Gigantes do varejo alugam galpões em novo parque logístico no Aeroporto de Guarulhos

O primeiro contrato de aluguel para a utilização dos galpões do novo parque logístico no aeroporto de Guarulhos acaba de ser fechado.

Administrado sob a Brookfield Properties, a empresa anunciou que a Anjun, empresa de mercadorias que presta serviços para a Shein, Shopee, Americanas e Mercado Livre será a mais nova inquilina de um galpão com área de 24mil m², conforme relatado pelo Estadão.

Chama a atenção que o negócio foi fechado antes mesmo do término da construção do galpão, programado para acontecer em janeiro de 2024. O terreno do novo negócio logístico é oriundo de um acordo entre a Brookfield e a GRU Airport, no qual a empresa logística poderá explorar o terreno nas próximas 4 décadas.

O galpão alugado pela Anjun faz parte de um conjunto de condomínios logísticos dentro do aeroporto de Guarulhos, divididos em duas áreas batizadas de Aero I e Aero II. O Aero I conta com uma área de 43 mil m², enquanto o Aero II, contará com impressionantes 165 mil m².

O gigante empreendimento dentro do aeroporto internacional mais movimentado do Brasil terão acessos à pista do terminal e rodovias nos arredores. Além disso, os galpões contarão com serviços alfandegários no local, contribuindo para a maior rapidez nas entregas internacionais.

Apesar das facilidades, o aluguel de um galpão dentro do aeroporto pode custar até três vezes mais que o valor praticado por outros galpões nos arredores do aeroporto, ainda assim, a Brookfield vê com otimismo a procura de demais empresas para atuarem no parque logístico por conta da alta demanda.

‘https://www.aeroflap.com.br/gigantes-do-varejo-alugam-galpoes-em-novo-parque-logistico-no-aeroporto-de-guarulhos/

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Com fechamento de CD da Magalu no Nordeste, o que esperar das operações da companhia no Ceará?

O fechamento foi anunciado ao mercado. A companhia confirmou ao Diário do Nordeste que finalizou as operações no CD de Maceió.

A Magazine Luiza encerrou as operações de dois centros de distribuição no País, sendo um deles em Maceió, Alagoas. O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados desanimadores do 2º trimestre deste ano, com prejuízo líquido ajustado de R$ 198,8 milhões.

A companhia, contudo, não informou o número de demissões com os fechamentos nem deu mais detalhes até a publicação desta matéria. O questionamento que se levanta é se esse fechamento de CD no Nordeste impactará o Ceará. Todavia, a Magalu também fechou um centro de distribuição no Sul, mas não informou qual estado.

Na avaliação do consultor de empresas e professor da Faculdade CDL, Christian Avesque, o movimento ocorre pelo fato da região não ser o mercado prioritário da companhia, além de poder contar com parceiros locais para uma logística de distribuição.

“Acredito que haverá zero impacto para o Ceará”, diz, acrescentando que a conjuntura econômica pressiona as empresas a se reestruturarem.

Atualmente, a Magalu já tem centro de distribuição em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. “Desde o fenômeno das Americanas, o setor varejista não consegue decolar e tem se recuperado aos poucos, também devido ao endividamento, juros altos e salários baixos, dificultando o acesso a bens duráveis”, enumera.

Outro ponto, pondera, é que os grandes grupos trabalham com muitos parceiros varejistas no marketplace. Para o especialista, isso permite o compartilhamento da distribuição e reduz os gastos logísticos. “São fortalecidas as parcerias para reduzir o custo operacional”, frisa.

O QUE ESPERAR DOS CDS PARA O NORDESTE?

Em 2021, o Ceará registrou um boom de condomínios logísticos, com a Amazon e a própria Magalu. Para Avesque, contudo, a tendência é que os grandes centros de distribuição comecem a desacelerar, dando lugar a espaços de até 1 mil m².

“Um movimento semelhante ao que ocorre com o grupo Alibaba (gigante chinesa do e-commerce). Esses pequenos CDs ficam com o raio mais focado e tempo de entrega mais rápido”, explica.

