Descomplicar a logística reversa é estratégico para o e-commerce

A logística reversa é uma das grandes demandas de mercado dos varejistas virtuais e marketplaces a serem atendidas. Afinal, são frequentes as trocas e devoluções de produtos adquiridos no e-commerce. Além disso, há uma baixa oferta de transportadoras e operadores logísticos estruturados para realizar este tipo de serviço com qualidade.

Em recente pesquisa divulgada em parceria com o E-Commerce Brasil, a principal dúvida dos embarcadores em relação à logística foi exatamente sobre a abrangência da área de cobertura da transportadora — se ela atende a todas as regiões brasileiras. Esta demanda vale para as entregas, mas é muito importante também na hora da logística reversa. Especialmente em momentos de grande volume de transações no e-commerce, como nos períodos da Black Friday, do Natal e das liquidações do início do ano.

A possibilidade de trocar ou devolver facilmente uma mercadoria é cada vez mais essencial, e acaba fazendo parte da experiência de compra dos e-shoppers. Imagine que a fidelização de um marketplace ou de um varejista online também está relacionada à logística reversa. Isso porque consumidores sentem-se seguros e voltam a comprar de empresas que oferecem um processo ágil de devolução e, se possível, de forma gratuita.

A última pesquisa Barômetro do DPDgroup com e-shoppers brasileiros tratou de logística reversa. Ela revelou que apenas 7% dos pesquisados tiveram que fazer devoluções em sua última compra; além disso, a maioria, ou 51%, não teve problemas e considerou que a experiência foi fácil e simples, algo que demonstra uma evolução neste tipo de atendimento. Contudo, ainda há gargalos e um caminho considerável de melhora a se percorrer.

Neste sentido, é fundamental que os players do e-commerce contem com uma transportadora ou operador logístico com infraestrutura e presença nacional para atender a logística reversa — até pelo fato de ela ser muito complexa e estratégica para qualquer negócio. Esta escolha dependerá do tamanho do varejista e da prioridade dada a este tipo de serviço, considerando-se os custos versus os impactos positivos na experiência de compra de seus clientes.

Sendo possível, o ideal é estabelecer parcerias logísticas com empresas que realizam todo o cross-docking. Ou seja, que coletam a mercadoria; fazem a triagem em seus centros de distribuição; e entregam aos consumidores finais (ou fazem a devolução da mercadoria aos embarcadores). E, claro, que ainda ofereçam atendimento de qualidade, incluindo comunicação online e direta e várias soluções de logística reversa a fim de que o consumidor escolha a mais conveniente.

Hoje em dia, as soluções OOH (Out of Home, ou Fora de Casa, em português) vêm ganhando destaque na logística do e-commerce por meio dos PUDOS (pontos Pick up e Drop off) e dos lockers. Isso funciona não apenas para que o consumidor escolha um ponto perto de sua casa ou trabalho para retirar sua encomenda, mas também para trocas e devoluções de produtos comprados no e-commerce.

Totalmente apoiadas em novas tecnologias digitais, estima-se que, por volta de cinco anos, estas soluções fora de casa respondam por cerca de 20% das operações do e-commerce. Ou seja, o serviço de drop off dos PUDOS dará uma importante contribuição à logística reversa. Isso porque o consumidor consegue despachar o produto a ser trocado ou devolvido em um ponto próximo, com toda comodidade, praticidade e conveniência.

A coleta domiciliar, que pode ou não ser feita com hora marcada, é outra forma de logística reversa, e talvez seja a mais convencional oferecida pelas transportadoras aos varejistas e marketplaces. Porém, ela pode ser mais complicada e custosa, sendo mais indicada para produtos pesados, volumosos e com maior valor agregado.

