Loggi lança sua carteira digital própria dentro de seu app

A Loggi, está implementando a sua carteira digital in-app para Android e iOS. Com exclusividade ao Mobile Time, a companhia informou que a wallet foi desenvolvida com tecnologia própria, ou seja, não usaram nenhum parceiro de Banking as a Service (BaaS).

De acordo com Tiago Porangaba, diretor em gestão de produto na Loggi, a sua carteira resultou em um aumento de 80% na finalização das compras durante a fase de testes.

Com a carteira dentro do app da empresa de entrega e logística, o cliente pode pagar via crédito, PIX e saldo na wallet. Também pode pagar os envios de pacotes de forma programada. E, acima de R$ 50, o consumidor pode ganhar cashback.

A partir do saldo, o app também recebe um recurso de ‘copia e cola’ para incluir um valor fixo começando em R$ 50, algo que a companhia acredita que pode gerar mais facilidade, controle e previsibilidade de custos, sem usar um cartão de crédito.

Fonte: “https://www.mobiletime.com.br/noticias/14/06/2024/loggi-lanca-sua-carteira-digital-propria-dentro-de-seu-app/”

Download

Camicado remodela aplicativo de compras e insere novas funcionalidades

A expectativa é elevar a participação dos canais digitais sobre as vendas totais da empresa.

A Camicado, varejista de artigos para casa e decoração, lança uma nova experiência de compra para o seu aplicativo. Com uma proposta de navegação mais intuitiva, a plataforma mobile foi desenvolvida em parceria com a Work & Co e oferece funcionalidades que melhoram a experiência do usuário em suas compras online.

A expectativa é elevar a participação dos canais digitais sobre as vendas totais da empresa. Em 2023, o percentual foi de 33%.

“A evolução do app faz parte da estratégia omnicanal da marca, que tem como objetivo proporcionar ao nosso cliente uma experiência de compra cada vez mais completa e encantadora, com comodidade, interatividade e conteúdo”, destaca o diretor da Camicado, Natan Anaf.

Com o visual repaginado, o app traz design moderno e alinhado à experiência encontrada no site da varejista. O app ganhou, ainda, novas funcionalidades que facilitam não só as compras, mas também consultas de cashback, saldos, vantagens e suporte. São elas:

Camicado ID: cada cliente terá um QR Code único, gerado pelo app, que concentra todas as suas informações, unificando e facilitando o cadastro em loja.

Cashback: o acúmulo de cashback para compras em loja física passa a ser atrelado ao Camicado ID. Preferencialmente, para acumular o cashback, o cliente o fará via Camicado ID.

Atendimento: melhoria do processo de autoatendimento para suporte dos pedidos, incluindo a visualização do progresso da entrega dos produtos e uma integração mais eficiente com o WhatsApp.

Meu Cartão: integração com o Meu Cartão (cartão de crédito internacional da Renner), possibilitando a visualização da fatura, a consulta de saldos e outras movimentações, sem a necessidade de acessar outros aplicativos.

Integração app e whatsApp: pelo app, o cliente é automaticamente direcionado para o WhatsApp.

Fonte: “Camicado remodela aplicativo de compras e insere novas funcionalidades – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Download

Banco BV cria marketplace com Méliuz

Aplicativo da instituição passa a contar com marketplace próprio e terá descontos e cupons exclusivos.

O Banco BV, marca do Banco Votorantim, acaba de anunciar o lançamento do Shopping BV, um marketplace dentro do aplicativo da instituição financeira, criado juntamente com o Méliuz, empresa brasileira voltada para ofertas, serviços, cupons de desconto e campanhas de cashback.

Com isso, a ideia é transformar o BV em um banco relacional, fortalecendo sua capacidade de atração e engajamento de clientes conforme oferta serviços financeiros e experiências diferenciadas.

“A estratégia é aumentar gradualmente o portfólio de parceiros, lojistas, produtos, serviços, ofertas e vantagens do shopping para nos tornarmos mais relevantes para nossos clientes e facilitarmos o dia a dia deles. Ao ampliarmos o uso do aplicativo, conseguimos nos aproximar e entender melhor a jornada financeira dos clientes para sermos mais assertivos”, explica Ricardo Sanfelice, diretor executivo de clientes, produtos e inovação do Banco BV.

Na nova aba da plataforma, os usuários podem encontrar atualmente mais de 1 mil lojas com diversas opções de pagamento. Para usufruir da funcionalidade, basta atualizar o app para sua versão mais recente.

Em um segundo momento, o banco pretende oferecer a opção de compras em lojas de veículos e a aquisição de tags para pedágio e abastecimento, por exemplo, além de opções de gift card e recarga de bilhete único.

Depois, a meta é que a jornada de compras no aplicativo também seja reformulada, ganhando uma seção de cupons, brindes e cashbacks exclusiva do Méliuz, além de uma outra aba com as melhores promoções das principais marcas do shopping virtual.

A instituição financeira e a startup são parceiras desde 2022, e, desde que foi anunciado o acordo, o BV passou a vender produtos em formato whitelabel, como conta digital e cartões de crédito na plataforma do Méliuz.

Fundado em 1991, o BV pertence ao Banco do Brasil e à família Ermírio de Moraes, atuando nos segmentos de crédito e financiamento para pessoas, corporate & investment banking, asset management e private bank.

Atualmente, é considerado o quinto maior banco privado brasileiro, com mais de 150 parceiros, entre fintechs, marketplaces e outros mais.

