Mercado D2C: oportunidades e desafios da venda direta ao consumidor final

Nos últimos anos, o modelo de negócios direct-to-consumer (D2C) tem experimentado uma expansão significativa, especialmente no ambiente digital.

O D2C permite que marcas estabeleçam uma conexão direta com seus consumidores, eliminando intermediários e proporcionando maior controle sobre a experiência de compra e os dados de seus clientes.

Para empreendedores digitais, essa estratégia se tornou uma via estratégica para crescer, impulsionar a inovação e construir marcas sólidas e próximas do consumidor final.

Conheça mais sobre o cenário do D2C no Brasil, assim como as vantagens e os desafios desse modelo de negócio, ao longo do artigo.

Cenário atual: o crescimento do D2C no Brasil e no mundo

De acordo com um estudo da eMarketer, as vendas no modelo D2C nos Estados Unidos totalizaram US$ 182 bilhões em 2023. O Brasil segue essa tendência, impulsionado pelo aumento contínuo do comércio eletrônico. Estima-se que, nos próximos anos, o D2C venha a representar uma parcela cada vez maior das vendas online, especialmente em categorias como moda, cosméticos e eletrônicos.

A pandemia de Covid-19 foi um fator decisivo para acelerar esse movimento, com diversos negócios – tanto globais quanto locais – buscando novas formas de vender diretamente ao consumidor. Marcas como Nike e Apple investiram pesadamente em seus próprios canais digitais. No Brasil, startups e Digital Native Vertical Brands (DNVBs), como Amaro e Insider Store, têm ganhado relevância nesse formato.

De acordo com a Synapcom, as vendas D2C representam 15% do faturamento das indústrias nos Estados Unidos. No Brasil, essa fatia é de apenas 5%, destacando o grande potencial de crescimento desse modelo no país, especialmente com a crescente digitalização.

Vantagens do modelo D2C

O modelo D2C oferece uma série de vantagens competitivas para as empresas e os empreendedores digitais. Entre os principais benefícios estão:

– Controle total da experiência do cliente: ao eliminar intermediários, as marcas conseguem gerenciar diretamente o atendimento, a personalização da jornada de compra e o marketing;

– Acesso a dados estratégicos: no D2C, as marcas têm acesso direto aos dados de seus consumidores, o que permite a criação de estratégias mais direcionadas e insights valiosos. Isso inclui desde a customização de ofertas até o desenvolvimento de novos produtos com base no feedback direto dos clientes;

– Margens mais altas: sem intermediários, as marcas D2C conseguem operar com margens de lucro mais elevadas. Isso significa mais lucro ou maior competitividade em termos de preços;

– Agilidade e inovação: as marcas podem lançar produtos mais rapidamente e testar novas abordagens de marketing de forma ágil, algo que se torna mais complicado em canais de venda tradicionais. A startup de moda Amaro, por exemplo, utiliza dados de vendas em tempo real para ajustar coleções e estratégias de marketing em ciclos curtos, algo que seria inviável em um modelo tradicional de distribuição.

O boom das DNVBs

Dentro do modelo de negócio direct-to-consumer, uma tendência que se destaca são as Digital Native Vertical Brands. (DNVBs) No bom português, marcas verticais nativas digitais.

No Brasil, empresas como Insider Store, Sallve e Liv Up se destacam por operar exclusivamente no ambiente digital, oferecendo produtos diferenciados e experiências personalizadas.

Vale destacar que as marcas D2C nativas digitais são, em sua maioria, baseadas em um produto exclusivo que resolve as necessidades não atendidas dos clientes. Para isso, contam com posicionamento, design e embalagem inovadores.

E, segundo a eMarketer, os consumidores também são atraídos pelos produtos D2C devido à percepção de um produto de maior qualidade a um custo menor, justificado por um caminho mais curto até a compra.

