Magalu amplia área de distribuição e começa a operar maior CD da rede

Espaço, de 100 mil metros quadrados, começou a ser planejado há cerca de três anos.

A inauguração ocorre no fim de um ano considerado particularmente difícil para as varejistas. Depois de um forte crescimento nas vendas digitais em 2020, o desempenho em 2021 foi marcado pelo fim do impacto do auxílio emergencial, pela alta da inflação e pela continuidade dos indicadores ruins de emprego e renda. A negociação das ações dessas empresas na Bolsa espelhou esses problemas. O Magalu fechou o ano com o pior desempenho do Ibovespa, principal indicador da B3, com queda de 71%.

O investimento em armazenagem em Guarulhos olha adiante. Construído para dar folga à empresa, o CD de Guarulhos usa no momento cerca de 40% da capacidade de armazenagem e 15% da de expedição. São enviados dali entre 8 mil e 12 mil pedidos por dia.

Com as grandes expectativas para o segundo semestre de 2021 frustradas pela inflação e pelo desemprego, o Magalu viu seus estoques aumentarem de 70 para 100 dias, segundo balanço recente. Esse revés fez a companhia aumentar as provisões – dinheiro destinado a possíveis perdas.

‘Liquidação Fantástica’

A varejista aposta na Liquidação Fantástica, o tradicional evento do Magazine Luiza, que costumava reunir filas de clientes em suas portas até a pandemia. “A gente tem um alinhamento com a área comercial que dá uma equilibrada nesse estoque”, diz o diretor de logística do Magazine Luiza, Marcio Chamas. “As vendas no último trimestre têm sido planejadas para a equalização no nível no nosso inventário, e temos grandes expectativas em relação à Liquidação Fantástica, que sempre deu ótimos resultados.” O evento ocorrerá no próximo dia 7.

Com 450 funcionários fixos e cerca de 150 temporários para atender à demanda de fim de ano, o CD opera com 600 trabalhadores permanentes. O espaço começou a ser abastecido em setembro e entrou em operação em novembro.

Enquanto imagens de CDs hiper tecnológicos de empresas de comércio digital aparecem pelo mundo, o novo espaço do Magalu é mais analógico. Diferentemente de seu polo logístico de Louveira (SP), com esteiras automáticas para ajudar na movimentação dos produtos, o principal atributo da nova instalação é a capacidade de armazenagem.

Se em Louveira a premissa é a rapidez para itens mais leves comprados pela internet, Guarulhos é voltado ao atendimento de 166 lojas físicas do Estado de São Paulo e irá movimentar 950 mil produtos por mês quando estiver com 100% de funcionamento.

Expansão logística

Para Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail, investimentos desse nível em uma empresa são decisões tomadas com base no longo prazo. “A empresa está crescendo e a demanda do marketplace cresce”, diz ele.

Segundo Serrentino, a corrida do e-commerce brasileiro passa, necessariamente, pela expansão logística e todos os concorrentes fazem movimentos parecidos.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/01/01/magalu-amplia-area-de-distribuicao-e-comeca-a-operar-maior-cd-da-rede/

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O novo papel do visual merchandising no varejo físico

Muito se discute sobre o “novo normal” e o comportamento das pessoas com a reabertura do comércio físico no momento pós-pandemia. Diante dos desdobramentos e severas restrições causados pela disseminação da covid-19, ao passo que houve o fechamento das portas do varejo físico, as vendas do comércio digital aumentaram significativamente.

As marcas voltaram a atenção para o universo online e as compras pela internet foram usadas de forma intensa nos últimos tempos, acompanhadas de processos de melhorias nas diversas plataformas de e-commerce. Muito do que está sendo feito hoje para otimizar as compras online vem de estratégias do varejo físico no que se refere à construção de jornadas envolventes, que despertam o desejo e aproximam o consumidor do universo da marca.

Com a retomada gradual das lojas físicas nota-se que surgiram novos papéis e responsabilidades para o visual merchandising. Por muito tempo, chamar a atenção das pessoas, potencializar e organizar os produtos nos espaços de forma inteligente e estratégica, além de focar no encantamento dos clientes, foram as principais funções do VM, que sempre buscou envolver o cliente durante sua jornada de compra.

No entanto, diante de cenário pós-pandemia, as lojas físicas agora carregam novos desafios e preocupações em relação à saúde e o bem estar do cliente. É também necessário repensar o layout da loja, aumentar os espaços entre um mobiliário e outro para que haja livre circulação e menos risco de aglomeração ou então contaminação de pessoas e, finalmente, criar alternativas para reter atenção, encantar e engajar.

