O varejo hiperglobalizado

“Parece até antagônico. Ao mesmo tempo que existe uma valorização da conveniência e da proximidade no varejo, legado do período da pandemia e da evolução do omniconsumidor, temos um processo acelerado de aumento da globalização do varejo, menos pela expansão dos conceitos físicos e muito mais pelo avanço das alternativas digitais e o cross border, em especial o que é gerado pela expansão econômica a partir da Ásia.”

O e-commerce na China e na Coréia do Sul está próximo de ter 30% de participação no total das vendas do varejo desses países. Perto do dobro dos Estados Unidos ou Inglaterra e três vezes o que acontece no Brasil. E com tendência de aumento.

E o que tem acontecido por lá não fica só por lá por conta da crescente influência das economias asiáticas no mundo.

Se considerarmos que China e Índia já representam 37% da população mundial, devemos estar cada vez mais atentos ao que acontece naqueles que serão os maiores varejos do mundo em breve.

Tanto quanto nos inspiramos ao longo do tempo pelo varejo dos Estados Unidos e Europa, que ditaram inovações e transformações para o varejo do mundo, devemos ampliar perspectivas para termos cada vez mais presentes essa outra realidade emergente.

Já agora o que tem sido feito de combinação de IA com ativação digital nos pontos de venda na China está à frente do que temos visto na Europa e Estados Unidos.

Tanto quanto essa sinalização de mais de 30% de participação do e-commerce em relação ao varejo total no mercado local e as estratégias, práticas, logística, processos e tecnologia envolvidos no alcance desses indicadores que estão de forma crescente sendo também direcionados e adaptados para atender aos mercados externos no modelo de cross border.

O resultado é um crescente aumento das vendas digitais de produtos e serviços nos mercados internos por operadores e varejistas globais, como Shopee, Alibaba, Tencent, Cainiao e muitos mais.

Essa expansão repentina encontrou os mercados locais “desprotegidos” em termos de regulamentação fiscal e tributária, permitindo que esses produtos e serviços avançassem gerando uma inequidade competitiva com os operadores e varejistas locais. Foi o que aconteceu no Brasil com o uso da isenção de tributação para compras até US$ 50.

Também aconteceu nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões, e tem exigido intensas e extensas revisões para restaurar a equidade competitiva.

Mas não vai impedir a realidade envolvida nesse processo de expansão da globalização do varejo, de forma prioritária no digital, mas também no físico e outras alternativas.

E isso ainda mais estimulado, pois no epicentro de tudo está o omniconsumidor do mundo muito mais conectado, informado e também acessível pelo uso dos recursos tecnológicos combinados pelos meios de pagamentos, programas de fidelização e o monitoramento de comportamentos. Sem esquecer o que a IA estará agregando de possibilidades de projeções individuais de comportamentos e desejos futuros.

O resultado dessa combinação de fatores, virtuosa ou preocupante, dependendo da ótica da análise, é que viveremos um ciclo de hiper globalização do varejo que vai transformar o setor no mundo e também nas mais diversas realidades locais, seja onde for.

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Personalização e tecnologia: os segredos da atual experiência do consumidor

Evento da Wake no RJ debate estratégias de mercado mirando o consumidor, principalmente em momentos como a Black Friday.

Acelerado ou não por determinas circunstâncias, a verdade é que o mundo vem evoluindo tecnologicamente cada vez mais rápido. E quando olhamos para o mercado, esse avanço aparece para impactar a maneira de vender e de comprar. E, consequentemente, toda a jornada do consumidor.

Na esteira deste tema, o Rio de Janeiro foi palco essa semana de mais um Wake Road, evento proprietário que a Wake, empresa de foco em soluções digitais para grandes negócios, vem organizando pelo país, desta vez, com o apoio da Intelipost. A Wake possui três verticais mirando o consumidor: Commerce, Experience e Squid By Wake. A primeira, uma plataforma de e-commerce com diferenciais de performance, a Experience, unidade de negócio da empresa com foco em experiências digitais omnichannel baseadas em inteligência comportamental e, por fim, Squid By Wake, considerada a maior plataforma de Marketing de Influência da América Latina.

O Wake Road visa o debate de importantes assuntos do mercado. E já que o final do ano está logo aí, a Black Friday acabou servindo de pano de fundo para abordar o momento atual da experiência do consumidor. Os e-commerces vêm focando cada vez mais em experiências omnicanais, além de oferecer sites estáveis e com boa navegação.

“Saber o comportamento do seu cliente é um ponto relevante para a sua conversão, mas também muito relevante para ele (cliente). Ninguém mais quer ser incomodado com ofertas de algo que não interessa ou com instabilidades. Datas como a Black Friday foram criadas com o viés de gerar demanda. Mas é preciso entender melhor o consumidor. Para gerar uma informação mais relevante, que esteja concatenada com a data, para que aquilo não seja algo com aquela cara de comercial”, revelou Flavio Nijs, Diretor-Geral de Experience da Wake.

Ao lado de Cassiano Mendonça, sócio-diretor de Performance da Agência Oásis, e do especialista Patrick Scripilliti, o executivo participou do principal painel do evento, com a mediação de Aiana Freitas, editora-chefe da Mercado&Consumo.

