Cresce demanda de clientes por pagamentos com criptomoedas em e-commerces

Nos últimos anos, vimos uma grande aceleração na digitalização das relações financeiras. Agora, não só o acesso a serviços bancários mudou, mas também os meios de pagamento. Seja por Pix, aproximação e até mesmo tokens, esses métodos se tornaram extremamente comuns.

Toda a facilidade presente nesse ambiente 100% digital acabou igualmente se expandindo para o consumo. Nesse caso, houve um aumento considerável de interesse por compras online.

Afinal, o cliente que busca um produto de qualidade e com bom preço também exige velocidade, segurança e baixo custo operacional para realizar suas aquisições. É por isso que a digitalização das cobranças tem sido uma carta na manga para os e-commerces e lojistas que apostam em pagamentos instantâneos.

As criptomoedas fazem parte desse segmento e possuem um alto interesse por parte dos investidores, que querem dar mais utilidade a seus tokens no dia a dia.

Menos dinheiro, mais e-commerce

Apesar de ser uma narrativa já “batida”, é nítido que o brasileiro está cada vez mais migrando seu comportamento para um ambiente virtual. O uso de dinheiro físico ainda é uma modalidade presente no país. Porém, hoje, representa uma espécie de “minoria”. As cédulas são responsáveis por aproximadamente 22% das transações monetárias no país.

Apesar de parecer ainda alto, um comparativo mostra que, em 2019, antes do lançamento do Pix, o uso de cédulas representava 48% das operações, enquanto as projeções reduzem ainda mais seu uso para os próximos anos.

Já nos meios digitais, os pagamentos com cartões seguem como favoritos, mas, talvez, por pouco tempo. Seja no débito, crédito ou pré-pago, os cartões registraram uma participação de 41% no market share brasileiro. Já o Pix se posiciona muito próximo, com 39%. A porcentagem restante se destina a boletos bancários.

Criptomoedas como meio de pagamento

Os pagamentos digitais caíram no gosto de consumidores e lojistas. Seja por meio de Pix, ou cartões, há diversas vantagens nessa modalidade, principalmente relacionadas à segurança e à velocidade.

Quando a gente expande essa perspectiva para as criptomoedas, as vantagens são ainda mais claras, como: transparência, transação instantânea, segurança, baixo custo operacional, acesso ampliado, entre outros,

No Brasil, uma pesquisa recente da Foxbit Business apontou que 78% dos entrevistados gostariam de utilizar suas criptomoedas como meio de pagamento. Porém, a grande dificuldade estava na localização de estabelecimentos que aceitassem as moedas digitais.

Se, em um primeiro momento, essa perspectiva pode parecer apenas uma narrativa específica do nosso país, a realidade é que o mundo está tentando abraçar cada vez mais as criptomoedas como meio de pagamento. Os e-commerces tendem a ser os maiores beneficiados ou, pelo menos, os mais procurados pelos detentores de moedas digitais.

Quem quer pagar com cripto?

Quando a gente observa o comportamento do mercado externo, a intenção em dar utilidade às criptomoedas como meio de pagamento existe de forma considerável.

Em uma pesquisa da EY, 50% dos investidores entrevistados haviam utilizado tokens digitais como pagamento nos últimos 12 meses. Ao contrário do Brasil, em que a intenção é dar vazão ao Bitcoin, lá fora, as stablecoins se destacam. O volume das compras também está longe de ser baixo.

Porém, esse método tem seus desafios. O principal deles é que o meio de pagamento tradicional já está tão enraizado que ele “funciona bem”. E, assim como mostrou a pesquisa da Foxbit Business, muitos estabelecimentos ainda não aceitam criptomoedas como pagamento, o que impede esses clientes de utilizarem seus tokens durante a compra.

Vantagens do e-commerce

Os números do relatório da EY mostram que é de interesse geral utilizar as criptomoedas como pagamento. Porém, há um setor que se sobressai. Como aponta a imagem abaixo, as compras online são a preferência dos investidores que querem pagar com cripto. E também tendem a ser as plataformas que apresentam maior facilidade para a adoção da tecnologia.

