Privalia escolhe e-fulfillment da DHL para operação de itens HomeDecor

Em comunicado, companhia destacou que operação está preparada para uma comercialização de cerca de 500 mil peças/mês, com prazo de entrega em até 48 horas.

A Privalia anunciou uma parceria com a DHL Supply Chain para a operação logística de produtos de HomeDecor. A partir deste mês, o catálogo de itens de cama, mesa, banho, enfeites, eletrodomésticos e alguns alimentos da Privalia serão processados no projeto de e-fulfillment disponibilizado na infraestrutura de e-commerce da operadora logística.

Atualmente, o hub da Privalia dispõe de 600 marcas nacionais e internacionais. No modelo de flashsale, com as campanhas promocionais, o estoque negociado fica em posse das marcas parceiras e o produto só sai para o armazém da Privalia quando é comercializado.

Assim que comercializados, os itens que compõem a categoria vão para o centro de distribuição da DHL em Barueri (SP), onde serão recebidos, armazenados, embalados e expedidos para o consumidor final. O serviço de e-fulfillment também inclui a logística reversa dos produtos.

Ao todo, a Privalia realiza entre 12 e 15 campanhas promocionais por dia em seu site/aplicativo, processando mais de 500 mil peças por mês. “Somos incansáveis em buscar soluções para garantir a integridade dos produtos, que precisam sair do estoque das marcas parceiras e chegar na casa do nosso consumidor no prazo prometido”, afirmou o COO da Privalia, Thiago do Nascimento.

PEDIDOS PERFEITOS

Segundo Nascimento, a expectativa com a parceria é aumentar o índice dos “pedidos perfeitos”. Isso significa garantir que toda a operação logística dos produtos ocorra sem nenhuma ruptura.

A vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da DHL, Gabriela Guimarães, destacou o modelo de negócio da Privalia como uma particularidade do processo. “[A Privalia] opera com um estoque baixo e de giro super-rápido, e a expectativa de seus clientes de receber o produto dentro das condições acordadas. A partir daí, oferecemos uma solução sob medida, que engloba sistemas, equipe com experiência em e-commerce e nossa infraestrutura dedicada a este mercado, com área de armazenagem e equipe especializada”, disse.

Segundo a executiva, entre os diferenciais proporcionados pela DHL está a automação das interfaces dos sistemas DHL e Privalia, o que agiliza e garante escala a vários processos intralogísticos, e o desenho “leanotimizado” do armazém. “Além do volume, esta operação foi concebida para suportar o crescimento da Privalia de forma sólida e eficiente. Neste sentido, acessar as capacidades da DHL na área de e-commerce proporciona ganhos significativos”, pontuou.

Fonte: “Privalia escolhe e-fulfillment da DHL para itens HomeDecor (mundologistica.com.br)

Download

DHL Express e Google firmam parceria para entregas aéreas com combustível sustentável

Empresa irá utilizar o serviço “GoGreen Plus” da DHL para reduzir emissões de gases do transporte logístico aéreo; SAF é produzido a partir de matérias-primas renováveis.

A DHL Express e a Google anunciaram uma parceria para utilizar o serviço DHL Express GoGreen Plus com combustível de aviação sustentável (SAF). A iniciativa inclui o envio expresso de dispositivos Google na unidade de negócios “Devices & Services” nas Américas, Ásia e Europa, e faz parte do esforço do Google para incentivar as tecnologias de descarbonização existentes no transporte aéreo de carga.

Para isso, a empresa está investindo em combustível de aviação sustentável para reduzir as emissões do transporte logístico aéreo. “O Google tem o objetivo de atingir emissões líquidas zero em todas as suas operações e cadeia de valor até 2030. Otimizar a forma como transportamos os dispositivos Google em todo o mundo é uma parte fundamental desta jornada”, afirmou o diretor de Transportes Globais da Google, Omar Molina.

O diálogo entre o Google e a DHL Express foi iniciado durante a Cúpula “Era of Sustainable Logistics Global”, realizada em abril de 2023. A Google optou por colaborar com a DHL Express em um projeto-piloto em junho passado, durante quatro meses, utilizando o SAF. O projeto levou a Google a expandir a parceria com a DHL Express e a adotar o serviço GoGreen Plus.

Lançado pela DHL Express em 2023, o GoGreen Plus utiliza o SAF para permitir que os clientes reduzam as emissões de CO2 e associadas aos envios. Atualmente, o GoGreen Plus é apoiado por três contratos da indústria: BP, Neste e World Energy.