O debate trouxe luz à oportunidade que as empresas têm em utilizar a tecnologia a favor de um entendimento e uma melhora na experiência do consumidor, focando sim nos resultados do presente, mas também mirando o futuro. “O contexto de Black Friday é ter uma oferta boa para aqueles produtos específicos. Mas e o pós? Você quer vender mais e mais vezes para aquele consumidor. É muito importante utilizar a coleta de dados para entender o contexto do cliente. Para que você possa usar isso de uma maneira mais estratégica para contar com uma recorrência lá na frente”, afirmou Cassiano Mendonça.

Wake Road RJ: foco na experiência do consumidor

E se a tecnologia de dados antes era cara e de difícil acesso, hoje está muito mais acessível. “A tecnologia está disponível e é barata. As empresas estão começando a investir em pessoas capazes de trazer essa tecnologia para dentro de casa. Uma maneira simples e mais barata de fazer isso é contratar além das pessoas, parceiros capazes e com soluções disponíveis. Trazer a inteligência para dentro das empresas e se unir com parceiros que consigam acelerar essa visão tecnológica é o caminho mais inteligente a se percorrer”, revelou Patrick Scripilliti.

Personalizar para fidelizar

Um trunfo para ajudar na venda do hoje, mas fidelizar e garantir a venda do amanhã? Personalização! Afinal, quem não gosta de se sentir importante? “Li uma frase sobre fidelização que achei muito interessante: ‘eu quero ser VIP!’. No fim, todo mundo quer ganhar um benefício. Muitas vezes ainda pensamos que tem que ser algo transacional. Desconto, cashback, frete grátis… Isso tudo na ponta é ótimo e funciona muito bem. Mas cada vez mais a ideia de sensação de pertencimento a uma marca ou produto também ocasiona uma ideia de fidelização muito grande. E com a fidelização, você mantém a recorrência. Você mantém aquele consumidor na sua loja”, comentou Cassiano Mendonça.

“Fidelizar, personalizar… nada mais é do que criar produtos únicos. Qual é o preço disso? Não dá para mensurar a experiência que você gera ao consumidor. As pessoas topam pagar mais por isso. Exclusividade em produtos, apresentar uma coleção primeiro para uma base de clientes… São coisas que não são difíceis de fazer. São menos transacionais. Está menos alinhado a descontos, por exemplo, e muito mais a geração de valor”, revelou Patrick Scripilliti.

“Ser ‘VIP’ tem a ver com reconhecimento. E reconhecimento tem a ver com a informação que eu tenho sobre o consumidor. Não dá para ficar lutando contra algo que achamos que é despesa, quando na verdade é investimento. Se você quer gerar uma boa experiência, opção tem”, afirmou Flávio Nijs, mostrando que a adoção de tecnologia na busca por uma melhor experiência do consumidor está passando de alternativa para obrigação.

“Nós temos a responsabilidade de trazer algo que o mercado ainda não está maduro para receber. Alguém tem que abrir caminho. Alguém tem que ser resiliente para levar algo que não tem mais o nível de complexidade de antes e que facilita demais as coisas”, concluiu o diretor-geral de Digital Experience da Wake.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/26/10/2023/tecnologia/personalizacao-e-tecnologia-os-segredos-da-atual-experiencia-do-consumidor/

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Amazon no jogo da saúde: implicações e oportunidades

Aplicações de robótica, automação e IA, além da busca por conveniência, são os instrumentos da Amazon para confrontar e conquistar espaço no controverso e ineficiente mercado de saúde.

Há muitas dúvidas sobre o uso da IA nas tarefas humanas. No Centro de Distribuição BFI1 da Amazon, em Seattle, podemos ver o quanto a robótica pode ser aplicada para realmente elevar ganhos de produtividade, mas, sobretudo, para tornar o trabalho humano mais confortável e satisfatório.

Os robôs e soluções de automação espalhados pela área foram meticulosamente pensados para minimizar deslocamentos inúteis e deixar os produtos à mão dos colaboradores. Por exemplo, não há um lugar específico ou gestão de categoria para acomodar produtos. Há um inventário espalhado por toda a área para que sempre haja um item próximo para coleta e separação. Assim, o desperdício de tempo é minimizado ao extremo. Toda essa tecnologia ganhou uma nova dimensão com a entrada da Amazon no segmento de saúde.

John Love e Vin Gupta, ambos Chief Medical Officer da Amazon Pharmacy, fizeram apresentações muito instigantes durante o evento “Delivering The Future”, iniciativa da Amazon que apresenta inovações em diversas áreas de negócio promovidas pela empresa e que teve paineis e visitas especiais justamente no ambiente do CD BFI1.

Os executivos falaram sobre as inovações implementadas na entrega de cuidados de saúde. Esse é um segmento que vem merecendo muita atenção e investimento da Amazon. Os motivos são os mais variados e interessam particularmente para o mercado brasileiro.

