e sim parte importante de qualquer estratégia no ambiente virtual que queira oferecer uma jornada de consumo excelente”, finaliza Mello.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/dia-do-consumidor-anuncios-otimizam-comercio-on-line,5f1dde2e3307cb7608f75666382cd271y8mefoed.html

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Com US$31 bilhões de receita em 2021 em publicidade, Amazon supera YouTube

Em sua última conferência de resultados, a Amazon divulgou seus resultados com publicidade, e os números são impressionantes. No último trimestre, a Amazon faturou US$9,7 bilhões, um crescimento de 33% ano contra ano. No mesmo período, o YouTube faturou US$8,6 bilhões.

Em 2021, pela primeira vez, a receita de advertising da Amazon superou a do YouTube. No relatório, a Amazon reportou um faturamento de US$31 bilhões em 2021 contra US$28,8 bilhões do YouTube.

Crescimento do Amazon Ads

Desde 2016, a Amazon vem abocanhando cada vez mais o market share de publicidade no mercado americano, saindo de 2% em 2016 para 14% em 2023 (estimado).

Isso significa que apenas um braço da Amazon será quase do mesmo tamanho do Facebook em uma área que não é o core da empresa.

Tendência nas varejistas

Desconhecidos nas terras brasileiras, os anúncios em marketplaces estão crescendo em alta velocidade no mercado americano.

Após a Amazon, outras grandes varejistas americanas como Walmart, Instacart, Home Depot, Cosco, Kroger e Wayfair lançaram suas próprias plataformas de advertising.

O próprio Walmart lançou sua plataforma de advertising self-service em 2019 e consegue ver um crescimento expressivo em sua receita de ads.

O movimento revela a tendência de grandes varejistas criarem seus próprios produtos de advertising dentro dos seus sites, diversificando seu modelo de negócios, aumentando suas margens e gerando valor para as marcas que já vendem em suas plataformas.

Aqui no Brasil, B2W, Magalu e Mercado Livre já deram seus primeiros passos com seus produtos de advertising, porém ainda bem lentamente se comparados com outros mercados.

Segundo um estudo da empresa enext, a publicidade em marketplaces deve crescer 550% até 2023, saindo de R$400 milhões para R$2,6 bilhões.

Motivos para anunciar na Amazon

Menor competição e maior retorno

Na Alemanha, foi realizado um estudo comparando o custo por clique e a taxa de conversão (divisão de compras totais por cliques totais no anúncio) das mesmas palavras-chave para os mesmos produtos em diversas categorias. E o resultado foi o seguinte:

  • Amazon ads possuía uma taxa de conversão 70% mais do que o Google Ads.
  • O custo por clique no Amazon ads era 65% menor do que no Google Ads.
  • Retorno sobre investimento na Amazon Ads era 60% maior do que no Google Ads devido a um custo menor por clique e uma maior taxa de conversão.

O estudo alemão pode ser conferido aqui.

Amazon Ads influencia a venda orgânica

Se não bastasse o retorno do Amazon ads ser 70% maior do que o do Google Ads, ao usar a publicidade da Amazon, você pode influenciar suas vendas orgânicas.

Recentemente, escrevi um artigo sobre todos os fatores que o algoritmo da Amazon leva em consideração para mostrar um produto na primeira página e deixo aqui o link para você conferir todos os fatore.

Um dos fatores que o algoritmo olha é para as vendas totais do seu produto. E. ao usar o Amazon ads, você tem a possibilidade de aumentar a visibilidade de seu produto. Isso gera mais vendas e, de quebra, aumentando seus rankings orgânicos.

Diferentemente do Google, em que os rankings orgânicos independem dos gastos com anúncios, na Amazon, cada real investido ajuda seus produtos a aparecerem mais organicamente.

Cookieless future

Existe uma grande discussão no mercado de marketing digital em relação ao uso de dados third party. Apple e Google se movimentaram em direção a uma maior privacidade dos seus usuários.

As grandes varejistas possuem hoje uma vantagem de ter os históricos de compras e uma relação muito próxima com seus usuários, vindo de anos de vendas offline, como no caso do Walmart, que pode usar first party data com seus anunciantes com muito mais privacidade do que o Facebook ou a mídia programática, por exemplo.

As varejistas estão sendo positivamente afetadas com essas mudanças de privacidade oriundas da Apple e Google à medida que já existe uma movimentação de marcas migrando seus budgets do Facebook para a Amazon após o cerco da Apple se fechar mais.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/amazon-supera-youtube/

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Amazon ultrapassa P&G e se torna a maior anunciante da história

Empresa gastou US$ 16,9 bilhões em publicidade e promoções em 2021, um aumento de 55% em relação a 2020.

O investimento publicitário da empresa cresceu 55% em 2021 em relação ao ano anterior, o que representa um aumento de US$ 6 bilhões e o aumento mais rápido em dez anos. O índice é maior do que o nível geral de crescimento da publicidade no ano passado, que aumentou 23,8%, e mais que o dobro do crescimento observado na categoria de varejo mais ampla, de 20,6%.

A Procter & Gamble, principal concorrente ao título de maior anunciante, fica para trás. Embora os números não sejam diretamente comparáveis, os custos de publicidade da P&G aumentaram 12%, para US$ 8,2 bilhões nos 12 meses até o final de junho de 2021.

