Setor de bens de consumo tem sido impactado por redução de gastos dos consumidores

Segundo estudo da Bain & Company, 54% das empresas entendem que o freio do consumidor tem afetado os resultados.

O mundo vem passando por um período financeiro complicado, vendo uma onda inflacionária acabar aumentando os preços de um modo geral. Segundo o novo Relatório Global de Bens de Consumo da Bain & Company, chegou a hora das empresas recuperarem o crescimento em volume. O estudo ressalta uma necessidade de reformulação de conceitos e estratégias nas organizações, já que o espaço para aumento de preços e redução de custos é pequeno.

A consultoria estratégica global entrevistou mais de 120 executivos sêniores de diversas regiões do mundo para entender as perspectivas sobre como restaurar valor e lucratividade ao setor. De forma global, o valor das vendas no varejo (RSV) subiu quase 10% de 2022 para 2023. Contudo, três quartos do total são resultado de aumento de preços. Nos Estados Unidos e na Europa, os aumentos de preços foram responsáveis por 95% do crescimento do RSV, enquanto na América Latina essa parcela representa 85% do total. Essa escalada nos preços ocorreu principalmente pelo aumento de custos e commodities para as organizações.

“De um lado, durante a alta dos preços, os consumidores acentuaram a polarização do consumo, com muitos migrando para marcas mais acessíveis ou para produtos premium em categorias específicas – outros também passaram a comprar menos ou em promoções. Em contrapartida, os preços não subiram o suficiente e, para reduzir gastos, grande parte das principais companhias do setor está recorrendo a grandes programas de corte de custos para compensar o impacto nas margens”, comenta Ricardo de Carli, sócio da Bain e líder da prática de bens de consumo para a América do Sul.

Os números do segmento confirmam essa contraposição: enquanto 54% dos executivos dizem que foram significativamente afetados pela redução dos gastos dos consumidores em 2023, suas organizações aumentaram os preços em mais de 20%, em média, desde o terceiro trimestre de 2021. Ainda assim, a margem EBIT média ficou próxima ao mínimo dos últimos 10 anos (12,2% no terceiro trimestre de 2023 na comparação com um máximo de 13% em 2020).

Desse modo, a busca pelo crescimento sustentável nesse novo panorama envolve desde o investimento em mercados emergentes, que oferecem maior espaço para crescimento de volume, até um entendimento profundo das novas demandas dos consumidores, que estão mais sofisticados e heterogêneos. O crescimento vai depender de uma reformulação completa das propostas de valor, dos portfólios e dos modelos de negócio.

Desafios do setor

Investimentos em ESG e tecnologia se destacam como desafios que, enfrentados com seriedade e diligência, têm o potencial de criar vantagens competitivas para o negócio. Em relação à tecnologia, os pioneiros terão maior facilidade para capitalizar o conhecimento em gestão de dados e Inteligência Artificial generativa. As possibilidades de ganhos com otimização de tempo, personalização no atendimento e ampliação do relacionamento com o consumidor são os exemplos mais evidentes.

A pressão crescente sobre a sustentabilidade exige que as empresas avancem em direção a metas ambientais, sociais e de governança. Metade dos consumidores globais diz agora que a sustentabilidade é uma das quatro principais considerações quando fazem compras. Apesar disso, apenas 20% dos entrevistados apontam que a proteção ao meio ambiente é uma prioridade em 2024. Por outro lado, entre as companhias, apenas cerca de 10% sentem que estão atrás de seus concorrentes em relação a produzir um impacto positivo no planeta.

A redefinição da agenda de crescimento é a principal prioridade para o setor de bens de consumo em 2024 e a melhor forma para alcançar esse objetivo é uma abordagem equilibrada para atender a consumidores, clientes, colaboradores e o planeta. Para a maioria das organizações, isso deve exigir uma transformação completa – do portfólio, das capacidades e das empresas. Embora não seja uma tarefa simples, pode ser feita. Com as pressões crescentes do mercado, a adaptação e a inovação serão essenciais para o sucesso contínuo da indústria de bens de consumo.

Fonte: “Setor de bens de consumo tem sido impactado por redução de gastos dos consumidores – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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Estudo: 43% da receita global de consumo de eletrônicos partem do online

O consumo de equipamentos eletrônicos no e-commerce continua muito forte. Prova disso é que até hoje a categoria segue como líder em compras online quando comparada às demais. De uma seleção de categorias de produtos de bens de consumo comuns, a de eletrônicos possui a maior fatia online, com 43% da receita global total da categoria. Esse dado é parte de um estudo do Statista Digital Market Outlook, levantado em 2021.

Imagem de um gráfico

Entretanto, existem outras categorias em que mais de um terço das receitas globais são geradas online. Entre elas, destaque para Moda no e-commerce, que abocanha 34% dos produtos. Por outro lado, a categoria que abarca Cuidados Pessoais também tem bastante poder de vendas no online. Aliás, tanto ela como Mercearia são muito fortes também no offline.