No mercado desde 2011, a mineira Méliuz disponibiliza em sua plataforma cupons de desconto de lojas on-line e devolve ao consumidor, em dinheiro, parte do valor gasto em compras direto na conta bancária.

Em 2020, foi a primeira startup a abrir capital na Bolsa de Valores brasileira, formando o grupo CASH3.

Fonte: “Banco BV cria marketplace com Méliuz | Notícias | Baguete

Download

Shein estreia na plataforma do shopping Nubank com 3% de cashback em todas as categorias

O valor devolvido será depositado diretamente na conta do cliente em até 90 dias e pode ser usado como quiser.

A partir desta terça-feira, 2, a Shein passa a integrar as lojas parceiras do Shopping Nu, o marketplace do Nubank. Até o dia 8 deste mês, os clientes que fizerem as compras na varejista chinesa pela plataforma do shopping terão direito a cashback de 3% em todos os produtos da marca. Após o período, o cashback será estendido para todos os usuários.

Os consumidores interessados podem garantir parte de seu dinheiro de volta em qualquer compra no app ou site da Shein. Para ganhar o benefício é muito simples: basta acessar o app do Nubank e ativar o cashback da loja. Depois, é só fazer a compra normalmente na loja da varejista.

O valor devolvido será depositado diretamente na conta do cliente em até 90 dias e pode ser usado como quiser. O cashback disponibilizado pelo Shopping do Nu é cumulativo com outras promoções da marca, como cupons e moedas.

Mais de 200 lojas parceiras

Somente em 2023, o Shopping do Nu registrou 255 milhões de visitas. Com mais de 200 lojas parceiras, o marketplace do Nubank oferece uma série de produtos e serviços dos mais diversos segmentos.

Além disso, alguns produtos oferecem a possibilidade de realizar todo o processo de compra dentro do marketplace do Nubank, de forma prática e segura por meio do NuPay, serviço de pagamentos online exclusivo para clientes do Nu, utilizando o saldo disponível em conta ou o cartão de crédito.

Gift cards

Os gift cards estão disponíveis no marketplace da Nubank desde novembro de 2023. A solução contribuiu para um aumento de 62% no número de usuários e um avanço de 52% no volume bruto de mercadorias (GMV).

As principais marcas escolhidas pelos clientes incluem nomes como PlayStation, Google Play, iFood, Uber e Xbox, além de descontos exclusivos. Informações divulgadas no Relatório Global do Mercado Gift Card, no fim de 2022, apontam que até o ano de 2024 a projeção é que sejam movimentados mais de US$ 221 bilhões (no total) em gift cards em todo o mundo.

Fonte: “Shein estreia na plataforma do shopping Nubank com 3% de cashback em todas as categorias – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Download

Sam’s Club alcança 3 milhões de sócios após inaugurações e investimento no digital

A marca recebe, em média, 1.500 inscrições todos os dias.

O Sam’s Club atingiu a marca de 3 milhões de sócios, número que representa um crescimento de 40% desde que o Grupo Carrefour Brasil assumiu a gestão do clube de compras em junho de 2022. O crescimento de sócios que chegaram via aquisição digital deu um salto de 622% no mesmo intervalo.

O investimento em transformação digital e a abertura de novos clubes têm demonstrado grandes resultados para a marca, que recebe 1.500 sócios, em média, todos os dias.

“Usar tecnologia e dados para trazer novos sócios foi o pilar que mais usamos para transformar a aquisição de novos membros, além de ser também fundamental para retenção de clientes”, conta Claudia Vilhena, diretora-sênior de Membership, CRM, CX, Data e Loyalty do Sam’s Club.

O Sam’s Club possui 51 lojas distribuídas pelo Brasil e é um modelo de clube de compras com um sistema de afiliação que oferece mais de 5 mil tipos de produtos e vantagens de compras em itens importados exclusivos (encontrados somente no Sam’s Club). A rede conta com embalagens econômicas e itens de marca própria Member’s Mark, que incluem alimentação, casa e brinquedos, entre outros.

Os sócios investem o valor anual de R$ 75, o equivalente a R$ 6,25 por mês.

“Um dos nossos diferenciais é que 100% dos nossos sócios são identificados. Assim, sentimos que conhecemos os clientes pessoalmente e trabalhamos para que cada um deles receba ofertas, benefícios e novidades que façam sentido com seus hábitos e necessidades em um atendimento personalizado. Esta dinâmica, que conta com promoções, cashback, SmartCupom, entre outras ativações, aumenta em 5,7% a nossa média de conversão mensal”, complementa Claudia.

Fonte: “Sam’s Club alcança 3 milhões de sócios após inaugurações e investimento no digital – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Download

Amazon anuncia cartão de crédito sem anuidade, com cashback e parcelamento estendido

A Amazon anunciou recentemente a criação de um cartão de crédito. O produto promete até 3% de cashback, parcelamentos estendidos em compras dentro da Amazon, além de não ter anuidade.

 

Cartão de crédito Amazon

Apesar de já constar no próprio site da Amazon, ainda não foram detalhados as informações gerais do cartão. O que se sabe, até o momento, é que ele será emitido na bandeira Mastercard e em duas versões (um cartão da Amazon tradicional e outra versão do Amazon Prime).