Desafios do modelo de negócio D2C

Embora o modelo D2C ofereça vantagens claras, ele também traz desafios que os empreendedores precisam enfrentar. Os principais são:

– Concorrência crescente: com a facilidade de acesso ao e-commerce, há uma saturação crescente de novas marcas entrando no modelo D2C. Diferenciar-se torna-se cada vez mais difícil, especialmente em nichos competitivos. Nesse cenário, a construção de uma proposta de valor única, apoiada por um forte posicionamento da marca, é vital;

– Complexidade da cadeia de suprimentos e logística: indústrias que vendem diretamente para o cliente final precisam gerenciar todas as etapas da cadeia de fornecimento, desde a produção até a entrega final, o que exige alta eficiência logística;

– Aquisição de clientes: sem intermediários, atrair clientes diretamente pode ser caro e exigir investimentos consideráveis em marketing digital e construção de marca;

– Fidelização e retenção: manter a lealdade do cliente em um mercado com muitas opções exige estratégias sólidas de personalização, experiência do cliente e suporte pós-venda.

O D2C exclui outros canais de venda?

O modelo D2C não elimina completamente outros canais de venda. Inclusive, muitas marcas estão repensando suas estratégias para equilibrar o relacionamento direto com o cliente e a conveniência oferecida pelos canais tradicionais.

Embora o D2C ofereça às marcas controle total sobre a experiência do cliente e acesso direto aos dados, muitas DNVBs estão ampliando sua presença ao adotar canais de venda como varejistas físicos para alcançar mais clientes.

Um exemplo disso é a Sallve, que, além de vender diretamente em seu site, oferece seus produtos em varejistas físicos como a RaiaDrogasil, com o objetivo de atender à demanda dos consumidores por acesso mais rápido aos produtos em lojas físicas.

Até mesmo gigantes como Nike e Adidas ajustaram suas estratégias para incluir tanto o D2C quanto canais tradicionais, mostrando que a presença multicanal pode ser fundamental para impulsionar o crescimento e atender melhor os consumidores onde eles preferem comprar.

Em conclusão, o modelo D2C representa uma transformação significativa no relacionamento entre marcas e consumidores, proporcionando maior controle, personalização e competitividade no mercado digital. No entanto, junto às oportunidades, surgem também desafios complexos, como a gestão da logística e a fidelização do cliente em um cenário cada vez mais competitivo.

No Brasil, embora o modelo ainda esteja em crescimento, o potencial é imenso, impulsionado pela digitalização e pelo comportamento dos novos consumidores. Para obter sucesso no D2C, as marcas precisam não apenas de agilidade e inovação, mas também de uma visão estratégica que equilibre a eficiência operacional com a criação de uma experiência única para o consumidor.

Afinal, o D2C não deve ser visto como uma substituição de canais, mas como uma oportunidade de integrar o melhor dos dois mundos – o digital e o físico – e oferecer ao consumidor uma jornada de compra cada vez mais fluida e personalizada.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mercado-d2c-oportunidades-e-desafios-da-venda-direta-ao-consumidor-final”

 

 

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A revolução das vendas digitais: como o B2B e o D2C estão redefinindo o futuro do comércio

Hoje, não dá mais para falar de crescimento sem mencionar as vendas digitais, tanto no B2B (business-to-business) quanto no D2C (direct-to-consumer). Em 2023, o mercado global de e-commerce B2B cresceu 10%, alcançando incríveis US$ 3,36 trilhões. E sabe o que está por trás disso? A crescente demanda por experiências omnichannel, nas quais os clientes corporativos têm liberdade para comprar de vários jeitos: e-commerce, marketplaces, ou até plataformas de autoatendimento. E mais, 73% dos compradores B2B começam suas jornadas de compra online, o que deixa claro que a digitalização não é mais uma opção, é um caminho sem volta.

Quando olhamos para o D2C, o cenário também está bombando. As vendas diretas ao consumidor devem atingir US$ 212 bilhões até 2024, com gigantes como Nike e Warby Parker liderando essa mudança, oferecendo experiências personalizadas e vendas diretas pelas suas plataformas. Esse modelo D2C é ouro, já que as empresas podem controlar de perto sua marca e o relacionamento com o cliente. E tem funcionado muito bem em segmentos como moda, eletrônicos e produtos esportivos.