Ou seja, lojistas digitais e e-commerces que queiram ampliar sua metodologia de pagamento passam a ter um fundamento mais estruturado para, enfim, começarem a implementar essa metodologia.

Como aceitar criptomoedas como pagamento?

Para finalizar, o desenvolvimento técnico para esse tipo de solução não é simples, pois a falta de mão de obra especializada é um dos grandes desafios do setor. No mercado, existem soluções que oferecem produtos e serviços baseados em blockchain e criptomoedas, que trazem produtos para pessoas físicas e jurídicas e que podem realizar cobranças em criptomoedas e decidir se querem manter o pagamento em moeda digital ou fazer a conversão imediata para real (BRL). São soluções simples, rápidas, seguras e de baixo custo. Sendo assim, o pagamento de criptomoedas pode mudar o jogo para sua loja online – e também física.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cresce-demanda-de-clientes-por-pagamentos-com-criptomoedas-em-e-commerces”

 

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Logística emergencial: perspectivas são positivas para 2024

A emergencialidade no transporte de cargas e encomendas vem ganhando espaço entre as empresas. Realizada geralmente pelo modal aéreo, a logística emergencial trabalha para que as cargas sejam entregues aos clientes no menor tempo hábil e com a segurança necessária.

As operadoras logísticas concentram 12% do PIB, o equivalente a 20% dos custos de transporte e armazenagem no Brasil. São cerca de mil empresas e 2 milhões de empregos, segundo dados da ABOL – Associação Brasileira de Operadores Logísticos. Para 2024, a perspectiva é otimista. O crescimento do PIB, na casa dos 3% em 2023 e previsão perto dos 2% em 2024, aliado à redução gradativa da taxa de juros é um bom sinal. Outro dado importante é a previsão de crescimento do setor farmacêutico brasileiro, na casa dos 9% em 2024, impulsionando a logística emergencial aérea, que entrega cargas e encomendas no menor tempo hábil possível.

Para explicar sobre os avanços e desafios do setor para 2024, o especialista em Logística Marcelo Zeferino, CCO da Prestex, há 20 anos no setor de logística emergencial B2B, responde algumas perguntas:

Qual o principal avanço da logística emergencial e o que esperar para 2024?

Marcelo Zeferino: A cada ano da última década temos nos deparado com alguma mudança disruptiva: pandemia, internet das coisas (IOT), blockchain e a inteligência artificial (AI), que se faz cada vez mais presente em nossa rotina. O grande ponto é saber utilizar essas mudanças e ferramentas para que favoreçam a produtividade do setor, beneficiando o consumidor final. Na logística emergencial, por exemplo, a inteligência artificial vem trazendo previsibilidade para o processo, com respostas cada vez mais rápidas. A AI nos fez repensar as perguntas, elevando a competitividade. A emergencialidade de cinco anos atrás é a rotina de hoje, a velocidade de entrega mudou e é necessário acompanhá-la.

Como enxergar a logística emergencial em um futuro próximo?

Marcelo Zeferino: Entendo que a logística emergencial, como é definida hoje, em um curto espaço de tempo será denominada só como logística. Hoje não aceitamos pedir algo para comer e não receber em 30 minutos, no passado isso era impossível. Assim caminha também com o transporte de cargas. Com a evolução das tecnologias e investimentos nos modais corretos, toda a velocidade disponível poderá ser ofertada para a indústria, levando competitividade logística e redução de estoques.

Business Intelligence, automatização, AI, quais outras soluções tecnológicas a logística ainda pode agregar?

Marcelo Zeferino: As ferramentas de análise de grandes quantidades de dados (big data), têm sido instrumentos fundamentais de suporte à expansão do setor de logística. Outra novidade é o blockchain, apesar de ser constantemente associado ao Bitcoin e criptomoedas, ele pode ser aplicado em inúmeras áreas, incluindo a logística. No blockchain, as informações são descentralizadas no banco de dados e compartilhadas entre vários usuários, isso pode ser utilizado no rastreamento de cargas, compartilhamento de frota, entre outras aplicações, trazendo otimização dos processos e redução dos custos. O principal ponto é não fechar os olhos para as tendências. É preciso interligar os pontos através dessas tecnologias para que o consumidor se sinta dentro do processo e não como um produto de prateleira.