“Isso já está se consolidando em São Paulo, utilizando a geolocalização, mas, para o Nordeste, deve demorar até cinco anos para chegar, por demandar infraestrutura logística e muita tecnologia”, completa.

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Impulsionado pelo e-commerce, real estate logístico terá 3 milhões de m² de novo estoque entregues até o fim de 2023

Tema será um dos destaques da programação do “Logística do Futuro”, evento promovido pela MundoLogística que será realizado nos dias 29 e 30 de agosto, em São Paulo


O crescimento do e-commerce tem impactado o setor imobiliário de várias maneiras (Foto: Shutterstock)

Com o aumento do comércio eletrônico e, consequentemente, a mudança o perfil do consumidor, as empresas estão buscando maneiras de melhorar a velocidade de distribuição. As entregas ultrarrápidas, ou quick commerce (q-commerce), já fazem parte dos critérios utilizados pelos consumidores na hora de escolher produtos online.

Cerca de 73% das pessoas que compram pela internet consideram esse tipo de serviço relevante, superando até mesmo os fatores preço e atendimento. As informações são da pesquisa do Capterra, divulgada pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL).

Esse cenário levou à necessidade de centros de distribuição localizados próximos – e às vezes dentro – dos centros urbanos, a fim de reduzir o tempo de trânsito e atender às expectativas dos consumidores por entregas rápidas, impulsionado o desenvolvimento do real estate para logística no país. Dessa forma, o crescimento do e-commerce tem impactado o setor imobiliário de várias maneiras, desde a demanda por espaços de varejo até o surgimento de novos empreendimentos logísticos.

Segundo estudo realizado pela JLL, no primeiro trimestre de 2023, o mercado de galpões logísticos alcançou o melhor resultado do mesmo período dos últimos 10 anos em relação ao volume locado. A previsão é de que o mercado continue aquecido, com estimativa de mais de 3 milhões de m² de novo estoque a serem entregues durante o ano.

“O ticket médio de locação passou de 8 mil m² em 2018 para 13 mil m² em 2021. Isso é um dado bem significativo. São players puramente e-commerce com galpões de 100 mil m², por exemplo, que têm vários empreendimentos desse tamanho para atender essa demanda do fulfillment”, declarou André Gavazza, da GLP Brasil, em entrevista exclusiva à MundoLogística, publicada em junho, sobre a evolução do real estate para logística no país.

CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS E LAST MILE

Para enfrentar os desafios da última milha, as empresas de e-commerce têm buscado diferentes estratégias, incluindo a utilização de centros de distribuição localizados estrategicamente nas áreas urbanas, onde a demanda é alta.

Em artigo exclusivo, publicado na 92ª edição da Revista Mundo Logística, Clarisse Etcheverry, CEO da EREA, ressaltou que depois dos grandes fullfilment centers e galpões ao longo das rodovias, agora a atenção dos investidores do setor se volta aos imóveis para last mile, trazendo inovação e valorização aos imóveis dentro das cidades para atender a armazenagem urbana.

“Nos últimos três anos grande parte dos nossos clientes estão se desafiando a entender o melhor modelo para operar a logística urbana, na busca da vantagem competitiva da aproximação dos estoques aos clientes finais. Neste processo várias teses estão sendo testadas em termos de tipo de ativos de real estate e qual o projeto ideal”, explicou Clarisse.

Segundo a executiva, foi observado que apesar do desafio comum, cada cliente tem suas particularidades de operação e diferentes necessidades a serem atendidas, tornando muito distintas também as necessidades de real estate.

“Desta forma, flexibilidade nos projetos de novos empreendimentos será fundamental e projetos que combinem localizações estratégicas, com docas elevadas, docas em nível, pátio, carregadores para veículos elétricos, contratos de locação simplificados, segurança e sistemas de automatização para controle de acesso sairão na frente”, afirmou.

