Fim do frete grátis? Aumento dos custos logísticos colocam em risco benefícios aos consumidores

A política dos e-commerces de oferecer fretes grátis para compras acima de determinados valores pode estar com os dias contados graças ao custo das operações logísticas, que não param de aumentar.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o custo médio do transporte marítimo de um contêiner permaneceu próximo a US$ 10 mil nos últimos meses. O valor é sete vezes maior do que o registrado antes da pandemia.

Os preços chegaram a US$ 13 mil no final do ano passado e deram uma aliviada nos primeiros meses de 2022, especialmente o custo médio de importação com origem na Ásia para o Brasil. A queda indica uma acomodação entre a demanda e a oferta de capacidade de transporte na rota.

O problema é que a China voltou a aplicar medidas restritivas para controlar o avanço do coronavírus. Os efeitos do lockdown em portos chineses, especialmente o de Xangai, e a piora nas condições do mercado de navegação global reverteram esse movimento de queda nos custos.

E não é apenas a rota Brasil-China que está mais cara. O custo de transporte de um contêiner de 40 pés do Brasil para portos dos Estados Unidos, por exemplo, está próximo a US $10 mil – valor oito vezes superior ao de antes da pandemia.

Além disso, as empresas viram o preço do óleo diesel disparar e, por consequência, encarecer o frete.

Dados da plataforma de transporte de cargas Fretebras mostram que o custo do transporte por eixo do quilômetro rodado subiu 3,79% entre maio deste ano e maio de 2021. Essa variação nem considera o reajuste de preços anunciado pela Petrobras (PETR3; PETR4) em junho, quando o litro do diesel avançou 14,26% nas refinarias da estatal.

Por mais que a tendência, a médio prazo, seja de uma estabilização dos preços, alguns varejistas já estão limitando o benefício. No mês passado, a Shoppe eliminou a opção de frete grátis sem valor mínimo – o consumidor agora precisa consumir, no mínimo, R$ 29. Outra que está seguindo na mesma linha é o Mercado Livre (MELI34). A varejista aumentou o valor mínimo necessário para o frete grátis de R$ 79 para R$ 199.

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/fim-do-frete-gratis-aumento-dos-custos-logisticos-colocam-em-risco-beneficios-aos-consumidores/

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Mercado Livre (MELI34) faz ‘corte’ no frete grátis em meio a alta de custo

Em meio a um cenário de inflação de dois dígitos, ciclo altista de juros e projeções de recessão econômica, varejistas como o Mercado Livre (MELI34) estão ‘colocando o pé no freio’ nas despesas operacionais.

Recentemente a varejista optou por aumentar o ‘preço piso’ do frete grátis. Antes, toda compra de itens de supermercado acima de R$ 79 não vinha com cobrança de frete. Agora, o frete grátis do Mercado Livre só fica disponível para compras de supermercado acima de R$ 199.

“O que acontece é que, quando você entra na página de detalhe do produto, nós calculamos suas possibilidades de envio. Nesse momento, analisamos o endereço que você tem salvo em Meus dados e, se a distância do seu vendedor for muito grande e/ou o produto for muito pesado, em vez de frete grátis, você tem descontos tanto no frete normal como no expresso”, consta no site do Mercado Livre.

O movimento vem pouco tempo após a companhia comunicar que expandirá a entrega no mesmo dia para 100 cidades. Esse modelo de frete havia sido adotado somente em poucas capitais por alguns players, a fim de ganhar competitividade com uma entrega dinâmica.

Por conta de ter mais centros de distribuição (CDs) do que os concorrentes e visar mais serviços de logística – como entregas de avião, fruto de uma parceria com a Gol (GOLL4) – o Mercado Livre firmou essa meta ambiciosa, mesmo em meio a um ano dificultoso para o segmento de varejo.

No comunicado, do mês passado, a empresa cita que 2 mil cidades que já estão aptas a receber as compras em até um dia.

“Nossa missão de democratizar o comércio eletrônico passa diretamente pela logística e por oferecer uma entrega mais rápida em todo o Brasil. No primeiro trimestre de 2022, cerca de 54% das entregas da modalidade Full foram realizadas no mesmo dia”.

