Correios Empresas disponibiliza serviços logísticos no formato digital para clientes

Os clientes que têm contrato com o Correios Empresas agoram também podem acessar os serviços no formato digital. O canal oferece soluções com foco nas atividades de coleta, preparação dos objetos e integração direta com o fluxo logístico, dispõe de plataforma digital que agrega uma série de serviços e permite, ao empreendedor, o gerenciamento dos negócios de forma online.

Pelo site ou app, os clientes podem, por exemplo, realizar a gestão de contratos, consultar limite de crédito, analisar dados e executar serviços de Correios em um só lugar. Outras funcionalidades, como simulação de preços e prazos, pré-postagem, rastreamento, suspensão da entrega e consulta de AR Eletrônico, também estão disponíveis.

O objetivo é melhorar a jornada do cliente, que terá acesso a informações e soluções que agregam mais valor ao negócio. Em breve, novas unidades físicas do Correios Empresa serão inauguradas e novas funcionalidades serão implementadas na plataforma. Lojistas e empreendedores podem entrar em contato com os representantes comerciais dos Correios para saber mais.

A plataforma pode ser acessada pelo Portal Correios, opção “Meu Correios – Pessoa Jurídica”, ou pelo app Correios Empresas disponível nas versões IOS e Android.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/correios-empresas-disponibiliza-servicos-logisticos-no-formato-digital-para-clientes

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Correios inicia operação com bicicletas elétricas em São Paulo

Os Correios colocaram em operação na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, 33 bicicletas elétricas com aceleração assistida. A iniciativa faz parte do projeto corporativo de substituição de frota à combustão por energia limpa.

Com esses veículos, o centro operacional dos Correios em Praia Grande se torna unidade referência em sustentabilidade no quesito eletromobilidade, conceito trazido por uma nova economia cada vez mais compartilhada e assistida, baseada em fontes de energia descentralizadas, digitais e descarbonizadas.

Ao adotar veículos elétricos, a estatal busca contribuir com o esforço global de mitigar a emissão de poluentes e a neutralização de carbono. Isso é especialmente importante em atividades centradas em transportes, como as desempenhadas pela empresa, que possui uma grande frota para a execução dos serviços de entrega e também no tráfego de cargas entre unidades operacionais.

Segundo os Correios, o uso das bicicletas elétricas visa melhorar o atendimento nessas localidades e a produtividade do carteiro, com responsabilidade ambiental.

Frota elétrica dos Correios
Outra ação de eletromobilidade em andamento em São Paulo são os testes com veículos elétricos de baixas cilindradas. Em 2021, foram testados dois modelos: o Formigão e a Abelhinha, nos centros de Distribuição de Alphaville e São Caetano do Sul.

Em 2022, iniciou-se nova fase de testes com outros modelos mais potentes nos centros em Poá, Estádio e Vila Ré. O projeto tem como objetivo proporcionar produtividade e agilidade às operações, favorecendo a prestação dos serviços de forma sustentável.

A empresa prevê a aquisição de bicicletas elétricas em todo âmbito nacional. Além de contribuir com o meio ambiente, o uso dessas novas ferramentas representa mais um passo em direção à transformação sustentável dos Correios.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/correios-bicicletas-eletricas-sao-paulo/

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Correios abrem licitação para lojistas que querem abrigar serviço postal

Os Correios lançaram nova licitação para os varejistas que desejam instalar uma unidade do “Correios Aqui – Modular” em seus estabelecimentos. Ao todo são 98 editais para implantação deste canal de atendimento nos estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e também no Distrito Federal.

As unidades modulares, conhecidas no mercado como store in store (loja dentro de loja), são parte do processo de remodelagem da rede de atendimento da estatal, que ainda prevê a implantação de outros tipos de canais físicos e digitais.

O público-alvo para as parcerias são lojas e estabelecimentos comerciais que possuam atividades comerciais compatíveis e não concorrentes aos Correios, para atuarem em um modelo de atendimento físico, utilizando suas infraestruturas, experiências, recursos humanos e conveniências. Serviços de encomendas (SEDEX, PAC, Mini envios) e mensagens (carta e telegrama) estarão disponíveis nas novas unidades.