Em um cenário em que a logística reversa está intimamente ligada à experiência de compra e à fidelização do cliente, é tarefa primordial ao e-commerce mitigar esse gargalo logístico. É preciso priorizar a execução deste serviço de pós-venda e buscar um parceiro que atue com qualidade também nas trocas e devoluções. Por parte das transportadoras e dos operadores logísticos, a necessidade é investir cada vez mais em abrangência e em opções de serviços. Tudo para que a logística reversa seja descomplicada e muito mais ofertada no ecossistema do varejo virtual.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/descomplicar-a-logistica-reversa-e-estrategico-para-o-e-commerce/

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A importância das tecnologias e do Lifelong learning no atendimento ao consumidor

O setor de atendimento ao consumidor e o de customer experience vem sendo visto como os mais importantes dentro das empresas nos últimos tempos. De acordo com a consultoria de negócios PwC, o futuro das relações entre marcas e pessoas está focado exatamente nisso, sejam os clientes o consumidor final ou não. Por isso, hoje se fala em empresas completamente voltadas a oferecer uma boa experiência, com todos os colaboradores trabalhando focados nesse objetivo.

Para que isso aconteça, investir no Lifelong Learning dos colaboradores vem sendo a maneira encontrada de prepará-los cada vez mais para o atendimento ao consumidor e todas as tecnologias que envolvem esse setor atualmente.

O que é Lifelong learning nas empresas

O termo Lifelong Learning refere-se à Educação Continuada, ou seja, a promover a capacitação dos colaboradores, mantendo-os atualizados em processos, mudanças e, principalmente, novas tecnologias.

Segundo Juliana Ornellas, que trabalha como gerente de RH do Grupo PLL, é imprescindível que as empresas mantenham um percentual de investimento nos próprios colaboradores. “Afinal, são eles que constroem um grande negócio. A capacitação geralmente é feita para novos ingressantes, mas traz grandes melhorias também para quem já trabalha na empresa”, aponta. Para ela, aumento da produtividade e a motivação são alguns dos benefícios que podem ser notados quando uma empresa investe em ensinar novas habilidades para seus funcionários, pois isso os torna mais capazes e seguros de realizarem suas tarefas da melhor maneira.

Todo tipo de capacitação é bem-vinda quando o assunto é manter os colaboradores atualizados, mas investir na educação continuada tornou-se ainda mais importante com as tecnologias e inovações no mundo dos negócios. É isso que diz Lucas Camargo, CEO da Instabuy. “Nunca houve tanta globalização como agora e nunca houve também tanta digitalização como nos dias atuais”, afirma. Sua empresa, voltada a construção de e-commerce para supermercados e produtores orgânicos, utiliza a capacitação para aprimorar o trabalho de seus parceiros e alavancar seus negócios.

“Com a globalização, novos conceitos, processos e conhecimentos foram universalizados, ampliando o leque de estudos e aprendizagem disponíveis para todos. Paralelo a isso, acompanhamos um processo de digitalização de todas as áreas e isso está em constante evolução. Em meses tudo pode mudar e novas tecnologias necessitam ser aprendidas”, afirma Lucas Camargo.

De acordo com ele, as tecnologias estão presentes em praticamente todos os processos, inclusive no atendimento ao cliente. Por isso, entender como elas funcionam torna-se algo essencial para as empresas e negócios de todos os tamanhos, principalmente os que querem melhorar sua relação com o consumidor e aprimorar seu customer experience. “O endomarketing tem muito a colaborar nesse sentido, pois consegue entender as necessidades do público interno, ou seja, dos colaboradores, estimulando o crescimento profissional através dessa aprendizagem constante”, diz.

As tecnologias no atendimento e no Lifelong Learning

A chegada de novas tecnologias no mercado levou a mudanças tanto de âmbito interno das companhias quanto no externo. Hoje, são muitos os softwares e sistemas utilizados para tornar o atendimento ao cliente mais facilitado, organizado e seguro para todos os envolvidos. Dessa forma, a tecnologia não mudou apenas a maneira de trabalhar, mas também de atender.

Para Carolina Bazzi Morales, CMO da Faros Educacional, empresa especializada em educação corporativa, a importância da capacitação contínua se dá exatamente por isso: “o mundo dos negócios é cada vez mais orgânico, as empresas estão em frequente evolução. Hoje as principais frentes de Lifelong learning estão focadas em novas tecnologias e transformação digital, que é muito mais sobre processos e maneiras de trabalhar do que tecnologia em si”.

Assim, segundo ela, os profissionais precisam estar cada vez mais atualizados sobre processos de atendimento e experiência do cliente, que estão sempre em constante mudança pela maneira como as pessoas interagem com as tecnologias atualmente.