E o fator humano, que peso tem nesta balança da tecnologia?

Marcelo Zeferino: O fator humano é preponderante para o sucesso da interligação das tecnologias com o objetivo fim, que no caso da logística emergencial é solucionar o problema de uma carga que precisa ser transportada no menor tempo possível, com qualidade, segurança, monitoramento e acompanhamento do cliente em 100% do percurso. As tecnologias servem para aprimorar, evitar desperdícios e trazer velocidade às relações, mas não elimina a necessidade do humano no processo. Sentimento, percepção, felling ainda não podem ser interpretados por AI ou qualquer subterfúgio tecnológico, daí a importância em conhecer e saber interpretar as tecnologias. E, vale lembrar que em um momento emergencial, ninguém gosta de ser atendido por um robô. Investir no capital humano com treinamentos, plataformas educacionais que ofereçam as habilidades que o mercado necessita, ainda é o caminho para se somar às tecnologias. Em 2023 a Prestex implantou uma plataforma educacional personalizada em parceria com a Revvo, empresa especializada em aprendizagem corporativa.

No setor de medicamentos, com a obrigatoriedade da RDC 653 a partir de março 2024, o que muda? 

Marcelo Zeferino: Na prática é exigir cada vez mais profissionalismo de todas as partes do processo. De nada adianta milhões de investimentos por parte da indústria farmacêutica, por exemplo, se o setor de logística não acompanhar as melhores práticas para a distribuição dos medicamentos. Alterações como essas da RDC são fundamentais para balizar o nível de qualidade do mercado. Pela RDC 653/2022, os medicamentos e insumos que necessitam de autorização da Anvisa precisam ter a temperatura monitorada da coleta até o destino final, incluindo um mapeamento térmico de rotas no trajeto, entre outras demandas. Isso é fundamental para preservar a integridade dos medicamentos, principalmente os termolábeis (biológicos e imunobiológicos, vacinas e insulinas) altamente sensíveis às mudanças de temperatura. Lembro que o mercado farmacêutico brasileiro espera crescer mais de 9% em 2024 e o setor de logística precisa acompanhar essa demanda com a qualidade necessária.

As empresas já estão adequadas à nova norma?

Marcelo Zeferino: Algumas empresas ainda estão correndo atrás da adequação. Esse mercado, definitivamente, não é para aventureiros ou você investe e se adequa ou sai do jogo. Na Prestex, por exemplo, foi investido 1,8 milhão com pesquisa e desenvolvimento para cumprir as exigências. A empresa obteve a certificação da Anvisa adequada à nova RDC. O SLA (índice de entregas no prazo) é acima de 99%.

E quanto à Prestex? Qual a projeção para 2024? 

Marcelo Zeferino: Em 2023 investimos em uma nova base corporativa em São Paulo, além de pontos de atendimentos que temos no Nordeste e Sul para suprir a indústria de transformação que atua no país. Foram implantadas novas ferramentas tecnológicas com aquisição de softwares específicos. Para 2024 entramos em um novo ciclo de planejamento estratégico para crescimento das operações, uma vez que as empresas passaram a entender que uma logística ágil bem operada, é sinônimo de produtividade, segurança da carga, certeza de entrega no prazo e satisfação do cliente.

Fonte: “https://www.terra.com.br/noticias/logistica-emergencial-perspectivas-sao-positivas-para-2024,506705d2cf298d83cf4d5f39185bdc4aavpbwedx.html?utm_source=clipboard”

Vai pagar como? Por que a forma de pagar agora faz diferença para o consumidor

NRF 2022 eleva a importância de pagamentos digitais, contactless, PIX e novos formatos como fundamentais para a boa experiência e retenção de clientes; confira!

O consumidor está comprando e pagando de forma diferente. Com a adoção de soluções alternativas de pagamento – incluindo o Compre Agora e Pague Depois (Buy Now, Pay Later, do original em inglês, modalidade, aliás, bem conhecida dos brasileiros), que alcançou mais de 45 milhões de consumidores dos EUA acima de 14 anos em 2021 – o varejo tem uma grande oportunidade para adotar opções de pagamento inovadoras e que não termina no checkout. Toda essa dinâmica esteve presente na NRF 2022.