De acordo com a estatal, o novo canal tem potencial para trazer inúmeros resultados relevantes aos parceiros dos Correios, como o aumento do fluxo de pessoas em sua loja, remuneração pelos serviços postais prestados e oportunidade de investimentos a custos competitivos. A iniciativa também visa a expansão da rede de canais, mais qualidade no atendimento e na experiência dos clientes.

Para mais informações, basta acessar a página do Correios Aqui – Modular, a Central de Atendimento pelo telefone 3003-0100 ou os perfis oficiais nas redes sociais.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/correios-licitacao-lojistas-servico-postal/

Empresas já podem se credenciar para participar do Exporta Fácil + dos Correios

As empresas que tenham interesse em participar de propostas para operacionalização das remessas internacionais pelo Exporta Fácil + podem se credenciar junto aos Correios. A previsão é que a plataforma online para cotações pelos exportadores brasileiros seja disponibilizada no segundo semestre de 2022.

Segundo os Correios, o Exporta Fácil +, além de possuir um modelo logístico compartilhado, proporciona uma integração maior entre os exportadores e o mercado externo. E também se apresenta como uma solução customizável para exportação por qualquer modal de transporte disponível, sem as limitações de peso e dimensões aplicadas às remessas postais.

A ideia é de que, de maneira simples e rápida, os lojistas consigam fazer cotações na plataforma virtual dos Correios, que estará conectada a uma rede de empresas de logística internacional, ofertando também outros serviços voltados às necessidades dos exportadores como atendimento especializado, indicação de seguro, coleta, transporte local e internacional, desembaraço aduaneiro no Brasil e no país de destino, entrega em local designado, redirecionamento, e devolução à origem ou o refugo de remessas não entregues, dentre outros.

A plataforma online possibilitará ao exportador brasileiro acessar, em um só local, a proposta que melhor atende suas demandas, dando maior celeridade ao processo de escolha e interação entre empresas brasileiras e os operadores logísticos cadastrados na plataforma da estatal. O cliente poderá contar ainda com serviços especializados de consultoria e de preparação de documentos para exportação.

Ainda segundo a estatal, as empresas logísticas interessadas podem consultar o edital e saber como se credenciar no site da estatal, em Credenciamento Exporta Fácil + ou em Licitações e Contratos, optando por “Chamamento Público”, no campo “Modalidade”, e por “Correios Sede”, no campo “Dependência”.

Para conhecer mais sobre o serviço Exporta Fácil +, acesse o canal dos Correios no Youtube.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/empresas-ja-podem-se-credenciar-para-participar-do-exporta-facil-dos-correios/

Senai e Correios fazem parceria para projetos de inovação em logística

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e os Correios firmaram acordo para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação nos serviços de logística no país. Empresas e startups (empresas que estão começando) que queiram inscrever novas soluções para o setor devem acessar a Plataforma de Inovação para a Indústria.

Para a execução desses projetos, será usada a rede de 26 institutos Senai de Inovação e Tecnologia. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), desde a criação da rede, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em 1.332 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A estrutura conta com mais de 930 pesquisadores, dos quais cerca de 52% têm mestrado ou doutorado.

Por serem reconhecidos como instituições de ciência e tecnologia, os institutos Senai têm acesso a fontes de financiamento não reembolsáveis para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/senai-e-correios-fazem-parceria-para-projetos-de-inovacao-em-logistica/

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Correios têm arrecadação recorde com venda de veículos em desuso

O leilão de motocicletas, furgões, vans e caminhões que faziam parte da frota dos Correios e alcançaram o tempo de vida útil, teve em 2021 o resultado mais expressivo dos últimos anos. Segundo balanço divulgado pelos Correios, somente no ano passado, a empresa arrecadou mais de R$ 52 milhões com a alienação 6.714 veículos. O número é bem superior aos 4.004 leiloados entre os anos de 2017 e 2020.