Todas as questões envolvendo saúde são complexas. Envelhecimento acelerado da população tanto em mercados maduros quanto em países de renda média, redução de população ativa com impactos nas contribuições para os sistemas previdenciários, custos explosivos em novos tratamentos e medicamentos, modelagem antiquada dos planos de saúde privados, dificuldades na gestão da saúde pública e, sobretudo, uma imensa falta de inteligência de dados para compreensão de necessidades especiais e expectativas dos usuários de sistemas de saúde. Todos esses fatores compõem um ambiente que gera ruídos e poucas decisões de qualidade.

A entrada de uma empresa como Amazon no segmento da saúde, inicialmente como alternativa de aquisição de medicamentos over the counter (vendidos sem prescrição) e controlados, tem um potencial disruptivo ainda incompreendido.

A saúde entra na conta
Aumentar a velocidade e a conveniência dos consumidores é também princípio da Amazon em sua unidade de farmácia. Essa divisão ainda não funciona no Brasil, mas procura resolver muitas das dores associadas à compra de medicamentos no mercado americano. Na Amazon Pharmacy, a ideia é oferecer medicamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana, com total transparência de custos e preços, e entrega onde o cliente quiser, na hora mais apropriada e necessária. Essa conveniência vem sendo modelada no mercado brasileiro. Um bom exemplo é a fluidez do modelo “clique e colete” da Raia-Drogasil.

Mas a Amazon trouxe novos conceitos, conforme explica John Lovecraft, vice-presidente da Amazon Pharmacy: “No final de janeiro, anunciamos o passe RX, um complemento principal de US$ 5 por mês que dá aos clientes acesso a mais de 50 medicamentos comuns, que tratam mais de 80 condições comuns.” Segundo o executivo, mais de 150 milhões de americanos tomam um ou mais dos medicamentos incluídos no passe RX, e agora tem esse benefício por uma Assinatura de apenas US$ 5 por mês.

Segundo Lovecraft, ainda, a Amazon Pharmacy trabalha com parceiros do setor para fornecer uma experiência melhor por trás dos grandes lançamentos de medicamentos. O objetivo central é oferecer uma farmácia digital disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, a partir da otimização do investimento em aprendizado de máquina e IA.

Para complementar a oferta da Amazon Pharmacy, a empresa criou a Amazon Clinic (alguma dúvida, considerando as imensas oportunidades existentes derivadas das lacunas e ineficiências crónicas dos sistemas de saúde no mundo todo?) Assim, a Amazon Clinic oferece aos clientes em 50 estados dos EUA acesso à telemedicina para que possam fazer consultas por vídeo.

Também oferece consultas baseadas em texto para condições comuns. Então, se você está com gripe, ou com dúvidas sobre cosméticos ou sobre cuidados com o cabelo e quer conversar com alguém sobre isso, pode ter uma conversa particular com um profissionalmente saúde ao utilizar as facilidades da Amazon Clinic. É uma ótima maneira de os clientes serem acolhidos no conforto de sua casa.

A conveniência do consumidor é vital
O sistema da Amazon Pharmacy defende a possibilidade dos consumidores fazerem seus autotestes, e novas maneiras de oferecer conveniência e serviço aos consumidores. Eles garantem a segurança dos clientes e a propriedade é protegida, garantindo a entrega de pacotes apenas em áreas onde as obstruções são mínimas e sem a presença de obstáculos inesperados e de animais de estimação 100% do tempo. Isso significa 100% de assertividade nos prazos em milhares de entregas simultâneas.

A notícia de maior impacto no entanto, foi compartilhada pelo Dr. Vin Gupta, Chief Medical Officer da Amazon Pharmacy: já em 2024, a unidade estará operacional na Europa, inicialmente no Reino Unido e na Itália.

Amazon saúde
Dr. Vin Gupta, Chief Medical Officer da Amazon Pharmacy
“Temos trabalhado em estreita colaboração com reguladores e grupos comunitários nacionais e internacionais para levar este serviço aos nossos clientes. Dedicamos o tempo e os recursos necessários para construir um site e um serviço escalonável para trazer uma experiência de entrega incrível”, afirma.

Dessa forma, com a capacidade de investimento da Amazon e sua habilidade em identificar e traduzir expectativas dos clientes em serviços melhores que os existentes, o potencial disruptivo do conjunto Amazon Pharmacy/Amazon Clinic é imenso. Afinal, estamos diante de um sistema de saúde complexo que coleciona ineficiência crônicas há décadas e que não enxerga e muito menos enfrenta de modo conveniente as dores dos clientes.

Burocracia, processos incompreensíveis, fraudes, custos crescentes, serviços disponíveis um dia e descontinuados nos dias seguintes, são sintomas de um negócio doente. Atacar as dores e oferecer soluções que empoderem o consumidor de saúde certamente vão forçar os atuais protagonistas a buscarem inovação real que realmente beneficie os consumidores.

Apostar que as unidades Amazon Pharmacy/Amazon Clinic venham ao Brasil é absolutamente incerto. Há lobby contrário e uma regulação confusa e deficiente, que certamente funcionam como obstáculos para a maneira flexível e centrada em dados que caracteriza a Amazon. Mas sua experiência em novos mercados certamente irá iluminar e influenciar outras empresas insurgentes a buscarem inovação em saúde.