No artigo, Clarisse frisou que o desenvolvimento de novos projetos de real estate voltados para a armazenagem urbana enfrenta algumas barreiras, dentre elas a escassez e preço dos terrenos. Tal dificuldade só tende a aumentar com o crescimento das cidades, da mesma forma que aumentará a demanda por espaços de última milha.

“Caso São Paulo siga as tendências internacionais de aumento da busca para locação de espaços de última milha e frente ao alto custo de terrenos na capital, também poderão surgir em breve projetos de galpões verticais extremamente modernos, com armazenagem em pelo menos dois pisos, rampas que permitem acesso de carretas, pátios em lajes de cobertura e desenvolvidos com base em conceitos ESG”, enfatizou.

LOGÍSTICA DO FUTURO

O desenvolvimento do real estate para logística no país será um dos temas abordados no evento “Logística do Futuro”, promovido pela MundoLogística, que terá programação focada debates com executivas e executivos que são referências técnicas do setor.

O evento será realizado em São Paulo nos dias 29 e 30 agosto e, além dos painéis, terá uma feira de negócios com as soluções mais inovadoras do mercado. Para conferir o cronograma e garantir a sua participação, acesse o site: https://logisticadofuturo.com.br/

https://mundologistica.com.br/noticias/real-estate-logistico-tera-3-mi-de-msup2;-novo-estoque

Descentralização da logística ganha força no País e Nordeste supera região Sul em estoque de galpões

O ano de 2022 terminou com mais um recorde de novo estoque de condomínios logísticos no Brasil, com a entrada de mais 2,7 milhões de metros quadrados de galpões de alto padrão, segundo dados da SiiLA, plataforma de informações sobre o mercado imobiliário comercial latino-americano.

O número – que representa um acréscimo de 21% em relação ao registrado no final de 2021 – também confirma uma tendência do mercado: a descentralização do setor logístico brasileiro.

O volume de novos galpões segue entrando majoritariamente na região Sudeste, que recebeu 2,1 milhões de metros quadrados em 2022 e agora totaliza 17,9 milhões de metros quadrados.

Com a entrega de 333 mil metros quadrados de novos galpões, o Nordeste chegou aos 2,4 milhões de ativos no final do ano passado e superou o Sul (2,3 milhões) – que até 2021 era o segundo maior mercado de condomínios logísticos.

De acordo com Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, a tendência de descentralização da logística pelo País é recente e tende a ganhar força.

“É um fenômeno que temos observado na esteira da pandemia da Covid-19, devido ao aumento dos custos de terreno, principalmente dentro do raio 30 [quilômetros]de São Paulo”, explica. “[Essa descentralização também] chega junto com a movimentação de grandes players (empresas do setor) de e-commerce, como Mercado Livre e Amazon”, pontua Nicastro.

Ele reforça que grandes empresas do e-commmerce têm aproveitado o aumento da bancarização das populações que vivem em regiões mais afastadas do eixo SP-Rio para instalar suas operações e ficarem mais próximas do público consumidor.

Nicastro aponta ainda que a entrega de novos galpões tem sido superior à absorção líquida – diferença entre as áreas locadas e devolvidas. O movimento não era visto desde 2017, registrando 2,3 milhões de metros quadrados no acumulado de 2022, pontua.

A taxa de vacância de galpões no país ficou em 10,58% no quarto trimestre de 2022, representando um leve aumento frente aos 10,06% observados no mesmo período do ano anterior.

Em São Paulo, principal mercado para o segmento logístico, o mercado também segue aquecido, mesmo com a entrada de novas áreas, apontam os dados da SiiLA.

Ao todo, o Estado tem mais de 10,9 milhões de metros quadrados de galpões – sendo um total de 1,3 milhão entregue só no ano passado.

No último trimestre de 2022, o mercado paulista fechou com 13,6% de espaços vagos, uma ligeira queda frente à taxa de vacância de 13,8% do trimestre anterior.