De acordo com a empresa, o SAF é produzido a partir de matérias-primas renováveis com um perfil energético sustentável, incluindo óleo de cozinha usado, resíduos e hidrogênio. Os combustíveis de aviação ou o querosene convencional, com elevada intensidade de carbono, são derivados do petróleo bruto.

Em comunicado, a DHL afirmou que o GoGreen Plus faz parte do objetivo do grupo de atingir emissões líquidas zero até 2050. Como cerca de 70% da pegada de carbono da empresa é proveniente da sua rede aérea, soluções de transporte aéreo sustentável são importantes para a criação de operações de logística sustentáveis.

Fonte: “DHL Express e Google se unem para entregas aéreas com SAF (mundologistica.com.br)

Download

DHL apresenta seu maior centro de processamento de cargas de importação no Brasil

A DHL Express está investindo R$23 milhões em um novo centro de distribuição dentro do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A unidade irá concentrar os recebimentos para distribuição nacional e expedições internacionais para aumentar a capacidade de processamento de cargas importadas.

Iniciada no fim do ano passado, a instalação terminou no início deste ano. No entanto, o projeto ainda não foi alfandegado (depende da liberação da Receita Federal para iniciar suas atividades). De acordo com informações de Alan Falbo, diretor de operações de aeroporto Brasil da DHL, estima-se que a liberação para funcionamento ocorra em meados do próximo mês.

Maior unidade DHL no país

Com uma área de 2,5 mil metros quadrados, o espaço será o maior centro de processamento de cargas de importação da DHL Express no Brasil, e o segundo da América Latina. Sua operação será de 24 horas tanto em importação courier como de cargas aéreas. Estima-se ainda que sejam processados 3 mil encomendas por hora, já que o desembaraço aduaneiro ocorre na zona primária e com os despachantes exclusivos DHL Express.

Segundo Ives Martin Lapa, gerente de importação e exportação formal na DHL, o processo de liberação de cargas importantes hoje consome entre 2 e 3 dias. Com o novo centro de operações, esse tempo deverá reduzir bastante. “A ideia aqui é otimizar o processo a ponto de, se tudo estiver ok, o cliente receberá a encomenda importada em horas”.

Certificada e de acordo com os padrões de segurança exigidos, a DHL conta que o espaço possui mais de 176 câmeras de monitoramento, controle de acessos e alarmes para operar em conformidade com a Receita Federal. Dos produtos processados pela empresa, cerca de 10% provem do e-commerce — sua grande maioria, segundo Mirele Mautschke, CEO da DHL Express no Brasil, é oriunda do mercado B2B.

Preocupação ambiental

Para funcionar de acordo com as normas de sustentabilidade, o novo prédio revela 164 placas de painel solar, iluminação 100% LED para a noite e estrutura que propicia maior iluminação natural.

Segundo a empresa, os investimentos contribuem para uma redução de cerca de 46% no consumo de energia elétrica. Além disso, a infraestrutura conta também com captação de água para reuso, otimizando o consumo e contribuindo com a sustentabilidade.

Fonte: “DHL apresenta seu maior centro de processamento de cargas de importação no Brasil – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Download

A era da entrega rápida

Empresas investem em inovações tecnológicas e parcerias logísticas para atender às expectativas do consumidor por entregas mais rápidas e eficientes

Impulsionada pela mudança de comportamento e expectativas do consumidor, que busca cada vez mais eficiência e rapidez, a logística desempenha um papel fundamental na experiência do cliente, fortalecendo não apenas o elo comercial, mas também a confiança com a marca.  

O crescimento do e-commerce, que representa cerca de 10% das vendas totais do varejo, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), trouxe novos desafios logísticos. As opções de entrega no mesmo dia, por exemplo, exigem uma gestão eficiente de estoques e pedidos, além da integração eficaz entre lojas físicas e digitais.  

“A integração entre lojas físicas e digitais precisa ser um ponto focal para o sucesso das operações. Maximizar a utilização de instalações físicas, como centros logísticos, e reduzir custos em diversas etapas, por exemplo, permitem uma jornada de compra cada vez mais personalizada ao consumidor, viabilizando o aumento de performance e a conversão”, afirma Rafaela Rezende, general manager da Vtex no Brasil.  