Para Luiz Adriano Martinez, portfólio manager da Kilima Asset, o mais importante a ser analisado nesse aspecto é o fator macroeconômico que atinge as varejistas e o segmento de e-commerce. Para o gestor, a precificação atual é fruto, em grande parte, da questão macro atual, com juros mais altos e mudanças nos hábitos de consumo.

“Essas empresas de e-commerce cresceram muito suas receitas há pouco, e muita gente entendeu esse crescimento como algo duradouro, já se tinha uma projeção desse crescimento. Antecipamos um crescimento na pandemia, em pouco tempo, e por conta disso muita gente achou que esse comportamento iria seguir, mas o que vimos foi algo totalmente diferente,; até temos uma certa ‘volta’ para o varejo tradicional”, afirma.

“Além disso você tem maior dificuldade de acesso a capital. As empresas que estão no ‘ciclo do negócio’ e dependem de caixa, de acesso a dinheiro para financiar um crescimento de receita, precisam fazer cortes no momento atual. Qualquer coisa que reduza custos, para poupar mais o caixa. Mas, isso tudo acontece em função da conjuntura macroeconômica”, segue.

Para o especialista, empresas como a Amazon (AMZO34) – que são diversificadas e não dependem somente do varejo – acabam sendo mais resilientes no cenário atual.

“Mesmo que em um determinado segmento como o varejo , ela sofra, a empresa terá outra fonte de recursos e acaba saindo beneficiada em uma situação como essa que vemos atualmente”, segue.

Com custos em elevação, Magalu e Via também fazem cortes
Com os custos operacionais em alta, o Mercado Livre acabou decidindo elevar o preço mínimo do frete grátis.

Contudo, a decisão pela redução de custos operacionais está sendo feita por boa parte das empresas do segmento e tem sido mais ‘intensa’ com players nacionais, como Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3).

A Via, por exemplo, está fazendo uma mudança no seu método de pagamento aos lojistas. Desde segunda (8), a empresa deixou de antecipar o pagamento, a fim de usar menos o seu fluxo de caixa

Junto com esse ‘corte’ da antecipação, a Via pagará com maior velocidade os lojistas que usam seus serviços de logística (fulfillment).

Vale lembrar que além do cenário altamente competitivo, com cada vez mais empresas disputando pelo mesmo consumidor, há uma retração nas vendas que também penaliza as empresas.

Os dados mostram um avanço de vendas no varejo de um modo geral, mas uma retração no segmento de e-commerce. Na última leitura do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), de maio, foram 6,9% de alta nas vendas, descontada a inflação. Em termos nominais, a alta foi de 23,9%.

Contudo, dados da MCC/Neotrust mostram uma queda de 6,4% em abril e 1% em maio nas vendas do e-commerce, meio que representa uma parte relevante do faturamento das varejistas, especialmente as que apostaram mais na digitalização. O Magazine Luiza, por exemplo, já somou mais de 60% do seu faturamento com vendas digitais.

Desempenho das ações do Mercado Livre
Com o cenário atual, as ações do Mercado Livre caem 46% na Nasdaq desde o início do ano, ante 53% de baixa na janela de 12 meses. A cotação atual é de US$ 708.

Já os BDRs do Mercado Livre caem 50% no acumulado de 2022 e 52% nos últimos 12 meses, acompanhando o pessimismo com o varejo e o cenário global.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/mercado-livre-meli34-frete-gratis-corte/

Frete: ANTT atualiza piso mínimo do frete rodoviário; reajuste médio varia de 7,06% a 8,99%

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário atualizados, com reajuste médio de 7,06% a 8,99%. Os efeitos variam conforme o tipo de carga, número de eixos, distância do deslocamento e tipo de operação. A atualização dos valores foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite da última sexta-feira (24).

Segundo a ANTT, o reajuste foi feito após ser constatada variação superior a 5% no preço do óleo diesel praticado na bomba dos postos de varejo no mercado nacional em relação aos valores de referência utilizados na tabela do frete anterior.

A ANTT deliberou sobre a atualização após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgar preço médio do diesel S10 na última semana, de R$ 7,678 por litro, o que significa alta de 13,73% ante o preço médio do combustível considerado na planilha de cálculos da tabela anterior da ANTT, de R$ 6,751 por litro. Os valores do óleo diesel S10 praticados nos postos de combustíveis do País são divulgados pela ANP em levantamentos semanais.