Com os recursos, a estatal vem substituindo tais veículos por novas viaturas. A política corporativa de renovação prevê a substituição de 100% de toda a frota própria da empresa até 2023. A ação começou em 2020 e, somente no ano passado, os Correios receberam 1.505 furgões, totalizando R$ 93 milhões em investimentos. O tempo médio útil da frota nos Correios é de três anos para motocicletas, até sete anos para furgões e dez anos para caminhões.

“Grande parte desse resultado deve-se à Operação Limpa Pátio, organizada pela empresa para reduzir o quantitativo de bens móveis em desuso armazenados em depósitos para, assim, desonerar esses ativos. O projeto promoveu melhoria no processo de alienação, tornando-o mais célere, ao simplificar procedimentos e atividades”, diz nota divulgada pela estatal.

Segundo os Correios, o destaque é o uso de uma plataforma eletrônica para a venda desses veículos, em um processo que permite “maior abrangência de participantes, uma vez que as propostas não dependem mais de presença física no certame”.

Leilões em 2022

Neste ano, só no primeiro semestre, os Correios vão leiloar cerca de 6 mil veículos. As licitações são feitas por meio eletrônico, os editais estão no site da estatal, e os leilões são realizados na plataforma Licitações-e.

Podem participar pessoas físicas ou jurídicas, desde que atendam às condições fixadas no edital. Em 2022, 1.764 veículos já foram vendidos em leilões.

Os certames continuam sendo realizados em todas as superintendências dos Correios nos estados.

Fonte : https://br.noticias.yahoo.com/correios-t%C3%AAm-arrecada%C3%A7%C3%A3o-recorde-com-172800068.html

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Correios “batizam” 2º avião e transportam 310 toneladas todo dia por via aérea

Os Correios anunciaram mais um avião com a sua marca na útlima terça-feira (12). A segunda aeronave chega à estatal para auxiliar no serviço de entregas em todo o país, inclusive em áreas remotas, e com prazos curtos. De acordo com a companhia, em média, 310 toneladas de encomendas são transportadas diariamente por via aérea.

Correios “batizam” 2º avião e transportam 310 toneladas todo dia por via aérea (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Correios “batizam” 2º avião e transportam 310 toneladas todo dia por via aérea (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A nova aeronave visa fortalecer a Rede Postal Noturna (RPN). Em nota à imprensa, a estatal informou que, graças ao serviço, é possível escoar parte significativa da carga pelo transporte aéreo. Assim, a empresa consegue manter a qualidade e garantir as entregas em todo o território nacional.

“Em média são 310 toneladas de encomendas transportadas diariamente pelo modal aéreo, proporcionando agilidade e confiabilidade ao fluxo postal”, afirmaram.

Esta é mais uma ação dos Correios para incrementar a operação. A empresa também afirmou que retomou os investimentos para “absorver o significativo incremento no volume de encomendas, muito impulsionado pelo crescimento do comércio eletrônico”. Conforme revelado com exclusividade pelo Tecnobloga estatal também reduziu para um dia o prazo do Sedex em mais de 200 trechos.

Empresas investem no modal aéreo para entregas

Além dos Correios, outras empresas passaram a investir no modal aéreo para entregas no Brasil. É o caso do Mercado Livre que anunciou a sua frota própria de aviões no fim de 2020. O investimento partia da estratégia da empresa para diminuir o tempo de entrega de produtos comprados na plataforma de e-commerce no país.

A Americanas também recorreu à modalidade. Em meados de 2021, a companhia revelou que passaria a utilizar aviões para agilizar a entrega de produtos vindos da China. O AliExpress é outra empresa que aproveitou o modal para reduzir o tempo das remessas durante o festival de ofertas “11.11”, a “Black Friday chinesa”.

Nos Estados Unidos, a Amazon comprou aviões aviões pela primeira vez em 2021 para reforçar a frota.