“O Lifelong Learning atende essa necessidade de estar alinhado com novas maneiras de fazer os processos dentro de uma empresa, seja ele de gestão de pessoas, de análise, de atendimento… E, claro, se uma empresa adquire uma nova tecnologia ou passa a oferecer algo novo, os profissionais precisam estar habilitados para isso”, afirma Carolina Bazzi Morales.

O lado bom é que a tecnologia não trouxe apenas a necessidade constante de aprimoração, mas também mostrou as maneiras mais adequadas de fazer isso. “De maneira geral, o aluno da educação corporativa não sente a necessidade de aprender algo novo pessoalmente falando. Ele enxerga aquilo como uma demanda da empresa, então nem sempre tem vontade de fazer, ele faz porque enxerga como uma obrigação do mercado de trabalho. Quando você consegue trazer pra dentro do ambiente uma mistura de abordagens baseados na ‘cultura Netflix’, em episódios, com gamificação, realidade virtual ou aumentada, aulas ao vivo, entre outros, você retém muito mais e evita a evasão”, indica a CMO da Faros Educacional.

O impacto no atendimento ao cliente

Tendo a transformação digital mudado inúmeros processos dentro e fora das empresas, é de se esperar que o atendimento ao cliente também passe por mudanças. De acordo com os profissionais, a maneira como as empresas se relacionam com seus clientes está cada vez mais ligada à tecnologia.

Dessa maneira o Lifelong Learning focado em atendimento ao cliente passa pelo aprendizado de novas tecnologias, mas não para por aí, já que falar sobre experiência do consumidor envolve diferentes pontos. Um deles, segundo Carolina Bazzi Morales, é a multicanalidade. Na visão da profissional, essa é uma das grandes demandas do mercado atual.

“O atendimento multicanal está em destaque atualmente. Fazemos projetos de educação corporativa exatamente para falar disso. Ensinamos a melhor maneira de atender o indivíduo como uma única pessoa independentemente da plataforma, como fazer uma gestão de banco de dados única, como fazer um histórico único de relacionamento desse consumidor com a marca, entre outros pontos que envolvem esse tipo de atendimento. Isso é imprescindível para que as pessoas da empresa saibam fazer isso e construir um atendimento ao cliente cada vez melhor”, aponta.

E os resultados não demoram a aparecer. A CMO explica que quando um treinamento é bem executado, nos meses seguintes já é possível notar mudanças. Um exemplo dado pela profissional é sobre bancos, que precisam bater metas de produtos e serviços e, para conseguir isso, usam a capacitação voltada ao atendimento ao cliente, para que consigam vender mais.

Para a profissional da Faros Educacional, a educação corporativa e o Lifelong Learning trazem benefícios não apenas para a empresa, seus resultados, mas também aos colaboradores, que conseguem desenvolver habilidades individuais que fortalecem a si mesmos e, consequentemente, o negócio no qual trabalham.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2021/11/25/tecnologias-lifelong-learning/

Logística na Black Friday: como Correios e transportadoras se preparam para a data

Após mais de um ano e meio de pandemia, que resultou no “boom do e-commerce”, a expectativa do mercado é de que esta edição da Black Friday seja a maior de todas. Em 2020, inúmeras lojas surgiram, mas nem todas se sentiram preparadas para tamanho desafio. Agora, chegou a maior prova de fogo anual no setor de comércio eletrônico, com os consumidores mais familiarizados com as compras online.

Como o maior operador logístico do comércio eletrônico do país, os Correios anunciaram sua preparação para a Black Friday. Em evento online, o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, frisou a relevância da data. “A Black Friday tem sido, nos últimos anos, uma experiência exitosa na empresa”, lembrou. “Os Correios estão se preparando há meses para esta data. Nosso objetivo é repetir a boa performance dos últimos anos com o acréscimo da experiência que tivemos. A cada ano, batemos novos recordes”.

Somente neste segundo semestre de 2021, a empresa alcançou o pico na distribuição de encomendas em um único dia, quando foram entregues 2,23 milhões de objetos. A estatal também contabilizou, em novembro, um marco nas postagens: 5 milhões de objetos enviados em um dia. Esses números superam os índices apurados na última Black Friday, segundo a empresa.

Os Correios afirmam que têm dedicado toda sua expertise e capacidade produtiva para acompanhar as demandas do mercado nos últimos dois anos – com destaque às parcerias com pequenos, médios e grandes empreendedores que viram no e-commerce a oportunidade de continuar e ampliar seus negócios na pandemia.