Pela legislação, a ANTT tem de reajustar a tabela do frete a cada seis meses ou quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 5% — quando é acionado o mecanismo de gatilho. O último reajuste da tabela pelo mecanismo do gatilho havia sido feito em 19 de março. A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas foi instituída em 2018 pelo governo Michel Temer, após greve nacional dos caminhoneiros que paralisou o abastecimento do País.

O reajuste da tabela do frete era demandando pelos caminhoneiros, após aumentos sucessivos no preço dos combustíveis pela Petrobras. A categoria alega que a cotação aplicada no cálculo do piso estava defasada. Isso ocorre porque a atualização da tabela do frete não é feita de forma imediata, porque o reajuste da Petrobras refere-se ao preço do combustível nas refinarias, enquanto o valor adotado como referência na tabela do frete é a média dos preços praticados nas bombas dos postos de combustíveis, auferido em levantamento semanal feito pela ANP, e não os anunciados pela petroleira.

Os novos valores mínimos do frete rodoviário conforme tipo de carga podem ser consultados em https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-210-de-24-de-junho-de-2022-410357009

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/antt-atualiza-piso-minimo-frete-rodoviario/

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Frete marítimo sobe 472% na pandemia

O pequeno alívio no custo do frete marítimo da Ásia para o Brasil na primeira metade de 2021 ficou para trás, e o preço médio do serviço de transporte começou 2022 custando 5,7 vezes mais do que antes da pandemia, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para entidade, a persistência dos gargalos na logística global pode sinalizar um “novo normal” de custos maiores. O principal efeito do novo cenário é encarecer os insumos importados pela indústria, pressionando a inflação.

A disparada no preço do frete marítimo ocorreu no segundo semestre de 2020. No início da pandemia, restrições ao contato social paralisaram o comércio internacional, e até fizeram o custo do frete cair.

Na retomada, a demanda por bens voltou mais rapidamente do que o esperado — turbinada por políticas de transferência de renda e pelo fato de que consumidores passaram a gastar mais em produtos do que em serviços pessoais.

Isso levou a uma corrida pelos serviços de transportes, pressionando a capacidade de portos, armazéns, navios e contêineres. O desequilíbrio entre demanda e oferta fez os preços explodirem. O frete de importação da Ásia para o Brasil atingiu, em janeiro deste ano, US$ 11.150, valor 5,7 vezes superior ao de janeiro de 2020, pré-pandemia, uma disparada de 472%.

“A elevação do custo foi catalisada pela pandemia, mas há indicativos de que esses valores, bem superiores à média da última década, seriam um novo normal”, afirmou Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da CNI.

Razões para a alta

Dois fatores explicariam esse “novo normal”. O primeiro é o crescimento intenso do comércio eletrônico. O hábito de comprar mais sem sair de casa parece ter vindo para ficar entre os consumidores. O segundo fator citado pelo especialista da CNI tem a ver com o ciclo de negócios do setor de transporte global — e 90% das movimentações do comércio internacional são feitas pelo mar. Após um ciclo, nos anos 2010, ainda sob efeito da crise financeira de 2008 e marcado por margens de lucro apertadas, as grandes companhias de logística estariam entrando numa década de ganhos maiores.

Bruno Carneiro Farias, presidente da F Trade, especializada em logística para comércio exterior, vê um quadro de “colapso” na logística mundial e considera que os problemas poderão durar o ano inteiro.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/frete-maritimo-sobe-coronavirus/

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Especialistas em logística apostam em proximidade com o cliente para gerar entregas mais baratas e rápidas

Uma das principais engrenagens para que o andamento de uma operação de e-commerce seja considerada de sucesso, sem dúvidas é a logística. Nesse âmbito, seja do ponto de vista do cliente ou do lojista, o frete é sempre um ponto delicado. Afinal, é ele o responsável pelos maiores custos logísticos de uma operação e também um fator de peso na hora do checkout para o consumidor.

Para diminuir os problemas, grandes players têm investido bilhões em frotas próprias e parcerias com operações de fullfilment e esse foi um dos principais assuntos abordados pelos especialistas no setor logístico quando falaram com a redação do E-Commerce Brasil, em entrevista para o Prêmio ECBR 2021. Acompanhe os melhores momentos das conversas com os finalistas da categoria Logística.