Diferenças e sinergias entre canais digitais e tradicionais

Misturar o digital com o tradicional (como vendas presenciais e representantes) é uma jogada inteligente. No B2B, os clientes usam, em média, entre três e dez canais para tomar suas decisões de compra. E não pense que é só o e-commerce que conta. As interações com vendedores físicos e pelo telefone também estão na jogada. As empresas que conseguem integrar canais digitais e offline veem uma taxa de retenção 25% maior em comparação com as que apostam em apenas um único canal.

No D2C, a mágica acontece quando as marcas conseguem estar presentes em vários pontos de contato. A Nike, por exemplo, viu suas vendas digitais crescerem 36% em 2022, tudo graças a uma estratégia que une vendas online, lojas físicas e campanhas publicitárias, tanto no mundo digital quanto nos meios tradicionais, como TV e outdoor. Com essa abordagem, as marcas garantem que o consumidor tenha uma experiência fluida e envolvente, seja onde for que ele decida comprar.

Funil de vendas no digital: B2B e D2C

Quando falamos de B2B, o funil de vendas digital costuma ser mais longo e complexo. Isso porque há muito mais gente envolvida na tomada de decisão, sem falar da necessidade de personalizar cada etapa do processo. Mas aqui vai um dado interessante: empresas que personalizam suas ofertas usando dados conseguem melhorar suas taxas de conversão em até 25%. Plataformas de e-commerce B2B têm facilitado muito esse processo, permitindo que os compradores façam seus pedidos diretamente, enquanto os representantes de vendas cuidam das negociações mais complexas. Em 2023, 57% dos vendedores B2B disseram que a personalização faz uma diferença enorme nas suas vendas.

Já no D2C, o funil de vendas é mais curto e o foco está na experiência do cliente e na conveniência. As marcas que usam bem as mídias sociais para atrair tráfego para seu e-commerce conseguem taxas de conversão altíssimas. O uso de chatbots e inteligência artificial, que oferecem atendimento personalizado e recomendações certeiras, já virou padrão, deixando a jornada do consumidor ainda mais agradável. Empresas como Casper e Warby Parker estão voando alto com essas abordagens focadas no cliente.

A integração de canais on e offline

Integrar o online com o offline é uma das melhores estratégias para otimizar a jornada do cliente e, de quebra, aumentar a receita. No B2B, as empresas que combinam vendas online com representantes de vendas saem na frente, oferecendo flexibilidade e melhores resultados. Pesquisas mostram que empresas que aplicam uma estratégia omnichannel completa aumentam sua receita em até 15%.

No D2C, a junção de campanhas de marketing tradicionais (como TV e rádio) com estratégias digitais é o segredo para manter a marca forte e bem reconhecida em vários canais. As marcas que conseguem fazer essa conexão entre campanhas offline e mídias digitais, como Facebook e Instagram, conseguem mais engajamento e, claro, melhores resultados em vendas. O resultado? Um aumento médio de 20% nas taxas de retenção de clientes.

Dados e tendências de mercado

Aqui vão alguns números para você ficar de olho:

– O mercado global de e-commerce B2B está projetado para crescer 20% ao ano até 2027, com a tecnologia e a digitalização impulsionando esse crescimento.

– No Brasil, o e-commerce D2C deve crescer 22% ao ano, com moda e eletrônicos liderando a demanda.

– No mundo todo, a previsão é de que 90% dos compradores B2B mudem para plataformas de autoatendimento digital até 2025, deixando para trás métodos como pedidos por telefone ou e-mail.

As vendas digitais, tanto no B2B quanto no D2C, são essenciais para a sustentabilidade e o crescimento das empresas industriais. Ao investir em e-commerce e na integração de canais online e offline, as empresas conseguem atender melhor às expectativas dos clientes, aumentar sua penetração de mercado e, ao mesmo tempo, melhorar a eficiência operacional. Para os líderes de C-level, adotar uma abordagem digital integrada não é apenas uma tendência, mas uma estratégia comprovada de sucesso a longo prazo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-revolucao-das-vendas-digitais-como-o-b2b-e-o-d2c-estao-redefinindo-o-futuro-do-comercio”

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O full commerce ainda resolve as deficiências da indústria e do varejo no digital?