Um bom exemplo foi debate entre Ian Leslie, Diretor Sênior da Bolt (desenvolver de serviços para pagamento sem caixa), Mason Lin, CEO da Pockit (uma carteira digital global) e Daina Melencio, Sócia da XRC Labs, que revelaram como essas plataformas podem ajudar as marcas a atrair e reter novos clientes por meio de atividades de marketing dedicadas em mídias sociais, boletins informativos, eventos e ativações exclusivas de compras.

Sob a perspectiva do consumidor, o que ele demanda em termos deméritos de pagamento? Na opinião de MasonLin,o consumidor pede o mínimo de fricção nos pagamentos e velocidade de resolutividade. Os avanços no Sudeste Asiático são expressivos, com uma infraestrutura toda desenvolvida para permitir que as pessoas resolvam sua vida pelo celular a partir dos chamados super apps.

Ian Leslie disse que sua empresa, a Bolt, registrou crescimento superior a 40%, beirando 50% de uso dos meios de pagamento que não são cartões ou dinheiro, particularmente com carteiras digitais. E qual foi o impacto da pandemia na adoção de meios de pagamento sem contato e baseados no celular? Tudo isso transcende o pagamento, as pessoas querem maior conveniência, rapidez e facilidade evitando caixas, filas e obstáculos.

Como é essa conveniência no e-commerce?

No lado do e-commerce, acessibilidade e opções para melhorar a conversão das vendas são determinantes. A covid-19 trouxe um senso de urgência para o varejo adotar novas tecnologias que tornassem a jornada do cliente mais eficiente e inteligente. Não importa se o canal era físico ou digital, a flexibilidade era essencial. A facilitação do pagamento tinha de obedecer à promessa da publicidade. O cliente vê um anúncio, clica nele e então quer resolver a venda da forma mais simples e instantânea. É uma mudança de mentalidade que atravessa fronteiras.

No Brasil, pudemos constatar essa necessidade a partir da adoção estrondosa do PIX, que democratizou as transferências entre pessoas e facilitou o pagamento de compras pequenas sem a necessidade de uso dos cartões físicos. Para os varejistas, é imprescindível que as novas formas de pagamento possam sem implementadas por meio de APIs simples, com integração funcional, para eliminar os ruídos e pontos de dor sempre associados às transferências, particularmente as tarifas.

Mas adotar um novo meio de pagamento depende de processos simples, tarefa desafiadora quando conhecemos o processo no Brasil, com as legislações estaduais de ICMS que podem sempre impactar na construção ou adoção de um meio de pagamento. O importante é ressaltar que meios de pagamento mais ágeis, baseados em aplicativos e sistemas sem contato, aumentam as taxas de conversão no e-commerce mesmo nas lojas físicas.

Os negócios tendem a se tornar mais locais, mas ainda assim, o consumidor quer se beneficiar de economia de tempo. De todo modo, pagamentos sem contato serão agora elementos indissociáveis da experiência em todos os mercados.

O que esperar do futuro?

O futuro dos pagamentos ainda traz a dinâmica das criptomoedas e a possibilidade de uso em qualquer lugar e em qualquer dispositivo, incluindo transações no Metaverso. Os checkouts estão em processo acelerado de aposentadoria, porque os consumidores querem que todo o processo seja limitado a 3 passos no máximo, e, novamente, independentemente do canal.

É fato que quando o consumidor ganha uma conveniência para fazer transações, rapidamente a adota de modo intenso. O PIX está aí para provar. Quanto mais frequentarem os marketplaces, que irão dominar a paisagem digital e crescer inclusive em termos de criarem super apps, mais os clientes darão preferência ao pagamento invisível. É parte do conforto digital que passa a ser um conceito dominante nas interações entre empresas e clientes.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/01/18/consumidor-pagamentos/?utm_campaign=news-cm-220122&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Como as NFTs e o metaverso se relacionam?