O grande vetor de transformação é a capacidade de usar a informação para promover mudanças e serviços melhores para o cliente. Há poucas empresas no mundo com a capacidade da Amazon de interpretar dados e desenvolver serviços e ideias a partir deles. Essa expertise é essencial para reinventar os serviços de saúde. E essa tendência certamente vai chegar ao Brasil, pelas mãos da Amazon ou influenciado por ela.

*Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
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Jornada de compra é afetada por ideologias e experiências de terceiros

Experiências ruins, posicionamento político e fatores financeiros são os principais motivos que fazem o consumidor desistir da compra.

Fidelizar o cliente não é uma tarefa fácil. Além de ter um produto bom, a apresentação, relação com o consumidor e tudo que parte da jornada de compra são fatores decisivos para uma marca se consolidar no dia a dia de alguém. E, quando falamos de “abandonar” um produto, há uma série de motivos que levam os brasileiros a decidirem deixar de comprar mercadorias de empresas específicas.

Essa escolha muitas vezes é influenciada por uma combinação de fatores que abrangem desde questões financeiras até considerações éticas e de qualidade. Entender esses motivos é crucial para as empresas que desejam manter a fidelidade, não aumentar a insatisfação do cliente, e melhorar seus produtos e práticas de negócios, pois ajuda a identificar áreas onde a satisfação do consumidor pode ser aprimorada e a estabelecer estratégias de marketing mais eficazes. Neste contexto, a startup Orbit Data Science realizou uma análise dos motivos que levam os brasileiros a deixar de comprar determinados produtos ou marcas.

Para fazer esta análise, a Orbit avaliou qualitativamente diversas queixas em comentários de usuários nas redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter), no qual foram capturados e filtrados 3.500 tweets com os termos termos “não compro mais”, “parei de comprar”, “não compre” e “não comprem” entre janeiro e setembro de 2023.

Principais motivos para desistir da jornada de compra
Um caso atual que podemos citar como exemplo é o “cancelamento” que alguns internautas estão fazendo à Lacta por causa da imagem de Felipe Neto associada ao chocolate BIS. Consumidores contrários às falas do influenciador deixaram de comprar os doces da empresa e optaram por outras no mercado. Esse é apenas um dos motivos: ideais políticos e convicções pessoais divergentes são, para muitos, fator determinante para a rejeição de marcas.

Outro ponto é a experiência individual de um cliente durante a jornada de compra. De acordo com a Orbit, esse é o principal fator de decisão na hora do consumidor desistir, levando em conta queixas sobre canais de atendimento e problemas com entregas, que geram insatisfação nos usuários e os fazem buscar outras opções.

Já a expectativa contra a realidade do que se compra é outro motivo levado em conta. Experiências com produtos que não possuem a qualidade esperada e itens que quebraram com pouco tempo de uso são motivos para tornar o consumidor um detrator da marca e desistir da compra.

A maioria dos contemplados na pesquisa não compra de marcas com as quais já tiveram experiências negativas, somando 40% da análise. Já 28% das pessoas deixam de comprar produtos que não supriram as suas necessidades em termos de qualidade, enquanto 22% das pessoas não compram quando os seus ideais diferem dos ideais da marca e, por fim, 10% deixam de comprar por fatores financeiros.

Detalhes sobre a desistência dos consumidores
A startup compartilhou detalhadamente dentro de cada motivo o que afeta o consumidor a ponto de aumentar a rejeição de marca. Veja:

Experiência e associação de marca (40% do total)

• A qualidade e tempo de durabilidade do produto traduzem as necessidades dos consumidores. Cerca de 38% dos usuários (dentro do grupo que comenta sobre produto) reclamam de sua qualidade, 14% deixam de comprar aqueles que estragam rapidamente, 7% alegam que o produto já chegou em sua casa com defeito e 2% pararam de comprar porque acham que a qualidade caiu ao longo do tempo;
• A preocupação com a saúde também interfere na decisão de compra. Cerca de 5% dos usuários que desaprovam a qualidade pararam de comprar produtos que podem prejudicar a sua condição de saúde e pouco mais de 1% dos usuários deixaram de comprar produtos que consideram “perigosos”.

Não se sente representado pela marca (22%)

• A posição política dos consumidores reflete diretamente na decisão de compra. Um quarto dos usuários dentro da categoria deixam de comprar de marcas que estão associadas a algum partido ou ideal político;
• O apoio à diversidade ainda é um polarizador de opiniões, grupos que não se sentem representados por campanhas e notícias envolvendo as marcas dividem suas opiniões e se reúnem para organizar boicotes. Cerca de 10% representam usuários que não compram de marcas que apoiam minorias. Enquanto cerca de 7% dos usuários alegam terem deixado de consumir de marcas que tiveram situações de discriminação noticiadas;
• A procedência dos produtos e conhecimento sobre os meios de produção utilizados pelas marcas são levados em consideração. Pouco mais de 8% dos consumidores movimentam boicotes contra marcas relacionadas a condições de trabalho análogas à escravidão.