Sobre os benefícios, por ser Mastercard, é esperado que você receba as conveniências da bandeira, como seguro viagem, além de adicionais exclusivos da Amazon, a exemplo dos listados abaixo:

Cashback de até 3%

Com o cartão de crédito Amazon, você poderá ganhar até 3% de cashback em compras, sendo divididos da seguinte forma:

  • 3% de volta em pontos em todas as suas compras feitas no site da Amazon Brasil;
  • 2% de volta em restaurantes, farmácias, entretenimento, viagens e compras internacionais;
  • 1% de volta em demais estabelecimentos (como postos de gasolina, entre outros).

Parcelamento estendido

Além disso, assim como acontece com cartões de varejistas como Casas Bahia, Extra e Ponto, por exemplo, também é informado que as compras no site da Amazon Brasil terão mais opções de parcelamento.

Atualmente, o máximo de vezes que sua compra pode ser parcelada no site da Amazon é de 10 sem juros, mas os portadores do Cartão Amazon terão opção de parcelamento em até 15x sem juros.

Anuidade grátis

Outro benefício é que o cartão não possui anuidade, ou seja, o portador pagará apenas pelo que for gasto em fatura – excluindo possíveis cobranças de mensalidades.


Programa de pontos

Mesmo sem ter muitas informações, a Amazon deixou escapar o que talvez venha a ser um programa de pontos do cartão (talvez!). Isso porque, no momento em que foi informado sobre o cashback, é dito que compras feitas dentro do site da Amazon Brasil serão creditados “3% de volta em pontos“.

Como funcionará a mecânica desses pontos acumulados, ainda não foi divulgado. Vale lembrar que a Amazon permite a compra de produtos ou a mescla de pontos + dinheiro através de parceria com a Livelo, onde os pontos acumulados no programa de recompensas bancário podem ser utilizados em compras dentro do portifólio de produtos da Amazon Brasil.


Comentário

Sempre que um cartão de crédito é anunciado, nós ficamos atentos para conhecer melhor o produto. Apesar de não ser tão chamativo para o público de alta renda, a notícia pode ser interessante para o consumidor da Amazon, que pode ter um cartão sem anuidade, com cashback e parcelamento exclusivo em compras dentro da plataforma.

No entanto, vale frisar que, em épocas de Amazon Day, em que é possível acumular até 8 pontos por real gasto, ou até mesmo Black Friday, ter um cartão que permite parcelamento em até 15x sem juros, por exemplo, pode ser bastante atrativo.

‘ https://passageirodeprimeira.com/amazon-anuncia-cartao-de-credito/

Download

Cashback, lives, entregas-relâmpago: quais são as estratégias das grandes varejistas para reconquistar clientes

Rombos e falências, além de quedas nas vendas, ressaltam a importância de adotar o relacionamento on-line como prioridade.

O varejo anda machucado. Mas como continuar atraindo o consumidor neste cenário? A Americanas relatou rombo contábil de R$ 20 bilhões, a Marisa busca renegociar dívidas brutas de curto prazo de menos de R$ 300 milhões e a Livraria Cultura teve a falência decretada. Pouco antes, o setor havia encerrado 2022 com o crescimento mais fraco em seis anos, segundo o IBGE. Apesar da alta de 1% nas vendas no período, foi o pior desempenho desde 2016 (-6,2%) e abaixo do ganho de 1,4% em 2021 – a escalada dos juros, com o encarecimento do crédito, é considerada uma das razões do freio nas compras.

Para consultores de mercado e executivos de grandes varejistas, os números “doloridos” não devem tirar o foco do ativo mais importante desse ramo da economia: o consumidor. A estratégia agora é tirar as melhores mágicas da cartola para que o espetáculo de compra & venda continue, com o relacionamento on-line como protagonista do show.

Antigos artifícios para seduzir o comprador, como o frete grátis e promoções-relâmpago, continuam na mesa, mas abrem espaço para novos apelos de gastos, como sessões de ofertas ao vivo nas madrugadas nos stories das redes sociais das fornecedoras; cupons de cashback, que permitem usar “créditos” em pedidos futuros, e até campanhas por divisão geracional.

“Uma das frentes que contribuem para engajar consumidores são as lives, transmissões ao vivo no app, com demonstração e vendas de produtos”, diz Felipe Piringer, head de marketing da Shopee, plataforma nascida em Cingapura que reúne mais de 30 categorias de itens de vendedores brasileiros e internacionais. No ar desde março de 2022, o recurso acumula mais de 750 transmissões e 10 milhões de visualizações. Alguns comerciantes com itens exibidos nas sessões chegaram a ter 70% de aumento no fluxo das lojas, comparado a um dia normal, e as vendas chegaram a representar 30% do total faturado em um único dia. Em fevereiro, foi realizada a primeira live na madrugada – entre 23h45 e 2h.

No Brasil desde 2019, a Shopee, que também opera com um site, não abre o número de consumidores ativos e prefere apostar as fichas de relacionamento na abordagem “app first” ou prioridade por operações feitas no aplicativo – mais de 95% das vendas são fechadas pelo celular. E a razão disso não está longe do aparelho: a varejista ultrapassou 15 milhões de seguidores, somando todas as redes sociais. “Sempre avaliamos como podemos ajudar empreendedores, consumidores e marcas a se beneficiarem do crescimento da economia digital”, afirma Piringer.

img1

A busca ativa pelo comprador inclui ainda cupons de cashback, para garantir o retorno aos balcões virtuais, e os “dias Shopee”, geralmente em datas de dígitos duplos (2/2, 4/4), em que as vantagens para os usuários são concentradas por períodos e categorias de produtos, como tecnologia ou moda. A campanha “2.2”, a primeira de 2023, ofereceu R$ 6milhões em cupons de descontos e vouchers de frete grátis para faturas acima de R$ 29. A fim de manter os usuários por mais tempo no app, o marketplace também coleciona joguinhos desenvolvidos para a plataforma, como Candy, Bolhas e Letras, inspirados em similares do mercado.