Preparação para a Black Friday

De acordo com a estatal, os Correios têm investido cada vez mais no aumento da qualidade operacional e capacidade logística, com objetivo de absorver o pico da demanda previsto para as datas promocionais de fim de ano, sem ampliar o prazo das entregas.

Diversas ações foram implementadas para atender às expectativas de crescimento do comércio eletrônico nesse período. “O engajamento é total em todas as áreas e etapas do processo logístico da empresa. Além disso, a estatal oferece soluções formatadas especialmente para o comércio eletrônico”, afirma a empresa em nota.

“Os Correios têm a liderança da logística do e-commerce no Brasil e estão sempre aprimorando os seus serviços. É isso que garantimos para a Black Friday 2021: estamos prontos e com a atenção plenamente voltada para entregar a melhor experiência aos clientes”, ressaltou o diretor de Negócios dos Correios, Alex do Nascimento.

O diretor de Operações da empresa, Carlos Henrique de Luca Ribeiro, destacou ainda os investimentos feitos na renovação da frota da empresa e na modernização da operação. “Estamos realizando uma nova onda de automação de processos na empresa. Vamos automatizar mais 9 centros de tratamento e estamos comprando máquinas muito mais modernas, inclusive específicas para atender os centros de tratamento internacionais”, salientou.

O aumento da capacidade da carga aérea para chegar mais rapidamente nas regiões Norte e Nordeste também é uma das apostas da empresa. “Seremos o único operador logístico do Brasil a oferecer prazo expresso para a maioria dos estados do Norte e Nordeste”, afirmou o diretor de Operações.

Eco-delivery e locker

Os Correios são o maior pilar logístico do país, mas as transportadoras privadas ganham cada vez mais espaço e também precisam se preparar para a época da Black Friday. A Jadlog, por exemplo, espera realizar cerca de 30% a mais de entregas do que na edição do ano passado. Já a DHL Express, estima entregar 55% a mais de encomendas.

A Jadlog desenvolveu um plano estratégico para a Black Friday que contemplam iniciativas como a operação 24 horas por 7 dias da semana, um maior número de entregadores, equipe adicional para as diferentes frentes operacionais, espaço ampliado para triagem de cargas e distribuição, entre outros pontos.

Para esta edição, a empresa vai atuar pela primeira vez no Brasil com o Predict, serviço que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda. O serviço pode ajudar a elevar a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar o processo, adicionando conveniência e previsibilidade às compras online.

Além do delivery, a Jadlog também oferece o serviço Pick Up, que permite a retirada da mercadoria em cerca de 3 mil pontos parceiros da empresa, incluindo a parceria com a Clique e Retire que conta com 150 lockers entre Rio de Janeiro e São Paulo, bem como lojas de conveniência, cafeterias e revendas de eletroeletrônicos.

De acordo com a transportadora, essa opção também reduz significativamente o insucesso de entrega e os custos logísticos para os embarcadores e os consumidores finais, já que é, em média, 20% mais barata que a entrega domiciliar. A Jadlog atende mais de 40 mil clientes no Brasil. Desse total, cerca de 60% são PMEs (pequenas e médias empresas).

Outra transportadora, a DHL Express Brasil, está se preparando desde o início do ano para o dia 26 de novembro. “[Queremos] evitar ter grandes gargalos que pudessem impactar nosso business e de nossos clientes. E, com este foco, montamos planos de suporte a este momento em todas as áreas”, conta Ana Paula Emmerich, E-commerce and Sales Development Manager & Sales Training da DHL Express Brasil.

Para esta edição, a transportadora investiu em eco-delivery, que são entregas ecológicas através de carros e scooters elétricas. “Além disso, contamos com operações customizadas atendendo a específicos nichos e empresas com entregas no mesmo dia e aos finais de semana e envio para lockers.

Atualmente, o prazo mínimo de entrega da DHL Express é de 1 dia útil e máximo de até 5 dias úteis. As PMEs representam 70% da base total de clientes da transportadora.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/logistica-black-friday-correios/

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O plano da Jadlog para atender o pico de entregas da Black Friday

Jadlog se estrutura para atender à alta demanda. Proposta da transportadora é aprimorar a experiência do cliente por meio de soluções e de infraestrutura robusta.