Fonte : https://tecnoblog.net/noticias/2022/04/13/correios-batizam-2o-aviao-e-transportam-310-toneladas-todo-dia-por-via-aerea/

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Correios vão ter seu ‘marketplace’ em 2022

Os Correios realizaram um lucro recorde em 2021, resultado que será apresentado nesta quinta-feira na reunião do conselho de administração da empresa. O balanço ao qual o Valor teve acesso com exclusividade revela um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, e um lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões.

Esse resultado permitirá que a empresa retome o pagamento dos dividendos, uma ação interrompida há dez anos. O valor projetado para esse acerto é de R$ 251 milhões, mas que ainda depende de aprovação da assembleia geral, convocada para abril.

O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, também antecipou, com exclusividade ao Valor, o próximo salto de sua gestão: transformar a empresa de operador logístico em um “marketplace”, lançando até o fim do ano o “Correios Shopping”.

“Vamos mudar o nosso perfil. Somos um dos maiores operadores logísticos do Hemisfério Sul, mas isso já não nos basta. Os Correios vão competir junto às demais empresas do setor porque com a nossa capilaridade, expertise, recursos humanos, materiais e financeiros, podemos galgar, com mais e melhores condições, outras opções para a empresa”, afirmou o general da reserva, que assumiu a presidência da empresa em junho de 2019.

“É a atividade que chamam de fulfillment”, acrescentou. “Os Correios vendem a mercadoria, embalam, entregam, fazem tudo. Já temos um projeto piloto em São Paulo, em Cajamar [próximo a Osasco]. A ideia é expandir para o Brasil. Isso é uma tendência mundial. Nos Estados Unidos você encomenda um produto e pode receber no mesmo dia, ou no dia seguinte”, completou.

Para viabilizar a transformação, a empresa vai inaugurar também neste ano mais dois centros internacionais de operação. Ele preferiu não antecipar onde serão instalados. As atuais unidades em funcionamento operam em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. “Isso é trabalho permanente de adaptação da empresa à realidade do mercado e às necessidades do setor”, argumentou.

O balanço traz o melhor resultado da empresa em 22 anos, e o maior num período de dez anos. A contabilidade registra que no período entre 2010 e 2019, o lucro líquido foi de R$ 873 milhões, enquanto nos últimos dois anos da gestão de Peixoto, o lucro líquido somado totalizou R$ 4 bilhões.

Peixoto atribui esse resultado a um conjunto de medidas estruturantes adotadas para evitar que a empresa se tornasse dependente do Tesouro Nacional. Em 2019, havia um risco de liquidez, envolvendo um passivo de R$ 18 bilhões. “Revisamos valores dos contratos, retiramos benefícios, fizemos um acordo coletivo de trabalho em 2020, estabelecemos medidas de saneamento, firmamos parcerias com a Controladoria Geral da União, agimos com estrita obediência ao Tribunal de Contas da União e às normas de compliance”, enumerou.

Peixoto ressalta, ainda, a mudança de imagem da empresa, que atribui à ausência de interferência política. “Os Correios sumiram das páginas policiais”, registrou, em alusão indireta ao esquema de corrupção denunciado em 2005.

Ele rechaça qualquer tentativa de intervenção, e afirma que o presidente Jair Bolsonaro lhe delegou “total independência” para conduzir a empresa. “Tive plena autoridade para administrar, eu e minha diretoria, todos gestores muito competentes”.

Alguns números do balanço são expressivos: o saldo de caixa foi de R$ 3,6 bilhões. Em 2020, foram R$ 569 milhões. O Ebtida (lucro antes de impostos, jutos, depreciação e amortização) foi R$ 3,1 bilhões. No ano anterior, havia sido R$ 1,5 bilhão. Técnicos da empresa chamam a atenção para a margem do Ebtida que alcançou dois dígitos em 2021, com o percentual de 14,6%. A meta é sustentar o índice em dois dígitos pelos próximos cinco anos.