E, diante de tudo isso, a crescente digitalização pode ser uma grande aliada como meio para facilitar a jornada do consumidor, aprimorando as suas experiências nos pontos de venda. Por meio dessa tecnologia é possível dar ainda mais visibilidade nas lojas físicas, uma vez que a indústria e o varejo passam a contar com uma poderosa ferramenta para alcançar os consumidores no momento correto e de uma forma mais assertiva. A combinação e utilização de telas digitais, painéis de LED e totens interativos, ou então do digital signage, aumentam as oportunidades de comunicação e relacionamento de forma mais promissora com o cliente no PDV com relação às tradicionais mídias impressas e analógicas. Interatividade é a palavra da vez e uma grande tendência no visual merchandising, uma vez que cada vez mais as pessoas buscam maneiras de se conectar com as marcas.

Ademais, o visual merchandising digital permite ampliar o alcance e a relevância da mensagem por meio da personalização por loja, segmentação do público, localização, temperatura e horário. Isto posto, ao interagir com o VM, o cliente pode fornecer seus dados, que são importantes ativos para as empresas. Vale destacar também que, a partir dessas informações capturadas, há inúmeras possibilidades de gerar métricas para mensuração dos resultados das ações, a fim de melhorar o desempenho e maximizar o retorno dos investimentos.

O visual merchandising também assume o papel de contar histórias, nas quais o ponto-chave é atrair e reter atenção por meio dos detalhes e elementos do ambiente com foco nos sonhos e emoções dos clientes. Sendo assim, a técnica do storytelling que já é muito utilizada no marketing, ao ser combinada com o VM, pode ser uma grande aliada nas estratégias de comunicação integrada, porque é no ponto de venda – um espaço tridimensional – que as promessas feitas pela comunicação se concretizam.

Portanto, mais do que nunca, o varejo precisa ter consciência da sua responsabilidade social e procurar facilitar sempre a jornada do consumidor. Dessa maneira, dentre as importantes missões do “novo” visual merchandising, tais como: facilitar a experiência de compra, valorizar o tempo dos clientes, tornar o ambiente seguro e receptivo, sem abrir mão do encantamento e interatividade, pode ser um grande diferencial.

Fernanda Dalben é diretora de marketing da rede de Supermercados Dalben.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/12/29/o-novo-papel-do-visual-merchandising-no-varejo-fisico/

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Canais físicos são predominantes entre 7 a cada 10 microempreendedores

Estudo da SumUp mostra que a digitalização ainda não chegou aos negócios da base da pirâmide

De acordo com a pesquisa, 67,3% dos microempreendedores e informais fazem vendas predominantemente por canais físicos, ou seja, têm mais de 50% de suas receitas oriundas de transações presenciais. Além disso, 10,4% dos participantes do estudo têm vendas predominantemente digitais, enquanto 22,4% afirmaram que suas receitas são 50% vindas do ambiente físico e 50% do digital. “Isso mostra que ainda há muito espaço para o crescimento das vendas digitais entre os microempreendedores da base da pirâmide”, afirma Meliza Pedroso, líder de Marketing e Comunicação da SumUp.

Apesar das vendas dos micronegócios serem em sua maioria em canais físicos, um bom sinal é que a maioria das pessoas consultadas pela pesquisa entende que a transformação é importante, inclusive, entre quem tem 100% das vendas realizadas no ambiente presencial: 58,4% deste público planejam faturar mais com vendas online no ano que vem.

Digitalização é benéfica para os negócios

O levantamento da fintech também mostra que a adoção das vendas digitais é benéfica para os micronegócios brasileiros – e os ajudou a enfrentar os desafios da pandemia com mais tranquilidade. Por exemplo, 25,2% dos microempreendedores que realizam algum tipo de venda online estão faturando mais hoje do que em março de 2020. Entre os negócios que atuam apenas com canais físicos, esse porcentual é de apenas 16,7%.

A gestão dos microempreendedores e autônomos é, sobretudo, rudimentar ou inexistente. Segundo o estudo, 37,5% usam cadernos e folhas de papel para controlar as finanças, 7,4% dos respondentes controlam tudo “de cabeça”, sem ferramenta alguma, enquanto 7,1% não fazem nenhum tipo de controle financeiro. Entre as ferramentas digitais de gestão, destacam-se os apps de celular, usados por 24,4% dos negócios da base da pirâmide.

A pesquisa também aponta que o WhatsApp é a principal ferramenta digital dos microempreendedores e informais brasileiros. O uso do app chega, por exemplo, a 88,3% dos negócios do setor de revendas. O serviço também é o mais usado no Marketing: mais de 60% dos negócios usam o WhatsApp para promover seus negócios.

Já a região mais digitalizada, e com menos microempreendedores que vendem somente em canais físicos – 41,8% – é a Nordeste. A região que mais depende do presencial é a Norte, onde 56,4% dos microempreendedores fazem vendas 100% físicas.

A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 10 de novembro de 2021, com 1.652 microempreendedores e profissionais autônomos de todo o Brasil.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/12/28/canais-fisicos-sao-predominantes-entre-7-a-cada-10-microempreendedores/