Como unir entrega rápida e frete gratuito

Luis Kfouri, diretor de logística e fullfilment no Magazine Luiza, acredita que o grande desafio existente na logística é “conseguir fazer uma entrega rápida, que você cumpra o prazo prometido, com direito a rastreamento desses pedidos, tudo pelo menor custo possível”.

Indagado sobre como diminuir o frete e entregar rápido, o co-Founder da NextMiles, Marcelo Vieira, brincou dizendo que “só com milagre”. “Mas, falando sério, quanto mais a gente conhece nosso produto, quanto mais a gente conhece o nosso cliente, mais fácil é de nós conseguirmos esse custo mais baixo e atender o que o cliente quer”, pontua ele.

Vieira justifica a resposta: “Se eu conheço esse cliente, conheço as características desse cliente, o local em que estou entregando, as características do meu produto, eu consigo ter parceiros nas entregas e consigo selecionar esses parceiros de uma forma muito melhor, para que ele tenha menor custo e, consequentemente, me cobre menos.”

Kfouri complementa reforçando que é preciso estar próximo ao consumidor. “Como eu uso toda essa malha logística? Eu costumo dizer que hoje é impossível fazer uma logística de qualidade sem ter muita tecnologia”, afirma. Dentre essas tecnologias, ele ressalta que é importante: “Minerar muitos dados, já que a gente fala tanto do data mining, usar algorítmos de machine learning e inteligência artificial para cruzar todo o universo logístico.”

Proximidade com o cliente

Quando pensamos em Brasil, com dimensões continentais, o desafio fica ainda mais complicado, mas não impossível, segundo Luiz Vergueiro, Diretor de Operações no Mercado Livre. “Com a pandemia, a gente precisou chegar em regiões muito distantes com uma condição de velocidade que a gente só entrega na região sul e sudeste.”

Para ele, o interessante não é conseguir entregar rápido na “[Avenida Brigadeiro] Faria Lima, em São Paulo. A gente quer entregar rápido, sei lá, no Chuí, no interior da Bahia, no interior de Minas [Gerais”. “Esse consumidor tem o mesmo direito de ter uma experiência positiva, rápida de entrega, de boa logística, que o consumidor que está em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte tem.”

Vergueiro defende que o grande ponto para a logística se tornar mais barata e mais rápida é volume, densidade. “Conforme a penetração do e-commerce vem avançando, a gente naturalmente vai conseguir isso”, diz.

A oportunidade de sinergia é a resposta para esse desafio. “Os negócios não são só digitais e não são só reais e físicos. Por isso, ainda existem muitas oportunidades de sinergias nas cadeias logísticas. Lógico, elas não podem concorrer entre si, mas aproveitar a sinergia dos diversos negócios. Aproveitar a sinergia dos negócios diferentes, de canais diferentes, para poder conseguir se apropriar dessa escala e dessa velocidade”, complementa.

Logística que mira na satisfação do cliente

Com a aceleração do e-commerce na pandemia, a entrega rápida ganhou importância a cada trimestre de 2020. No primeiro, 43% das pessoas afirmaram que o frete era a razão principal na hora de fechar uma compra online. Esse número subiu para 46%, 47%, 48%, 49% e chegou a 51% no segundo trimestre de 2021.

“A gente está tendo hoje de fato entregas extremamente rápidas, o que é bom, mas a gente está tendo também aquela preocupação de olhar para esse cliente e entender um pouquinho do que esse cliente precisa. Então se é uma entrega rápida eu vou fazer uma entrega rápida, mas se ele precisa de uma entrega agendada, se ele precisa de um cuidado diferente com aquele produto, a gente está conseguindo olhar para isso – coisas que até pouco tempo não eram prioridade no nosso negócio”, reconhece Vieira.

Como prova disso, Suellen Bellinassi, Fullfillment Mananger do Mercado Livre, conta que “índices recentes de 2021 mostraram que o setor fechou com 48% a mais de receita de faturamento, 35% a mais de volume de vendas, comparado a 2020, que já foi um ano de muita alavancagem do e-commerce”.

Na “receita para o sucesso” ela acrescentaria alguns ingredientes que chegou a implementar no Mercado Livre. “Para ofertar uma entrega mais agressiva, acho que ter um caminho de logística própria – do nosso lado aqui como marketplace, isso foi um movimento super importante, para garantirmos que isso aconteça. A estratégia de fullfilment, de ter o estoque nas nossas mãos, também garante sortimento, garante disponibilidade de produto, e isso abrevia algumas etapas para sermos mais agressivos em entrega”.

