MOVE3 reduz 33% das devoluções com práticas sustentáveis

Com práticas sustentáveis incorporadas desde 2021, o Grupo MOVE3 registrou queda da taxa de insucessos para o e-commerce de 3% para 2%, diminuição de 33% no primeiro trimestre deste ano. As entregas sustentáveis foram ampliadas na malha, com mais 31.821 quilômetros abarcados por práticas ambientalmente adequadas.

Cerca de 32% das 500 mil entregas diárias feitas pela holding em todo o país, incluindo os 540 franqueados, são realizadas por alternativas ambientalmente adequadas. “Ano a ano ampliamos as ações ESG, buscando mecanismo para mitigar e neutralizar nossas emissões de carbono, em arranjos que viabilizam a chegada das encomendas ao consumidor final da maneira menos impactante possível para o meio-ambiente”, disse Guilherme Juliani, CEO do grupo MOVE3.

Tornar a última milha mais sustentável é um dos desafios do grupo para este ano – algo que se reforça nas empresas de logística. Para isso, a frota da holding inclui 250 veículos elétricos, entre caminhões, motos e bicicletas.

“Para que essa dinâmica funcione bem, as dark stores, que são os centros de distribuição que se destinam às encomendas online, têm papel fundamental”, explicou Juliani. “Elas funcionam como hubs de armazenamento nos raios próximos das regiões de maior demanda, diminuindo e tornando mais veloz o trajeto até o consumidor final.”

A centralização nas dark stores também viabiliza que boa parte das entregas sejam feitas de modo ainda mais sustentável: em bikes comuns ou a pé. “No e-commerce, 70% são pequenos pacotes, o que viabiliza essas duas soluções. Em ambas, é importante que o gestor priorize as rotas mais curtas. Assim otimiza os ganhos e o tempo de deslocamento”, disse o CEO.

Outra ferramenta sustentável em plena expansão são os lockers, armários instalados em locais de grande circulação de pessoas nos quais o operador logístico deixa a mercadoria e o comprador a retira usando um QR code. Já os pontos de retirada são outra estratégia verde, uma vez que funcionam em lojas de comércio e serviços, como padarias, papelarias e lavanderias cadastradas para o cliente poder retirar o produto. Os donos desses estabelecimentos ganham atraindo mais consumidores para sua loja.

“Nosso carro deixa, por exemplo, 100 pacotes, em um locker ou ponto de entrega e não precisa rodar para ir a esses 100 locais. É menos carbono na atmosfera e menos trânsito”, explicou Juliani. Atualmente, a MOVE3 possui uma rede nacional de pontos de entregas e lockers no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Quando as distâncias são maiores e as cargas mais pesadas, a eletrificação da frota aparece, cada vez mais, como a melhor opção. Além de poupar recursos, os veículos elétricos têm a tecnologia como fundamento. “Os caminhões elétricos, por exemplo, têm três vezes mais tecnologia embarcada do que os concorrentes a diesel e entregam monitoramento preciso”, ressaltou Juliani.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/move3-reduz-33-das-devolucoes

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Venda digital perde fôlego e varejistas seguram despesas

Projeção de expandir 8% cai para 5% no ano; plataformas cortam custos e tiram benefícios do cliente.

“O Mercado Livre entregava com frete grátis se a compra [de supermercado] chegasse a R$ 79 ou mais. Agora [o valor] é R$ 199”, desabafava no Twitter, dias atrás, um dos clientes da plataforma, Gabriel Belusio. “Finalmente um cupom de frete grátis na Shopee sem preço mínimo”, comentava na sequência a consumidora sob o pseudônimo “Ash”, na última quinta-feira, data de um evento da Shopee no Brasil. O que se vê nas últimas semanas nas redes sociais, em centenas de mensagens sobre as ações das plataformas, é só um dos reflexos da mudança no ambiente do mercado digital no país.

O “boom” do comércio eletrônico após a pandemia perdeu força rapidamente neste ano, os custos logísticos e de mídia têm subido, e esse ciclo negativo já atingiu o consumidor que se acostumou, após a euforia nas vendas de 2020, a benefícios e vantagens na hora da compra. Esses ganhos vêm sendo revistos na busca dos grupos por maior eficiência.

Essa pressão cresce mais com a inesperada queda nas vendas no comércio eletrônico neste ano, com os primeiros recuos em abril (-6,4%) e maio (-1%), segundo dados de vendas mensais da empresa de pesquisas MCC/Neotrust. Era projetado desaquecimento, dizem analistas, mas não recuos seguidos. E isso ocorre não só pela base de comparação forte de 2021 e a volta do comércio nas lojas, mas há efeito da perda de renda e alta inflação nos preços. Americanas, Mercado Livre, Magazine Luiza e Via vêm crescendo em ritmo menor neste ano frente a 2021. A Shopee estaria mantendo ritmo pela base de vendas menos madura.
Nos últimos dias, o Valor reuniu junto a executivos e especialistas exemplos de alterações em políticas nas empresas, que podem afetar projetos e investimentos no ano. Por exemplo, aumentaram os valores mínimos de gastos em compras, definidos para obter entrega gratuita ou descontos. E parou de subir o peso da venda com frete grátis dentro do bolo total.