“Nosso consumidor é, na maioria, mais jovem”, justifica o executivo. Em uma pesquisa recente com 12 mil consumidores, ao serem questionados sobre o que buscam no app, a maior parcela (29%) apontou “renovar o guarda-roupa”, enquanto 14% optam por equipamentos de segurança para residências e negócios e 11% procuram itens para incrementar carros e motos. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná são os estados onde a Shopee finaliza mais negócios.

Apesar das novidades em curso, Piringer destaca que campanhas “mais tradicionais” de descontos não decepcionam. Até hoje, a promoção de maior sucesso aconteceu em novembro de 2022, em dois dias de Black Friday. Foi registrado um aumento de mais de 300% nas vendas de lojas locais ante um dia comum – com uma movimentação de R$ 65 milhões somente de vantagens para os usuários, como cashbacks e cupons.

“Por conta da facilidade de comparação de preços no mundo digital, os descontos são os recursos que mais chamam a atenção do consumidor”, diz Maurício Morgado, coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV-Eaesp. Com isso, os preços dinâmicos, aqueles que mudam ao longo dos dias com base em variáveis como demanda e popularidade, acabam perdendo força. “É muito fácil fazer pesquisa de preço on-line, então não adianta organizar promoções como concursos ou sorteios. As pessoas comparam os valores entre as lojas.”
Aquilo que parece funcionar melhor hoje para fisgar o consumidor passa pelas redes sociais, segundo Morgado, que acaba de voltar da feira de negócios americana NRF Retail’s Big Show, um dos maiores eventos sobre varejo do mundo. “Isso faz com que o comprador entre em interação com a marca”, afirma. A “pesca” já acontece no Instagram e, mais recentemente, no TikTok. “Como esse relacionamento se inicia no celular, as varejistas podem continuar a conversa no WhatsApp, o que acaba trazendo melhores resultados.”

Porém, diz o especialista, uma interação digital sem informações úteis sobre o usuário não se sustenta por muito tempo. As empresas precisam, cada vez mais, juntar dados sobre os consumidores e mandar somente as ofertas que eles gostariam de receber. “Para isso, é necessário saber captar o estilo de vida, idade e gênero, além de deduzir a renda do público, para gerar mensagens mais customizadas”, diz Morgado.
Marcelo Giugliano, diretor de varejo para moda, casa & garagem e entretenimento da Amazon Brasil, que oferece mais de 50 milhões de produtos em 30 categorias via site ou app, diz que o trabalho de escuta é constante. “Estamos sempre observando o que o cliente quer”, destaca. Um exemplo foi o lançamento de novas divisões de mercadorias, como instrumentos musicais e cervejas, com base nas buscas dos internautas em 2022.

Em campanha recente de volta às aulas, iniciada em dezembro do ano passado, a marca disparou uma pesquisa para “centenas” de consumidores para checar a experiência de compras na plataforma. Descobriu que o brasileiro queria, além da conveniência da aquisição a distância, preços mais baixos. Isso levou à criação de uma nova ferramenta de busca de itens, dividida por personagens famosos nas papelarias, como Harry Potter e Hello Kitty, que facilitasse a visualização dos artigos. “Também foi possível direcionar a seleção por marcas ou idade escolar”, diz Giugliano.

Relatório destaca importância da ênfase na segurança dos dados de usuários, personalização de serviços e solução de problemas na compra

Fora das vitrines digitais, uma das principais ferramentas de fidelização da Amazon continua sendo o programa de benefícios Prime, que dá acesso a promoções exclusivas no comércio eletrônico, entrega gratuita de bens selecionados e opções de entretenimento no streaming de filmes, séries e músicas. “São 200 milhões de membros, em todo o mundo.”

No Brasil, Giugliano diz que a companhia fundada pelo bilionário Jeff Bezos está acelerando o potencial de remessa de mercadorias. De 2019 até hoje, o grupo passou de 1 para 12 centros de distribuição no país, o que ajuda a enxugar os prazos de chegada das encomendas. Já é possível enviar os pacotes em mais de mil cidades em até dois dias úteis e em mais de cem, em um dia.

Na opinião de Fernando Gambôa, sócio-líder de consumo e varejo da consultoria KPMG no Brasil e América do Sul, além do fator preço, o tempo de recebimento dos pedidos é o que mais pesa na decisão de finalizar uma compra nos apps. “Não adianta a loja ter boas ofertas se continua com prazos maiores de entrega e taxa de frete acima das concorrentes.”

O consultor de empresas César Souza, autor do livro “O jeito de ser Magalu” (editora Rocco), que fala sobre o modelo de negócios e filosofia de gestão do Magazine Luiza, diz que o comércio vai ter que se reinventar além da rapidez do envio e da possibilidade de compra em redes sociais. “O varejo está meio obsoleto e pobre de ideias novas”, diz.