No Magazine Luíza, Kfouri conta que também conseguiu avançar com as categorias de mercado, de bens de consumo, porque a empresa percebeu que o varejo alimentar para e-commerce era muito defasado. “A gente saiu de 200 lojas para 1.000 lojas, trabalhando com o conceito de dark store. Então, quando o cliente compra o produto, a gente, por geolocalização, oferece o produto mais próximo desse cliente para ele receber no raio de 7 km a 10 km”.

Todo esse investimento foi sentido pelo consumidor, que se acostumou a um novo padrão de entregas e essa será a nova “régua” para as próximas entregas. “O futuro do e-commerce é a gente entregar além do que o consumidor ou o vendedor deseja. Em níveis de excelência. Esse é o padrão. Acho que todas as empresas devem caminhar olhando para frente e pensando “Como eu posso surpreender?”, finaliza Bellinassi. O desafio está lançado!

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/logistica-proximidade-entrega-barata/

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Perspectivas e tendências para o setor de logística em 2022

Aumento do diesel, inflação subindo, disrupção contínua em fluxos de produtos no mundo inteiro, falta de “braço” em segmentos-chave em supply chain em diversos países. 2021 não foi um ano fácil para quem administra logística e o fluxo ordenado de seus produtos. Por outro lado, foi um período com alta atividade em tecnologia em companhias cuja missão é resolver as principais dores do segmento logístico.

Olhando para frente, acredito que 2022 será definido por várias tendências que guiaram o setor neste ano e outras novas terão destaque. O conjunto dessas tendências levará ao maior uso de tecnologia e inovação na gestão de logística; e a consolidação do setor provavelmente será acompanhada pela convergência entre modelos diferentes.

A pandemia desencadeou a aceleração tecnológica. Conforme uma pesquisa do Gartner, mudanças importantes nos modelos de negócios dispararam a automação nos centros de distribuição e atendimento no último ano. O grande desafio é que os profissionais aprendam a interpretar a enorme quantidade de dados e análises geradas pelos sistemas e consigam tomar melhores decisões em suas funções.

Lembrando que os esforços do setor acompanharão algumas das mais urgentes demandas globais. A pesquisa aponta ainda que as empresas estão cada vez mais comprometidas com aspectos sustentáveis para reduzir os impactos ambientais para o cliente. A otimização da rede logística para retirar veículos das ruas e reduzir a emissão de carbono, a reutilização do calor dos processos de manufatura upstream para fornecer energia aos elos downstream e soluções criativas para aumentar a densidade do transporte são alguns exemplos.

A disrupção em supply chain e fluxos de produtos

Os efeitos da economia “start/stop”, oriunda da pandemia, foram profundos e levarão tempo para se dissiparem. Existem engarrafamentos estruturais em pontos-chaves da cadeia em vários países, sobretudo nos EUA, que persistirão pelos próximos meses. Isso terá um efeito inflacionário, obrigando os gestores a rever a forma como movimentam produtos e a refletir sobre a metodologia usada para administrar os seus negócios. Com o tempo, os ajustes serão completos e a normalidade voltará. Mas vai demorar.

Custos elevados

Os principais insumos na cadeia logística vêm subindo e isso continuará. Em alguns países, não existe mão-de-obra para transporte rodoviário e nos portos. No Brasil, estamos com o diesel mais caro, inflação na mão-de-obra e custo de capital elevado. Tudo isso representa uma tendência inflacionária e exigirá maior foco em eficiência operacional em todos os níveis do supply chain.

Investimentos elevados em tecnologia

A pressão dos custos, a necessidade de aumentar a visibilidade numa cadeia mais estressada e a escassez de pessoas qualificadas no setor levarão ao aumento dos investimentos em tecnologia. O objetivo será o de ampliar a eficiência dos processos, a automação e a rastreabilidade das cargas, além de gerar maior transparência e segurança. Também serão acelerados os investimentos em tecnologias mais avançadas, como caminhões autônomos e uso do blockchain na logística. Nesse cenário, plataformas independentes que criarem novas soluções para o setor focadas nessas tecnologias continuarão se beneficiando.

