Contração foi puxada pelo segmento de Veículos, Motos e Peças, que registrou queda de 4,2%.
As vendas nacionais do varejo físico caíram 1,2% em abril, na comparação com março, mostrou o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. A contração foi puxada pelo segmento de Veículos, Motos e Peças, que registrou queda de 4,2%, após recuo de 7,7% no mês anterior.
“O retorno das atividades comerciais pós pandemia tem sido afetado por fatores como as consecutivas altas da inflação e da taxa de juros, além do endividamento e inadimplência das famílias brasileiras, que bateu novo recorde em abril, assolando o poder de compra dos consumidores e dificultando o fluxo de caixa das empresa”, explica em nota o economista da Serasa Experian Luiz Rabi.
Na direção contrária do setor, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes apresentou crescimento de 3,3% em abril, mesmo com os reajustes de preços da Petrobras em março.
“Um dos motivos é a volta das atividades presenciais, aumentando a circulação de pessoas nas cidades”, diz Rabi.
Após o anúncio da Petrobras de uma alta de 8,9% no preço do diesel para as distribuidoras, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) aponta que o reajuste irá representar um aumento emergencial de pelo menos 3,1% no custo dos fretes no Brasil.
De acordo com a entidade, para manter a saúde financeira das empresas, é imprescindível que seja repassado de “forma imediata” o acumulado das subidas no valor do combustível.
Um levantamento da própria NTC&Logística mostra que o diesel teve um aumento médio de 21,21% nos postos de combustíveis somente neste ano de 2022.
De acordo com o assessor técnico da entidade, Lauro Valdivia, os custos com combustível representam cerca de 30% a 35% dos gastos do setor. E, além da escalada no preço do diesel, o representante cita que as empresas enfrentam o aumento de outros insumos.
“É muita coisa para absorver, os preços de caminhão subiram cerca de 50%, o pneu, 40%, e agora, no meio do ano, têm os gastos com dissídio salarial, que devem ser de cerca de 11%. Isso porque mão de obra representa aproximadamente 25% dos custos das empresas”, aponta Valdivia.
“Então é uma escalada de aumento fora da realidade, é muito difícil para o setor absorver ou até repassar. Você não consegue nem repassar o anterior e já tem outro, a frequência é muito próxima um do outro.”
O assessor destaca ainda que o setor de transporte de fretes e carga está ligado diretamente ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, já que a oferta por serviço depende da produção e consumo de outros setores da economia.
Lauro Valdivia afirma que muitos caminhoneiros autônomos estão largando o setor porque não conseguem lidar com os aumentos suscetíveis de preços.
Para o especialista em transportes da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Transportes), Marcus Quintella, o reajuste terá um impacto inflacionário a médio prazo. Ele alerta que, no fim das contas, o aumento chegará no bolso do consumidor.
“O aumento dos combustíveis cria um problema na cadeia produtiva como um todo. Como o repasse acaba vindo para o consumidor final de uma forma ou de outra, esse acréscimo vai chegar na inflação em um certo espaço de tempo”, aponta Quintella.
O economista reforça ainda que quem mais sofre com esse tipo de alta é o caminhoneiro autônomo, que deve refazer toda composição de custo do frete.
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