Para ele, nos próximos meses ganharão relevância a flexibilidade de pagamentos, como customizar condições especialmente para itens mais caros, e a melhor “apresentação” das mercadorias nas vitrines virtuais. “É preciso diferenciar os produtos, apontando os benefícios para o consumidor, em vez de mostrar somente descrições técnicas”, afirma. “Uma coisa é dizer que o equipamento tem 500 GB de memória e outra é informar que ele vai eliminar dez minutos por hora de trabalho.”

A mudança na relação do varejo com um consumidor mais exigente, apontada por Souza, aparece no Relatório Global de Excelência na Experiência do Cliente, levantamento conduzido pela KPMG em 2022 com mais de 89 mil consumidores em 25 países, inclusive o Brasil. O documento identifica os pilares essenciais para a construção de melhores ligações com o comprador. Entre eles, estão a ênfase na segurança dos dados dos usuários, a resolução da “dor” do cliente ou como priorizar a solução de um problema durante a compra antes de nvestigar a causa do “perrengue” e a personalização dos serviços.

No último caso saudar o cliente pelo nome ou lembrar de datas de aniversário em e-mails pode ter até um efeito positivo, mas o público não se impressiona mais com isso – além do fator preço, o tempo de recebimento dos pedidos é o que mais pesa na decisão de finalizar uma compra nos apps. “O foco na experiência do cliente não deve ser apenas uma atribuição da força de vendas, na etapa da pré-venda, mas um mantra a ser adotado por toda a organização”, diz Gambôa, da KMPG.

É o que promete fazer o GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, com mais de 30 milhões de clientes cadastrados. “As vendas on-line representam atualmente cerca de 10% do faturamento do grupo [era de 3% antes da pandemia] e temos como meta dobrar essa participação até 2024”, afirma Marcelo Rizzi, diretor-executivo de digital e transformação.

Uma das frentes de trabalho é incrementar o app com recursos de “push notification” (mensagem de alerta) para ofertas personalizadas. Para isso, o GPA está investindo em um novo sistema de CDP (Customer Data Plataform) que ajuda a armazenar, organizar e enriquecer os dados coletados dos clientes. Hoje, mais da metade dos consumidores que compram nos canais digitais do grupo é composta de mulheres (53%), e a maioria (63%) tem entre 25 e 49 anos, informa Rizzi.

No varejo alimentar, quando se fala em compras pela internet, especialmente as de produtos perecíveis, há o desafio também de fazer com que cheguem o quanto antes a casa do cliente, com a mesma qualidade e na embalagem correta, lembra o executivo.

Nessa linha, a principal aposta para não deixar ninguém insatisfeito é encurtar o prazo de entrega, especialmente para remessas consideradas “ultrarrápidas”. O GPA ampliou os horários dos envios (até 22h) em mais dias (incluindo sábados e domingos) e em menos tempo (até 60 minutos). Faz parte desse esforço a incorporação do James Delivery, aprovada em novembro. Lançado em 2019 pelo próprio GPA e concorrendo com iFood e Rappi, o negócio corresponde agora a 15% das expedições realizadas em até 90 minutos e conseguiu elevar a participação desse tipo de despacho de 40% para 70%, nos últimos anos, com o apoio de 200 lojas.
O corte no tempo dos envios visa abrir ainda novas alternativas de receita, segundo o diretor. “Uma das ideias é aumentar a venda de sushis, feitos nos supermercados, atendendo a uma demanda dos clientes.”
Para Elói Assis, diretor-executivo de produtos de varejo da Totvs, que desenvolve sistemas sob medida para empresas de vários setores, há uma nova geração de consumidores que ajuda a pressionar os projetos. “São usuários com ciclos de engajamento e atenção cada vez menores, embalados pelos 280 caracteres permitidos no Twitter ou os vídeos de 15 segundos do TikTok”, compara.

Para o especialista, por causa desse novo freguês, “mais apressado”, a tendência é de crescimento do conceito conhecido como “hiperconveniência”. O cliente prefere consumir via apps ou sites capazes de proporcionar uma entrega entre 15 minutos e, no máximo, duas horas; procura lojas de conveniência dentro dos condomínios, “vending machines” em locais de fácil acesso e comércios “grab and go” (pegue e saia, do inglês), com pedido antecipado pelo celular.

Outro movimento que tem ocupado as agendas dos varejistas, diz Assis, é o “social commerce”, ou a venda direta em plataformas sociais. O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo, levantamento elaborado pela Totvs em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, concluiu que 94% dos lojistas dispõem de, ao menos, um canal de vendas digital. O estudo ouviu 673 empresas nacionais e multinacionais de todas as regiões do Brasil, com faturamento igual ou superior a R$ 2 milhões.

De acordo com a pesquisa, os canais on-line mais usados são o “chat commerce” (via WhatsApp ou Messenger, com 80% de participação), seguido por Instagram e Facebook (67%) e o site próprio da marca (61%). “Ou seja, o ‘social’ já representa, para todos os efeitos, a maioria dos recursos digitais. O varejo tem de ir onde o consumidor está.”

Prova disso é a recente movimentação da fintech Magalu, braço financeiro do Magazine Luiza, que pretende criar um token nativo próprio para servir como moeda digital em um programa de benefícios voltado para consumidores e lojistas do ecossistema de varejo.