Consolidação

As mesmas pressões incentivarão a consolidação de várias camadas do ecossistema da logística. A exemplo do digital freight brokerage que, em português, significa um corretor de frete digital, e outras plataformas, em 2021, vimos casos de M&A’s nos quais o foco era ganhar escala com ofertas de tecnologia e propostas complementares, como a compra da Transplace pela Uber Freight. Esse ano, plataformas e outros players do setor tendem a continuar sua consolidação em mercados ainda pulverizados.

Plataformas terão que ir “além do match”

Em paralelo, plataformas existentes terão de expandir portfólios de soluções e inovar para poder atender às demandas cada vez mais exigentes dos seus parceiros — soluções completas que tragam eficiência, transparência e insights ponto a ponto. Já começamos a ver isso em 2021, com plataformas adquirindo empresas com tecnologias que ampliam o portfólio de soluções que elas poderiam oferecer a embarcadores. A Loadsmart, por exemplo, investiu em empresas de agendamento e gestão de pátio. Por outro lado, plataformas com soluções mais rasas, focadas em apenas um pedaço da jornada — publicar cargas ou fazer o match entre carga e caminhoneiros — tendem a perder espaço.

Convergência entre modelos

Também esperamos ver a convergência contínua entre os modelos operacionais. Estimamos que plataformas tecnológicas nascidas como fornecedoras de tecnologia comecem a operar fretes que agreguem mais valor aos clientes. Vimos isso acontecer com a Convoy e continuaremos vendo plataformas com DNA de tecnologia e operações se abrindo para que outros operadores do setor usem a tecnologia para ganhar escala. Em segmentos como o digital freight brokerage, modelos de oferta de tecnologia não conseguem resolver as dores dos clientes. Portanto, esperamos a convergência contínua entre modelos. As plataformas terão que entregar cada vez mais experiências com tecnologia robusta que garanta desempenho operacional.

Regulação e fiscalização no setor de logística rodoviária no Brasil

A entrada do DTE (Documento Eletrônico de Transporte) e o aumento da fiscalização sobre o uso de carta frete, não pagamento de vale pedágio, recolhimento de INSS de caminhoneiro e outros, terão impactos positivos para os caminhoneiros. Porém, exigirão grandes ajustes por parte das transportadoras que operam fora da lei agora. Para elas, os custos e a demanda de capital de giro vão aumentar. Isso fará com que precisem buscar eficiência através de um maior uso de tecnologia para compensar. Por outro lado, o DTE e as propostas do governo de abrir informações para a cadeia permitirão inovações importantes com relação à oferta de serviços financeiros e outros para o caminhoneiro.

2022 deverá ser outro ano de volatilidade no setor, com um ambiente operacional extremamente complexo no mundo inteiro e aqui no Brasil também. Acreditamos que esses desafios serão superados ao longo do tempo com o uso de tecnologias que atacam as principais dores dos clientes. E além disso, que plataformas atuantes no setor deverão ser cada vez mais inovadoras para agregar valor às operações dos seus parceiros.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/perspectivas-e-tendencias-para-o-setor-de-logistica-em-2022/

Logística Omnichannel: o segredo para uma ótima experiência online

A velocidade de entrega é um desafio em todo lugar do mundo. Congestionamentos nas cidades ou a distância para o ponto de entrega são alguns fatores que aumentam o tempo e o custo logístico. E as expectativas dos clientes são cada vez mais altas: nos Estados Unidos, 57% dos clientes entre 23 e 27 anos (e 56% entre 16 e 22 anos) afirmam que a entrega no mesmo dia é um fator importante na fidelidade a uma marca.

Esse fenômeno acontece no mercado brasileiro também: a rede de moda Amaro, por exemplo, aumenta em 48% sua taxa de conversão quando entrega o pedido no mesmo dia. Isso mostra que a velocidade é um fator cada vez mais importante na decisão de compra dos consumidores. Mas essa velocidade só é possível quando as lojas são usadas como parte do processo logístico.

Outro problema é o custo: a logística de última milha (o trecho final da entrega) representa mais da metade dos custos logísticos totais. Levar pacotes de casa em casa é caro e complexo – a ponto de não ser possível repassar toda essa despesa para o preço ou o frete. No mercado americano, um estudo mostra que cada entrega do e-commerce custa US$ 10,10 e o frete médio cobrado é de US$ 8,08: a diferença é abatida da margem de lucro.

