Como a geração Z está transformando o consumo e impulsionando soluções digitais

A dinâmica do comércio eletrônico tem sido moldada de forma significativa pela ascensão da geração Z, um contingente demográfico com poder de compra crescente e uma mentalidade que desafia os paradigmas tradicionais de consumo. Composta por jovens nascidos entre 1997 e 2010, essa geração não apenas representa uma fatia significativa da população brasileira, mas também impulsiona a demanda por soluções digitais inovadoras, especialmente no setor de pagamentos.

De acordo com o último censo do IBGE, a população brasileira entre 15 e 29 anos ultrapassa 21,1 milhões, o que corresponde a mais de 10% dos 203 milhões de habitantes do país. Esses jovens, em sua maioria, estão imersos no universo digital desde cedo, sendo adeptos naturais das tecnologias da informação e da comunicação.

E, segundo estudo da PYMNTS, 54% das pessoas que estão na faixa etária que corresponde à geração Z estão totalmente empregadas e prontas para o consumo. Esse contexto tem gerado mudanças significativas no mercado, especialmente no que diz respeito aos hábitos financeiros e de consumo.

Hábitos financeiros da geração Z

Os bancos digitais, por exemplo, têm testemunhado um crescimento exponencial nos últimos anos, impulsionado em grande parte pela adesão da geração Z. O Relatório de Economia Bancária do Banco Central revela que, na última década, o número de contas bancárias abertas por jovens entre 15 e 24 anos aumentou em 50%. Essa tendência é reflexo da preferência dessa geração por soluções financeiras ágeis, acessíveis e alinhadas com seu estilo de vida digital.

Além disso, a geração Z se destaca por sua consciência financeira e preocupação com o consumo sustentável. Conforme destacado pelo Sebrae, esses jovens são mais exigentes em relação aos produtos que consomem, buscando não apenas qualidade, mas também uma experiência de compra significativa. Eles valorizam marcas que compartilham seus valores éticos e ambientais, e estão dispostos a pagar um preço justo por isso.

Engajamento e consumo digital

Outro aspecto importante a ser considerado é o comportamento da geração Z nas redes sociais. Esses jovens são altamente engajados em plataformas como TikTok e Instagram, utilizando-as não apenas para entretenimento, mas também como ferramentas de pesquisa e descoberta de produtos e serviços. De acordo com o Sebrae, cerca de 40% da geração Z preferem realizar pesquisas de compra diretamente nessas redes sociais, em vez de recorrer a motores de busca convencionais.

Nesse contexto, as empresas que desejam conquistar e fidelizar a geração Z devem adotar uma abordagem integrada, combinando tecnologia inovadora com uma compreensão profunda dos valores e das preferências desse público. As soluções de pagamento desempenham um papel crucial nesse processo, devendo ser flexíveis, seguras e personalizadas para atender às necessidades específicas dessa geração.

Como a geração Z paga por suas compras

A geração Z é uma das principais aderentes aos pagamentos digitais, impulsionando a adoção de soluções inovadoras e moldando o futuro do comércio eletrônico. De acordo com dados da FIS Global, o Brasil se destaca como um país com um dos sistemas de pagamento mais digitalizados, abraçando uma variedade de tecnologias que transformam a maneira como realizamos transações financeiras.

As carteiras digitais, em particular, emergiram como o método de pagamento preferido para uma parcela significativa da geração Z. Com uma adesão de 37%, essas plataformas oferecem conveniência e segurança, permitindo que os jovens realizem compras com rapidez e facilidade, sem a necessidade de carregar dinheiro físico ou cartões de crédito.

Além das carteiras digitais, o estudo da FIS Global avaliou o nível de familiaridade e interesse das gerações, incluindo a geração Z, em relação a uma série de tecnologias de pagamento. Os resultados revelam um forte apetite dos brasileiros por inovação, com grande interesse em processos de checkout mais tecnológicos (49%), autenticação biométrica (50%) e pagamentos com criptomoedas (43%).

Outras tecnologias, como o armazenamento de dados de pagamento online (33%), integração de meios de pagamento em automóveis (53%), comando de pagamento a dispositivos inteligentes (43%) e experiências de compra em realidade virtual e aumentada (43%), também despertam o interesse, refletindo a disposição dos mais jovens para explorar novas formas de consumir e interagir com marcas.