Outro ponto muito relevante apresentado na pesquisa é que o setor de móveis apareceu muito relevante no consumo digital. Como referencial, a categoria ficou acima da média de 26% das categorias apresentadas no relatório. Vale ressaltar que trata-se de produtos que exigem certa experiência sensorial por parte dos consumidores.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/estudo-43-da-receita-global-de-consumo-de-eletronicos-e-gerada-online/

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Os Poderosos do Varejo Global 2022

O Brasil tem quatro empresas entre as 250 maiores varejistas do mundo, aponta pesquisa da Deloitte.

Um ano de resiliência e sustentabilidade crescente. No ano passado, os varejistas enfrentaram fortes ventos contrários econômicos contra o pano de fundo de um vírus imprevisível e suas variantes ressurgindo. E, no entanto, os varejistas permaneceram resilientes e conseguiram crescer nesses tempos sem precedentes e foram capazes de responder às expectativas dos consumidores.

O relatório Global Powers of Retailing 2022 da Deloitte analisa o cenário econômico global e seu impacto no setor de varejo. O relatório identifica os 250 maiores varejistas do mundo com base em dados disponíveis publicamente para o ano fiscal de 2020 (exercícios financeiros que terminam nos 12 meses de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021) e analisa seu desempenho em todas as regiões e setores de produtos. Ele também fornece uma perspectiva econômica global, analisa os varejistas de crescimento mais rápido e destaca os novos participantes do Top 250. O relatório deste ano também oferece uma avaliação dos crescentes esforços de sustentabilidade dos varejistas.

Varejo cresce apesar dos desafios

Apesar dos muitos desafios que os varejistas enfrentaram em 2021, os 250 principais conseguiram superar o ano anterior em todas as principais métricas de crescimento. Na verdade, os 10 principais varejistas tiveram um crescimento de dois dígitos e até receberam um participante da China pela primeira vez. E, apesar da instabilidade econômica e da incerteza, os varejistas conseguiram intensificar seus esforços para melhor atender à demanda do mercado por práticas e produtos mais sustentáveis.

Um fator determinante para os varejistas continuou sendo o comércio eletrônico, com os consumidores ainda optando por comprar em casa devido à pandemia. A importância dos recursos on-line foi um fator que contribuiu para o primeiro 10 varejista chinês deste ano, que também foi listado como um dos 10 principais varejistas de crescimento mais rápido do ano. Outros fatores-chave no crescimento do varejista foram a rápida expansão orgânica das lojas e o aumento da atividade de M&A.

Sucesso em todos os setores

Não surpreendentemente, o setor de bens de consumo em rápida evolução representou a maior parte dos 250 principais varejistas, já que as mercearias continuaram se beneficiando das lojas que permaneceram abertas durante os bloqueios. Alguns dos varejistas de maior sucesso no ano passado foram mercearias que também tinham uma grande presença digital.

Também experimentando forte crescimento, bens de linha dura e lazer foi o setor mais lucrativo no ano fiscal de 2020 e registrou a maior taxa de crescimento de receita de varejo ano a ano. Com menos viagens e mais tempo em casa, os consumidores procuraram esses produtos para refrescar os espaços pessoais e proporcionar entretenimento dentro e fora de casa.

O grupo de produtos diversificados registrou a segunda maior taxa de crescimento ano-a-ano da receita do varejo, depois de hardlines e bens de lazer, com o comércio eletrônico sendo um impulsionador significativo entre os maiores varejistas deste setor. E embora os varejistas de vestuário e acessórios tenham sido atingidos no ano fiscal de 2020, há sinais de recuperação desse setor.

Sustentabilidade em alta

Com 55% dos consumidores afirmando que compraram um produto ou serviço sustentável nas últimas 4 semanas, o relatório deste ano também analisa como os varejistas globais estão lidando com o crescimento sustentável e responsável. Quase todos os varejistas no Top 250 delinearam seus compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG) e estão publicando métricas relacionadas a ESG. As credenciais de sustentabilidade de seus produtos, bem como sua marca geral, são uma parte essencial da estratégia de negócios do varejista visando os clientes Millennial e Geração Z.

Leia a seção sobre sustentabilidade no relatório Global Powers of Retailing 2022 para explorar ainda mais as respostas CxO do setor e os esforços do varejista em torno da sustentabilidade.

Leitura obrigatória do varejo

relatório Global Powers of Retailing 2022 fornece um instantâneo crítico de onde o varejo esteve e para onde está indo. E com a pandemia global continuando a atrapalhar as economias, antecipar as necessidades dos clientes nunca foi tão crítico.

Aqueles varejistas que conseguem levar aos consumidores o que eles querem, onde eles querem e quando eles querem, serão os que continuarão a ganhar.

– Evan Sheehan, líder global de varejo da Deloitte

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Para saber mais sobre o GPR de 2022 e o estado do varejo, entre em contato com Evan Sheehan, líder global de varejo da Deloitte, ou visite nossa página de práticas do setor de varejo, atacado e distribuição .

Edições anteriores

Fonte : https://www2.deloitte.com/global/en/pages/consumer-business/articles/global-powers-of-retailing.html

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