“Pelas nossas pesquisas, esse frete gratuito já se estabilizou no ano e não duvido que caia dentro do total no segundo semestre”, diz Fabrício Dantas, CEO da Neotrust. “É outro cenário hoje frente a 2020 e 2021. Está difícil estimar para frente, mas decidimos rever nossas projeções com a queda recente nas vendas”.
A estimativa no começo do ano era de uma alta no faturamento on-line de 8%, diz Dantas, e se espera agora crescer 5%, para R$ 169 bilhões. São R$ 8 bilhões a mais em vendas (mas quase R$ 5 bilhões a menos do projetado antes). Em valor, é a menor adição à base total desde 2019.

“Esperamos uma reaceleração do GMV [vendas pelas plataformas] no terceiro trimestre, porém mais lento. A expansão de 20% ao ano até 2025 caiu para 16%”, disse, dias atrás, em relatório, Daniel Federle, analista do Credit Suisse.
Esse cenário leva a revisões de prioridades nos grupos e afeta a relação com o cliente, apesar de eventual esforço para não cair o nível do serviço.

Desde o início do ano, grandes “marketplaces” como Renner, GPA, Magazine Luiza e Via falam em ser mais “racionais” na estratégia, com atenção maior à rentabilidade. “Temos sido muito acionados para ajudar a rever alguns processos. Não faz mais sentido ficar ‘comprando’ cliente digital a qualquer CAC [sigla de custo de aquisição de cliente], e sem conseguir diluir isso, pelos níveis baixos de venda”, diz Luciana Batista, sócia da consultoria Bain & Company.
“ Há análises sendo refeitas em investimentos, por exemplo, em ‘dark- stores’ [lojas que estocam produtos para entrega on-line] e sobre a real eficiência dos mini-hubs no país [pontos com ampla área de estoque]”, diz. “Será que vale mesmo abrir três ‘dark-stores’ no ano, com custo por metro quadrado alto, para a entrega a clientes num prazo mais curto, se o cliente da região aceita receber em prazo maior? Outro ponto tenho lojas com estoque que cobrem as entregas on-line em 75% da área, por que investir em mais mini hubs? Há projetos que estão ficando em stand-by ”, afirmou.
O comando da Petz disse, a analistas em maio, que fez “ajustes táticos”. “Havia alguns incentivos que a gente dava em programa de fidelidade, ou de descontos para ‘ship from store’ [venda on-line de estoque da loja], que não necessariamente traziam todo o benefício versus, eventualmente, a gente fazer um investimento maior no ‘Minhas Ofertas’ [no app próprio da rede ]”, disse a vice-presidente financeira, Aline Penna. “Estamos focando mais os investimentos em ‘pricing’, naqueles programas que nos trazem mais retorno”.
Em relatório na semana passada, analistas do Credit Suisse citam que a Vtex, fornecedora de tecnologia a empresas on-line, adotou uma postura mais conservadora neste ano depois que “começou a notar um crescimento mais fraco na sua base de clientes, em adição a uma implementação mais lenta de projetos em andamento”, diz o informe. Sobre a questão, a Vtex diz que cresce acima da média e vem gerando valor a seus clientes.

Fornecedora de serviços ao comércio eletrônico, a Infracommerce diz que “há clientes falando em segurar um pouco mais novos projetos”, segundo o vice-presidente de finanças Fabio Bortolloti.
Outra iniciativa envolve um aumento de investimento nas ações de marketing nos apps e sites das plataformas, e uma racionalização maior dos incentivos em buscadores, após a alta na inflação dos “cliques” entre 2020 e 2021. Empresas pagam se a venda é oriunda dos buscadores, como Google. “Essa é uma das maiores despesas dessas empresas digitais e a mais fácil de ser mexida. Como se trata de uma compra de mídia de performance, ela é fundamental hoje, mas há maior flexibilidade em ajustá-la”, diz Marcelo Tripoli, fundador da agência digital Zmes.

Ainda aumentaram as ações para incentivar a venda pelo sistema de retirada da compra on-line na loja. “Com o combustível caro, tem rede dando um agrado para fazer o cliente pegar o item na loja. A cada retirada, posso diminuir a minha rota de entrega. Além disso, o subsídio ao frete vem caindo, a depender do perfil do comprador”, diz um executivo da área de moda.

Nas últimas semanas, algumas medidas que afetam o consumidor vêm se tornando públicas, como a decisão do Mercado Livre de subir, a partir do dia 7 de junho, de R$ 79 para R$ 199, o valor mínimo para obter frete grátis na compra de itens de supermercado. Isso tende a diminuir o subsídio da empresa ou dos lojistas aos clientes.

Aos lojistas, a empresa disse em comunicado que está “reduzindo custos para que [o vendedor] possa baixar seus preços na seção”. Em receita, o Mercado Livre cresceu 63% no Brasil de janeiro a março, abaixo do ritmo dos trimestres anteriores, mesmo cenário visto no Magazine, Via e Americanas – efeito da base de comparação e da menor demanda, dizem analistas.
Na Shopee, consumidores já vêm mencionando em redes sociais há meses a política mais restritiva na concessão de benefícios. Em maio, ela aumentou, de R$ 20 para R$ 29, o preço mínimo para o cliente ter acesso ao frete grátis. A empresa cita, em balanços trimestrais globais, perda menor nas entregas no Brasil. “O dinheiro ‘enxugou’, e mesmo plataformas estrangeiras vêm adotando uma racionalização maior” diz Gabriel Lima, CEO da consultoria Enext.

Também existe hoje no mercado uma nova onda de repasses de custos aos lojistas, iniciada no fim de 2021. São medidas para absorver custos financeiros e operacionais maiores no ano. O Mercado Livre aumentou de até cinco dias para oito dias o prazo de pagamento a lojistas nas vendas feitas pelo Mercado Envios (para itens novos e vendedores com boa nota na plataforma). Ou seja, o valor ficará mais tempo com a companhia. Para itens usados e lojistas sem reputação, serão 12 dias.