Fatores financeiros (10%)

• Taxas e impostos desagradam o usuário e fazem com que o consumidor deixe de comprar. Este ponto está relacionado principalmente às compras internacionais;
• O planejamento financeiro individual está em pauta. Cerca de 26% dos comentários sobre fatores financeiros expressam que não compram produtos que consideram caros, 21% deixaram de fazer compras recentemente pois precisam poupar dinheiro e 9% irão esperar o preço do produto baixar para efetuar a compra;
• A inflação e o aumento de preços em produtos do dia-a-dia fazem com que consumidores optem por opções mais baratas. Aproximadamente 7% dos usuários que possuem fatores financeiros como prioridade compartilham suas insatisfações com o aumento dos preços em seus produtos favoritos e alegam que a concorrência é mais barata.
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Mercado Livre cria iniciativa para promover vendas de empreendedores LGBTQI+

O Mercado Livre anunciou a criação da Loja do Orgulho, reforçando seu apoio à comunidade LGBTQI+. A iniciativa conta com a curadoria da Nhaí e já possui 13 marcas vendendo no espaço, que é dedicado aos empreendedores da comunidade, oferecendo maior visibilidade a esses negócios na plataforma.

Na loja dedicada, são oferecidos roupas e artigos de moda, sendo o primeiro canal de vendas ou mesmo um complemento dos canais das marcas que participam da iniciativa. A expectativa é que outros projetos relacionados à causa passem a integrar esse espaço, expandindo para outras categorias e ampliando a oferta geral de produtos.

O espaço está alinhado ao compromisso assumido pelo Mercado Livre de fomentar o empreendedorismo de impacto positivo e a geração de renda a milhares de empreendedores brasileiros, que contribui para uma sociedade mais justa e inclusiva. Dentre as marcas presentes estão: Afro Perifa, Arte trava, Berimbau Brasil, Brechou Arrasou, Coco Brazil Moda Oficial, Doria Miranda, Logay, Luciano Pinheiro, Macramêxias, Nós Antonia, OMISORÓ, Orgulhe-se e Underline. Além desta loja oficial, a plataforma conta com outras 2.700, dentre elas a loja da Feira Preta, lançada em 2021.

“A criação da Loja do Orgulho amplia a visibilidade das marcas e cria oportunidades de crescimento para novos públicos, auxiliando no desenvolvimento de empreendedores que, historicamente, possuem menos acesso ao mercado. Além de ampliar a diversidade de produtos na plataforma, iniciativas como essa são essenciais para concretizar o nosso propósito de levar o progresso para sociedade”, destacou Thais Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre na América Latina.

Ao alavancar pequenos negócios, a loja também atua na promoção da diversidade, equidade e inclusão dessa população. A proposta deve incentivar outras plataformas de vendas online a adotarem a mesma iniciativa, se aproximando dessa comunidade empreendedora para ampliar e democratizar o acesso de todas as pessoas ao comércio eletrônico.

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ICVA: vendas no Varejo caem 1,6% em setembro, terceiro mês seguido de queda segundo Cielo

Descontada a inflação, as vendas no Varejo em setembro de 2023 caíram 1,6% quando comparadas ao mesmo mês de 2022. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), relatando se tratar do terceiro mês seguido de queda. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o crescimento em setembro foi de 2,5%.

Em agosto, no entanto, o mesmo índice mostrou que as vendas no e-commerce no Dia dos Pais aumentaram 6,3% em comparação a 2022 — na ocasião, as vendas presenciais cresceram 2,0%, com um aumento de 2,3% no Varejo em geral.

Setores em queda

Os três macrossetores (Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços) registraram baixa ao mesmo tempo. Bens Duráveis e Semiduráveis caiu 1,7%, afetado principalmente pelo resultado de Materiais para Construção.

A retração do faturamento de Bens Não Duráveis foi de 1,1%, influenciado pelo setor de Livrarias, Papelarias e afins. Já em Serviços, cujas vendas caíram 2,9%, o principal responsável foi o segmento de Bares e Restaurantes.

Em junho, por exemplo, os macrossetores de Serviços, Turismo e Transporte e Recreação e Lazer foram responsáveis por impulsionar em 4,9% os resultados do Varejo. No mesmo mês, Bens Não Duráveis teve alta de 1,5%, com destaque para o segmento de Supermercados e Hipermercados

Efeitos de calendário também contribuíram para que a retração do Varejo em setembro não fosse mais acentuada; mês de setembro contou com um sábado a mais, dia de forte movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,35% para o mês de setembro. Segundo o instituto, o principal impacto de alta vem do aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis.

Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em setembro foi de 4,2%.

Queda de vendas do Varejo por Regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a setembro de 2022 foram:

Sudeste (-1,7%);

Sul (-3,4%);

Centro-Oeste (-3,7%);

Norte (-4,1%);

e Nordeste (-5,2%).

Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram:

Sudeste (+2,1%);

Sul (+1,4%);

Centro Oeste (+0,4%);

Norte (+0,3%);

e Nordeste (-1,2%).