A realidade brasileira tem um item extra: a cultura do frete grátis. Mais de 40% dos consumidores compram o item que tem frete grátis (mesmo que o prazo seja mais demorado) e 82,3% já desistiram de comprar por conta do valor de entrega.

Só existe uma saída para reduzir os custos logísticos e, ainda assim, conseguir entregar rapidamente as compras dos clientes: a logística precisa ser omnichannel.

O varejo já acordou. E você?

O uso de modelos de distribuição omnichannel já é uma realidade no varejo brasileiro. Na Black Friday 2021, por exemplo, números da Linx Digital mostram que houve um aumento de 27,4% no número de pedidos omnichannel em relação ao ano passado.

O número de lojas online oferecendo opções omnichannel mostra que o varejo abraçou a integração de canais: houve um aumento de 82% na quantidade de lojas omnichannel ativas nesta Black Friday. Além disso, a participação de pedidos enviados pela loja mais próxima foi 14% maior que em 2020 e representou 30,6% de todos os pedidos omnichannel. Já a retirada em loja saltou 88% em relação ao mesmo período de 2020 – um número que, embora relevante, foi impulsionado pela abertura do comércio no pós-pandemia.

Para que isso aconteça, porém, é preciso mudar o back office do varejo.

Onde está o “maestro omnichannel”?

A maneira mais rápida de aumentar a competitividade da logística é aumentar as opções de entrega. Isso porque um cliente pode ter níveis de urgência diferentes em cada momento: se a televisão queimou ou a ração do pet acabou, ele irá preferir receber em poucas horas – ou até mesmo ir até a loja retirar o pedido. Já para o presente de um sobrinho que fará aniversário no fim do mês, receber o produto daqui a uma semana é totalmente aceitável.

Dito dessa forma, parece simples. O problema é fazer isso com eficiência para despachar milhares de pedidos por dia. Nesse caso, conectar diretamente todas as opções de canais de relacionamento, processamento de pedidos e entrega cria uma complexidade intransponível. E, claro, gera uma enorme frustração nos clientes.

O caminho é usar um Order Management System (OMS), uma plataforma de gestão de pedidos omnichannel que centraliza todas as informações que circulam nos diferentes canais. Um OMS oferece diversas vantagens importantes para a gestão do negócio e para entregar uma experiência de compra de alta qualidade:

1)     Controle de estoque

A posição de estoque é o grande desafio da logística omnichannel: é preciso saber quantos itens de cada SKU estão disponíveis em cada loja e Centro de Distribuição, para entrega em quantos dias. Quando itens são despachados diretamente do fabricante para o cliente, acrescente mais um nível de complexidade. Com um OMS, as informações de estoque são centralizadas, passa a ser possível identificar onde há excesso de produtos.

2)     Melhor uso dos recursos

Ao saber onde está cada produto na cadeia de suprimentos, o varejista diminui a necessidade de investimentos em estoque e impacta menos o seu capital de giro. Com isso, utiliza melhor seus recursos e tem uma operação mais saudável.

3)     Adaptação às necessidades dos clientes

Quando o varejista tem visão total de seus estoques, ele sabe que pode entregar a um custo competitivo em diversas faixas de tempo e aumenta a possibilidade de oferecer opções de delivery que façam sentido para o consumidor.

4)     Redução de custos

A logística omnichannel reduz a necessidade de deslocar produtos do CD diretamente para a casa do cliente. Mais entregas passam a ser feitas a partir de lojas físicas, diminuindo os custos de transporte. Como isso se reflete também no valor do frete, aumenta a taxa de conversão, já que a entrega terá um impacto menor na decisão de compra.

O uso de um OMS, que centraliza as informações do estoque e evita rupturas, aumenta o conhecimento que a loja tem do cliente, impulsiona as vendas e melhora a tomada de decisões. Lojas físicas conectadas ao e-commerce em uma logística omnichannel passam a ter uma participação mais relevante nas vendas online, o que acelera a integração dos negócios. Como resultado, toda a operação de varejo ganha eficiência e passa a entregar o que o consumidor quer, na hora que ele quer.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/logistica-segredo-experiencia-online/

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