No período, o preço médio pedido ficou em R$ 23,68 por metro quadrado e manteve tendência de alta. Em 2021, o valor estava em R$ 20,02.

“Mesmo com novo estoque chegando, observamos ainda a corrida por players [empresas do setor] de e-commerce em se posicionar dentro do raio de 0 a 30 quilômetro do centro de São Paulo”, diz Murilo Marcacini, Country Manager Brazil da SiiLA.

Segundo o executivo, estar próximo do centro consumidor é crucial para reduzir custos de frete e prazos de entrega. Por isso, acrescenta, apesar do volume de novo estoque, ativos já construídos e que estão em localizações estratégicas também têm subido o preço.

O município de Cajamar, por exemplo, fica próximo à capital paulista e recebeu 387 mil metros quadrados de novo estoque em 2022. A cidade agora conta com um efetivo de 2,5 milhões de metros quadrados de condomínio de alto padrão – consolidando a região como uma das principais para o setor logístico.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/onde-investir/fii-logistica-nordeste/

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Mercado de condomínios logísticos tem ano de recordes de estoque e absorções

Crescimento do e-commerce e dos serviços digitais são alguns dos motivos que contribuíram para esse cenário.

O mercado de condomínios logísticos de alto padrão terminou o ano de 2022 alcançando vários recordes no Brasil. Foram entregues 3,1 milhões de m² de novo estoque em todo o País. Apesar do grande volume, não houve impacto na vacância, que permaneceu estável em 11,09% em relação a 2021. Isso se deve ao elevado número de negócios realizados. Foram 4,2 milhões de m² de absorção bruta e 2,8 milhões de m² de absorção líquida. Os dados são da pesquisa First Look, realizada pela JLL.

Os preços médios acompanharam a efervescência do mercado, fechando 2022 em R$ 24,29 por m², uma alta de 16,31% em relação ao ano anterior. André Romano, gerente de Industrial, Logística e Data Center da JLL, destaca que o crescimento do e-commerce e dos serviços digitais são alguns dos motivos que contribuíram para esse cenário no mercado de condomínios logísticos. “As políticas de incentivo realizadas por algumas regiões ou Estados, como é o caso de Minas Gerais, também foram fundamentais para fomentar o mercado”, analisa.

Além de Minas Gerais, outras localidades se destacaram fora do eixo Rio-São Paulo, como Espírito Santo e Santa Catarina. No quarto trimestre de 2022, esses Estados registraram absorção líquida de 83 m² e 85 mil m² respectivamente, ficando atrás apenas de São Paulo.

A FedEx foi responsável pela locação de mais de 46 mil m² no Estado capixaba e o Mercado Livre ocupou 39 mil m² no Estado sulista. “Vale ressaltar que novos empreendimentos foram entregues em Espírito Santo e Santa Catarina, logo, devemos ver as negociações em ambos se mantendo aquecidas”, projeta o executivo da JLL.

O Mercado Livre também absorveu mais de 170 mil m² em São Paulo – 112 mil em Araçariguama e 61 mil em Barueri. Outras negociações importantes do quarto trimestre de 2022 envolvendo condomínios logísticos foram a da AGCO, com 41 mil m² em Guarulhos (SP), da Granado, com 18 mil m² em Seropédica (RJ) e da IDLogistics, com 23,4 mil m² em Extrema (MG).

Para este ano, a previsão é que mais 3,3 milhões de m² sejam injetados no mercado de condomínios logísticos de alto padrão. Para Romano, esse volume e a acomodação das empresas deve fazer a taxa de vacância subir até 2 pontos porcentuais. “A maior parte das companhias, sejam empresas de serviços digitais, sejam indústrias, já conseguiu entender a demanda ideal de galpões para atender às suas necessidades logísticas. Neste ano, devemos ver movimentações mais estratégicas”, revela.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/22/02/2023/logistica/mercado-de-condominios-logisticos-tem-ano-de-recordes-de-estoque-e-absorcoes/

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Setor de condomínios logísticos alcança 22 milhões de m² e bate recorde no país

Segundo SiiLA, empresa de análise dados, tendência é de continuidade da ampliação para áreas além da região Sudeste.