Esses dados evidenciam a predisposição da geração Z para adotar soluções de pagamento inovadoras e tecnologicamente avançadas. À medida que essa geração continua a crescer em influência e poder de compra, espera-se que sua preferência por métodos de pagamento digitais estimule ainda mais a inovação no setor de comércio eletrônico e no mercado de serviços financeiros como um todo, transformando, cada vez mais, a maneira como compramos e vendemos online.

Fonte: “Como a geração Z está transformando o consumo e impulsionando soluções digitais – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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‘Vá à loja, por favor’: Magalu libera crediário pré-aprovado para 10 milhões de clientes

Crediário pré-aprovado – o mais rápido possível – em parcelas a perder de vista no tradicional carnê de loja, aquele mesmo que já deve ter financiado muita coisa na sua casa antes do império do cartão de crédito. Diante de um cenário de recorde de inadimplência do consumidor, inflação em alta e taxa de juros batendo em dois dígitos, o Magalu chamou de volta para as lojas físicas 10 milhões de clientes ao anunciar nas últimas semanas, a oferta de crédito facilitado para o pagamento em carnê.

O vídeo protagonizado pela presidente do Conselho de Administração do Magalu, Luiza Helena Trajano, chegou via WhatsApp e não demorou muito para viralizar nas redes sociais. “Você que tem vontade de comprar um computador para o seu filho, uma televisão maior para assistir a Copa do Mundo ou outras coisas, não importa o quê: panela, brinquedo. É só você procurar uma das nossas lojas, falar com o vendedor e até mostrar esse filme para eles, que ele te conta – olha, vai ser no carnê. Lembra daquele ‘carnezinho’ gostoso, em prestações que você pode pagar? E a gente ainda vai dar um ‘descontinho’ nos juros. Está bom?”, anunciou a empresária.

O material faz parte de uma campanha de marketing da varejista, quem em nota oficial divulgada pelo grupo confirmou que 5 milhões de clientes já estão participando dessa iniciativa. Segundo o ceo do Magalu, Frederico Trajano mesmo que a tendência do momento atual seja que as empresas cortem suas linhas, o Magazine Luiza confia na capacidade de pagamento dos clientes da sua base de dados. Por questões estratégias, O grupo não forneceu informações sobre as taxas praticadas, valor máximo de parcelamento e nem os itens mais financiados desde o início da ação.

“Nós sabemos, por meio de nosso sistema de dados e análise, que há mais de 10 milhões de clientes na nossa base que têm todas as condições de honrar seus compromissos. Queremos que essas pessoas saibam que podem contar com o Magalu em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis”, argumentou.

Entre os clientes contemplados estão os que visitam as lojas físicas e pagam utilizando carnê como linha de crédito ou possuem o cartão de crédito do grupo nas categorias Ouro e Preferencial. Ao todo, são 1,5 mil lojas no país e 75 unidades delas instaladas na Bahia. Os critérios de concessão do financiamento foram estabelecidos pelo próprio Magalu e pela financeira do grupo, a LuizaCred. Para os consumidores que compram pelos canais online, a varejista afirma que desenvolveu um sistema que identifica aqueles que têm crédito pré-aprovado e concede o financiamento diretamente no carrinho de compras virtual.

A ação acontece em meio ao sobe e desce das ações da empresa, que desde o início do ano, acumulam queda de 63,14%. O papel era negociado a R$ 7,41 na primeira sessão de 2022 da bolsa e encerrou a semana em R$ 2,58. Em junho, a empresária Luiza Helena Trajano saiu da lista de bilionários da Revista Forbes, quando a sua perda de patrimônio acompanhou o desempenho da varejista no mercado de ações e o prejuízo líquido da rede de quase R$ 100 milhões no primeiro trimestre de 2022, reflexo de uma performance enfraquecida das lojas físicas do grupo.

Presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia e Conselheiro Federal de Economia do Brasil (Cofecon), Gustavo Casseb Pessoti, ressalta que a estratégia da Magalu em incentivar a compra pelo carnê não é apenas uma medida de diversificar suas linhas de financiamento, mas sim, trazer de volta aquele consumidor que já não tem mais tanto limite no cartão para comprar um produto de maior valor ou até mesmo reacender a chama de um modelo de comércio muito pautado na negociação, no carnê, de todo mês ir à loja, conversar com o vendedor.