Também houve uma redução de R$ 9,5 bilhões das despesas com pessoal (PDI/PDV, e o acordo coletivo de trabalho celebrado em 2020 rendeu economia de R$ 800 milhões.

O plano de saúde foi saneado (dívida de R$ 600 milhões em 2019 foi zerada). O Postalis, fundo de previdência, também foi saneado (devia R$ 3,6 bilhões em 2019 e hoje o saldo é de R$ 7,2 bilhões).

A pandemia foi um dos fatores que viabilizaram a expansão da receita de vendas em 23% em relação a 2020. No auge da crise sanitária, os Correios redobraram ações para assegurar qualidade, regularidade e tempestividade às operações. Por exemplo, a digitalização de pequenos vendedores em todo o território nacional. Foram feitos investimentos em tecnologia e automação, o que possibilitou o aumento da capacidade de processamento de carga e permitiu a redução dos prazos de entrega.

O custo do objeto transportado caiu de R$ 4,87 em 2020 para R$ 4,24 em 2021. O prazo médio de entrega do Sedex – que estava em descrédito no começo da pandemia – caiu de 5 dias para somente um dia.

A empresa também expandiu as vendas internacionais, cujo resultado foi de R$ 2,7 bilhões no ano passado. Em 2020, o valor alcançado pelo setor foi de R$ 1,2 bilhões.

As principais plataformas de “marketplace”, inclusive as estrangeiras, são clientes dos Correios, mesmo as que possuem frota própria. Com a expansão das vendas, o setor varejista nacional intensificou a pressão sobre as plataformas estrangeiras, que não sofrem com a alta carga tributária brasileira.

Nesse ponto, a posição dos Correios é de que no caso das encomendas internacionais de importação, a documentação é a “declaração para aduana”, onde constam os dados de remetente, destinatário e conteúdo, conforme exige a legislação em vigor.

Os Correios exigem que seus remetentes apresentem as respectivas notas fiscais e/ou Declarações de Conteúdo afixadas às encomendas. O argumento é de que no momento do desembaraço aduaneiro, os Correios já enviaram todos os dados das encomendas para a Receita Federal e cumpriram as exigências previstas.

Mesmo com a saúde financeira positiva e as metas ousadas para os próximos meses, o processo de privatização da empresa segue em estudo.

Peixoto diz que a privatização é “uma questão muito sensível”, e que os Correios entraram como objeto de estudo.

“A missão que recebemos foi de fortalecer a empresa financeiramente e nós trabalhamos nisso alcançamos esse objetivo, sem preocupação com a privatização, porque isso cabe ao Ministério da Economia e ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”.

Peixoto não citou o nome do colega de caserna que administra outra estatal no governo Bolsonaro, mas mandou um recado velado no contexto da escalada inflacionária que pressiona os brasileiros. O presidente dos Correios observa que, mesmo com todas as dificuldades, com o aumento dos combustíveis, com os insumos de transportes, a empresa não aumentou as tarifas das encomendas por dois anos, “em respeito ao momento em que o país esta vivendo”.

Peixoto afirma que a empresa poderia ter apresentado um resultado ainda maior, mas que sua percepção é de que era preciso entrar no “contexto da realidade nacional, e maneirar os resultados, para compensar esse esforço com benefícios para a população”. Ele diz que a empresa pública “não pode se afastar da realidade social”.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/17/correios-vao-ter-seu-marketplace-em-2022.ghtml

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Shopee, marketplace de Cingapura, enfrenta problemas de logística no Brasil

Lojistas criticam atrasos após grupo elevar venda para ganhar mercado – equipe foi criada para gerenciar a crise

A plataforma de venda on-line Shopee, controlada pela Sea Limited, de Cingapura, está enfrentando uma série de problemas em sua logística no Brasil, apurou o Valor. Crescimento acima da capacidade de gerenciamento, excesso de ações comerciais em curto espaço de tempo – para tentar acelerar tráfego de clientes e vendas – e estrutura de transporte e atendimento insuficientes obrigaram a companhia a montar um plano de ação, dizem fontes.