A mudança vale a partir do dia 20. O parcelamento de vendas acima de R$ 500 também caiu de 12 vezes sem juros para 10, desde o dia 30 de junho, na categoria “premium”. Isso reduz custos de financiamento da empresa, em tempos de juros altos. Procurada, a companhia diz que são “ajustes em sua política de custos em função do cenário econômico” e isso afeta serviços como frete e formas de pagamento. Afirma que são atualizações necessárias para seguir com o objetivo de oferecer um melhor ecossistema de negócios.

O Valor já antecipou na semana passada que, desde a sexta-feira, a Via parou de antecipar o pagamento a lojistas de maior porte em seu “marketplace”. E após o dia 13, o Magazine Luiza passa de 16% para 18% a taxa cobrada do lojista que quiser receber o valor de sua venda à vista, na maioria das categorias de sua plataforma.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/07/11/venda-digital-perde-folego-e-varejistas-seguram-despesas.ghtml

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Varejistas brasileiros veem inovação em logística como forma de driblar concorrentes asiáticos

Diante do avanço que empresas como Shein, Shopee e AliExpress têm feito no mercado nacional, empresas brasileiras se deparam com a necessidade de reduzir custos e flexibilizar as vendas.
Segundo a pesquisa Webshoppers, da NielsenIQ|Ebit e Bexs, em 2021, 56% dos consumidores no país compraram pela Shopee, 21% pela Shein e 44% pela AliExpress. O mesmo levantamento aponta que 68% das pessoas adquiriram produtos importados no último ano e 71% afirmaram que pretendem continuar comprando online fora do Brasil. Esse cenário deflagra o aumento da concorrência dos varejistas brasileiros contra as plataformas asiáticas.

Diante disso, as empresas nacionais começaram a adotar estratégias logísticas para diminuir os custos e ganhar flexibilidade nas vendas. Alguns exemplos são as dark stores, bem como o modelo de ship from store.

Em contrapartida, as companhias asiáticas estão apostando em diminuir a maior queixa do público brasileiro: o tempo de entrega das compras. Por isso, as plataformas passaram a investir em centros de distribuição, por exemplo.

Segundo o CEO do Grupo MOVE3, Guilherme Juliani, diante do atual contexto de crise, as empresas tradicionais podem investir em novas modalidades de entrega e na automação de seus processos por meio da tecnologia. “Começar a ter em seu radar tecnologias como BigData, veículos elétricos, inteligência artificial e robótica”, exemplifica, acrescentando que esse tipo de investimento, embora não visto como essencial, é o que confere diferencial à empresa e fideliza o cliente.

Atualmente, a Moove+, empresa do grupo, oferece serviços de logística de armazenagem e distribuição de produtos por meio de entrega rastreável, centros de distribuição em centros urbanos, entre outras soluções. O gerenciamento de estoques e pedidos, por exemplo, é realizado por meio do Sistemas WMS de Gestão de Armazenagem com relatórios e controles online que permitem o acompanhamento de toda a trajetória de distribuição em tempo real, inclusive por meio de dispositivos móveis. Para as entregas, conta com o atendimento das franquias Flash Courier presentes em todo o território nacional, com mais de 400 unidades.

Parte dessas estratégias surgem em meio ao pós-pandemia, em que o varejo abraça a transformação digital, com os consumidores em busca, cada vez mais, de conforto e praticidade. Dessa forma, a adoção de produtos inovadores oferecidos por startups pelas empresas tradicionais possibilita a criação de novos mercados e a incorporação de macrotendências no ramo da logística e do e-commerce, o que gera também facilidades para o cliente.

“Estamos implantando várias funcionalidades automáticas na nossa logística como PUDOs (Pick Up & Drop Off), lockers, correções automáticas de endereço e contato via chatbot para que o destinatário do serviço possa se auto servir e escolher a melhor opção de entrega, sem que o embarcador precise fazer contratos com diversas empresas e preparar integrações. Com isso, tornamos nosso ambiente logístico completo e de fácil contratação para nossos clientes.” – Guilherme Juliani, CEO do Grupo MOVE3.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/varejistas-brasileiros-veem-inovacao-em-logistica-como-forma-de-driblar-concorrentes-asiaticos

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Dark stores chegaram com força e estão diminuindo o tempo de entrega

O que o cliente quer, afinal? Interação com o varejo, ser fiel e experiência de compras real time.

As lojas escuras (ou dark stores) estão ajudando os varejistas no desafio de entregar no menor tempo possível de forma econômica para alcançar mais clientes. Isso é fazer do limão (lojas tradicionais) uma limonada, dark stores.

Os modelos de entrega rápida estão evoluindo a cada dia. Varejistas que usam serviços de entrega rápida, no modelo dark stores (DS) relatam que conseguiram diminuir o tempo de entrega de 60 minutos para 15 ou até 10 minutos.

Onde não cabe uma loja física, cabe uma dark

A Covid-19 mudou o cenário do consumidor. A lenta transição do gerenciamento de crises para a recuperação econômica prova que meses de medidas de bloqueio e quarentena alteraram a forma como as pessoas fazem compras.

Uma nova pesquisa mostra que 49% das pessoas estão principalmente focadas na disponibilidade do produto – bem à frente do preço (36%) e da qualidade (34%), que eram as duas principais preocupações antes da pandemia.