O mercado de condomínios logísticos – espaços usados para armazenamento e distribuição de mercadorias – no Brasil somou 812 mil metros quadrados de áreas entregues no terceiro trimestre deste ano e chegou a 22,4 milhões de m² totais no país, o maior patamar da série histórica. Os dados são da plataforma Market Analytics da SiiLA, multinacional de análise de dados do mercado imobiliário comercial na América Latina.

Entre julho e setembro, foram 11 novos empreendimentos e sete expansões. O CEO da SiiLA, Giancarlo Nicastro, afirma que foi a terceira maior entrega de novo estoque já registrada desde o início do monitoramento do mercado pela empresa. Outros 4 milhões de m² devem ser finalizados até o fim de 2023, 80% deles na região Sudeste.

A ampliação dos imóveis logísticos também foi acompanhada pelo aumento da taxa de vacância, que passou de 8,89%, no segundo trimestre, para 10,25% no terceiro. Das áreas novas, por exemplo, 70% foram entregues vazias, ou seja, sem inquilinos.

Giancarlo Nicastro, no entanto, afirma que a taxa de vacância ainda está dentro do equilíbrio.

“O que a gente vê hoje de entregas são projetos que foram aprovados há três ou quatro anos, que estavam esperando um mínimo aquecimento do mercado. É importante lembrar que o setor tem um ciclo longo. E apesar de serem entregues vazios, existe ainda uma necessidade de expansão de atividades e até mudança de tipo de empreendimentos, como no setor de varejo, transporte e logística, e-commerce”, colocou à CNN Brasil.

Segundo o CEO da SiiLA, desde 2010, o mercado brasileiro passou a receber condomínios logísticos de alto padrão, que atenderam uma demanda reprimida. Com a pandemia e a aceleração das compras online, houve uma procura intensa por essas áreas.

Hoje, segundo ele, o Sudeste concentra cerca de 76% dos condomínios logísticos, com aproximadamente 18 milhões de m². Mas há necessidade e tendência de novos mercados, como a região Sul, onde a taxa de vacância é de pouco mais de 7%, Pernambuco, com quase 4%, e Ceará, com índice de imóveis vazios próximo a 0%.

“As empresas começaram a expansão pela região Sudeste, que é o polo financeiro do país, mas a necessidade de expansão para outras regiões é latente. A grande competição é para quem entrega mais rápido e no menor custo. Para isso, precisa ter uma boa localização”, afirmou.

O balanço do terceiro trimestre mostra também um avanço de 6,2% no preço do m² nas áreas de logística, com um aumento de R$ 21,84/m² para R$ 23,08/m². De acordo com Nicastro, o valor é um desafio atual, diante do aumento dos custos de operação e terrenos.

Já entre as absorções do período, as maiores foram observadas por uma rede de petshop online, com 78 mil m² em Minas Gerais; por uma companhia do setor petroquímico, com 45 mil m² na região do Grande ABC; e ainda por uma empresa de transportes e logística, com 41 mil m², no interior paulista.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/business/setor-de-condominios-logisticos-alcanca-22-milhoes-de-m%C2%B2-e-bate-recorde-no-pais/

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Extrema, cidade no interior de Minas Gerais, vive “boom”, vira berço do e-commerce e enfrenta déficit habitacional

Polo de centros de distribuição, a cidade mineira a 100 km da capital paulista sente dores do crescimento, que segue acelerado.
Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade de Extrema, em Minas Gerais. Nos últimos anos, o município se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas. Por trás desse poder de atração está a combinação de posição geográfica – a meros 100 km da capital paulista, principal polo econômico do País – com tributo estadual mais favorável: a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) é pelo menos 50% inferior à de São Paulo para vendas interestaduais.