“O varejo é fortemente dependente de crédito. E a Magalu está chamando aqueles consumidores, principalmente, os que observam uma importância na marca, uma ligação, capaz de trazer de volta seu cliente para o gasto, o consumo. Aquele que sumiu, entrou na onda do virtual ou se acostumou a reduzir o que compra. O carnê vem assim, de alguma forma, na tentativa de criar um velho novo filão de mercado. É a reaproximação com as pessoas”.

Mas será que o bolso aguenta mais uma parcela? O país tem, atualmente, 10,6 milhões de pessoas desocupadas. Some a esse impacto, uma inflação batendo na casa dos 11,89% e, ao mesmo tempo, uma taxa básica de juros (Selic) que chega já a 13,25% comprometendo mais ainda o poder de compra das famílias. Para Pessoti, a estratégia é de alto risco e pode custar caro para a Magalu.

“Sim, a Magalu é uma empresa consolidada, forte, com bons resultados de lucratividade, embora tenha perdido valores de mercado na bolsa nos últimos tempos. Porém, é uma jogada arriscadíssima fazer um convite aos brasileiros que têm enfrentado o problema do desemprego e em um cenário de inflação muito elevada. A chance da inadimplência em um momento como esse é muito forte”, opina o economista.

Já a head de Varejo e co-head de Equity Research da XP, Danniela Eiger, não nega os desafios do Magazine Luiza que se estendem, na verdade, para o segmento do varejo após passar uma digitalização muito forte que forçou os consumidores a consumirem no canal digital. Se na pandemia, o e-commerce saiu fortalecido, não dá para dizer o mesmo das lojas físicas.

Em meio a desaceleração da demanda, as gigantes nacionais – entre elas, a Magalu, Americanas e Via Varejo – vivem também um momento bastante acirrado no mercado diante da competição com as asiáticas. “Querendo ou não, durante a pandemia, muita gente passou mais tempo em casa e antecipou muito o consumo dessa categoria de duráveis, que são itens que você não compra todo ano. Além disso, tem todo um cenário de competição com players relativamente novos como o Shoppe, que, de fato tem sido bastante agressivo”.

Carteiras digitais
Partner da consultoria boutique de business performance Sponsorb, professor e especialista em Negócios, Transformação Digital e Experiência do Cliente, Fernando Moulin, argumenta que não se pode esquecer que a Magalu é uma marca com décadas de presença no Brasil e possui bastante experiência de atuação no período de inflação, onde houve menos opções de compra para consumidor.

“É muito comum no varejo você precisar de estímulos de crédito para garantir que o consumidor possa fazer compras. Alguns mecanismos de crédito se aplicavam ao contexto macroeconômico desafiador. Retornar ao carnê, eu não diria que é uma nova tendência, mas pode ser uma sinalização de que é o momento para buscarmos saídas não muito convencionais, baseadas em práticas que a gente teve em épocas de maior crise no país”, analisa.

Empresas como a Magalu tem uma expertise em oferecer crédito ao consumidor há muitos anos. No entanto, o que chama atenção, conforme aponta Moulin é que, cada vez mais, as varejistas estão trabalhando suas carteiras digitais, ou seja, criando soluções que impeçam a quebra da jornada de compra e os bancos digitais vinculados à marca, é uma delas.

“Esse movimento traz uma tendência muito relevante. Os bancos digitais possuem operações extremamente lucrativas e, o objetivo dessas soluções é impedir que o cliente busque uma solução com o concorrente, ou que muitas vezes, vá procurar uma solução em outro banco e tenha um relacionamento duplo para realizar aquela compra”.

Fundador da consultoria especializada em varejo Varese Retail e conselheiro de empresas, Alberto Serrentino concorda que as carteiras digitais estão se tornando um elemento importante de recorrência de dados e relacionamento com os clientes. “Muitas empresas estão estudando implementar uma carteira digital no seu negócio, mas isso não é uma medida simples de ser escalonada. Entretanto, para que esse setor volte a crescer de maneira consistente é preciso que haja uma mudança no cenário, que a economia se estabilize, que os juros voltem a cair e a inflação seja controlada”, opina.

