Compras dentro de aplicativos de e-commerce cresceram 21% em 2024

Mais da metade dos consumidores (60%) se tornam clientes leais às marcas após sua primeira compra em aplicativos de e-commerce. Os dados fazem parte do levantamento State of E-commerce App Marketing 2024, realizado pela AppsFlyer.

Cada vez mais, segundo a pesquisa, os aplicativos móveis desempenham um papel fundamental auxiliando no engajamento dos clientes – foi observado um aumento de 60% em instalações não orgânicas no iOS.

Além disso, os dados mostraram que os profissionais de marketing executam ações estratégias de retargeting durante a primeira semana pós-instalação. O cliente médio faz sua primeira compra 3,6 dias após  o download do aplicativo, no primeiro dia a taxa de conversão atingiu 40% e na primeira semana o valor passou dos 75%.

Renata Altemari, country manager da AppsFlyer no Brasil, diz: “conforme a economia global continua a se estabilizar, as perspectivas de crescimento do comércio por aplicativos móveis parecem promissoras nos próximos meses, proporcionando aos profissionais de marketing uma oportunidade de cultivar e nutrir a lealdade do cliente”.

Aplicativos como novo meio de compra

As compras dentro dos aplicativos (IAP) cresceram durante a temporada das festas de 2023, com um aumento de 15% com relação a 2022. Em 2024, a trajetória se manteve estável com um crescimento de 21% no volume de compras, quando comparado ao primeiro trimestre do ano anterior.

“Notamos que a participação de usuários pagantes aumentou 12% nas plataformas durante a temporada de pico, especialmente no Brasil, nos Estados Unidos e na Índia (no Android)”, explica Altemari.

O estudo ainda destaca que os investimentos em publicidade, no ano anterior, atingiram US$6,6 bilhões. O valor reforça os esforços de marketing relacionados às compras online.

“Após um ano difícil para o mercado de mobile no e-commerce em 2022, temos observado um crescimento interessante desde março do ano passado. Analisando a linha do tempo, vemos sempre um pico consistente de compras no final de cada ano”, resume a executiva.

Comparando usuários de iOS e Android, os consumidores Apple aumentaram suas instalações não orgânicas (60%) e as taxas de conversão in-app (21%); por outro lado, os clientes Android apresentaram 21% e 9% nas taxas, respectivamente.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/compras-dentro-de-aplicativos-de-e-commerce-cresceram-21-em-2024”

Aplicativos de loja ganham espaço entre consumidores com 86% de aderência, segundo CNDL

Um hábito que assume cada vez mais protagonismo nas escolhas dos consumidores brasileiros é a compra através de aplicativos de lojas e das redes sociais. O estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mapeou que 86% dos usuários, nos últimos 12 meses, usaram algum aplicativo de loja para fazer compras.

Essa porcentagem representa um crescimento de 7 pontos percentuais quando comparada a mesma pesquisa em 2021.

José César da Costa, presidente da CNDL, comenta que “as grandes marcas estão atentas a esta tendência e têm investido em aplicativos cada vez mais ágeis, práticos e seguros, entendendo os hábitos dos consumidores e se aproximando do seu público”.

Os principais motivos para a aderência dessa modalidade, elencados pelos consumidores, foram: praticidade e rapidez (55%), melhores preços e ofertas (48%), não precisar sair de casa (48%) e facilidade de acesso do celular (44%).

Moda e vestuário lideram como os itens mais comprados através dos aplicativos de loja, com 49% das respostas. Em seguida, aparecem comidas e bebidas por delivery com 47%, serviços de transporte com 42% e itens para casa com 40%.

Consumo nas redes sociais

Em contrapartida ao crescimento do consumo via aplicativo de loja, a pesquisa indica uma diminuição nas compras através dos aplicativos de redes sociais. 26% dos entrevistados usaram, no último ano, as redes sociais para fazerem compras – uma queda de 14 p.p na comparação com 2021.

Com relação aos usuários que não compram pelas redes, as razões principais são: 31% têm medo de compartilhar dados de compra e sofrer um golpe, 29% não confiam nas informações transmitidas pelos canais e, por fim, 22% teme que o pedido não seja entregue ou esteja diferente da foto/especificação.

Porém, as redes sociais ainda possuem um papel significativo no processo de compra. De acordo com a pesquisa, 96% dos consumidores realizam pesquisas de produtos nas plataformas, sendo que 45% procuram fotos dos produtos, 46% buscam comentários sobre experiências de outras pessoas e 63% examinam os preços.

Já para os clientes que compram pelas redes, a agilidade e praticidade aparecem como principal motivo, com 43% das respostas. Encontrar as melhores ofertas e preços aparece na sequência com 40% e interagir e tirar dúvidas com o vendedor têm 35% de preferência.

