FecomercioSP comemora publicação de medidas que desburocratizam a logística do e-commerce

Medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro; Entidade atua em prol deste projeto desde 2019

O ano de 2023 começa com boa notícia para os estabelecimentos que operam em diversas regiões do Brasil: a publicação dos ajustes Sinief 48, 49 e 50, no dia 14 de dezembro do ano passado, que desburocratizam a logística da comercialização digital ao desobrigar as transportadoras de emissão em papel dos documentos obrigatórios para o transporte de cargas. Desde 2019, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e o seu Conselho de Economia Digital e Inovação (CEDI) atuam em conjunto com outras entidades do setor em prol do projeto, realizando diversas mobilizações com os órgãos de fiscalização para reduzir o número de documentos impressos.

A melhoria na eficiência está atrelada à digitalização, que visa a reduzir o excesso dos documentos físicos que acompanham uma mercadoria no processo logístico – em cada operação de venda são impressos em torno de 16 documentos fiscais. É tanta burocracia no processo que as empresas chegam a gastar, ao todo, 31 dias do ano para processar todas as obrigações – e, não à toa, podem custar até 10% do faturamento do negócio, segundo simulação da FecomercioSP.

O propósito do projeto é fazer com que consumidores, varejistas e transportadores possam contar com transações mais simples, ágeis e seguras. Com a mudança, desde o dia 1º de janeiro, o Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dact-e) e o Documento Auxiliar de Manifesto de Documento Fiscais Eletrônico (DAMDF-e) podem ser apresentados por meio eletrônico.

Apesar dos ajustes, a impressão é exigida no caso de contingência, seguindo as regras do Manual de Orientação do Contribuinte (MOC). Para que o projeto fosse implementado, foi necessária a aprovação da proposta pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), colegiado formado pelos secretários da Fazenda, das Finanças ou de Tributação dos Estados e do Distrito Federal.

Mudanças

Considerando as mudanças promovidas desde o início da mobilização conjunta das entidades, o Confaz já dispensou a impressão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) nas operações realizadas em São Paulo, bem como permitiu a substituição do Danfe impresso pelo Danfe etiqueta.

Entidades signatárias

Além da FecomercioSP, apoiam o projeto a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a Associação Brasileira de Logística (Abralog), a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) e o Movimento Inovação Digital (MID).

Fonte : https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/fecomerciosp-comemora-publicacao-medidas-que-desburocratizam-logistica-e-commerce-182459

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Open Delivery: nova linguagem promete acabar com os problemas nas entregas

Tecnologia busca baratear serviço e torná-lo mais eficiente para contratantes e consumidores. Linguagem unificada promete trazer economia e qualidade para o serviços de entrega de comida em todo o Brasil.

Quem usa aplicativos para pedir comida, com certeza, já viveu situações como a da professora Cibele Andrade que, certa vez, solicitou um prato para ela e a família, pagou no cartão de crédito e não recebeu o pedido. “O entregador do restaurante sofreu uma pane na moto e não conseguia terminar as entregas e, como depois do tempo que ficou para encontrar um mecânico, também terminou ficando sem bateria de celular”, conta.

O valor do pedido foi estornado, mas a espera e frustração ficaram. Na verdade, intercorrências como essas estão com os dias contados. Pelo menos é o que propõe a chegada do Open Delivery idealizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

De acordo com o Conselheiro da Abrasel e Co-criador da primeira versão implantada Célio Salles, o Open Delivery foi desenvolvido com o objetivo de desburocratizar e facilitar a operação de delivery no Brasil. “Ele não se configura como uma plataforma, um aplicativo, um sistema ou qualquer outro tipo de ambiente digital. Trata-se de uma série de padrões que integram os softwares de gestão do restaurante com os aplicativos / marketplaces e operadores logísticos reduzindo as ineficiências na gestão do cardápio, pedidos e logística”, esclarece.