Novas tecnologias são codependentes e, juntas, trarão ainda mais novidades para o futuro.

O metaverso é um conceito relativamente novo. Em 2021, depois de muitas discussões acerca do assunto, e de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, anunciar a troca do nome da multinacional para ”Meta”, o tema ficou ainda mais em evidência. No caso do Facebook, os aplicativos atuais continuarão existindo, mas o nome ”Meta” indica o interesse de Mark e dos executivos da companhia em investir no desenvolvimento de plataformas de realidade virtual.

É disso que se trata o metaverso: uma realidade virtual contínua, capaz de abrigar identidades, histórias, individualidades, pagamentos e diversos outros conceitos aplicados até então somente à vida real. Nessa realidade virtual, cada um experimenta simultaneamente o mesmo universo que outros possíveis bilhões de usuários.

O investimento de empresas de proporções tão expressivas mostra como a tendência e a busca por esse tipo de experiência virtual aumentou nos últimos anos, principalmente com a pandemia do novo coronavírus e com o isolamento social imposto por ela.

Entre essa ampla gama de experiências e “objetos” digitais em expansão, estão as NFTs, sigla em inglês que significa non-refundable token, ou, em tradução livre, ”token não fungível”. O valor de venda desses tokens chegou a patamares estrondosos neste ano, e levantou diversas questões a respeito deles, do mundo digital e de criptomoedas, e também mostrou que, apesar de jovem, o mercado das NFTs tem um grande potencial.

As NFTs são basicamente um item original, que não pode ser replicado ou trocado. Por esse motivo, as NFTs têm sido muito utilizadas para venda, por exemplo, de arte na internet, pois garantem autenticidade a elas e a diversos outros itens existentes apenas online.

É aí que as NFTs começam a se relacionar mais diretamente com as criptomoedas. Primeiramente, as maiores criptomoedas existentes, como bitcoin e ethereum, abriram espaço para muitos avanços digitais e inovações. Mas, em segundo lugar, tudo o que é vendido utilizando NFTs é processado através de criptomoedas.

A rede ethereum, por exemplo, tem uma relação expressiva com os projetos de NFTs. A maioria dos tokens criados nesse modelo é ligada à ethereum, e por isso é a grande favorita dos projetos de NFTs.

O metaverso, por sua vez, será um ponto de convergência de todas essas inovações e muitas outras que estão por vir. Tudo acontecerá no metaverso, e dentro dele, é claro, só será possível fazer transações e fazer validações através de cripto e tokens, nesta ordem. Moedas digitais, selos digitais, tudo isso será essencial para a ”vida” no metaverso, que está cada vez mais próxima de se tornar realidade.

Fonte : https://ipnews.com.br/como-as-nfts-e-o-metaverso-se-relacionam/

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Previsões e Tendências para o futuro dos pagamentos digitais

Pesquisa aponta que crescimento dos pagamentos digitais será superior a 80% até 2025, com expectativa de triplicar até o fim desta década.

Pesquisa divulgada pela consultoria PwC aponta que o volume de pagamentos digitais deve aumentar mais de 80% até 2025, com as transações passando de cerca de US$ 1 trilhão para quase US$ 1,9 trilhão por ano. Até 2030, o total deve quase triplicar.

De acordo com a pesquisa, a região Ásia-Pacífico terá o crescimento mais rápido, com o volume de transações sem dinheiro em espécie aumentando 109% até 2025 e 76% até 2030.

Em seguida, estão a África (com 78% e 64%, respectivamente) e a Europa (64% e 39%). A América Latina vem depois (52% e 48%), e os EUA e o Canadá terão o crescimento mais lento (43% e 35%)

Em resumo, até 2030 o número de transações per capita sem dinheiro em espécie será aproximadamente o dobro ou o triplo do nível atual em todas as regiões pesquisadas.

6 macrotendências que afetam o futuro dos pagamentos

Além de projetar esse forte crescimento, a PwC também apontou 6 tendências que devem afetar o futuro dos pagamentos globalmente e que são influenciadas por uma combinação de aspectos como preferências do consumidor, tecnologia, regulamentação e M&A.