Ademais, 61% dos produtos comprados são de varejistas internacionais, 56% de varejos nacionais e 53% de sites de compra e venda de produtos novos ou usados. Entre os produtos mais consumidos o destaque fica com moda e vestuário (44%), comidas e bebidas por delivery (40%) e cosméticos, perfumes e produtos para o cabelo (34%).

Compras pelo WhatsApp 

De acordo com o estudo, o uso do WhatsApp para compras sofreu uma queda de 10 pontos percentuais em relação a 2021. Nos últimos 12 meses, somente 36% dos entrevistados fizeram compras pela plataforma.

As compras por meio do aplicativo de mensagem têm como principais atrativos:

– Comprar sem sair de casa, 38% dos entrevistados;

– Receber imagens e vídeos do produto, 32% das respostas;

– Maior segurança ao ter contato com o vendedor/loja, 31% dos respondentes;

– E conversar diretamente com o vendedor da loja, 31% dos consumidores.

Os clientes relataram que quando utilizaram o WhatsApp para falar com uma loja ou prestador de serviço, 63% receberam um rápido retorno, para 17% o retorno demorou muito e 14% não tiveram retorno.

Além disso, 86% dos clientes acreditam que a plataforma é uma boa forma de comunicação com as empresas, sendo que 58% acham que é um bom meio para tirar dúvidas e receber suporte técnico, 38% a utilizam para agendar horários de atendimento e 35% para envio de promoções.

Metodologia

A pesquisa contou com um público-alvo de todas as classes econômicas, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, que realizaram compras pela internet nos últimos 12 meses.

Ao total, foram realizados 1120 contatos visando identificar o percentual de pessoas que compraram pela internet nos últimos 12 meses. Na sequência, o questionário seguiu com 880 entrevistados. As respostas consideram uma margem de erro no geral de 2,9 p.p e 3,3 p.p para um nível de precisão de 95% para mais ou para menos. Os dados foram coletados no período de 17 a 25 de julho de 2023.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/aplicativos-de-loja-ganham-espaco-entre-consumidores-cndl”

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Ipea: Brasil tem 1,5 milhão de motoristas e entregadores de produtos

No Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas trabalham com transporte de passageiros e entrega de mercadorias, segundo dados divulgados na terça-feira (10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A maioria (61,2%) é de motoristas de aplicativo ou taxistas, 20,9% fazem entrega de mercadorias em motocicletas e 14,4% são mototaxistas.

Esses trabalhadores estão inseridos na chamada gig economy, termo que caracteriza relações laborais entre funcionários e empresas que contratam mão de obra para realizar serviços esporádicos e sem vínculo empregatício, principalmente por meio de aplicativos. Os trabalhadores atuam como autônomos.

De acordo com dados de 2021, existem no país 945 mil motoristas de aplicativo e taxistas, 322 mil motociclistas que fazem entregas, 222 mil mototaxistas e 55 mil trabalhadores que usam outro meio de transporte para entregar produtos.

O estudo mostra que a maioria desses trabalhadores é homem, preto ou pardo, e tem menos de 50 anos. O maior número de motociclistas que entregam mercadorias, de motorista de aplicativos e de taxistas concentra-se na Região Sudeste. As regiões Norte e Nordeste têm o maior número de mototaxistas no país.

Quanto à escolaridade, mais de 10% dos motoristas de aplicativo e dos taxistas e 5,6% dos entregadores de mercadorias via motocicleta têm ensino superior. Entre os mototaxistas, a porcentagem é 2,1% e, nesse grupo, 60,1% não concluíram o ensino médio.

Variações no rendimento

O levantamento do Ipea mostra que, entre 2016 e 2021, o número de entregadores de mercadorias via moto aumentou, passando de 25 mil para 322 mil, número que não teve redução durante a pandemia de Covid-19. Já o número de motoristas de aplicativos e taxistas caiu de 1,121 milhão, em 2019, antes da pandemia, para 782 mil, em 2020. Em 2021, o número cresceu para 945 mil, mas ainda sem voltar ao patamar de 2019.

O maior rendimento médio é dos motoristas de aplicativos e taxistas, em torno de R$ 1,9 mil. Em 2016, eles recebiam, em média, R$ 2,7 mil.

No subgrupo de motociclistas que fazem entregas, o rendimento é de aproximadamente R$ 1,5 mil por mês, valor que se mantém estável desde 2020. A remuneração dos mototaxistas, por sua vez, permaneceu praticamente constante, passando de aproximadamente R$ 1 mil, em 2016, para R$ 900, em 2021. É o único subgrupo da gig economy no setor de transportes com rendimentos abaixo do salário mínimo, que em 2021 era R$ 1.212.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/ipea-brasil-motoristas-entregadores/

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