A Jadlog estabeleceu um grande plano para atender o pico de entregas da Black Friday 2021. A proposta da transportadora é aprimorar a experiência do cliente por meio de soluções e de uma infraestrutura robusta para o período. Fazem parte do plano como a operação 24 horas por sete dias da semana, maior número de entregadores, staff adicional para as diferentes frentes operacionais, previsão para as viagens a mais no período, espaço ampliado para triagem de cargas e distribuição, plantões do customer service e suporte técnico, estrutura de TI ajustada e war room implementada.

O intuito das ações promovidas pelas Jadlog é absorver a enorme quantidade de remessas sem perder a qualidade das entregas. “A cada ano o grau de exigência dos consumidores aumenta da mesma forma que os nossos desafios para melhorar a qualidade, preços, prazos e a transparência de informações das entregas e coletas. Por isso, estamos atuando com as nossas soluções e infraestrutura a pleno vapor nesse período de grandes movimentações”, afirma Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

Com o objetivo de aprimorar a experiência de recebimento da encomenda por parte do consumidor a Jadlog atua com o Predict, serviço que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda. Trata-se de um serviço-chave para elevar a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar ainda mais o processo, adicionando conveniência e previsibilidade às compras on-line.

Adicionalmente ao delivery, a Jadlog também oferece o serviço Pickup, que permite a retirada da mercadoria em cerca de 3 mil pontos parceiros da empresa, incluindo a parceria com a Clique e Retire que conta com 150 lockers entre Rio de Janeiro e São Paulo, além de lojas de conveniência, cafeterias, revendas de eletroeletrônicos e das 500 franquias Jadlog. Trata-se de uma opção que também reduz significativamente o insucesso de entrega e os custos logísticos para os embarcadores e os consumidores finais, já que é, em média, 20% mais barata que a entrega domiciliar.

As novas malhas regionais da Jadlog, a partir dos hubs recentemente inaugurados em Joinville, Vila Velha e Salvador, também irão colaborar com as operações durante a Black Friday. Eles permitem realizar a triagem das cargas diretamente nessas localidades, em vez de fazê-la na matriz de São Paulo, como ocorria anteriormente, permitindo praticar prazos cada vez menores.

Alinhada às novas malhas regionais, a Jadlog implementou também o conceito de multi origens, que calcula todo o caminho da encomenda desde as mais de 500 franquias da empresa até os seus destinos. Esse modelo de operação permite determinar previamente e de forma exata o prazo de entrega de uma encomenda que parte de qualquer uma das franquias espalhadas pelo Brasil até o seu destino e contribui para agilizar as entregas.

Fonte : https://www.tecnologistica.com.br/portal/noticias/90982/jadlog-se-estrutura-para-atender-a-alta-demanda/

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O jovem de Paraisópolis que criou sistema para fazer entregas onde os Correios não entram

Comprar online é confortável, prático, ágil e se tornou uma febre mundial após a pandemia da Covid-19, quando as lojas físicas fecharam para seguir as normas de distanciamento social. Mas, em São Paulo, os mais pobres não têm essa chance.

Na maior e mais rica cidade da América Latina, as encomendas não sobem os morros das favelas nem entram em áreas consideradas de risco, como ruas dos bairros da Brasilândia, Itaim Paulista e Parelheiros. Pessoas ouvidas pela BBC News Brasil, que moram nessas regiões, disseram que precisam pedir para que as encomendas delas sejam entregues em bairros vizinhos, considerados “seguros” pelos serviços de entrega – como os Correios.

Incomodado com essa situação, o morador de Paraisópolis Giva Pereira, de 21 anos, fundou o Favela Brasil Xpress. Trata-se de uma rede de entregadores que moram na própria favela e entregam as mercadorias onde os Correios e as transportadoras contratadas pelas empresas de e-commerce não entram.

A empresa surgiu em setembro de 2020, em meio à necessidade de possibilitar que as doações feitas durante a pandemia chegassem às casas dos moradores da segunda maior favela de São Paulo.