Descubra como o full commerce se tornou uma solução essencial para otimizar a operação digital de marcas no e-commerce.

Há 15 anos, o full commerce nasceu da necessidade da indústria em atingir o cliente final, o famoso D2C, atuando como um parceiro especializado em trazer escala e eficiência para a operação digital. Hoje, essa semente amadureceu, a terceirização não é mais uma demanda latente, e sim uma viabilizadora de muitas marcas no digital. Então, podemos sim dizer que o full commerce resolve as deficiências da indústria e do varejo no comércio online.

Solucionando o caminho até o cliente

Segundo a projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce pode atingir um faturamento de R$ 204,27 bilhões até o final deste ano. Logo, não tem como o mercado não ficar sedento por essa fatia de lucratividade. Porém, o caminho até o tão sonhado pedaço de bolo, com a cereja em cima, não é tão doce assim. E mais, ele ainda pode causar um pico de glicemia se a ansiedade por conquistá-lo não for muito bem planejada.

Nessa analogia, então, o full commerce entraria como um nutrólogo, um especialista que vai saber receitar os “remédios” certos para que a ingestão de “açúcar” não afete a saúde das marcas no digital a curto, médio e, especialmente, longo prazo. Saindo da esfera médica, e trazendo para a nossa realidade do varejo digital, as empresas terceirizadas atuam em cada ponto da jornada de compra com o enfoque de ganho de performance e rentabilidade.

O varejo e a indústria precisam de margem, assim como precisam reduzir custos de logística, de armazenamento, de plataforma, de marketing… Tudo com a máxima eficiência para que o negócio, como um todo, ganhe escala e não seja impactado por deslizes no meio do caminho. Para amarrar cada ponta dessa colcha de retalhos que é o e-commerce, o modelo full commerce se torna uma solução que viabiliza o sucesso das marcas no digital.

Por que é estratégico terceirizar a operação de e-commerce

A matemática é simples. Os custos de ter uma operação interna são enormes. Um time completo de logística, marketing, meios de pagamento, tecnologia, sistemas de segurança e antifraude, dados e inteligência artificial queima muito caixa, que poderia estar sendo investido no desenvolvimento de produtos ou em outros fatores que contribuem com o core business.

Ao mesmo tempo, muitas empresas já contam com diversos pontos da operação que já são terceirizados. Se você faz suas entregas por meio dos Correios ou de alguma transportadora, isso já é uma etapa terceirizada. Então, por que não centralizar essa terceirização em apenas um prestador de serviços, que vai ter a visão completa da jornada de compra? Por ter uma visão 360°, inclusive, as estratégias e as possíveis correções de rota podem ser ajustadas em sincronia, tendo a consciência de que cada mudança pode mudar o direcionamento da etapa seguinte, e também da anterior.

Provavelmente, você já deve ter se deparado com uma situação em que há vários parceiros executando cada processo da venda online, e nenhum deles sabe dos objetivos ou das ações dos outros. Aqui, as chances de um afetar o trabalho do outro é ainda maior e se torna ainda mais crítica no momento do fechamento das contas no fim do mês. Tudo isso pode ser evitado no full commerce e, cá entre nós, ninguém quer perder vendas e muito menos clientes devido a uma operação que apresenta falhas.

Full commerce não é o futuro, é o presente necessário

Entenda que o modelo de full commerce é o “agora” que faz toda a diferença no ganho de eficiência, escala e margem no digital, tanto para a indústria quanto para o varejo de vários segmentos, seja luxo, grocery & drinks, moda, beauty, farma etc. Só assim, é possível ter uma estratégia conjunta e integrada entre todos os canais de vendas, do e-commerce próprio ao marketplace.