Lojas físicas se tornaram digitais para manter seus negócios à tona. De fato, o comércio eletrônico global se tornou uma indústria de 26,7 trilhões por causa da Covid-19.

Uma tendência de comércio omnicanal, compre online, retire na loja abriu caminho para um crescimento de 195% ano a ano, com 60% dos varejistas dos EUA adotando rapidamente essa estratégia.

A Forbes apelidou as lojas escuras de “o futuro do varejo pós-pandemia”. Isso significa que os consumidores não voltarão ao seu comportamento de compras pré-pandemia tão cedo?

Parece improvável. À medida que avançamos lentamente para a recuperação econômica, as coisas ainda estão melhorando para o comércio eletrônico. Basta olhar para estes números:

  • 78% dos consumidores valorizam a conveniência mais do que antes da pandemia;
  • 45% dos compradores preferem a conveniência ao preço ao fazer uma compra;
  • Do outro lado do Atlântico, 90% dos compradores do Reino Unido que usaram “clique e retire” com mais frequência desde o surto continuarão a fazê-lo assim que todas as restrições forem levantadas.

As dark stores servem como centros de microatendimento que suportam escalabilidade e expansão. Os clientes em áreas próximas e até mesmo distantes podem contar com os varejistas para atender às suas necessidades. Os proprietários de empresas de varejo e comércio eletrônico podem segmentar públicos com preferências específicas de opções de entrega, como:

  • Recolha de calçada
  • Retirada na loja
  • Entrega em domicílio

Custos reduzidos

Em geral, as lojas escuras são mais acessíveis para gerenciar do que suas lojas de varejo. Não vale a pena gastar dinheiro com estética. Você não precisa se preocupar com o design e o layout da loja para impressionar seus clientes – eles não verão seus interiores em primeiro lugar! Tudo o que você precisa é criar um design prático para garantir que tudo esteja acessível para sua equipe.

Maior eficiência

Com sua equipe tendo a palavra para si, o processo fluirá muito mais suavemente. Eles podem realizar seu trabalho com erros mínimos e eficiência máxima. Não é de surpreender que as lojas escuras processem e enviem pedidos mais rapidamente.

Dark stores, Covid-19 e o futuro do varejo pós-pandemia

A vantagem das lojas escuras é que você pode selecionar produtos no site ou aplicativo móvel e esperar que o correio chegue e os entregue a você. Você pode imaginar como isso é útil durante a pandemia.

Aqui estão alguns dos benefícios:

  • Os varejistas não operam em áreas com tráfego intenso de pedestres, como shoppings ou ruas principais.
  • Os clientes podem colocar as mãos nos produtos em 24 horas (às vezes até menos de uma hora), agilizando o processo de atendimento do pedido.
  • Além da entrega em domicílio, as novas lojas escuras oferecem aos clientes a opção de retirar suas mercadorias sem o incômodo de ter que pagar as taxas de envio.
  • É uma ótima maneira de os supermercados garantirem a qualidade dos alimentos, porque os produtos podem ser entregues sem demora.

Vários especialistas em varejo acreditam que essa tendência está apenas começando. No entanto, espere alguns desafios ao longo do caminho. Talvez você não precise se preocupar com branding, design e processos na loja, mas isso não significa que as coisas serão tão simples.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/dark-stores-entrega/

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Quick commerce: 95% dos consumidores gostariam de reduzir os prazos de entrega

Depois de analisar o comportamento dos consumidores no mobile commerce, a segunda parte da pesquisa do Capterra, plataforma líder mundial de avaliação e seleção de software para empresas, foca nos serviços rápidos de entrega, também chamados de quick commerce.

Com prazos mais curtos, quick commerce já é realidade no Brasil

Em um país com as dimensões continentais como o Brasil, a logística pode parecer um entrave para o comércio eletrônico. Um exemplo é a Black Friday de 2021. Mal havia começado o evento e a principal reclamação na plataforma Reclame Aqui estava relacionada à entrega de produtos, já que muitas empresas passaram a oferecer prazos bastante curtos (e inalcançáveis).

O fato é que o consumidor espera seus pedidos entregues “para ontem”, conforme mostra nova pesquisa do Capterra, que entrevistou 1.063 pessoas de todo país para entender suas expectativas sobre o processo de entrega rápida de suas compras, em torno do conceito de quick commerce —confira a metodologia completa no final do texto.

Não alheias à realidade estão as grandes varejistas que já se empenham em oferecer entregas rápidas, inclusive batalhando pelo uso do slogan de “entregas mais rápidas” do Brasil.

Para ganhar mais agilidade no tema de logística e fazer entregas mais rápidas, a Amazon, por exemplo, inaugurou três centros de distribuição no país em apenas dois meses, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.

Além disso, o setor logístico também se mostra empenhado em atender às demandas dos consumidores. Por exemplo, o Brasil registra atualmente 19 startups consideradas unicórnios, sendo que três delas atuam na área de logística.

Apesar disso, o esforço realizado tem sido suficiente? Qual a expectativa dos consumidores acerca das entregas online? Veja os dados da pesquisa para entender o comportamento dos consumidores.

O que é o quick commerce?

Também conhecido pelo acrônimo q-commerce, o quick commerce é uma modalidade de comércio eletrônico em que o tempo de entrega é o protagonista das transações. Tratam-se de processos de entregas mais rápidos e ágeis que deixam de acontecer em dias para serem efetuados em horas, se possível.