Giva afirmou que essa coordenação criou naturalmente uma rede de logística na favela. Funcionava da seguinte forma: os voluntários buscavam os itens nas casas ou empresas doadoras para levar até Paraisópolis, onde eram distribuídos de porta em porta para as famílias mais necessitadas, identificadas pelos presidentes de rua.

“A comunidade de Paraisópolis teve um crescimento desordenado muito grande desde o seu surgimento e isso causou uma desorganização dos números das casas. O entregador coloca o endereço no GPS, mas não encontra. Já os moradores conhecem tudo e entregam sem problemas.”, afirmou o jovem empreendedor.

Com o crescimento do e-commerce, a ideia de Giva Pereira foi então sugerir parcerias com as empresas para que os próprios moradores fizessem as entregas.

Procurados pela reportagem, os Correios dizem que “estudam a formalização de parceria para realização de entregas nos citados endereços” com a Favela Brasil Xpress.

Como funciona

O Favela Brasil Xpress implanta um centro de distribuição na entrada da região onde os serviços de entrega não têm restrições. No local, que pode ser um contêiner ou uma sala, são armazenadas as mercadorias.

No momento da compra, o cliente apenas precisa colocar o endereço da casa dele. A passagem pelo centro de distribuição é feita de maneira automática e não tem custo extra para o consumidor.

Giva Pereira em bicicleta usada para fazer entregas em Paraisópolis
Em nove meses de funcionamento, o Favela Brasil Xpress já tem 90 pessoas contratadas apenas em Paraisópolis

Atualmente, o Favela Brasil Xpress tem parceria com Americanas, Dafiti, Total Xpress e Via Varejo. A iniciativa ganhou o Prêmio BBM de Logística, tido como o Oscar do setor, na categoria startup.

De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria Outdoor Social Inteligência, nas 15 maiores favelas do país, 38% dos entrevistados disseram que fazem compras online, principalmente no setor de vestuário. Isso representa que 62% deste público ainda não compra e não é assistido pelo comércio digital.

A Outdoor Social Inteligência apontou ainda ter identificado uma tendência de alta nas compras online e que “ainda há muito o que ser feito e investido”.

Investimento e expansão nacional

Em nove meses de funcionamento, o Favela Brasil Xpress já tem 90 pessoas contratadas apenas em Paraisópolis. Sendo 41 funcionários com carteira assinada, entre operadores e entregadores. Todos os trabalhadores moram na própria favela.

O projeto já foi implantado em Heliópolis, a maior favela de São Paulo, na Cidade Julia (Diadema, na Grande SP), no Capão Redondo (zona sul da capital), além das favelas da Rocinha e Vila Cruzeiro, ambas no Rio de Janeiro.

O idealizador do projeto, Giva Pereira, conta que o sucesso do projeto atraiu a atenção de diversas empresas e investidores. Segundo ele, há negociações em andamento para levar o Favela Brasil Xpress para outras regiões do país.

O atual plano de expansão prevê 50 novas bases em 50 favelas do Brasil até o fim de 2022, além da modernização do sistema atual para melhorar a velocidade das entregas. Hoje, o Favela Brasil Xpress entrega aproximadamente 800 encomendas por dia, apenas em Paraisópolis, avaliadas em cerca de R$ 500 mil.

“Isso é uma prova de que a favela consome no mercado online. Antes, o morador fazia a compra e colocava o endereço do trabalho ou de alguém que morasse fora da comunidade. Hoje, ele vai colocar o CEP dele, pagar o preço normal e receber na porta de casa”, conta Giva Pereira com orgulho.

Essa ainda é a realidade da universitária Elisangela da Silva Cardoso, de 26 anos. Ela mora no Itaim Paulista, no extremo leste de São Paulo, e sempre pede para entregar suas encomendas na casa de vizinhos ou no escritório onde a mãe dela trabalha.

“Meses atrás, eu comecei a usar a opção de entregar na agência dos Correios perto da minha casa, porque isso é previsto no site. Eu recebi duas vezes, mas as seguintes colocaram um aviso de ‘destinatário desconhecido’ e devolveram para o remetente”, contou.

Procurados, os Correios disseram que as entregas “encontram-se regulares” nos endereços dos bairros da Brasilândia, Itaim Paulista e Paraisópolis, questionados pela reportagem a partir da reclamação de moradores. “Para uma avaliação pontual, é necessário informar detalhes como o código de rastreamento dos objetos reclamados”, informou o serviço de entregas por meio de nota.