Inclusive, os cartões private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser usados no estabelecimento que o emitiu ou em redes conveniadas – não estão sujeitos à regulação do Banco Central (BC) e, por isso, não são supervisionados. Em nota, o BC afirmou que não tem dados sobre o número de varejistas que ofertam crediário atualmente, além das taxas de juros praticadas.

Mais uma parcela
De acordo com dados mais recentes da Inadimplência do Consumidor divulgados pela Serasa Experian, as dívidas negativadas dos brasileiros somavam até maio desde ano, R$ 278,3 bilhões. O ticket médio nacional de inadimplência do consumidor aumentou 11,2% na comparação de antes da pandemia para cá. Em maio de 2019, o valor de R$ 1.090 pulou para R$ 1.212, no mesmo período de 2022. Entre os consumidores baianos, o crescimento do ticket é ainda mais preocupante. O índice alcançou 35%, quando saiu de R$ 801,27 para R$ 1.082.

“No ponto de vista do consumidor, o melhor momento para assumir uma dívida vai ser quando os juros estão caindo e não o contrário. Porém, cada um acaba tomando sua decisão com base na sua necessidade. A recomendação que fazemos é que ao comprar algo a prazo, é importante que a soma das prestações não ultrapasse 20% da sua renda mensal”, aconselha o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Se a compra compromete mais do que o planejado, a chance de ficar inadimplente é inevitável, como reforça Rabi. “Seja no carnê, cartão de crédito ou qualquer outro tipo de crediário, o fato é que tomar crédito esse ano está mais caro do que no ano que passado. Quando as parcelas passam de 20% do valor que você ganha, a possibilidade de se tornar um devedor cresce absurdamente”.

Economista e coordenadora do programa de serviços financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim traz mais um alerta importante para quem optar por contratar um crediário: “Fique atento para a cobrança por emissão de boleto ou carnê. O consumidor ainda deve avaliar se a oferta de crédito com a imposição de compra na própria rede é o melhor para ele, e se os preços são competitivos em relação à concorrência. Em meio a uma conjuntura impactada pelo desemprego, inflação alta e redução do poder de compra todo cuidado é necessário para não contrair crédito sem planejamento”, orienta.

Fonte : https://noticias.primeirojornal.com.br/2022/07/va-a-loja-por-favor-magalu-libera-crediario-pre-aprovado-para-10-milhoes-de-clientes/

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Mercado Pago começa a vender seguro de vida

O Mercado Pago começou a vender seguro de vida no Brasil, reforçando a prateleira de produtos da unidade de serviços financeiros do Mercado Livre, à medida que o maior portal de comércio eletrônico da América Latina multiplica esforços para rentabilizar sua base de 36 milhões de usuários.

Com preço mensal de R$ 9,90 a R$ 73,00, o produto desenhado em parceria com a seguradora Prudential, e a plataforma para seguros digitais Klimber pode incluir benefícios para cuidados de saúde, como telemedicina e emergências odontológicas.

Os planos podem ser personalizados para incluir despesas com funeral, que podem se estender a cônjuges e filhos, além de diárias hospitalares em caso de acidentes, cobertura para doenças graves e cirurgias, disse à Reuters a chefe da área de seguros do Mercado Pago no Brasil, Michelle Brito.

O movimento sublinha a aposta no Mercado Pago como principal vetor de crescimento do grupo, tendo chegado no primeiro trimestre a responder por 45% das receitas do Mercado Livre no país.

Em 2020, o Mercado Pago, que surgiu como uma carteira digital, fez sua estreia em seguros vendendo garantia estendida para produtos como eletroeletrônicos e celulares.

No ano passado, passou a oferecer proteção contra roubos por Pix.

O Mercado Pago afirma já ter vendido mais de 1 milhão de apólices com esses dois produtos e seu vice-presidente, Tulio Oliveira, disse ter uma “expectativa alta” com o novo seguro, dada a capacidade da plataforma digital de distribuir uma apólice com custo baixo num mercado em que a modalidade ainda tem uma penetração muito baixa.