No período de pandemia, o e-commerce no Brasil deu salto, o que fez as empresas investirem nos seus centros de distribuição em Extrema. Diante desse cenário, a cidade viu sua população crescer, o que hoje já se reflete em uma crise imobiliária, dado o aumento na procura por casas, apartamentos e até de vagas em hotéis para os trabalhadores que querem se instalar no município.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o município tinha, em 2021, 37 mil habitantes. Contudo, um levantamento feito pela prefeitura de Extrema mapeou aproximadamente 53 mil moradores na cidade, o que representa um crescimento populacional de 43% em dois anos. As informações foram compiladas pela Secretaria Municipal de Saúde para entender a quantidade de vacinas de covid-19 que seriam aplicadas.
Além de o número de moradores ter crescido exponencialmente, a cidade ainda recebe diariamente cerca de 10 mil trabalhadores flutuantes, ou seja, pessoas que trabalham em centros de distribuição locais, mas vivem nos municípios próximos. “As empresas têm um esquema de ônibus fretados que levam para as cidades vizinhas, como Itapeva, Pouso Alegre e Bragança Paulista. Há pessoas que vêm todos os dias de São Paulo para cá”, relata a gerente de desenvolvimento econômico de Extrema, Mônica Vieira.

Extrema, no interior de Minas Gerais, se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Hoje, o município mineiro tem 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. “No começo, nós batíamos na porta da empresas, convidando-as a se instalar em Extrema. Agora, são elas que nos procuram para montar negócios aqui”, relembra.

Procura-se
Com a vinda de empresas e de novos moradores, encontrar um lugar para residir em Extrema virou uma tarefa difícil. Dono de imobiliária, Ricardo Di Lorenzo conta que a demanda por imóveis vem crescendo. Ele relata que já é quase impossível encontrar opções para locação e venda nas áreas mais cobiçadas da cidade. “Falta casa na cidade para oferecer para os clientes”, diz.

Para tentar suprir a demanda, Extrema vem dialogando com empresas da construção civil com o objetivo de atrair empreendimentos imobiliários. Em 2021, as empresas HM Engenharia e a BRZ empreendimentos anunciaram um investimento de R$ 400 milhões para a construção de 1,3 mil unidades residenciais. Além disso, o município já aprovou a construção de outros 3 mil lotes residenciais. Segundo empresários locais ouvidos pela reportagem, o déficit de moradias varia entre 15 mil e 20 mil unidades.

O crescimento da procura por galpões para centros de distribuição, movimento que se intensificou no início da pandemia, parece não estar perto de acabar. Conforme apurou o Estadão, a próxima gigante que deve abrir um centro de distribuição na cidade é a marca de produtos esportivos italiana Fila. Por enquanto, apesar de ter batido o martelo, a empresa ainda não tem data para a inauguração da operação local.

Quem passa pela cidade vê, além do cenário mineiro de montanhas, diversas obras em andamento de futuros barracões industriais. O presidente da Fulwood Condomínios Logísticos, Gilson Schilis, explica que o modelo mais procurado pelas companhias são os chamados de “big boxes” – terrenos com mais de 50 mil metros quadrados. “Estamos finalizando uma obra de 100 mil metros ainda em 2022. Para o ano que vem, já temos outra de 210 mil metros quadrados, que abrigará a operação de uma empresa multinacional.”

Todos esses investimentos se refletem positivamente no mercado de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, no último ano, foram criados mais de 4,5 mil postos de trabalho em Extrema, o melhor desempenho no Estado. Com a maior parte dessas oportunidades no setor logístico, as companhias que já estão instaladas no município precisam se esforçar para reter os funcionários que vêm sendo assediados pelos concorrentes.

Esse é o caso da gerente de prevenção e perdas do Mercado Livre, Ariana Ribeiro. Depois de trabalhar 12 anos em uma loja online nacional de artigos esportivos, a funcionária recebeu a oferta da gigante argentina de e-commerce. “Com esse mercado aquecendo na pandemia, as empresas precisaram melhorar os salários e os benefícios para competir com os concorrentes. Por isso eu decidi mudar de emprego.”