Vendas no terceiro trimestre de 2023

Para o Índice Cielo, as vendas no 3º trimestre de 2023 caíram 1,5%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, porém, o faturamento cresceu 1,6%.

Conheça a próxima geração: Beta

Indivíduos nascidos entre 2020 e 2040 terão suas vidas moldadas pela Inteligência Artificial, responsável por gerar 90% do conteúdo online até 2026.

Nem todas as pessoas da próxima geração nasceram, e por mais que boa parte ainda não tem CPF, já têm nome: Beta. Nascidos a partir de meados de 2020 e 2040, e ainda em desenvolvimento, esses indivíduos são filhos dos Zennials e da Geração Z. Têm o potencial de ocuparem a posição de menor grupo populacional. A Geração Beta é a primeira nascida em um mundo onde a Inteligência Artificial (IA) estará totalmente consolidada.

Segundo a consultoria global WGSN, tradicionalmente o conceito de grupo demográfico compreende pessoas que nasceram em um período de 15 anos, com hábitos e comportamentos semelhantes. No entanto, com uma aceleração tecnológica nunca antes vista, esse período pode ser excessivamente longo para identificar as próximas gerações.

Durante o período de desenvolvimento da Geração Beta, o uso de IA será cada vez mais ampliado e disseminado mundialmente. Segundo o relatório “Facing reality? Law enforcement and the challenge of deepfakes”, do grupo europeu Europol, 90% do conteúdo disponível online poderá ser gerado sinteticamente – ou seja, por meio de Inteligência Artificial – até 2026. Não coincidentemente, essa tecnologia será responsável por moldar conceitos de verdade e realidade.

As gerações e suas relações com a tecnologia

A Geração Beta carrega algumas diferenças de suas antecessoras. Os Xennials, geração entre a X e os Millenials (entre 1972 e 1983, segundo a WGSN), nasceram em um mundo analógico. A vida online e com ferramentas digitais só surgem a partir da infância e da adolescência. São as gerações que tem lembranças de como era a vida antes da internet, mas são fluentes na comunicação pré e pós-digital. Os Millenials (nascidos entre 1981 e 1995) também cresceram em um mundo analógico e sabem fazer essa tradução para o mundo digital. Além disso, foram a primeira geração a crescer com as redes sociais.

Os Zennials (nascidos na transição de gerações, entre 1992 e 1998) e a Geração Z (1996 e 2010), por exemplo, são os primeiros nativos digitais e muitos acessaram os canais online antes mesmo de seus antecessores, os Millenials. Segundo a WGSN, são também as gerações movidas por valores, que se expressam por meio do ativismo e do autoaprendizado, tornando-os mais empreendedores do que seus anteriores.

Já os Zalfas (nascidos entre 2008 e 2014) e os Alfas (entre 2011 e 2020) foram as primeiras gerações phygital, que transitam entre o mundo físico e digital. Foram os primeiros indivíduos a terem suas vidas documentadas desde o nascimento por meio de ferramentas digitais. Enquanto os Millenials cresceram com a internet, a expectativa é que os Zalfas e Alfas cresçam com o metaverso.

A geração da IA

Se o surgimento da internet e do smartphone impactaram as gerações anteriores, na vez dos Betas a influência será da Inteligência Artificial. A tecnologia será responsável por mudar e moldar suas vidas pessoais e profissionais nas décadas seguintes. Por isso e pela aceleração tecnológica, terão profissões que ainda nem sequer existem. Também terão estilos de vida tecnológicos fluidos.

Os primeiros indivíduos da Geração Beta ainda estão completando engatinhando. Mas já é possível analisar as condições nas quais essas pessoas irão crescer e prosperar. Estar atento às possíveis expectativas e demandas desses consumidores do futuro pode ser também uma forma de aprender a navegar em um mundo extremamente tecnológico e dominado pela Inteligência Artificial.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/09/21/conheca-a-proxima-geracao-beta/


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Confiança do consumidor no Brasil avança e mantém nível semelhante ao de antes da recessão de 2014

Aumento do otimismo é guiado pela chegada da percepção econômica atual ao maior nível desde dezembro de 2014, diz FGV.

Confiança do consumidor brasileiro figura aos 97 pontos

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) manteve a recente trajetória positiva e subiu 0,2 ponto em setembro, para 97 pontos, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com a alta em ritmo mais fraco em relação aos meses anteriores, o otimismo se mantém em nível semelhante ao registrado no começo de 2014, antes do início da recessão econômica daquele ano.

“Esse quadro é heterogêneo nas faixas de renda, com melhora dos indicadores nos dois horizontes de tempo nas faixas de renda mais baixa e piora das expectativas futuras das famílias com renda mais alta”, analisa ela.

“No mês, o movimento é reflexo da continuidade de fatores positivos na economia, concomitante a um cenário desafiador ao consumidor com juros, nível de endividamento e inadimplência elevados. Para os próximos meses, a confiança do consumidor pode voltar a neutralidade dos 100 pontos, caso a tendência atual continue”, prevê Anna.

Em setembro, a acomodação da confiança foi influenciada pela combinação entre melhora da percepção em relação à situação atual e calibragem na tendência de alta das expectativas para o futuro.