No final, o que está em jogo é o relacionamento da sua marca com o consumidor, e no poder que essa relação tem em gerar fidelização. E isso depende de escolhas bem feitas e de especialistas em cada ponto do fluxo de vendas.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-full-commerce-ainda-resolve-as-deficiencias-da-industria-e-do-varejo-no-digital”

 

 

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D2C: principais marcas priorizam venda por marketplaces

Nos últimos anos, a dinâmica entre marcas, marketplaces e varejistas passou por mudanças significativas. De acordo com o relatório “RetailX Top500 Brands D2C: Europe 2024”, os marketplaces vêm conquistando cada vez mais espaço entre os maiores varejistas de e-commerce e multicanal da Europa.

Enquanto os marketplaces ganham terreno, a participação das marcas na lista diminui, refletindo o fato de que as marcas estão explorando um número maior de canais de vendas. Hoje, os marketplaces e as redes sociais estão captando uma fatia do tráfego e das vendas que antes pertenciam a varejistas e aos próprios sites D2C das marcas.

Em 2016, 37% dos negócios de e-commerce e varejo multicanal listados no então Internet Retailing Europe Top500 eram marcas, 44% eram varejistas e 19% eram marketplaces. Já em 2020, mais marcas passaram a vender diretamente ao consumidor em escala suficiente para serem incluídas na lista Europe Top1000, representando 42% do índice, enquanto os marketplaces representavam 20%.

Desde então, os marketplaces cresceram, atraindo mais tráfego e vendendo produtos das marcas para um público maior. Em 2024, as marcas representam apenas 31% da lista Top1000, enquanto os marketplaces aumentaram para 26%, e os varejistas, para 43%. Isso significa que há mais varejistas no Top1000 deste ano do que em qualquer outro momento desde 2017.

A maioria das marcas analisadas no RetailX Brand Index vende seus produtos em marketplaces, seja criando sua própria presença nesses canais ou permitindo que varejistas terceirizados vendam seus produtos nesses sites — ou ambos. As marcas de moda são as mais propensas a seguir essa estratégia, vendendo tanto em marketplaces quanto em redes sociais.

Quase metade (48%) das marcas de moda listadas no relatório disponibiliza seus produtos para compra em um ou mais dos 24 marketplaces estudados pela RetailX. Em menor escala, marcas de eletrônicos de consumo (15%) e de esportes e lazer (6%) também adotam essa prática.

O eBay é o marketplace líder para essas marcas, com produtos de 82% das 320 marcas do Brand Index disponíveis no site. Dois terços (67%) das marcas estão disponíveis para os consumidores europeus no Etsy, marketplace com sede nos Estados Unidos, enquanto Allegro (65%), da Polônia, Amazon (62%), dos EUA, e OnBuy.com (51%), do Reino Unido, também têm participação relevante. No geral, produtos de 86% das marcas podem ser encontrados em marketplaces.

Uma parcela significativa dessas marcas, 58%, tem suas próprias páginas nos marketplaces. Quando isso acontece, a Amazon é a mais utilizada (38%), seguida por Zalando (28%) e eBay (26%).

As marcas de moda (28%) são as mais propensas a ter uma seção exclusiva em um marketplace, seguidas pelas marcas de eletrônicos de consumo (10%).

Embora muitas marcas tenham presença em marketplaces, um número considerável, 41%, também mantém perfis em redes sociais. Entre essas, a maioria opta por estar no Facebook (37%), sendo bem menos comum a presença em outras plataformas, como Pinterest (2%), Instagram, LinkedIn e X (Twitter) (todos com 1%).

As marcas de moda (23%) são as mais propensas a usar redes sociais para vendas, enquanto apenas 2% das marcas de eletrônicos de consumo, utilidades domésticas, joias ou cosméticos fazem o mesmo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/as-principais-marcas-d2c-estao-optando-cada-vez-mais-por-vender-em-marketplaces-do-que-em-redes-sociais”

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Marketplaces: estudo global da SimilarWeb mostra baixo crescimento e desafios para o setor

Globalmente, segundo um estudo da SimilarWeb, o mercado de marketplaces registrou um crescimento marginal de 0,8% em relação ao ano anterior. Na pesquisa, trata-se de um reflexo dos desafios enfrentados pelo e-commerce em um cenário de inflação crescente. Este crescimento abaixo do esperado destaca a maturidade do setor e os efeitos da inflação sobre a economia global.