Desafios à frente
Para Ricardo Taborda, o sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística -, a baixa disponibilidade de imóveis e de terrenos para construção de galpões pode afetar a decisão das companhias de escolher o município mineiro como seu novo endereço logístico. “Extrema é o melhor lugar que temos hoje, mas qualquer coisa que mude em relação a esses dois pontos pode tirar a atração da cidade aos olhos dos investidores”, afirma.

Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade.

Na visão de Taborda, a cidade vive um momento decisivo na sua consolidação como um polo nacional de centros de distribuição – e precisará oferecer mão de obra e também estrutura para quem chega ao município. “É uma janela de oportunidade que Extrema tem. Quando a reforma tributária ocorrer, talvez eles não sejam tão atraentes do ponto de vista fiscal, então é o momento de investir para a cidade crescer e se tornar desejada mesmo depois do fim dos incentivos”, avalia.

Uma das preocupações da administração municipal na estratégia de atrair empresas é formar trabalhadores qualificados para o trabalho dentro dos centros de distribuição. Atualmente, a prefeitura de Extrema tem parceria com o Sistema S de ensino, que fica responsável pela qualificação técnica dos futuros funcionários. Além disso, também há programas voltados o aperfeiçoamento de motoristas de caminhão. Com auxílio do Sebrae, Senai e Sicredi, o executivo local organizou a criação de uma cooperativa de transporte, a Cooper Extrema, que conta com 23 caminhoneiros treinados ofertar seus serviços às grandes empresas e realizar o escoamento da produção feita em Extrema.

Fonte : https://www.terra.com.br/economia/extrema-vive-boom-vira-berco-do-e-commerce-e-enfrenta-deficit-habitacional,49769f456b8d83b3ece1b8c125a66204y0v7ir7u.html

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Log teve lucro líquido de R$ 136 milhões entre abril e junho de 2022

Setor de galpões logísticos em alta. A Log anunciou na última semana os resultados do 2º trimestre de 2022, que tiveram lucro líquido de R$ 136 milhões. Entre abril e junho deste ano, a empresa registrou alta de 74% em relação ao mesmo período de 2021, considerando o ajuste da operação de equity swap.

De acordo com o comunicado da empresa, o Ebitda também foi destaque no 2º trimestre: R$ 147 milhões – crescimento de 91% em relação ao período entre abril e junho do ano passado –, enquanto a margem Ebitda no trimestre foi de 81,9%. Em relação à receita líquida, a companhia fechou o trimestre com R$ 54 milhões, representando um relevante crescimento de 47% em relação ao mesmo período de 2021.

A empresa também bateu recorde na entrega de ativos em um trimestre. Foram 171 mil m² nos estados de Minas Gerais, Ceará e Pernambuco, e outras duas grandes vendas de ativos, que totalizaram R$ 424 milhões e resultaram uma margem bruta média de 32,6% sobre o montante investido.

“Este volume de entregas e a realização destas vendas mostram a força de nosso modelo de negócios, como desenvolvedora de ativos de alta qualidade e de grande atratividade no mercado”, afirmou André Vitória, CFO da Log.

Em matéria publicada pela MundoLogística em março deste ano, foi reportado que três dos dez maiores ocupantes de condomínios logísticos no Brasil têm operações exclusivas de e-commerce. Dessa forma, a consolidação do comércio eletrônico tem sido vista como uma das razões para a expansão do setor, que precisa atender à demanda por galpões logísticos.

“Para o segundo semestre estão previstas novas entregas nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo que, juntas, somam 174,5 mil metros quadrados. As entregas totais previstas para o ano de 2022 serão de, aproximadamente, 415 mil metros quadrados. Esperamos manter esse alto nível de produção ao longo do ano, desenvolvendo até 8 projetos simultâneos em diversas regiões do país.” – Sergio Fischer, CEO da Log.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/log-teve-lucro-liquido-de-r$-136-milhoes-entre-abril-e-junho-de-2022

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