Segundo a Warc, isso ocorre à medida que a Amazon se expande para novas áreas e vê um forte crescimento de receita em seus segmentos de negócios – a receita total da empresa aumentou 21,7% em 2021, para US$ 470 bilhões.

Amazon ultrapassa P&G e se torna a maior anunciante da história

Lucro acima do esperado

A Amazon registrou lucro líquido de US$ 14,3 bilhões no quarto trimestre de 2021, o equivalente a US$ 27,75 em lucro por ação, superando muito o lucro por ação de US$ 3,63 esperado por analistas consultados pela FactSet. A empresa quase dobrou os US$ 7,2 bilhões que registrou de lucro líquido no mesmo período do ano anterior.

No ano, lucro líquido aumentou para US$ 33,4 bilhões, ou US$ 64,81 por ação diluída, comparado ao lucro líquido de US$ 21,3 bilhões, em 2020.

A companhia revelou ainda que as vendas líquidas aumentaram 9% para US$ 137,4 bilhões no quarto trimestre, em comparação com US$ 125,6 bilhões no mesmo período de 2020.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/11/amazon-ultrapassa-pg-e-se-torna-a-maior-anunciante-da-historia/

Magazine Luiza e dona da Casas Bahia se acusam na Justiça de concorrência desleal

Na Black Friday do ano passado, o Magazine Luiza foi à Justiça para exigir que a Via deixasse de usar a sua marca como palavra chave para exibição de anúncios: uma prática usada para desviar tráfego da concorrência na internet. A ação foi distribuída para a 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem e a empresa conseguiu uma decisão favorável, em que o juiz pediu a desabilitação dos anúncios patrocinados da Via no prazo máximo de duas horas após o recebimento da decisão liminar. Mas não parou por aí. Pouco depois, em dezembro, a Via entrou com uma ação parecida contra o Magalu e também obteve resposta favorável do juiz.

As informações foram divulgadas anteriormente pelo jornal Valor Econômico e obtidas pelo Estadão/Broadcast dentre as peças públicas do processo. Na ação movida pelo Magazine Luiza, a Via é acusada de contratar “serviços de anúncios patrocinados junto ao sites de pesquisas Google para que seu site aparecesse como resultado de destaque caso o usuário utilizasse as marcas ‘Magazine Luiza’ e ‘Magalu’ como termos de pesquisa”.

A decisão do juiz Eduardo Palma Pellegrinelli considerou justo pedido do Magazine Luiza de que essa prática fosse encerrada rapidamente, visto que ela acontecia em um período aquecido de vendas: a Black Friday.

Na ação da Via, o Magazine Luiza é acusado de usar “ferramentas de busca e mecanismos de links patrocinados para atrair clientela comum, ao vincular as marcas Casas Bahia e Ponto Frio como critério de pesquisa”. Nesse caso, o juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi deferiu a tutela de urgência para determinar que o Magalu parasse a “utilização das marcas ‘Casas Bahia’ e ‘Ponto Frio’ [ou qualquer outra expressão que com elas se assemelhe] como títulos e palavras-chave para a disponibilização de anúncios patrocinados em ferramentas de busca como o Google, o Bing e quaisquer outras assemelhadas, bem como de incluir tais reproduções e imitações no título de seus anúncios patrocinados, tudo no prazo de cinco dias”. A ação da Via foi distribuída para a 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem.

O sócio do Escritório J Amaral Advogados, Fabio Pimentel, diz que anúncios patrocinados se tornaram uma ferramenta estratégica para vendas na internet e que a pandemia acelerou o comércio online. “Naturalmente, com essa aceleração surgem também desafios concorrenciais. Afinal, a concorrência se desenvolve em âmbito físico e em âmbito digital. O uso indevido de marcas de terceiros pode configurar desvio de clientela, uma conduta que a legislação brasileira proíbe e reprime”, afirma.

Ele pontua ainda que a preservação da livre concorrência, que está em jogo em questões como essa, devem ser cada vez mais importantes para o País. “Nesse sentido, vale lembrar que a retomada das discussões para entrada do Brasil na OCDE certamente demandará do País uma atuação cada vez mais efetiva no que diz respeito à preservação da livre concorrência, especialmente em tempos de uma economia cada vez mais digital e globalizada”, afirma Pimentel.

Para Gustavo Chapchap, líder do Comitê de E-Commerce da Associação Brasileira de Agentes Digitais e diretor da Jet/ZapCommerce, a prática da qual Via e Magazine Luiza foram acusadas não é nova. “A concorrência desleal comprando palavras do concorrente é algo que já acontece faz tempo e em vários mercados”, afirma. Ele diz, inclusive que as plataformas de busca já têm mecanismos que, de alguma forma, penalizam essa forma de tentar desviar tráfego da concorrência. “O robô (de determinada plataforma) identifica que o destino do link não tem nada do termo chave que ele está anunciado e cobra um valor mais alto (pelo clique no anúncio)”, explica.

Procuradas, Via e Magazine Luiza disseram não comentar processos em andamento.

Fonte : https://www.istoedinheiro.com.br/magazine-luiza-e-dona-da-casas-bahia-se-acusam-na-justica-de-concorrencia-desleal/

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