Seis dos dez principais mercados de marketplaces experimentaram declínios nas visitas — a Índia, por exemplo, registrou uma queda significativa de mais de 10% em relação ao ano anterior (o Brasil sofreu queda de 2,2% no tráfego). Mesmo os Estados Unidos, maior mercado em termos de visitas, enfrentaram um leve declínio de 1,3%.

Além da inflação, outros fatores como o ressurgimento das compras físicas pós-pandemia e o aumento do uso de players D2C (Direct-to-Consumer) têm contribuído para essa tendência. E isso ocorre à medida que consumidores buscam uma experiência de compra mais personalizada e específica de marcas.

Recuperação lenta e desafios regionais

Desde 2023, o tráfego geral para a indústria de marketplaces está em um caminho de leve recuperação, após uma queda de 5% em 2022. Apesar da queda, os Estados Unidos continuam liderando o mercado, representando mais de 24% das visitas globais. Curiosamente, aumentaram marginalmente sua participação de tráfego, mesmo com um declínio de 1,3%.

A Índia caiu duas posições, ficando em oitavo lugar, atrás do Reino Unido e da Alemanha, que também enfrentaram declínios anuais. Nove dos dez principais países permanecem os mesmos de 2023, com o Canadá agora ocupando o décimo lugar, representando 2,4% do share geral após um aumento de 3,5%.

Principais tendências e players em crescimento

Os dados de crescimento de tráfego no setor de marketplaces entre maio de 2022 e abril de 2024 destacam algumas tendências significativas. O Temu, uma plataforma emergente, teve um crescimento impressionante de 839%, alcançando 4,3 bilhões de visitas globalmente e se tornando a quinta maior plataforma de marketplace do mundo.

Lançada inicialmente nos EUA em setembro de 2022, a marca expandiu rapidamente para a Austrália, Nova Zelândia, Europa, Reino Unido e, mais recentemente, para a África do Sul, operando atualmente em 49 países.

Outro gigante chinês, o AliExpress, viu um crescimento anual de 10%, atingindo 5,6 bilhões de visitas globalmente. A inflação e a busca por preços competitivos contribuíram para o aumento da atividade no AliExpress, que expandiu sua gama de produtos para incluir moda, artigos para casa e mais, tornando-se um destino de compra diversificado.

Enquanto isso, a Shopee, a maior plataforma de e-commerce do Sudeste Asiático, manteve sua posição dominante em mercados como Indonésia, Vietnã e Tailândia. A variedade de produtos, incluindo itens usados, mantimentos e produtos de marca, diferencia a Shopee e atrai uma ampla gama de consumidores. No entanto, a concorrência com gigantes como Temu e AliExpress é intensa, e resta saber quanto tempo a Shopee conseguirá sustentar sua vantagem competitiva.

Futuro dos marketplaces

Com a evolução do mercado global de marketplaces, as empresas estão adaptando suas estratégias para enfrentar desafios como a inflação e as mudanças nos hábitos de consumo.

A busca por uma experiência de compra personalizada e o crescimento dos players D2C continuam a moldar o setor, que segue em recuperação após os impactos da pandemia.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/marketplaces-estudo-global-da-similarweb-mostra-baixo-crescimento-e-desafios-para-o-setor”

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Hiperdesintermediação: da produção ao consumidor, tudo está mudando

O conceito de desintermediação do varejo é conhecido e amplamente discutido nos últimos anos como um movimento de aproximação da cadeia produtiva ao consumidor, com objetivo de reduzir custos e prazos, otimizar processos e aproximar os valores de quem produz com os valores de quem consome, aumentando a satisfação e fidelidade dos clientes. No entanto, a transformação digital vem acelerando esse processo. E dias atrás ouvi um termo que me despertou quanto a intensidade dessa transformação, estamos vivendo a “hiperdesintermediação”.