Segundo Brito, a próxima ofensiva da companhia no setor será o seguro contra acidentes pessoais, que deve ser lançado em cerca de dois meses, primeiramente com foco em profissionais que trabalham nas ruas, como no caso de entregadores.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-pago-seguro-de-vida/

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Dados de pesquisa revelam por que as carteiras digitais são a bola da vez entre consumidores

Cada vez mais populares, as carteiras digitais caíram no gosto dos consumidores brasileiros. Para confirmar essa tendência, a Opinion Box traçou o comportamento das pessoas sobre o meio de pagamento. Como parâmetro, 35% dos entrevistados disseram que já usam as carteiras digitais mais do que os serviços de bancos. Além disso, 16% usam diariamente o recurso, enquanto 62% passaram a utilizar com mais frequência nos últimos 12 meses. Confira a seguir as mudanças que as carteiras digitais estão trazendo aos consumidores!

Entre os principais questionamentos da pesquisa, o motivo de uso das carteiras digitais estava em destaque. A resposta, nesse caso, ficou assim:

  • 61% disseram que usam o recurso para pagar contas do dia a dia;
  • 57% para transferência de dinheiro;
  • 53% comprar na internet;
  • 52% receber cashback em compras;
  • 45% receber dinheiro de outras pessoas;
  • 39% recarga de celular;
  • 39% para guardar dinheiro;
  • 33% descontos em lojas;
  • 31% comprar em lojas físicas;
  • 30% investir e render dinheiro;
  • 27% receber dinheiro de clientes;
  • 26% abastecimento de combustível;
  • 26% conseguir crédito/cartão de crédito;
  • 7% recarga de bilhete único;
  • 2% outros.

O que os consumidores sentem em relação às carteiras digitais?

Para quem utiliza as carteiras digitais, os principais sentimentos sobre o meio de pagamento são: praticidade e facilidade. Além disso, por ser um segmento conectado à vida financeira, a segurança também se destaca entre os entrevistados. Para 73% das pessoas, aliás, trata-se de um meio de pagamento definitivo. Isso, sem levar em conta que 42% delas já consideram como um modo melhor do que o oferecido pelos bancos tradicionais.

Imagem de um gráfico
Os números levantados na pesquisa deixam o alerta: oferecer carteiras digitais como forma de pagamento demanda investimento e assertividade por parte das empresas.

Diante dessas respostas, a pesquisadora já dispara um alerta aos estabelecimentos comerciais que aceitam ou pretendem aceitar esse tipo de meio de pagamento: 48% concordam que os estabelecimentos ainda não se mostram prontos para as carteiras digitais. Portanto, antes de oferecer o recurso, a preparação para dispor de um sistema eficiente é mandatória.

A pesquisa “Opinion Box: Insights Carteiras Digitais” foi realizada em abril de 2022, com 2.149 pessoas de todos os estados brasileiros pelo Painel de Consumidores do Opinion Box.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pesquisa-carteiras-digitais-opinion-box/

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E-commerce brasileiro cresce 27% e fatura R$ 161 bilhões em 2021, revela Neotrust

O e-commerce brasileiro registrou um faturamento recorde em 2021, que totalizou mais de R$ 161 bilhões, um crescimento de 26,9% comparado ao ano anterior. O número de pedidos aumentou em 16,9% com 353 milhões de entregas, conforme levantamento da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento de mais de 85% do e-commerce brasileiro e pertencente ao T.group. O ticket médio também registrou aumento, de 8,6% em 2021 em relação a 2020, atingindo a média de R$ 455 por compra.

No balanço trimestral, um dos destaques é o aumento no número de pedidos do 1° trimestre, que passou de 49,9 milhões em 2020 para 78,5 milhões em 2021. “O varejo online continua com tendência de crescimento, mesmo após a flexibilização das restrições devido à pandemia e a retomada gradual do comércio físico. Apenas no 4° trimestre de 2021 foram realizados 101,6 milhões de pedidos, contra 86,6 milhões em 2020. O faturamento atingiu R$ 46,4 bilhões em 2021, contra R$ 38,7 bilhões em 2020”, destaca Paulina Dias, Head de Inteligência da Neotrust.