A marca, com 37 milhões de clientes, também estuda permitir a compra de produtos por meio de criptomoedas. “O consumidor encontra tudo o que precisa aqui, do umidificador de ar à cerveja e amendoim”, diz Felipe Cohen, diretor de operações de marketplace, na companhia há mais de sete anos.
Júlia Rueff, diretora sênior de marketplace do Mercado Livre, com mais de 88 milhões de usuários ativos em 18 países e 36 vendas realizadas por segundo, de acordo com a empresa, diz que é preciso estudar melhor como a divisão geracional dá as cartas no varejo digital – inclusive entre aqueles que não dão muito bola para os “feeds” do Instagram.

Pesquisas da empresa indicam que a geração Z, dos nascidos a partir de 1997 e considerada a mais “digital”, é o grupo que mais cresce nas filas dos caixas, representando 13% dos compradores da plataforma. Os millennials (1981-1996) são os que mais gastam, principalmente na seção de tecnologia, com 18% a mais de despesas ante a média dos outros usuários.
“Já os baby boomers (1946-1964) são os visitantes mais frequentes e acumulam 12% a mais de idas às compras em relação à média”, explica. “Gastam 28% mais com vinhos, por exemplo, do que os demais consumidores.” A executiva destaca ainda que o aumento da adesão a meios de pagamentos digitais deu um salto na pandemia e alargou a base de clientes. A possibilidade de pagar com Pix incluiu 700 mil novos usuários ao cadastro.

Para dar conta da diversidade de público, o plano do Mercado Livre é investir em novas tecnologias e nas categorias em oferta – somente no ano passado, foram aplicados R$ 17 bilhões, 70% a mais do que o registrado em 2021. Neste ano, os investimentos devem somar R$ 19 bilhões em operações no Brasil, principalmente nas áreas de tecnologia, logística e publicidade. Na cesta da inovação, entram sistemas de “machine learning” (aprendizado de máquina) que conseguem prever vendas futuras e garantir que os produtos estejam armazenados no centro de distribuição mais próximo do comprador. Nessa operação, mais de 200 mil previsões são feitas por minuto.

Nas “prateleiras”, a intenção é que a seção de moda ganhe mais reforço em 2023. Mais de 4 milhões de pesquisas de peças são realizadas diariamente e 27 milhões de interessados são registrados, ao mês, por essa linha, que conta com 1,7 mil marcas. “Já implementamos ferramentas como tabelas de medida para roupas e melhoramos a qualidade das fotos das mercadorias”, diz Rueff. “O cliente espera não só encontrar um look perfeito, mas conseguir escolher tamanho e caimento ideal.”

Enquanto os lojistas refinam estratégias de contato com o consumidor, a indústria do varejo tem um nó para resolver nos bastidores. Dirigentes do setor estão se movimentando contra plataformas internacionais, principalmente as asiáticas sob a alegação de concorrência desleal.

“Não é só uma questão de não pagar tributos por produtos fabricados lá fora e entregues aqui [a estimativa de representantes do segmento é que a evasão fiscal no país, por conta do comércio via apps estrangeiros, gire em torno de R$ 14 bilhões anuais], mas pela facilidade de oferecer as mercadorias em qualquer lugar”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), entidade que produz estudos de mercado para as empresas do setor. Compras internacionais entre pessoas físicas são isentas de taxas até o valor de US$ 50 e, muitas vezes, as remessas das fornecedoras orientais são consideradas transações dessa natureza.

“Queremos trabalhar com essa mesma facilidade, ou seja, vender um produto para qualquer usuário no mundo e postar pelo correio, sem burocracia.” Para discutir esse tema com autoridades e pares estrangeiros, Terra e uma comitiva de 40 varejistas devem desembarcar na China em setembro. “O mercado depara com uma questão global, de ‘cross border’ [modalidade de negócio baseada no fluxo de itens entre diferentes países], que poderá definir o futuro do varejo.”

Fonte : https://valor.globo.com/eu-e/noticia/2023/03/24/cashback-lives-entregas-relampago-quais-sao-as-estrategias-das-grandes-varejistas-para-reconquistar-clientes.ghtml

Download

AliExpress terá entregas em 24 horas e descontos de 90% na Black Friday

Entrega rápida foi testada no Dia dos Solteiros, com mais de 50 marcas que aderiram à solução de full commerce.

A AliExpress faz uma campanha especial para essa Black Friday 2022, com descontos de até 90%, ações nas redes sociais, live commerce e social commerce. Nessa sexta (25), os usuários terão descontos progressivos de R$ 15 a cada R$ 150 em compras. As compras darão direito ainda ao acúmulo de cashback, que pode chegar 5% do valor total gasto, e os lojistas lojistas oferecerão cupons especiais, com reduções ainda maiores de preço. Além disso, milhões de itens serão incluídos temporariamente na categoria de frete gratuito.

Uma das apostas para conquistar o consumidor é fazer as entregas em 24 horas. A novidade foi testada durante o último 11.11, quando foi realizada a campanha do Dia dos Solteiros, com mais de 50 marcas que aderiram à solução de full commerce, desenvolvida em parceria entre a empresa de logística Cainiao, Infracommerce e o marketplace AliExpress.

As compras dos itens são empacotadas e etiquetadas com o endereço do comprador minutos após o pedido ser efetuado e, logo depois, retirado pelos parceiros logísticos da Cainiao, que asseguram a entrega no mesmo dia.