Para reduzir seu tempo de entrega para até um dia útil em mais de 200 cidades, e em dois dias para mais de mil municípios, a Amazon Brasil investiu na ampliação de suas operações no País: em 2019, a empresa tinha apenas um centro de distribuição e hoje conta com 10. Também foram incorporadas 48 estações de entrega às 14 existentes em 2022.    

“Sabemos o quanto os clientes desejam ter seus pacotes em mãos de forma rápida e como fazemos o processo, desde o primeiro clique no site até o destino, é importante para a comodidade e satisfação das pessoas que compram conosco e confiam na Amazon”, afirma Márcio Neves, líder de Transportes da Amazon Brasil.  

Para ampliar suas capacidades operacionais e garantir mais eficiência e escala a suas operações logísticas, a DHL Supply Chain planeja investir 165 milhões de euros no Brasil até 2028. Esse movimento faz parte de um programa de investimentos regional na América Latina, que somará 500 milhões de euros, e visa reforçar questões-chave como a descarbonização da frota, o desenvolvimento dos ativos imobiliários e centros de armazenamento, novas tecnologias e soluções de automação.  

“O varejo e o e-commerce são áreas foco para a DHL Supply Chain no Brasil e na região, seja pela elevada demanda logística, seja pela grande transformação que vem passando, com as entregas ficando cada vez mais pulverizadas. Vamos ampliar a oferta de espaços de armazenagem localizados em pontos estratégicos, com estruturas e tecnologias de ponta na logística, o que tratará mais opções ao varejo e potencial de ganho de eficiência”, afirma Gabriela Guimarães, VP de Operações de Varejo e E-commerce da DHL Supply Chain.  

Desafios logísticos  

A diversidade geográfica do Brasil, com áreas urbanas densamente povoadas e regiões remotas e terrenos variados, cria complexidades significativas para o transporte e a entrega de mercadorias.  

Etapa final da cadeia logística, na qual os produtos são transportados do ponto de distribuição ou armazém até o endereço do comprador, o last mile é um dos principais desafios dos varejistas, principalmente nos grandes centros urbanos, com o trânsito congestionado e as restrições de circulação para determinados tipos de veículos. Somam-se a isso as mudanças climáticas cada vez mais evidentes, como enchentes repentinas e quedas de árvores, que podem impactar várias entregas em uma única região, comprometendo os prazos e a confiança dos consumidores.  

Para enfrentar esses desafios, o setor logístico adotou diversas inovações tecnológicas, como a rastreabilidade em tempo real e algoritmos de Inteligência Artificial na gestão de estoques, equilibrando a oferta e demanda, e determinando a localização ideal para os produtos.  

“Para as entregas B2C, as rotas saem com diversas entregas para uma determinada região. Caso ocorra alguma mudança climática que cause alagamento ou queda de árvores, possivelmente diversas entregas serão impactadas e clientes terão o prazo de entrega comprometido”, afirma Aline Genaro, head comercial de Logística da Infracommerce, empresa responsável pela estrutura, gestão e operação de e-commerce de grandes marcas da indústria e do varejo no Brasil. 

Diante desse contexto, a Loggi, plataforma tecnológica dedicada à logística, investe em ferramentas de gestão e controle, que fornecem informações desde o momento em que o pacote ou encomenda é colocado dentro de um veículo de coleta, nos centros de distribuição, até a etapa final. “Entendemos que a transparência nas informações é um fator importante, tanto para mostrar a qualidade do nosso serviço, quanto para estabelecer um canal de comunicação direto com nossos varejistas em relação a eventuais imprevistos. Isso é válido nas 4.200 cidades atendidas pela Loggi, o que representa 92% do PIB”, afirma Alex Félix, COO da Loggi.  

A Eu Entrego, logtech que conecta varejistas a uma rede de entregadores autônomos, desenvolveu uma plataforma que funciona por meio de geolocalização inteligente e permite a roteirização otimizada baseada em machine learning, com monitoramento em tempo real do entregador e a sincronização da coleta, com comprovante de entrega e de pagamento. 

“Desenvolvemos uma plataforma robusta e intuitiva que permite uma gestão de entregas mais eficiente. Esta plataforma utiliza algoritmos avançados para otimizar rotas, garantindo que as entregas sejam realizadas da maneira mais rápida e econômica possível”, afirma Vinicius Pessin, CEO da Eu Entrego.  

A DHL também utiliza plataformas de monitoramento a distância em redundância, segurança patrimonial e atenção via imagem das condições do motorista. 