Enquanto o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,8 ponto, para 83,2 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014 (86,7 pontos) após a oitava alta mensal consecutiva, o IE (Índice de Expectativas) recuou 0,9 ponto, para 106,7 pontos, após crescer 10 pontos de maio a agosto.

Faixas de renda

A análise por faixas de renda mostra resultados heterogêneos, com aumento da confiança dos consumidores das faixas mais baixas (com renda até R$ 2.100 e entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800), influenciados principalmente pela melhora na percepção sobre a situação atual.

Por outro lado, há uma percepção de queda da confiança entre as famílias que recebem salários mais elevados (entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,01), que por sua vez são influenciados pela piora das expectativas para os próximos meses.

‘https://noticias.r7.com/economia/confianca-consumidor-fgv-setembro-2023-25092023

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Varejo traça novas estratégias para atrair o “smart consumer”

Mondelez, Hortifruti Natural da Terra e Outback apresentam modelos de negócio para o novo perfil do consumidor brasileiro.

O painel “Modelo de Negócios e Estratégias de Crescimento para Atender o Novo Consumidor” trouxe para o debate esse novo perfil no segundo dia do Latam Retail Show, maior evento B2B de varejo e consumo da América Latina, que vai até esta quinta-feira, 21, em São Paulo.

A Mercado&Consumo é media partner e faz uma cobertura especial do evento, com atualizações em tempo real no portal e nas redes sociais, além de entrevistas no YouTube.

Porta-vozes da Mondelez Brasil, Hortifruti Natural da Terra e e Bloomin’ Brands apresentaram as iniciativas que levaram ao crescimento, fidelização e, sobretudo, conexão com os seus clientes em um mercado cada vez mais concorrido e de rápidas transformações. O painel foi mediado por Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem.

Snack para todas as horas

Nos últimos quatro anos, a Mondelez Brasil reestruturou sua marca com o objetivo de chegar a 2030 como líder global na venda de snacks, como chocolates, biscoitos e assados.

A principal percepção para a redefinição de sua estratégia foi a de que o brasileiro consome snack no café da manhã e faz pausa para o lanche entre o almoço e o jantar. Também recorre ao produto como forma de recompensa.

Para atender a essa demanda e se destacar no mercado, a Mondelez fez três grandes apostas: investiu no digital para crescer, ampliou o portifólio de marcas para atender às mais diversas necessidades e alavancou o nível de atendimento ao cliente.

Para Juliana Bonamin, vice-presidente de Vendas da Mondelez Brasil, é essencial oferecer uma boa experiência para o varejo, porque é dessa forma que o consumidor fideliza. Para isso, a compra e a reposição de produtos foram simplificadas e podem ser realizadas a qualquer momento e de qualquer lugar pelo varejista. A empresa também aposta em parcerias com aplicativos de consumo.

O chocolate “Bis”, carro-chefe da empresa, é oferecido em novos formatos para atender a necessidades diversas, como consumo individual, refeição rápida para “matar a fome” e grandes encontros.

Ao colocar o varejista no centro de suas decisões, melhorando a experiência de compra, resgate de benefícios e entrega, a Mondelez amplia a sua relevância e reduz o índice de rupturas. Segundo Juliana, 12% dos snacks vendidos por parceiros são da empresa.

Dados para definir estratégias

A Hortifruti começou como empresa familiar, no Espírito Santo, em 1989. Expandiu e passou por incorporações até alcançar a configuração atual. A virada de chave da empresa aconteceu em 2018, quando o grupo passou a trabalhar em novos modelos e formatos de lojas. “São 76 lojas com modelos diferentes”, afirma Carlos Augusto Leite, chief digital officer (CDO) do Hortifruti Natural da Terra.

São mais de 2 milhões de clientes inseridos na base de dados, dos quais 84% estão identificados nas vendas, o que permite à empresa saber quem compra o que e onde. “Entregamos o produto certo, na hora certa e contamos com uma equipe para manter a proximidade com o cliente final”, afirma Leite.

É com base nessas informações que a rede se estruturou em uma jornada de três etapas visando ao atendimento de necessidades diversas de perfis variados de clientes. O primeiro passo é atrair o consumidor para o programa de fidelidade por meio do qual os dados são coletados e as estratégias de venda são traçadas.

O segundo é estar presente em todo e qualquer canal disponível para o consumo. E o terceiro passo é trabalhar com uma cadeia de fornecedores orgânicos e naturais. De acordo com Leite, grande parte das frutas, legumes e verduras frescos, distribuídos até duas vezes ao dia a lojistas parceiros, é proveniente de pequenos produtores rurais e orgânicos da bacia do Espírito Santo.

Como forma de se posicionar em outras frentes de consumo, desenvolveu uma marca própria de processados, otimizou a frota com parcerias para escalar e tornar-se cada vez mais sustentável e criou uma plataforma digital para os negócios.

“O varejo de compra e venda de bens de consumo morreu. Ou se recria ou morre”, defende o painelista.