As categorias com mais pedidos realizados durante o ano são: moda, beleza e perfumaria, e saúde – que apresentou crescimento de 87% no faturamento de venda de remédios pela Internet em 2021. Celulares, eletrodomésticos e eletroeletrônicos foram os segmentos com maior faturamento em 2021. E as regiões de maior destaque são o Sudeste, que concentrou 62,3% das encomendas de 2021, e o Nordeste, com 15,1% das encomendas – o equivalente a 3,5 pontos percentuais a mais que em 2020 para a região.

Segundo a Neotrust, os resultados por gênero indicam que as mulheres possuem 58,9% do share de pedidos, frente a 41,1% dos homens. Entretanto, o ticket médio feminino é menor que o masculino: R$ 387 contra R$ 552, respectivamente. O índice por idade demonstra que as compras online vêm predominantemente da faixa etária dos 36 a 50 anos, representando 34,9%, e dos 26 a 35 anos, representando 32,1% do volume total. Já as compras realizadas por pessoas com mais de 51 anos passaram de 15,5% em 2020 para 16,6% em 2021.

Ainda de acordo com o levantamento da Neotrust, o cartão de crédito continua sendo o modo de pagamento preferencial dos brasileiros no e-commerce. Segundo a análise, 69,7% das compras foram feitas com cartão de crédito, 16,9% com boleto bancário, 11,1% com outras formas de pagamento (como wallet e cashback) e 2,3% via Pix. Embora ainda sejam pouco expressivos, os pedidos pagos com Pix aumentaram em 2021: em janeiro representavam 1% entre todos os meios de pagamento e em dezembro atingiram 4%.

Projeção do e-commerce para 2022

Segundo projeção realizada pela Neotrust para 2022, a receita do e-commerce deve crescer cerca de 9%, atingindo um faturamento recorde de R$ 174 bilhões neste ano. Apesar de ser uma alta positiva, a inflação, o dólar elevado e a projeção pessimista do PIB brasileiro são fatores que podem impactar negativamente o crescimento do varejo online.

A expectativa é que os pedidos pela Internet aumentem em 8%, totalizando 379 milhões de compras. Já o ticket médio deve se manter estável, com aumento de cerca de 1%, estimado em R$ 460 por pessoa.

A categoria que mais deve crescer é a de eletrônicos, em 21%, seguida de eletroportáteis, em 19%, de alimentos e bebidas, que deve subir 18%. Os segmentos de maior faturamento devem ser: telefonia (R$ 32,4 bilhões), eletrodomésticos (R$ 23,7 bilhões) e eletrônicos (R$ 18,6 bilhões).

“Para 2022 é esperado que haja uma expansão no marketplace, com as empresas mais preparadas para este canal. Outra tendência é a melhoria na interação do físico com o digital, que irá permitir mais eficiência nas compras e na relação do consumidor com a loja”, analisa Fabrício Dantas, CEO da Neotrust.

“Em relação aos pagamentos, as carteiras digitais e o Pix devem continuar em alta, de forma a ampliar sua participação no e-commerce. Com um mercado cada vez mais competitivo, o varejo online deve apostar em fretes mais rápidos e funcionais, por exemplo, como forma de atrair e reter clientes”, finaliza Dantas.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/neotrust-e-commerce-fatura-2021/

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Previsões e Tendências para o futuro dos pagamentos digitais

Pesquisa aponta que crescimento dos pagamentos digitais será superior a 80% até 2025, com expectativa de triplicar até o fim desta década.

Pesquisa divulgada pela consultoria PwC aponta que o volume de pagamentos digitais deve aumentar mais de 80% até 2025, com as transações passando de cerca de US$ 1 trilhão para quase US$ 1,9 trilhão por ano. Até 2030, o total deve quase triplicar.

De acordo com a pesquisa, a região Ásia-Pacífico terá o crescimento mais rápido, com o volume de transações sem dinheiro em espécie aumentando 109% até 2025 e 76% até 2030.

Em seguida, estão a África (com 78% e 64%, respectivamente) e a Europa (64% e 39%). A América Latina vem depois (52% e 48%), e os EUA e o Canadá terão o crescimento mais lento (43% e 35%)

Em resumo, até 2030 o número de transações per capita sem dinheiro em espécie será aproximadamente o dobro ou o triplo do nível atual em todas as regiões pesquisadas.