Para essa estrutura se tornar realidade, emprega-se estruturas com foco em agilidade: entregas sob duas rodas (em bicicletas ou motos), armazéns estrategicamente organizados e posicionados, além do uso de “dark stores” —galpões destinados apenas ao armazenamento, separação e envio dos pedidos dos clientes. Outro importante fator é que as operações podem ser executadas 365 dias por ano, durante 24 horas, nos sete dias da semana, para atender os consumidores mais apressados.

Nesse sentido, empresas buscam estratégias para se tornar mais eficientes e reduzir o prazo de entregas. O Mercado Livre inaugurou um centro de distribuição na Grande São Paulo para itens de grande porte com o objetivo de reduzir para um dia o prazo de entrega na capital paulista –atualmente esse número varia entre 3 e 10 dias.

Já a Rappi lançou o serviço de entregas chamado Rappi Turbo, que promete entregas em até 10 minutos para produtos de conveniência, que ficam armazenados em suas próprias dark stores.

Consumidores querem entregas em até dois dias

Consumidores estão mais imediatistas em relação ao prazo de entrega das suas compras online. Isso porque a maior parte dos entrevistados (49%) declarou que a rapidez é o item mais importante na entrega dos seus pedidos, superando inclusive questões como preço.

Com q-commerce, rapidez é mais importante que preço

No entanto, de nove categorias de produtos analisadas pelos entrevistados, para cinco delas os respondentes disseram que a entrega demora mais de cinco dias para chegar, conforme demonstra o gráfico a seguir.

Maioria dos produtos são entregue em mais de 5 dias

Obviamente o tipo de mercadoria e sua finalidade influencia diretamente no tempo de entrega.

Enquanto os produtos de casa e decoração, que podem incluir utensílios grandes, são os que mais demoram para chegar na casa dos clientes (43% disseram que esse tipo de produto costuma ser entregue em mais de 5 dias), os medicamentos e produtos farmacêuticos são os que chegam com maior rapidez —34% dizem que eles costumam ser entregues em menos de uma hora.

Sendo assim, os resultados levantados pelo Capterra mostram que, nas compras online, expectativa e realidade parecem não caminhar juntas, e isso fica evidente especificamente por dois fatos:

  • Quase a totalidade dos entrevistados (95%) relatou que gostaria de reduzir os prazos de entrega.
  • Na análise do período de entrega aceitável para cada tipo de produto, a maioria dos entrevistados sinalizou que espera que seus pedidos sejam entregues entre um e dois dias úteis.

Em relação à última informação, as únicas exceções foram medicamentos e produtos farmacêuticos –para este tipo de produto, a maioria espera que chegue em menos de uma hora–, e produtos fitness que, na maior parte dos casos, não são comprados de forma online.

Metade quer entregas de supermercado em até uma hora

A crise de COVID-19 tirou as pessoas das prateleiras de supermercados e as levou a fazer compras em páginas web. Este hábito de consumo parece ter se consolidado porque, mesmo com a flexibilização do distanciamento social, as pessoas esperam entregas rápidas para supermercados. As compras de supermercado pela internet foram uma das categorias que mais cresceram na pandemia –o número de pessoas que fez pedido online em supermercados saltou de 9% em 2019 para 30% em 2021.

Depois de medicamentos e produtos de farmácia, a segunda categoria que as pessoas esperam entregas ultra rápidas, em menos de uma hora, são os produtos de supermercados. Um a cada dois entrevistados acham aceitável que sejam entregues em menos de uma hora. Os itens de supermercado incluem produtos de açougue, hortifrutis e empórios.

Embora os números possam parecer pouco realistas, as empresas tentam se adaptar às demandas. Grandes supermercados se organizam para acelerar entregas. Por exemplo, a plataforma de entregas Rappi, fez parceria com os supermercados para realizar suas entregas, entre eles, o Mambo em que passou a prometer entregas em até 10 minutos para uma de suas unidades na capital paulista.

Outro exemplo foi o fortalecimento de supermercados digitais, com foco em entregas rápidas. A plataforma Shopper recebeu duas rodadas de investimento em 2021 para impulsionar sua expansão. No mesmo caminho, a plataforma de supermercado online Daki, que oferece entregas em 15 minutos, tornou-se o novo unicórnio brasileiro com apenas 10 meses de existência.

Estimativa de entrega influencia nos pedidos de delivery em restaurantes

No estudo do Capterra, 85% dos entrevistados disseram que fazem pedidos online para entrega de comidas e bebidas.

De acordo com a maioria dos entrevistados (69%), o prazo aceitável para este tipo de transação é de 30 minutos a 1 hora. Em seguida, um quarto dos entrevistados defende que seus pedidos de comida deveriam ser entregues em menos de 30 minutos.

Quick commerce em restaurantes: como cada item influencia na entrega

Na avaliação do estabelecimento onde compram bebidas e comidas online, 81% dos entrevistados disseram que o tempo estimado de entrega influencia muito. Ainda sobre questões logísticas, para 63%, as informações de rastreamento possuem muita influência.

Entretanto, embora as questões logísticas tenham um peso importante, a avaliação de um restaurante é mais influenciada pela qualidade da comida e bebida, já que 87% dos entrevistados disseram que esse fator tem muita influência.

Maioria vê relevância em entregas no mesmo dia

O lançamento de serviços como Amazon Prime deu visibilidade às entregas rápidas. Também chamadas de same day delivery, no estudo do Capterra, a maior parte dos entrevistados (73%) disse acreditar que a modalidade de entrega no mesmo dia é relevante.

Para algumas pessoas, inclusive, este é um fator que as levaria a deixar de comprar em uma loja. Por exemplo, as pessoas entre 26 e 35 anos, também denominadas como geração millennial, são as que estão mais propensas a não comprar em uma loja que não oferece entregas no mesmo dia.