Conexão humana

Pierre Berenstein, CEO da Bloomin’ Brands, apresentou o case Outback Brasil, um modelo reverenciado, inclusive, no exterior. O segredo? A capacidade de a organização oferecer experiências marcantes aos seus consumidores. “O nosso negócio é muito simples”, pontua Berenstein. “É criar uma experiência fantástica da qual a pessoa vai se lembrar para sempre e entregar comida quente, da forma correta.”

Para isso, a prioridade máxima é a qualidade – “o resto não interessa” -, por isso, oferece treinamento exaustivo às suas equipes e promove uma cultura interna de conexão com os colaboradores, chamados de “outbackers”.
Esse princípio é tão importante dentro do negócio que a estratégia traçada na relação com o consumidor é feita pelo personagem Alex Soares, de 29 anos, morador do bairro de Pinheiros, em São Paulo. Como o Alex consumia em 2017 e como consome hoje? Tudo o que envolve a cadeia de consumo da persona é levado em consideração.

As mudanças no cenário do mercado de trabalho – do presencial ao híbrido -, na forma de pagamento – do dinheiro ao Pix – até o acesso às diferentes opções de consumo por aplicativos são incluídas na compreensão do público-alvo que o Outback atende. “São pontos-chave para formular o nosso posicionamento”, diz o CEO.

A Bloomin’ Brands percebeu que o cliente quer tratamento humanizado. Portanto, a empresa não apenas resolve problemas na jornada de consumo, como encontra janelas abertas para a criação de pontos de encantamento na experiência com o consumidor.

O Outback utiliza influenciadores digitais para estar sempre mais próximo de seus consumidores e possui uma comunidade com 1.800 pessoas que criam conexões e testam conceitos. “Temos retorno numa velocidade absurda que uma pesquisa de campo levaria meses para ser concluída”, destaca Berenstein.

Outro critério importante que o painelista destacou é o de perceber que os ciclos de mudança são cada vez menores e, na atualidade, duram cerca de 6 meses. Para ele, o bom varejista sabe dançar com o consumidor. Hoje, o foco é menos disruptivo e mais evolutivo para que o negócio se desenvolva e cresça na própria experiência com e do consumidor.

Com informações de Mercado&Consumo Media Labs (Isis Brum).

‘https://mercadoeconsumo.com.br/21/09/2023/noticias-varejo/varejo-traca-novas-estrategias-para-atrair-o-smart-consumer/

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Índice de confiança do consumidor tem maior nível desde 2014

Utilizado para medir a confiança do consumidor e sua capacidade de compra, o ICC analisa perspectivas em relação a empregos e a inflação.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou alta pelo quarto mês seguido, de acordo com a sondagem do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O estudo realizado com dados do mês de agosto mostra um aumento de 2,0 pontos, que leva o ICC de 94,8, em julho, para 96,8, em agosto. A evolução chegou ao maior pico desde 2014 e mostra a disposição das pessoas para o consumo.

Utilizado por países desenvolvidos para medir a confiança do consumidor e sua capacidade de compra no atual cenário, o ICC aborda também as perspectivas com relação aos empregos ou desempregos, inflação e expectativa quanto ao futuro econômico. Além disso, mostra como está a expectativa para consumo nos próximos meses. Ou seja, o sentimento dos consumidores quanto ao cenário financeiro é um termômetro econômico.

“Após acumular quatro meses de resultados positivos, a confiança do consumidor atinge o maior nível desde 2014, período imediatamente anterior ao início da recessão econômica daquele ano. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela melhora da percepção dos consumidores sobre a situação atual e de expectativas ligeiramente mais otimistas em relação aos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.

“Os resultados favoráveis refletem a continuidade de recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas. A continuidade desse cenário pode levar a confiança do consumidor de volta à neutralidade dos 100 pontos nos próximos meses, algo que não ocorre desde o fim de 2013”, acrescenta.

Porém, se por um lado temos alta, por outro os números apresentados ainda são baixos. A interpretação acontece da seguinte forma: quando os números mostram menos de 100 pontos, o índice é considerado baixo; de 100 a menos de 150 pontos, moderado; o índice só é considerado alto quando há 150 pontos ou mais.

O que influenciou a alta?
O número do ICC melhora de acordo com a percepção do consumidor quanto ao cenário atual. Mas, ele ainda está aliado a outros avaliadores, como o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE). Em agosto, o ISA subiu 4,6 pontos, e chegou a 81,4. Esse é seu melhor cenário desde janeiro de 2015. Já o IE variou 0,2 pontos, para 107,6. Ele passava por três altas seguidas.

Confiança do consumidor definida pela renda
A renda do brasileiro foi determinante na medição do ICC. Em agosto, todos os públicos de rendimentos analisados passaram de 90 pontos, porém, as famílias que ganham até R$ 2.100 mostraram redução na confiança de consumo. Já aqueles que recebem entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 saltaram de 89,7 pontos em julho, para 93,0 em agosto. O aumento ocorreu também entre pessoas de renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, com salto de 96,8 para 99,0. Por último, aqueles que têm renda superior a R$ 9.600,01 apresentaram alta de 99,0 para 99,7.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/29/indice-de-confianca-do-consumidor-recorde/

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