São gargalos na operação num momento em que aumenta a pressão dos rivais sobre os “marketplaces” estrangeiros, inclusive a Shopee, que importam itens da Ásia – numa estratégia liderada pelas principais plataformas on-line brasileiras, como antecipou o Valor semanas atrás.

Nas últimas semanas, o Valor conversou com lojistas, transportadoras, consultores e funcionários da Shopee, sob condição de anonimato, para traçar um histórico dos problemas e das ações tomadas para reduzir o gargalo nos serviços. Uma equipe de gestão de demanda criada pela Shopee trabalha no assunto e há reuniões semanais entre esses funcionários e as transportadoras para ajustar as medidas tomadas.

As dificuldades começaram a aparecer, principalmente, após novembro, quando a empresa decidiu lançar ações comerciais de grande porte em curto espaço de tempo. Foram quatro datas, com frete grátis em certos itens, e promessa de entrega rápida, no intervalo de cerca de 45 dias (campanhas de 11/11 e 12/12, além de “Black Friday” e Natal) que levaram a um acúmulo de pedidos, dizem fontes. “Eles deram um passo maior que a perna, e a situação foi piorando após outubro. Entre novembro e dezembro, foram quatro, cinco vezes mais pedidos [que o ano anterior], e eles não estavam preparados”, diz um prestador de serviço logístico para a Shopee.

A cada data nova criada, em volume de pedidos, era uma espécie de “mini-Black Friday”. “Nós fomos administrando dentro da logística acertada com eles e, de repente foi um ‘boom’. Para a ‘Black’ normal, de todos os anos, a gente se prepara por meses, e isso não é á toa. Porque dá problema se não se programar”, afirmou.

Outro parceiro da Shopee diz que, como a empresa tem alta concentração de encomendas de itens leves (miudezas de baixo preço), eles precisam de grandes quantidades para gerar venda. “A questão é que isso enche galpão, sobrecarrega a equipe e empata a vazão”, afirma ele. Segundo três fontes, pelo menos duas transportadoras – CargoBR e J&T Express – fecharam acordos recentes com a Shopee para acelerar entregas e tentar melhorar o nível de serviços.

A J&T virou parceira neste ano e a CargoBR entrou na segunda metade do ano passado. Além delas, entre as grandes que já operam para a Shopee estão Total Express, Sequoia, Loggi, Rede Sul e Correios (por onde passa a maior parte dos envios). Vendedores têm ido ao site Reclame Aqui, plataforma voltada a consumidores, para pedir solução de atrasos em coletas de pedidos. Eles dizem que boa parte dos problemas com a Shopee se concentra no atendimento da Sequoia. “Eles são o segundo maior contrato da Shopee, só perdem em envios para os Correios, e quando os pedidos dispararam, proporcionalmente quem sentiu o baque mais foi a Sequoia”, diz uma fonte a par dos contratos.

A estratégia que tem sido adotada é congelar a conta da plataforma quando os pedidos de retirada junto à Sequoia se acumulam. “Alguém sabe como faço para tirar a Sequoia da minha conta Shopee?”, diz um deles, num grupo de mensagens formado por vendedores que o Valor teve acesso. “Pus a conta em modo férias [paralisa a chegada de pedidos por certo período] pois não aguentava mais as reclamações no chat. Aparece pedido entregue [ao cliente], mas que não foi enviado pela Sequoia”, diz um lojista, na semana passada, num grupo reunido no Telegram, com 2,2 mil lojistas. Neste domingo, eram 2,9 mil menções no grupo em críticas à Shopee. Mercado Livre tinha menos da metade, sendo bem maior que a rival – bancos calculam que a Shopee venda no Brasil (em valor que passa pela plataforma) entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões ao ano, e Mercado Livre fez R$ 68 bilhões em 2021.

De acordo com Anderson Candido, dono de uma loja de produtos naturais na Shopee, há falhas de processos. “O cliente vê a demora para entregarem, cancela o pedido e pede estorno. Só que a encomenda chega dois, três dias depois. E aí, o cliente fica com o produto e o dinheiro. E nós ficamos com o prejuízo”, diz.