Millennials são os mais influenciados por quick commerce

Atualmente, 38% disseram pagar por um serviço premium que dá mais rapidez às entregas de seus pedidos. Dos que pagam, 8 em cada 10 disseram que estão satisfeitos com o serviço e pretendem continuar pagando por ele.

Já aqueles que não pagam pelo serviço, pouco mais da metade dos consumidores (51%) acham o preço muito alto desses serviços.

Clientes querem entregas rápidas, mas não pretendem pagar a mais por elas

Embora sejam entusiastas das entregas no mesmo dia, a maioria dos consumidores não está disposta a pagar a mais, em nenhum tipo de produto, para recebê-lo no mesmo dia.

No entanto, na categoria de eletrônicos, é relativamente expressiva a quantidade (50%) daqueles que topam pagar entre 5% e 10% para receber rapidamente seus produtos.

Quanto a mais as pessoas topam a pagar por produtos dentro do q-commerce

No outro extremo, os produtos que as pessoas estão menos dispostas a pagar mais para receber com rapidez são cosméticos e produtos fitness —ambos registraram uma cifra acima de 50%.

Atualmente, somente 25% dos entrevistados disseram que estão dispostos a deixar de comprar em uma loja que não oferece entrega no mesmo dia. Apesar de a maioria não deixar de comprar por esse motivo, ainda assim é importante ter em mente que as pessoas buscam agilidade na entrega de seus pedidos.

Decisão de compra também está atrelada à logística

O nível de satisfação com uma loja é muito influenciado pelo serviço de entrega, de acordo com a maior parte dos entrevistados (56%).

Na seleção de um fornecedor, quase dois terços dos entrevistados (64%) são influenciados em algum grau pelo tempo de entrega oferecido por uma loja.

Ainda assim, o principal problema com as entregas das compras são as altas taxas de frete (38%), e, em seguida, os atrasos na entrega (26%).

Com pandemia, consumidores esperam pagar menos pela entrega dos pedidos

A guinada das empresas ao oferecimento de serviço q-commerce parece ter sido impulsionada pela pandemia, que influenciou mais pessoas a comprar online. Segundo a pesquisa do Capterra, 66% compram mais em lojas online atualmente do que costumavam comprar antes da crise sanitária.

Antes do COVID-19, 72% costumavam comprar online mais de uma vez por mês. Após março de 2020, quando houve a disseminação do coronavírus, 90% passaram a fazer compras online mais de uma vez por mês.

Em relação à expectativa com logística, 41% disseram que ela mudou com a pandemia, pois passaram a esperar pagar menos pela entrega dos produtos. Em seguida, 40% passaram a esperar que os produtos cheguem no mesmo dia.

4 importantes pontos para a criação de um sistema de entregas rápidas

Não apenas grandes redes de supermercado fortaleceram sua presença online. Pequenos e médios mercados também tiveram que modificar a operação para abocanhar os clientes digitais. Pesquisa da Sincovaga mostra que, dos mercados que aumentaram as vendas na pandemia, 63% dos estabelecimentos registrou alta com venda online. Para criar uma operação online para mercado é necessário:

1. Recebimento de pedidos

Crie um canal para receber os pedidos online de seus clientes. Através de softwares para criação de sites, você poderá criar uma versão online da sua loja ou restaurante. Se quiser oferecer mais um tipo de canal para atendimento, vale a pena considerar a criação de um aplicativo próprio –plataformas low code tornam mais acessível o desenvolvimento. Contas de redes sociais também são uma opção para a criação de uma operação online.

Outra maneira de receber os pedidos de seus clientes é por meio de uma conta WhatsApp  Business, em que os pedidos podem ser feitos via chat.

2. Administração de pagamentos

Para finalizar as compras, é possível tramitar as transações por meio de sistemas de pagamentos, que ajudam a processar vendas por cartão de crédito, por exemplo. Segundo pesquisa do Capterra, o cartão de crédito ainda é o principal método escolhido pelos brasileiros para pagar suas compras, no entanto, não há como ignorar outros potenciais métodos, como PIX e cartão de débito.

Além disso, dependendo do suporte que você escolher para levar a sua operação online, será necessário pensar em outros métodos de recebimento. Por exemplo, sistema de pagamentos por celular pode ser relevante em uma operação focada em dispositivos móveis.

3. Expedição de mercadorias

Uma das partes críticas para a criação de uma logística rápida é um bom serviço de separação e expedição de mercadorias. A boa organização do estoque é o primeiro passo. É possível realizá-lo manualmente, mas ferramentas como software de gestão de estoque e sistema de controle de estoque ajudam no gerenciamento de pedidos ao permitir um rápido rastreamento de mercadorias, também emitindo relatórios que ajudam a reposição do estoque.

Software de código de barras também ajuda na eficiência do inventário e, no caso do software de impressão de etiquetas, a emissão de etiquetas dá agilidade no processo de embalagem de mercadorias.

4. Organização da entrega

Para montar um sistema de entrega a domicílio é necessário decidir entre a criação de uma frota própria ou uso de aplicativos de entrega.

No caso da frota própria, além da aquisição de veículos e contratação de funcionários, é importante usar ferramentas que tornem a entrega mais eficiente. Por exemplo, sistemas de roteirização e softwares de gestão de entregas ajudam na criação de uma rota mais inteligente, inclusive quando inclui diversas paradas. Já programas rastreadores de GPS e sistemas de gestão de frotas colaboram com a administração e manutenção dos veículos utilizados na entrega.