Por que “hiper”?

O fluxo comum da cadeia de consumo é fabricante-distribuidor-atacado/varejo-consumidor, em alguns casos não sendo necessário distribuidores, em outros não fazendo sentido o modelo de atacado. Com o advento do mercado digital, novos agentes apareceram, não como novas etapas desse fluxo, mas como viabilizadores e potencializadores. Destaco os marketplaces, os integradores e as plataformas de B2B e D2C. Essa metamorfose da desintermediação da cadeia de consumo vem acontecendo em menor ou maior grau de acordo com o segmento e/ou região. Mas precisamos admitir que os movimentos do mercado asiático e as recentes inovações tecnológicas trouxeram uma dimensão superlativa a essa mudança. Vejamos alguns exemplos.

Há bons anos, um varejista comprava de uma indústria nacional ou internacional, e depois de todos os desembaraços fiscais, cadastrais, logísticos, o produto enfim era entregue em um dos centros de distribuição do varejista, em seguida distribuído para seus pontos de venda e centro de distribuição do e-commerce. Depois desse processo, enfim era disponibilizado ao consumidor final. Tudo isso dificilmente levava menos de um mês. Dependendo do caso poderia levar até seis meses.

O distanciamento físico e temporal da produção até o consumo acarreta aumento de custos, burocratização, menor interesse do consumidor e até perda de qualidade em alguns segmentos. Além de afetar diretamente a curva de aprendizado dos produtos, pois se são meses de espera entre a produção e a chegada ao consumidor, o feedback da compra, do giro, da satisfação, só virá depois disso. E a reação fica ainda mais demorada. Talvez numa segunda decisão do varejista em adquirir aquele produto, o consumidor já não tenha o mesmo grau de interesse ou tenha ainda mais interesse, provocando over stock ou rupturas. Ou seja, um modelo arcaico, pouco eficiente e com alto risco de perdas. Infelizmente, a grande maioria das empresas ainda vivem essa realidade, total ou parcialmente.

Recentemente ouvi de um executivo do Alibaba, que um consumidor de São Paulo capital pode comprar um produto hoje, vindo da China, em sua plataforma, e receber em quatro dias na sua residência na capital paulista.  Acontecem cenários semelhantes nos demais marketplaces asiáticos que vendem no Brasil, e acontece no recente fenômeno do fast fashion por todo mundo.

Outra realidade que vem mudando dia após dia é a venda direta da indústria ao consumidor, acelerada pela evolução das plataformas digitais B2B, pela consolidação das empresas de full commerce, e pelo crescimento dos marketplaces. Antes havia iniciativas de indústrias de bens duráveis indo direto ao consumidor. Hoje em dia encontramos todos os tipos de indústrias indo direto ao consumidor. O processo se intensificou e se espalhou.

E a maior consequência dessa hiperdesintermediação é o impacto na cadeia de distribuição. Em alguns segmentos os distribuidores estão sumindo ou diminuindo sensivelmente, os varejistas estão perdendo volumes de vendas, os atacados tomando espaço dos varejistas e os marketplaces crescendo a um ritmo bem maior que a média do mercado.

Essa metamorfose está gerando uma reorganização do mercado de consumo no Brasil e no mundo. Um movimento sem precedentes e com consequências que ainda não temos a total dimensão. Varejistas ficarão no meio do caminho, distribuidores também, indústrias também, quem não entender e agir, não vai viver para ver onde essa “onda” vai chegar. E é uma “hiper” onda!

Fonte: “Hiperdesintermediação: da produção ao consumidor, tudo está mudando – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Entre Amigos: conheça estratégias de D2C e B2B para o Mês do Consumidor

O Mês do Consumidor acabou de começar e agir no momento certo pode definir o sucesso na estratégia de marcas. Para reforçar o caminho para isso, o podcast Entre Amigos desta segunda-feira (4) traz executivos da Infracommerce.