 1. Inclusão e confiança

  • Estratégias e oportunidades em duas frentes impulsionarão a inclusão de consumidores e varejistas (especialmente na África, América Latina e Ásia).
  • O foco em soluções de código QR nacionais e de carteiras e dinheiro móvel garantirá o amplo acesso e o baixo custo.
  • Os bancos centrais manterão sua função de assegurar a privacidade, a estabilidade e a confiança em novos provedores e métodos de pagamento, bem como no sistema financeiro.

2. Moedas digitais

  • 60% dos bancos centrais estão avaliando o uso das moedas digitais e 14% estão realizando testes-pilotos.
  • A preocupação dos bancos centrais é que a descentralização das finanças e as criptomoedas privadas possam minar a condução da política monetária.
  • A conversão e o armazenamento de criptomoedas fiat (ou fiduciárias) são oportunidades que estão surgindo.

3. Carteiras digitais

  • O uso de pagamentos móveis continuará crescendo de modo constante (o CAGR entre 2019 e 2024 é estimado em 23%).
  • A proliferação de super aplicativos, serviços de open banking e códigos QR impulsionará a adesão à carteira digital.
  • Por conveniência, os usuários e o uso serão direcionados para as carteiras digitais como primeiro ponto de contato – deixando de lado as interfaces tradicionais de cartões e bancos.

 4. A batalha dos trilhos de pagamento

  • A iniciação do pagamento está migrando de cartões e contas para carteiras digitais que têm suporte no open banking.
  • Os reguladores obrigarão a indústria a fortalecer a infraestrutura nacional de pagamentos.
  • Os consumidores em mercados emergentes estão migrando diretamente para carteiras móveis e pagamentos baseados em contas, sem passar pela “era do cartão”.
  • Tanto as redes de cartões tradicionais quanto as soluções nacionais de carteiras enfrentarão o desafio de conectar os pagamentos em sistema open loop com os pagamentos internacionais para manter sua relevância.

 5. Pagamentos transnacionais

  • Pagamentos instantâneos e de baixo custo estão provocando a reinvenção dos pagamentos transnacionais.
  • A padronização global dos pagamentos permitirá a conectividade internacional de soluções instantâneas nacionais.
  • Surgirão soluções regionais (especialmente na Ásia) e soluções não bancárias globais baseadas em criptomoedas e carteiras digitais.

 6. Crime financeiro

  • Com a adoção cada vez maior do open banking e dos pagamentos instantâneos e alternativos por consumidores e empresas, crescem as organizações de “fraude como serviço”.
  • Em nossa pesquisa, os riscos de segurança, conformidade e privacidade de dados foram as maiores preocupações de bancos e fintechs.
  • Com a sofisticação do crime financeiro, os provedores terão que proteger todo o seu ecossistema.

Implicações para as empresas de pagamentos

Por fim, o estudo aponta que compreender essas tendências e as mudanças que estão ocorrendo na forma como os pagamentos são cruciais para bancos, empresas que trabalham com meios de pagamento, fintechs e outros players.

Para a PwC, os bancos precisam trabalhar com os clientes corporativos para ajudá-los a integrar os pagamentos diretamente com seus serviços, o que os ajudará a lidar com um mundo no qual as carteiras e os super aplicativos digitais multifuncionais se proliferam.

Já as processadoras de cartões precisam avaliar mudanças que as posicionem de forma mais eficaz para a iniciação de pagamentos, como fazendo parcerias com fornecedores de carteiras digitais, o que pode garantir sua no ambiente de serviços para varejistas.

As processadoras também precisam fazer a ponte entre os mundos de pagamentos baseados em cartões e em contas, além de adotar tecnologias de nuvem e IA para evitar serem ultrapassadas por uma nova geração de soluções baseadas em nuvem.

Os provedores de serviços de pagamento devem atuar no sentido de garantir estruturas globais transparentes e criar confiança e visibilidade em relação à aceitação do cliente, a capacidade de suportar o risco de crédito e estruturas de supervisão globais eficientes. Além disso, precisam dominar totalmente o mundo dos dados para vencer essa corrida e alcançar escala global.