Para dar visibilidade aos consumidores acerca do seu pedido, vale a pena usar software de rastreamento de entregas, que ajuda a mantê-los informados.

No caso da escolha de aplicativos de entrega, além de administrar o serviço de delivery, essas plataformas administram o fluxo de usuários, a distribuição entre entregadores e o sistema de pagamento mediante a cobrança de uma taxa. Neste caso, é importante avaliar qual empresa oferece as melhores condições para o seu negócio.

Na escolha da melhor opção logística, tenha em mente que atualmente o grau de sustentabilidade de uma empresa influencia a escolha dos consumidores por uma marca. Portanto, é importante considerar o uso de entregas sustentáveis.


Metodologia

Para reunir os dados presentes neste estudo, o Capterra realizou um levantamento online entre os dias 7 e 9 de novembro de 2021. Na ocasião, foram ouvidos 1.063 consumidores que costumam comprar online, com mais de 18 anos e de todas as regiões do país (com 50% dos entrevistados do sexo feminino e 50% do sexo masculino), pertencentes a diferentes faixas de renda. Os resultados são representativos da pesquisa, mas não necessariamente da população como um todo.

Fonte : https://www.capterra.com.br/blog/2365/quick-commerce

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‘Corrida maluca’ na logística: quem vai entregar mais rápido?

Uma semana? Um dia? Na mesma hora? Todos os consumidores querem receber o produto o mais rápido possível. E todo lojista quer proporcionar a melhor experiência a seus clientes. O boom de vendas no e-commerce vivenciado no último ano abriu os olhos de muitas companhias para a necessidade de serem reconhecidas como “a mais rápida de todas” ao entregar. Quem se beneficia dessa corrida é o consumidor. Se alguns anos atrás a “guerra” travada por e-commerces era a de quem mais conseguia oferecer o frete grátis, agora ostenta aquele que entregar mais rápido.

A entrega mais rápida, no entanto, é um assunto complexo e delicado, que depende não só da determinação e do investimento das empresas, mas também de uma infraestrutura robusta e bem organizada.

A disputa ficou tão acirrada que em julho deste ano o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) mandou Mercado Livre e Magazine Luiza provarem quem tinha a entrega mais rápida. Ambos os varejistas fizeram propagandas com o slogan. Ao final, o órgão entendeu que o Magalu tinha o direito da glória.

“Sempre que falarmos de logística, vamos nos basear em três pilares principais e que fazem toda a diferença para os clientes: entrega rápida, no prazo prometido (o que é qualidade de serviço) e com o menor custo. E uma coisa é fato: para se fazer logística rápida e barata, é preciso estar próximo ao consumidor. Por isso, transformamos as nossas mais de 1.300 lojas em minicentros de distribuição. É isso que significa oferecer a experiência multicanal para o cliente”, explica Luís Fernando Kfouri, Diretor de Logística do Magalu.

As estratégias da varejista de Franca não ficaram apenas na utilização de lojas físicas como centros de distribuição. A companhia investiu pesado em aquisições desde 2020. Para as entregas ultrarrápidas, o Magazine Luiza venceu a disputa com concorrentes e comprou a Sode (Soldados da Entrega) em julho deste ano, ampliando a sua malha logística com milhares de motos.

Mercado Livre também se movimenta

Não é porque o Conar avaliou que o Magazine Luiza tem direito a se posicionar como o varejista com a entrega mais rápida que o Mercado Livre, maior marketplace da América Latina, cruzou os braços.

O player segue com sua estratégia de investir alto em logística, com inaugurações de novos centros de distribuição e tecnologia de ponta. “Receber o produto em casa, de forma rápida, é um diferencial importantíssimo para a experiência de compra dos consumidores. Por isso, investimos fortemente na ampliação da nossa malha logística e no desenvolvimento de tecnologias próprias para cada vez mais melhorar os prazos dos envios e a experiência dos nossos milhões de usuários”, conta Luiz Vergueiro, Diretor de Logística do Mercado Livre.

Vergueiro explica como funciona o processo para que o produto chegue o quanto antes na porta da casa do consumidor. Atualmente, as entregas no mesmo dia estão dentro do modelo fulfillment, em que os produtos ficam armazenados em nossos centros de distribuição, e nós somos responsáveis por todo o processo logístico dos nossos vendedores, desde o estoque até a entrega ao consumidor final. Os nossos armazéns fulfillment comportam um grande sortimento de produtos, com mais de dez milhões de itens disponíveis. E toda essa estrutura é gerenciada por nós através de tecnologias desenvolvidas internamente, o que nos dá o controle de cada etapa do processo”.

O marketplace já realiza entregas no mesmo dia da compra em 50 cidades brasileiras, em até um dia para 2.100 cidades e no máximo em dois dias em 4.700 municípios do país. Ou seja, mais de 90% das entregas do Mercado Livre acontecem em até 48 horas.

Agora o normal é entregar no mesmo dia

No fim de julho, a Americanas entrou para o rol das empresas que podem afirmar que dispõem de uma entrega ultrarrápida. A companhia lançou o Americanas Delivery, que permite entregar uma seleção específica de produtos do marketplace em até 30 minutos.

A ação ainda é limitada por algumas categorias – como supermercados, farmácias, restaurantes, presentes, petshops – e cidades do Espírito Santo – Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari – além de Niterói, no Rio de Janeiro, mas tem uma proposta promissora. O desenvolvimento de uma entrega tão rápida só foi possível por causa da Shipp, plataforma de entregas rápidas com a qual a B2W firmou contrato.