6 macrotendências que afetam o futuro dos pagamentos

Além de projetar esse forte crescimento, a PwC também apontou 6 tendências que devem afetar o futuro dos pagamentos globalmente e que são influenciadas por uma combinação de aspectos como preferências do consumidor, tecnologia, regulamentação e M&A.

 1. Inclusão e confiança

  • Estratégias e oportunidades em duas frentes impulsionarão a inclusão de consumidores e varejistas (especialmente na África, América Latina e Ásia).
  • O foco em soluções de código QR nacionais e de carteiras e dinheiro móvel garantirá o amplo acesso e o baixo custo.
  • Os bancos centrais manterão sua função de assegurar a privacidade, a estabilidade e a confiança em novos provedores e métodos de pagamento, bem como no sistema financeiro.

2. Moedas digitais

  • 60% dos bancos centrais estão avaliando o uso das moedas digitais e 14% estão realizando testes-pilotos.
  • A preocupação dos bancos centrais é que a descentralização das finanças e as criptomoedas privadas possam minar a condução da política monetária.
  • A conversão e o armazenamento de criptomoedas fiat (ou fiduciárias) são oportunidades que estão surgindo.

3. Carteiras digitais

  • O uso de pagamentos móveis continuará crescendo de modo constante (o CAGR entre 2019 e 2024 é estimado em 23%).
  • A proliferação de super aplicativos, serviços de open banking e códigos QR impulsionará a adesão à carteira digital.
  • Por conveniência, os usuários e o uso serão direcionados para as carteiras digitais como primeiro ponto de contato – deixando de lado as interfaces tradicionais de cartões e bancos.

 4. A batalha dos trilhos de pagamento

  • A iniciação do pagamento está migrando de cartões e contas para carteiras digitais que têm suporte no open banking.
  • Os reguladores obrigarão a indústria a fortalecer a infraestrutura nacional de pagamentos.
  • Os consumidores em mercados emergentes estão migrando diretamente para carteiras móveis e pagamentos baseados em contas, sem passar pela “era do cartão”.
  • Tanto as redes de cartões tradicionais quanto as soluções nacionais de carteiras enfrentarão o desafio de conectar os pagamentos em sistema open loop com os pagamentos internacionais para manter sua relevância.

 5. Pagamentos transnacionais

  • Pagamentos instantâneos e de baixo custo estão provocando a reinvenção dos pagamentos transnacionais.
  • A padronização global dos pagamentos permitirá a conectividade internacional de soluções instantâneas nacionais.
  • Surgirão soluções regionais (especialmente na Ásia) e soluções não bancárias globais baseadas em criptomoedas e carteiras digitais.

 6. Crime financeiro

  • Com a adoção cada vez maior do open banking e dos pagamentos instantâneos e alternativos por consumidores e empresas, crescem as organizações de “fraude como serviço”.
  • Em nossa pesquisa, os riscos de segurança, conformidade e privacidade de dados foram as maiores preocupações de bancos e fintechs.
  • Com a sofisticação do crime financeiro, os provedores terão que proteger todo o seu ecossistema.

Implicações para as empresas de pagamentos

Por fim, o estudo aponta que compreender essas tendências e as mudanças que estão ocorrendo na forma como os pagamentos são cruciais para bancos, empresas que trabalham com meios de pagamento, fintechs e outros players.

Para a PwC, os bancos precisam trabalhar com os clientes corporativos para ajudá-los a integrar os pagamentos diretamente com seus serviços, o que os ajudará a lidar com um mundo no qual as carteiras e os super aplicativos digitais multifuncionais se proliferam.

Já as processadoras de cartões precisam avaliar mudanças que as posicionem de forma mais eficaz para a iniciação de pagamentos, como fazendo parcerias com fornecedores de carteiras digitais, o que pode garantir sua no ambiente de serviços para varejistas.

As processadoras também precisam fazer a ponte entre os mundos de pagamentos baseados em cartões e em contas, além de adotar tecnologias de nuvem e IA para evitar serem ultrapassadas por uma nova geração de soluções baseadas em nuvem.

Os provedores de serviços de pagamento devem atuar no sentido de garantir estruturas globais transparentes e criar confiança e visibilidade em relação à aceitação do cliente, a capacidade de suportar o risco de crédito e estruturas de supervisão globais eficientes. Além disso, precisam dominar totalmente o mundo dos dados para vencer essa corrida e alcançar escala global.