“Essa é uma novidade que foi testada e aprovada durante o nosso último festival 11.11 e agora seguirá sendo utilizada graças ao investimento do AliExpress no Brasil e todo o seu potencial para o comercio eletrônico, afirma Yusuf Ibili, diretor de operações do AliExpress no Brasil.

Outro destaque para a data são as dezenas de transmissões ao vivo, em português, feitas por vendedores brasileiros e por lojas internacionais em sessões de live commerce.

A ferramenta Combinou, Ganhou!, novo jogo de social commerce, que possui a mecânica de combinação, também poderá ser usada para reduzir preços. Na prática, o game permite, por exemplo, que um produto de alto valor possa ser vendido por apenas R$ 5, se o consumidor conseguir bons resultados e engajamento ao divulgar uma oferta.

“A Black Friday é uma data muito aguardada pelos brasileiros e por isso fizemos questão de trazer condições e serviços tão bons quanto os oferecidos no 11.11, além de uma campanha especial, bastante brasileira”, afirma Briza Bueno, diretora do AliExpress no Brasil.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/25/11/2022/noticias-varejo/aliexpress-tera-entregas-em-24-horas-e-descontos-de-90-na-black-friday/

Download

Black Friday, Dia do Solteiro e dos Supermercados: novembro será mês das promoções

Num cenário de poder de compra reduzido e produtos mais caros, três datas prometem mobilizar os consumidores em novembro em busca de preços mais atrativos: além da já tradicional Black Friday, este ano realizada no dia 25, o Dia do Solteiro, no dia 11, e o Dia dos Supermercados, no dia 12, devem impulsionar as vendas. O mês das promoções terá ainda descontos para quem está negativado regularizar as dívidas.

– Ter três datas num único mês é interessante, mesmo que uma delas ainda não tenha uma cultura consolidada, mas que pode ganhar força ao longo dos anos. Sem dúvida pode levar a um aumento substancial de vendas e boas oportunidades para o consumidor – avalia Marcos Caiado, da Escola de Negócios da PUC-RJ.

Um levantamento encomendado pelo Google ao Instituto Ipsos, divulgado em setembro, apontou que depois de dois anos com medidas de distanciamento social, a expectativa é que sete em cada dez brasileiros irão às compras na Black Friday de 2022, principal evento de preços reduzidos do ano no Brasil.

Roupas e acessórios aparecem em primeiro lugar (47%), seguidos por livros e itens de papelaria (43%), antecipando compras de material escolar. Calçados (38%) e celulares (36%) seguem a lista, além de eletroportáteis (33%), o que sinaliza que os entrevistados querem equipar a casa para a Copa do Mundo e Natal.

Coordenador do Núcleo de Varejo da FGV Rio, Ulysses Reis analisa que as três datas devem mobilizar as varejistas, aumentando as vendas. Segundo ele, quem puder deve antecipar as compras de fim de ano, já que no período natalino os preços tendem a subir.

– A partir de 15 de novembro temos o pagamento da primeira parcela do 13º e em dezembro, lojistas de shopping pagam um aluguel dobrado. Com mais custos, não tem jeito, o lojista sobe os preços – explica.

Reis também orienta que consumidores que preferirem as lojas físicas devem ficar atento a chamada “desova“ dos estoques, quando os lojistas reduzem os preços de produtos parados antes da Black Friday – e que podem ter preços mais vantajosos.

Mas é preciso cuidado: com quase 40% da população adulta negativada, como mostrou pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), antes de ir às compras e acabar cedendo aos impulsos de descontos atrativos, consumidores precisam se planejar e avaliar bem o que é ou não necessário para evitar ainda mais endividamento.

Dia do Solteiro

A data que estimula pessoas solteiras a comprar presentes é uma oportunidade para comprar roupas, calçados, acessórios e pequenos objetos de decoração, por exemplo, mas também smartphones e até drones.

O dia é uma tradição na China há quase três décadas, mas foi a partir de 2009 que se tornou o maior evento de compras do mundo, com o impulso do conglomerado Alibaba. Dados do setor apontam que, em 2021, o Dia do Solteiro chinês teve um faturamento 2,8 vezes maior que a Black Friday dos Estados Unidos.

Um das marcas do grupo Alibaba, a gigante do e-commerce AliExpress trouxe a data para o Brasil no ano passado. Nesta segunda edição, a empresa promete descontos de até 90%, além de iniciativas para impulsionar ainda mais as vendas, como live-ecommerces (vendas ao vivo) em português, descontos progressivos, cashback e frete grátis.

Mas a AliExpress não está sozinha. O dia 11 vai coincidir com o Dia Shopee de novembro, dia que concentra, uma vez ao mês, as maiores promoções da plataforma de vendas. A Black Friday antecipada do marketplace terá descontos de até 50% e cupons de frete grátis.

Já a Shein também vai celebrar a data dupla, que acontece nos mesmos moldes da Shopee, até o dia 14, antecipando ofertas da Black Friday. Os descontos começaram em 22 de outubro, e até o fim da campanha, chegam a 90% em peças selecionadas. Além disso, a empresa vai distribuir cupons de frete grátis, cartões presente de R$ 800 e sortear 99 clientes para um pedido totalmente gratuito.

Black Friday dos mercados

Apesar da deflação de setembro, terceira queda consecutiva do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE, a inflação dos alimentos continua pesando no bolso das famílias, com a alimentação em casa acumulando alta de 13,28% nos últimos 12 meses.