Os Correios disseram ainda que “existem algumas localidades com modalidade de entrega diferenciada de encomendas, seja por não apresentarem condições de segurança favoráveis aos trabalhadores, clientes e encomendas ou, ainda, por não atenderem às condições para a entrega domiciliária (conforme previsto na Lei 6.538/78 (Lei Postal) e Portaria MCOM nº 2.729, de 28 de maio de 2021).”

Nesses locais, explicam, os clientes devem fazer a retirada da encomenda em unidades indicadas.

De acordo com o coordenador do MBA de marketing digital na FGV, Andre Miceli, todos os aplicativos terão espaço para atuar em contextos sociais e resolver problemas como esses.

“Qualquer grupo social que se reúna sobre uma característica em comum cria espaço para uma oferta de conteúdo, porque ele usa o assunto para capturar a atenção das pessoas daquele grupo. Do ponto de vista de negócio, faz todo o sentido e a gente deve ver uma expansão desse tipo de solução nos próximos anos”, afirmou.

Segundo o professor da FGV, ainda há um grande espaço para o crescimento desse tipo de iniciativa. Ele afirma, por exemplo, que o iFood está presente em 2 mil cidades do país, os Correios em pouco mais de 2 mil e a Loggi em 600. Enquanto o país tem 5.570 municípios.

“Será cada vez mais comum ver empresas grandes tentando participar desses projetos. Mas as iniciativas locais levam vantagem porque ela tem a linguagem, o conhecimento daquele grupo e a noção do que desperta o interesse dela. Essa proximidade faz toda a diferença”, disse Andre Miceli.

Bolsa de Valores das Favelas

O G10 Favelas, que reúne as lideranças das dez maiores favelas do Brasil, lançou, em parceria com a gestora de investimentos DIVI•hub, na sexta-feira (19/11), a Bolsa de Valores das Favelas. Por meio da plataforma, que tem a permissão da Comissão de Valores Mobiliários para regular os ativos, tornou-se possível comprar frações de empresas que operam nas favelas brasileiras, a partir de R$ 10.

No dia seguinte, sábado (20/11), a favela de Paraisópolis recebeu celebridades como o apresentador Luciano Huck, a Luiza Helena Trajano, dona da rede Magazine Luiza, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para a cerimônia de inauguração da venda de ações. O evento teve direito aos tradicionais touro e sino que simbolizam as bolsas de Nova York e, mais recentemente, também a B3, em São Paulo. Além de atrair investidores para os projetos desenvolvidos dentro das favelas.

Gilson Rodrigues, fundador do G10 Favelas e presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, disse que a intenção do grupo é construir uma ponte entre as startups da favela e os empreendedores.

“São 18 iniciativas que podem ser escaladas por esses investidores para que ambos possam estar bem. Queremos organizar, dar mentoria e captar recursos. Nossa projeção para o Favela Brasil Xpress é instalar 50 novas bases e fazer 1 milhão de entregas nos primeiros 6 meses de 2022”, afirmou.

Gilson afirma que a favela tem um grande potencial de consumo, mas hoje se sente bloqueada por não ter o conforto de receber suas encomendas em casa.

Nosso mercado é potente e, se estimulado, pode ser ainda maior. A forma que a gente vê para escalar é por meio de franquias. De forma que empreendedores de outras favelas possam ter acesso ao nosso sistema e implantar em suas comunidades”, afirmou.

No plano de expansão do Favela Brasil Xpress, ainda está previsto um serviço de coleta e entrega de mercadorias nas casas dos pequenos empreendedores da favela. Dessa forma, por exemplo, uma mulher que confecciona panos de prato poderá disponibilizar seus produtos em um grande marketplace e contar com um serviço de entrega ágil e barato.

Além da opção de franquias, a própria Favela Brasil Xpress poderá mandar uma equipe para criar uma base e montar uma estrutura na região.

“A insegurança não se combate com segurança, mas com convivência. Por isso, vamos trazer empresas de fora da comunidade, com o olhar de que a favela é uma potência e tem oportunidade. Todos vão querer investir porque vale a pena, não por caridade”, concluiu o idealizador Giva Pereira.

Fonte : https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59369741

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