Salles explica que, como a Abrasel é idealizadora e líder, o principal papel é articular e coordenar os esforços entre todos os atores do ecossistema de food delivery com objetivo de criarem juntos e estimularem ampla adesão aos padrões que permitirão a integração de todos. “A consequência disto será uma enorme redução de ineficiências e maior conforto operacional para os restaurantes, e como reduzirá barreiras para aumento de oferta e concorrência, também proporcionará mais equilíbrio nas negociações entre restaurantes e plataformas”, comemora Salles destacando que o fato de que o Open Delivery desburocratiza e qualifica os serviços de entrega.

Código aberto

Especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores, presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), que reúne as maiores plataformas digitais em operação no país, e do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomercio/SP, Vitor Magnani explica que tudo estará um único sistema de código aberto será responsável por todos os serviços de entrega.

“Quando estiver pronto com as novas tecnologias e ferramentas, o consumidor vai pedir a refeição ou serviço normalmente, a mudança é que o Open Delivery age entre o restaurante e o aplicativo e ou site do pedido, com a padronização de cardápio, recebimento e organização de pedidos, trazendo mais agilidade e reduzindo a chance de atrasados na entrega. Sendo uma vantagem para o restaurante e o cliente”, complementa.

Vitor Magnani defende que o Open Delivery colaborará para o crescimento digital, inclusive de aplicativos e marketplaces.

Magnani assegura que o Open Delivery não comprometerá aplicativos como IFood e outras marketplaces, pois os restaurantes ainda vão poder continuar vendendo por essas plataformas. “O objetivo do Open Delivery é auxiliar no crescimento digital do segmento de bares e restaurantes para atender seus consumidores, reduzindo prejuízos e golpes”, diz o especialista, salientando que, os testes antes da utilização são fundamentais para se ter uma avaliação e continuar a utilização da tecnologia.

Para Priscila Fecchio, uma das fundadoras da Bdoo (primeira startup de tecnologia a conectar serviços logísticos ao Open Delivery), o sistema abrirá mais possibilidades para os restaurantes, principalmente aqueles 22% de bares e restaurantes que não estão em marketplaces. “Com mais opções e fornecedores dentro do protocolo Open Delivery, os restaurantes terão mais opções e poderão trocar mais facilmente seus sistemas, assim como um plug and play, se um fornecedor estiver caro demais ou não estiver atendendo aos prazos combinados, poderá o restaurante trocar mais facilmente, tornando o processo menos custoso e com ofertas de serviços mais adequadas”, defende.

Economia

Salles garante que a integração proporcionada pelo Open Delivery permite que os estabelecimentos economizem ao fazer a gestão por um único lugar, sem que eles precisem implementar diferentes esforços de desenvolvimento para cada novo parceiro integrado. “A economia nos processos de gestão por parte dos bares e restaurantes, por sua vez, impacta diretamente nos preços dos serviços de food delivery que serão adquiridos pelos consumidores finais”, reforça.

Para integrar o Open Delivery é importante que os empresários tenham um software que esteja nos padrões do sistema, possibilitando que o pedido será recebido em um único lugar, independentemente dos canais de venda de que eles vierem. “Além disso, o cardápio estará no software de gestão do restaurante. Qualquer ajuste no cardápio será enviado para os aplicativos que estejam integrados com o software no padrão do Open Delivery”, destaca o representante da Abrasel.

Salles defende que o Open Delivery estimulará um ambiente concorrencial dinâmico ao tornar mais fácil aderir e gerenciar um novo canal de vendas. “Por isso, para manter ou melhorar os resultados em relação aos concorrentes, os fornecedores precisarão investir em melhores condições de taxas e marketing, por exemplo”, diz.

Vale lembrar que o Open Delivery é um projeto da iniciativa privada que contou com 16 empresas patrocinadoras que acreditaram no projeto, inclusive a ABO20. A primeira operação oficial só aconteceu em abril desse ano, utilizando a tecnologia padrão do Open.

Fonte : https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/open-delivery-nova-linguagem-promete-acabar-com-os-problemas-nas-entregas/

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