Neste cenário, a “Black Friday dos Supermercados” pode ser uma boa oportunidade para encher o carrinho e se preparar para as festas de fim de ano.

A data, criada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para aquecer o consumo em meio a alta dos preços, acontece pela primeira vez em 2022 e será celebrada anualmente no segundo sábado de novembro.

Segundo a entidade, segmentos da indústria, como de bebidas, carnes e laticínios, estão antecipando ofertas do fim do dia 25 para impulsionar os descontos no dia 12. Ainda segundo a Abras, redes como a catarinense Top, o grupo Muffato, do Paraná, e a Nordestão, do Rio Grande do Norte, aderiram à data.

No Rio, no entanto, o movimento ainda é tímido. O Intercontinental, com 20 unidades na Região Metropolitana, planeja promoções em diversos segmentos de produtos no dia 12, mas os percentuais de desconto ainda não foram definidos.

Já outras redes vão focar em descontos apenas na Black Friday tradicional. É o caso das redes Mundial, Pão de Açúcar e Mercado Extra, que planejam promoções no fim de semana da Black Friday.

Black Friday

A já tradicional Black Friday encerra o mês com os descontos focados em eletrônicos e eletrodomésticos, principalmente nas vendas online. Mas ainda faltando quase duas semanas para o dia 25, grandes varejistas como Magalu, Americanas e Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, já estão em ritmo de esquenta, com promoções antecipando a data.

Historicamente como produto mais procurado pelos consumidores, segundo o setor as televisões devem bater recorde de vendas este ano por conta de uma coincidência inédita: a Copa do Mundo começa no dia 20, cinco dias antes da Black Friday.

Representante do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Economia Digital (camara-e.net), Gerson Rolim explica que o setor está aquecido, com um crescimento de 4,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

– O segundo semestre costuma ser maior em vendas do que o primeiro por conta das sazonalidades do Dia das Crianças, Black Friday e Natal, mas esse ano é mega atípico com a Copa. As pessoas querem ver os jogos numa tela maior, de melhor resolução e com um bom sistema de som. Estamos muito otimistas. A expectativa é de descontos de pelo menos 20% a 50% – afirma.

Além das TVs, as vendas de celulares também devem aumentar por conta do torneio – com consumidores investindo em celulares turbinados para assistir os jogos mesmo quando estiverem distantes de uma televisão – assim como o segmento de vestuário e acessórios esportivos, como camisas da Seleção Brasileira, chuteiras e bolas de futebol.

Promoção para limpar o nome

Os descontos não ficarão restritos a hora de comprar roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos: quem está com o nome sujo também terá neste mês oportunidades de renegociar débitos e se preparar para começar 2023 com mais tranquilidade.

A Serasa já iniciou o Feirão Limpa Nome, que reúne 260 empresas dos segmentos de telefonia, bancos, varejo e universidades, entre outros. Os descontos podem chegar a 99% da dívida, com negociação em até três minutos e baixa da negativação em até 24 horas.

O Feirão vai até o dia 5 de dezembro. A negociação pode ser feita no site da iniciativa (serasalimpanome.com.br), no aplicativo da Serasa (disponível no Google Play e App Store), por telefone (no 0800 591 1222), pelo WhatsApp (11 99575-2096) ou presencialmente em qualquer agência dos Correios.

Dívidas com bancos também podem ser renegociadas no Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, que reúne instituições bancárias e financeiras de todo o país. A iniciativa é uma ação conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Banco Central do Brasil (BCB), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país.

Podem participar pessoas físicas com dívidas sem bens dados como garantia e com parcelas de empréstimos e financiamentos em atraso. A negociação pode ser feita através dos canais oficiais dos bancos (meubolsoemdia.com.br/Materias/mutirao-da-negociacao) ou no site da Senacon (consumidor.gov.br).

Cuidado para não se endividar

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Balck Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

Como não cair em armadilhas

Seja no mercado, nas lojas de roupas e calçados ou na hora de comprar uma nova TV na black friday das grandes varejistas, quem quiser garantir bons descontos precisa, antes de tudo, pesquisar os preços dos produtos desejados para não cair em nenhuma oferta “pela metade do dobro”.

Sites como Zoom, Buscapé e BondFaro, que comparam preços, são boas ferramentas para o acompanhamento das preços, além dos Procons e o site Reclame Aqui, onde é possível consultar a reputação da empresa, se ela cumpre suas obrigações e como lida com problemas com o consumidor.

Outro cuidado deve ser com a segurança nas compras online: detalhes como a presença do “https” no início do endereço do site, o cadeado no canto direito da barra de navegação e selos de segurança indicam que o portal é confiável.

– Temos muitas fraudes nesse período. Muitas pessoas mal intencionadas usam nomes muitos parecidos aos de grandes varejistas para cometer fraudes. É preciso estar atento – orienta David Douglas Guedes, do Idec. A entidade reúne em seu site (idec.org.br/blackfriday) uma página com dicas e recomendações para que o consumidor não caia em pegadinhas.

Quem encontrar alguma oferta falsa, deve prestar queixa ao Procon. Já se for vítima de fraude, o consumidor precisa registrar um boletim de ocorrência numa delegacia.

Vai adiantar as compras do Natal? Atenção

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Black Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

Fonte : https://extra.globo.com/economia-e-financas/black-friday-dia-do-solteiro-dos-supermercados-novembro-sera-mes-das-promocoes-entenda-25601784.html

Download