Reclamações de lojistas não são incomuns – muito menos relativos à entregas on-line no Brasil. Mas as reações conjuntas das empresas a isso só ocorrem quando o cenário é mais crítico. O Valor apurou que a Sequoia vem tratando há meses dos problemas junto à Shopee – há reuniões semanais sobre o assunto. Foi criada área específica de atendimento na Sequoia, com cerca de 70 pessoas, para lojistas da Shopee por causa dos problemas. Vinte e cinco equipamentos de separação de pedidos, que seriam distribuídos para toda a base de clientes da Sequoia, hoje estão voltados só para dar vazão às encomendas da Shopee.

A ação da Shopee nesta semana, quando o varejo realiza campanha promocional batizada de Semana do Consumidor, foi desenhada com prazo de entrega (em dias) até duas vezes maior daquele do fim de 2021, apurou o Valor. Isso tende a reduzir as pressões na sua estrutura. “Houve melhora no nível de serviço nas últimas semanas, depois que montaram uma equipe focada, mas não normalizou ainda. Eles foram agressivos e subestimaram a demanda. O trabalho que dá para entregar um fone de ouvido é o mesmo de entregar um celular, que vale muito mais. Só que eles entregam muito mais fones que celulares”, disse um parceiro logístico.

Vista como uma ameaça às plataformas brasileiras, a Shopee incomoda as grandes cadeias locais pelo seu crescimento e também pelo volume de importados oriundos da Ásia. Em 2021, o Procon-SP questionou a Shopee sobre a autenticidade de seus produtos. A empresa disse na época que está comprometida com a lei.

Fontes próximas à empresa negam gargalos e citam “transformações para se adequar à expansão”. Dizem que as reuniões entre transportadoras e a empresa são normais e que 85% das vendas no Brasil são de lojistas locais. E vai manter os Correios como parceiro, apesar de estar migrando, desde janeiro, parte dos lojistas atendidos pela estatal para a sua operação de entrega própria, a Shopee Express.

Migrações desse tipo levam um tempo para ficar redondas, mas fonte próxima à empresa diz que a evolução é boa. Em nota ao Valor, a Shopee afirma que à medida que cresce, está oferecendo “mais opções de parceiros logísticos aos vendedores brasileiros para otimizar a coleta e a entrega de produtos aos consumidores”. Afirma que em breve terá “novas opções logísticas” e que todos os parceiros logísticos devem seguir os altos padrões de serviço” da empresa. Diz ajudar no empreendedorismo e “oferecer uma experiência segura, fácil e divertida de compras”.

O CEO da Sea, Forrest Li, disse a analistas em março que a Shopee Brasil registrou mais de 140 milhões de pedidos no quarto trimestre, avanço de 400% frente a 2020, e cerca de US$ 70 milhões de receita, alta de 326%. Também destacou que, apesar dessa melhora, atingiu um prejuízo antes de juros, impostos, amortização e depreciação de cerca de R$ 10 (US$ 2) por pedido no Brasil, uma melhora de 40% em um ano. No mundo, a perda por pedido foi de US$ 0,45.

Entre novembro e dezembro, a empresa começou a operar, inicialmente na fase de testes, a sua primeira área de “cross-docking” no Brasil. O local fica em Barueri (SP) e faz a armazenagem para despacho em poucas horas, diferente de um centro de distribuição. A ideia com o espaço é acelerar as entregas, mas ele ainda opera em fase de testes. Com novos pontos de armazenagem de apoio, a Shopee quer criar por aqui uma espécie de Mercado Envios, o modelo próprio de entregas do Mercado Livre. Não à toa, quem lidera a logística na Shopee é Rodrigo Calderaro, que saiu do Mercado Livre em junho para ir para a Shopee, para montar uma estrutura local.

Procurada, a Sequoia não se pronunciou.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/14/shopee-enfrenta-gargalos-na-logistica.ghtml

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