Por fim, os bancos centrais e supervisores precisarão melhorar seus conhecimentos para realizar uma supervisão eficaz desses novos players globais que não são bancos.

A PwC faz as seguintes estimativas em relação ao volume de receitas transacionais em bilhões de dólares.

Bancos:

2020 – US$ 342 bilhões

2025 – US$ 447 bilhões

2030 – US$ 561 bilhões

Métodos de pagamentos alternativos: 

2020 – US$ 78 bilhões

2025 – US$ 188 bilhões

2030 – US$ 313 bilhões

Prestadores de serviços comerciais: 

2020 – US$ 141 bilhões

2025 – US$ 167 bilhões

2030 – US$ 212 bilhões

Redes de cartões: 

2020 – US$ 71 bilhões

2025 – US$ 98 bilhões

2030 – US$ 125 bilhões

Processadores terceirizados: 

2020 – US$ 42 bilhões

2025 – US$ 57 bilhões

2030 – US$ 84 bilhões

Terminais: 

2020 – US$ 17 bilhões

2025 – US$ 22 bilhões

2030 – US$ 26 bilhões

Embora os bancos continuem a ter um crescimento projetado significativo, suficiente para mantê-los no topo do tipo de companhia que trabalha com pagamentos digitais, o crescimento dos métodos de pagamento alternativos deve mais do que quadruplicar, enquanto o dos bancos não deve nem dobrar no período, mostrando uma tendência a ocorrer uma inversão na dominância do mercado caso o ritmo se mantenha ao final da década de 2030.

Tendências do Brasil

Por fim, o estudo aponta algumas tendências específicas relacionadas à realidade brasileira.

Inclusão e confiança. O Brasil está na vanguarda da inclusão financeira, graças à liderança do Banco Central em iniciativas que promovem novas tecnologias de pagamento, interoperabilidade, redução de custos e concorrência aberta. Os pagamentos com QR code estão ajudando a alavancar as infraestruturas de pagamentos instantâneos, fornecendo acesso fácil e barato a pagamentos digitais, seja por meio de um dispositivo tradicional de POS (sigla em inglês para ponto de venda –  PDV) ou de um dispositivo móvel para comerciantes e consumidores.

Supremacia dos pagamentos instantâneos. O Pix, modelo de pagamento instantâneo estabelecido pelo BC, é um sucesso absoluto. Além disso, surgiram métodos de pagamentos quase instantâneos que usam os trilhos das redes de cartões e são operados por players digitais. Na prática, espera-se que os novos modelos impactem os meios de pagamentos tradicionais com DOC/TED, boleto bancário, cheque e até mesmo com cartões nos próximos cinco anos. Considerando essas infraestruturas e a existência de novos provedores totalmente baseados em nuvem, os bancos já estão reavaliando seus modelos e soluções financeiras.

Novos marcos regulatórios. Modelos simplificados de licenças bancárias, como as Sociedades de Crédito Direto (SCDs) e Instituições de Pagamentos (IPs), trouxeram uma nova competição ao mercado. O Brasil observou a importante expansão das fintechs e, mais recentemente, uma elevada incursão de indústrias tradicionais, como varejistas e telecoms, na criação de empresas de serviços financeiros. Esse ambiente competitivo deve se tornar ainda mais disputado com a conclusão e o amadurecimento do Open Banking brasileiro, que é bastante abrangente, sobretudo quando comparado com outros modelos internacionais.

Carteiras digitais. Vários players estão disputando participação nos pagamentos dos consumidores. Os bancos estatais lançaram carteiras digitais para pagar à população subsídios sociais e relacionados à pandemia de covid-19, além de promover descontos para seus clientes. Isso está ajudando a ampliar a adoção dos pagamentos digitais, especialmente entre pessoas sem experiência com bancos. Marketplaces como o Mercado Livre, com o serviço “Mercado Pago”, e players digitais como o PicPay estão lançando seus próprios ecossistemas, nos quais comerciantes e indivíduos podem fazer negócios e suprir necessidades financeiras pessoais.

Fonte : https://www.whow.com.br/transformacao-digital/previsoes-e-tendencias-para-o-futuro-dos-pagamentos-digitais/

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