A Amazon anunciou no começo de agosto que os membros da assinatura Prime em 50 cidades seriam beneficiados com a entrega no mesmo dia, independentemente do valor da compra. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e também o Distrito Federal foram os locais beneficiados.

A novidade chegou em um momento em que a fama da Amazon de entregas rápidas começou a ser ofuscada pela aproximação de outros grandes marketplaces que atuam no Brasil, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas. Hoje, os quatro dominam a dianteira nas entregas em boa parte do país.

A entrega Prime gratuita em dois dias já é realidade para 700 cidades brasileiras há algum tempo. A falta de dark stores, ou seja, lojas ou estabelecimentos que funcionem como pequenos centros de distribuição, não parece perturbar a paz da companhia.

Para Mariana Roth, líder da Amazon Prime para o Brasil, que se manifestou na época da divulgação, o essencial é garantir que o anúncio da entrega rápida só seja feito em condições em que o marketplace consiga garantir os prazos prometidos, estratégia que visa à satisfação e melhor experiência do consumidor. Entregar antes do prometido também é visto como uma surpresa bem-vinda pela companhia.

Dark Stores e agências logísticas

Outra ferramenta da entrega rápida que beneficia muito os lojistas que se aproximam da linha de chegada é a dark store. Mesmo não sendo uma regra, o uso de estabelecimentos comerciais ou pequenos centros de distribuição mais próximos do consumidor tem garantido uma experiência mais satisfatória.

Quem usa tal estratégia com êxito é a Magazine Luiza, que utiliza o conceito como um pilar da estratégia omnichannel. Luís Fernando Kfouri, Diretor de Logística do Magalu, explica que é uma forma de oferecer uma experiência mais barata ao consumidor.

“Uma dark store pode funcionar em determinadas regiões para entregar mais rápido, mas, olhando o conjunto todo, não terá a mesma eficiência de uma loja física com conceito multicanal”, alerta, no entanto, o executivo. Segundo ele, para funcionar, a dark store precisa ter sinergia com o resto da operação.

Parte dessa sinergia foi construída pela Magazine Luiza com pesados investimentos em parceiros especializados em entregas. A aquisição da Sode possibilitou à empresa usar inteligência logística para eliminar etapas do processo de acordo com as estruturas de estoque mais próximas, entre elas as dark stores, beneficiando-se também do modelo ship from store.

Já para Luiz Vergueiro, Diretor de Logística do Mercado Livre, as agências logísticas, chamadas de Agências Mercado Livre, ajudam a compor a capilaridade necessária para as entregas mais rápidas longe dos grandes centros de distribuição. Mesmo sem dark stores, o marketplace hoje realiza entregas no mesmo dia para 50 cidades. Quando o assunto é frota própria, as duas empresas parecem ter um posicionamento parecido, sendo que ambas contam com investimentos em transporte próprio e de parceiros.

Kfouri explicou que “é possível ter entregas no mesmo dia sem ter frota própria, só existe o desafio de conseguir equilibrar os três pilares fundamentais e também conseguir escalar para o país todo com qualidade”. Já Vergueiro complementou que “não é necessário ter uma frota própria para realizar entregas no mesmo dia, mas é fundamental contar com parceiros competentes no Brasil inteiro”.

Aplicativos acelerando tudo

Quem também está de olho no crescimento das vendas do e-commerce (e na corrida para as entregas ultrarrápidas) é o GPA. Para tanto, o grupo irá ampliar sua estratégia de estar onde o cliente estiver a fim de reduzir os prazos de entrega. De acordo com um documento apresentado, o cliente que fizer sua compra pelo Clique e Retire poderá retirar seus produtos uma hora após a realização do pedido nas lojas do Extra ou do Pão de Açúcar. No caso da modalidade Express, a entrega é realizada em até duas horas após a confirmação do pagamento. Nos dois casos, além da diminuição do tempo previsto para entrega e retirada, a operação foi ampliada para os domingos.

“Ao longo do segundo trimestre, fizemos significativos avanços na modalidade de entrega rápida, que já representa 33% do total de vendas online no período. Esse sólido desempenho é impulsionado pelas novas parcerias iniciadas no primeiro trimestre deste ano”, completa o documento. Isso foi possível após a ampliação da rede com a inclusão de iFood e B2W/Americanas, em adição a Rappi e Cornershop – esses últimos já operam com o GPA desde o trimestre passado.

O superapp Rappi anunciou o serviço de entregas “Rappi Turbo”. Como o nome sugere, a modalidade promete enviar produtos em até dez minutos. Para cumprir com as entregas, a Rappi hoje opera com 61 dark stores, espalhadas em bairros de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Campinas e Niterói. Até o final do ano, porém, o plano da empresa é chegar a 150 dark stores – tudo para ampliar a cobertura das entregas ultrarrápidas.

O Mercado Livre nunca teve uma ideia central de superapp, mas tem o objetivo de avançar com o propósito de democratizar o comércio e os serviços financeiros por meio do aplicativo. Aproveitando o app e toda a malha logística, o marketplace segue com a premissa de democratizar as entregas – nesse caso, utilizando-se dos envios rápidos (e precisos) para o maior número de cidades do Brasil, e não apenas para os grandes centros. Luiz Vergueiro, Diretor de Logística da empresa no Brasil, afirma que “o objetivo é oferecer, continuamente, produtos e serviços que façam parte da jornada e do dia a dia dos nossos clientes, e atuar no momento certo da compra”.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/corrida-entregar-mais-rapido/

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