Neste episódio, Helena Costa, diretora de E-commerce, e Rafael Neto, diretor de Customer Success, compartilham o aprendizado diário em uma empresa consolidada em full commerce.

Entre os pontos mais importantes trazidos, estão fatores para um bom planejamento e estratégias de D2C e B2B para o mês do consumidor.

O que é o Entre Amigos?

O Entre Amigos é uma opção de conteúdo para os profissionais de e-commerce se atualizarem sobre as principais tendências do mercado. Ele é elaborado pela equipe do E-Commerce Brasil em parceria com os mantenedores do projeto, que fazem uma curadoria com o intuito de trazer conteúdos relevantes.

Outra vantagem do Entre Amigos é a possibilidade dos mantenedores convidarem clientes e especialistas do mercado, o que sem dúvida enriquece o bate-papo.

Além disso, o podcast tem como objetivo possibilitar um bate-papo de alto nível técnico em uma linguagem acessível e próxima da realidade dos lojistas. Dessa forma, ele traz projeções do mercado, cases de sucesso, novidades de diversos segmentos e tudo o que você precisa saber sobre comércio eletrônico. Neste podcast, o ouvinte está entre amigos!

Fonte: “Entre Amigos: conheça estratégias de D2C e B2B para o Mês do Consumidor – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

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E-commerce em alta: EUA e China dominam mercado D2C

De acordo com o levantamento da CB Insights, o “unicórnios” ou startups privadas mais valiosas do mundo, especificamente do e-commerce D2C, estão concentradas no eixo EUA-China.

Com avaliação de valor de mercado em US$ 1 bilhão no mínimo, o top 10 destas companhias é composto por sete representantes chineses, duas estadunidenses, uma mexicana e uma turca. Apenas duas, portanto, ficam de fora do “duopólio” citado. A China, como é possível analisar, fica com maior destaque neste modelo.

Em janeiro de 2022, também de acordo com a CB Insights, aproximadamente 900 startups estavam incluídas como “unicórnios”. Elas, em sua maioria, atuam em ramificação do setor de tecnologia, como software, fintechs ou inteligência artificial. O comércio eletrônico, ou e-commerce, no entanto, aparece como destaque e representante da “indústria clássica”.

Veja a lista das empresas:

1. Xiaohongshu

Mídia social e plataforma de comércio eletrônico C2C.

  • Valor: US$ 20 bilhões
  • País: China

2. Fanatics

Varejista de roupas e equipamentos esportivos que obteve aumento recorrente no crescimento da empresa.

  • Valor: US$ 18 bilhões
  • País: Estados Unidos

3. Shein

Varejista de moda online que, nos últimos meses, cresceu em vendas líquidas e atingindo US$ 11 bilhões em vendas líquidas totais no ano passado.

  • Valor: US$ 15 bilhões
  • País: Chinês

4. Gopuff

Atua na entrega de bens de consumo e alimentos em 650 cidades dos EUA.

  • Valor: US$ 15 bilhões
  • País: Estados Unidos

5. Guazi

Companhia voltada a compra e venda de carros usados.

  • Valor: US$ 9 bilhões
  • País: China

6. Kavak

Startup que atua na compra e venda de carros usados.

  • Valor: US$ 8,7 bilhões
  • País: México

7. Xingsheng Selected

Atua como vendedor de supermercado/mercearia.

  • Valor: US$ 8 bilhões
  • País: China

8. Getir

Empresa que atua na logística e entrega de produtos de supermercados e restaurantes.

  • Valor: US$ 7,5 bilhões
  • País: Turquia

9. Ziroom

Companhia que trabalha no mercado de aluguel de casas e administração de propriedades.

  • Valor: US$ 6,6 bilhões
  • País: China

10. Lianjia

Antes com o nome de Homelink, é uma corretora imobiliária que opera por meios online.

  • Valor: US$ 5,8 bilhões
  • País: China

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-em-alta-eua-e-china-dominam-mercado-d2c/

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