Por fim, os bancos centrais e supervisores precisarão melhorar seus conhecimentos para realizar uma supervisão eficaz desses novos players globais que não são bancos.

A PwC faz as seguintes estimativas em relação ao volume de receitas transacionais em bilhões de dólares.

Bancos:

2020 – US$ 342 bilhões

2025 – US$ 447 bilhões

2030 – US$ 561 bilhões

Métodos de pagamentos alternativos: 

2020 – US$ 78 bilhões

2025 – US$ 188 bilhões

2030 – US$ 313 bilhões

Prestadores de serviços comerciais: 

2020 – US$ 141 bilhões

2025 – US$ 167 bilhões

2030 – US$ 212 bilhões

Redes de cartões: 

2020 – US$ 71 bilhões

2025 – US$ 98 bilhões

2030 – US$ 125 bilhões

Processadores terceirizados: 

2020 – US$ 42 bilhões

2025 – US$ 57 bilhões

2030 – US$ 84 bilhões

Terminais: 

2020 – US$ 17 bilhões

2025 – US$ 22 bilhões

2030 – US$ 26 bilhões

Embora os bancos continuem a ter um crescimento projetado significativo, suficiente para mantê-los no topo do tipo de companhia que trabalha com pagamentos digitais, o crescimento dos métodos de pagamento alternativos deve mais do que quadruplicar, enquanto o dos bancos não deve nem dobrar no período, mostrando uma tendência a ocorrer uma inversão na dominância do mercado caso o ritmo se mantenha ao final da década de 2030.

Tendências do Brasil

Por fim, o estudo aponta algumas tendências específicas relacionadas à realidade brasileira.

Inclusão e confiança. O Brasil está na vanguarda da inclusão financeira, graças à liderança do Banco Central em iniciativas que promovem novas tecnologias de pagamento, interoperabilidade, redução de custos e concorrência aberta. Os pagamentos com QR code estão ajudando a alavancar as infraestruturas de pagamentos instantâneos, fornecendo acesso fácil e barato a pagamentos digitais, seja por meio de um dispositivo tradicional de POS (sigla em inglês para ponto de venda –  PDV) ou de um dispositivo móvel para comerciantes e consumidores.

Supremacia dos pagamentos instantâneos. O Pix, modelo de pagamento instantâneo estabelecido pelo BC, é um sucesso absoluto. Além disso, surgiram métodos de pagamentos quase instantâneos que usam os trilhos das redes de cartões e são operados por players digitais. Na prática, espera-se que os novos modelos impactem os meios de pagamentos tradicionais com DOC/TED, boleto bancário, cheque e até mesmo com cartões nos próximos cinco anos. Considerando essas infraestruturas e a existência de novos provedores totalmente baseados em nuvem, os bancos já estão reavaliando seus modelos e soluções financeiras.

Novos marcos regulatórios. Modelos simplificados de licenças bancárias, como as Sociedades de Crédito Direto (SCDs) e Instituições de Pagamentos (IPs), trouxeram uma nova competição ao mercado. O Brasil observou a importante expansão das fintechs e, mais recentemente, uma elevada incursão de indústrias tradicionais, como varejistas e telecoms, na criação de empresas de serviços financeiros. Esse ambiente competitivo deve se tornar ainda mais disputado com a conclusão e o amadurecimento do Open Banking brasileiro, que é bastante abrangente, sobretudo quando comparado com outros modelos internacionais.

Carteiras digitais. Vários players estão disputando participação nos pagamentos dos consumidores. Os bancos estatais lançaram carteiras digitais para pagar à população subsídios sociais e relacionados à pandemia de covid-19, além de promover descontos para seus clientes. Isso está ajudando a ampliar a adoção dos pagamentos digitais, especialmente entre pessoas sem experiência com bancos. Marketplaces como o Mercado Livre, com o serviço “Mercado Pago”, e players digitais como o PicPay estão lançando seus próprios ecossistemas, nos quais comerciantes e indivíduos podem fazer negócios e suprir necessidades financeiras pessoais.

Fonte : https://www.whow.com.br/transformacao-digital/previsoes-e-tendencias-para-o-futuro-dos-pagamentos-digitais/

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