  • Reinventando processos 

 Além das inovações tecnológicas, quando se fala em logística os varejistas também estão repensando seus processos internos. Segundo Rodrigo Catani, diretor e head de Entregas na Gouvêa Consulting, uma estratégia que tem sido utilizada para agilizar as entregas é transformar algumas lojas em mini hubs logísticos, mesmo em modelos baseados em franquias. “Isso permite uma distribuição mais eficiente dos produtos, reduzindo a distância entre o armazenamento e o ponto de entrega final”, diz.  

A implementação de sistemas de gerenciamento de pedidos, como o Order Management System (OMS), é apontada por Catani como uma ferramenta crucial. O OMS atua como um orquestrador, direcionando os pedidos por toda a rede de varejo, otimizando a localização dos produtos e seguindo as regras de negócios estabelecidas.  

Entre as inovações recentes implementadas pela Infracommerce, está o Delivery Hub, um sistema para leilão de fretes que reúne um pool de transportadoras para que o consumidor faça sua escolha levando em consideração prazo de entrega ou preço.  “É muito importante deixar na mão do consumidor a decisão sobre o frete: se ele quer pagar um valor mais alto para receber mais rápido ou escolher um custo menor e demorar mais para receber. Cada tipo de compra tem uma necessidade diferente”, afirma Aline Genaro, head comercial de Logística da Infracommerce. 

  • Parcerias para ampliar o alcance

A Amazon tem apostado em parcerias logísticas para cobrir e oferecer o serviço de entrega por todo o País, com a utilização de motos, aviões, bicicletas e outros meios de transporte. Entre as parcerias estratégicas está a Azul Linhas Aéreas, que desde novembro de 2022 ajudou no transporte de 2,5 milhões de produtos. 

A iniciativa teve início em Manaus (Amazonas), Belém (Pará) e Macapá (Amapá) e, em julho de 2023, passou a atender Porto Alegre (Rio Grande do Sul), com entregas rápidas. Em novembro, a parceria passou a cobrir a região Centro-Oeste, com rotas para Brasília (DF) e Goiânia (GO), além de Norte e Nordeste, contemplando as cidades de Recife (Pernambuco), Salvador (Bahia), João Pessoa (Paraíba), Juazeiro do Norte (Ceará), Boa Vista (Roraima), Porto Velho (Rondônia), Rio Branco (Acre) e Palmas (Tocantins). 

Outra parceria é com a Favela Llog, empresa logística especializada em entregas e distribuição de produtos em favelas e periferias, para atender consumidores de comunidades, independentemente de sua localização geográfica. “Neste ano tivemos uma expansão deste projeto e começamos a atender mais seis regiões, como Capão Redondo, Aricanduva, Brasilândia, Grajaú, Heliópolis e Carapicuíba (SP), com a rapidez e a eficiência das demais localidades”, afirma Márcio Neves, líder de Transportes da Amazon Brasil. 

Recentemente, a Loggi fechou parceria com os Correios para ampliar seu alcance e chegar a 100% dos municípios brasileiros. O serviço oferece a qualquer usuário a oportunidade de enviar pacotes usando a malha dos Correios, pagando fretes de até 45% menor do que pagariam na “tarifa balcão”. “Com este novo serviço, o usuário aproveita toda a infraestrutura e abrangência dos Correios, uma das empresas mais tradicionais e conhecidas do Brasil, com a simplicidade e economia de um processo integrado e gerenciado pela Loggi”, afirma Alex Félix, COO da Loggi. 

Acompanhamento do pedido

O acompanhamento do pedido em tempo real é um recurso valioso para otimizar a eficiência operacional. Ao monitorar cada etapa do processo, os varejistas podem identificar possíveis gargalos, aprimorar a gestão de estoque e ajustar estratégias de envio para atender às demandas do mercado. 

“Quando pensamos em compras online e seus desdobramentos omnichannel, há muita ansiedade em toda essa jornada e, portanto, as empresas precisam monitorar tudo o que acontece com o pedido para proporcionar ao consumidor a visibilidade desejada. O tracking em cada etapa do processo e a comunicação proativa são fundamentais para atender às expectativas dos consumidores”, afirma Rodrigo Catani, diretor e head de Entregas na Gouvêa Consulting.  

A Inteligência Artificial (IA) tem desempenhado um importante papel na gestão de estoques, equilibrando a oferta e demanda, e determinando a localização ideal para os produtos. Na Amazon, a IA e o machine learning são utilizados desde o momento em que os pedidos saem dos CDs ou das estações de entrega. 

“Somos uma empresa em que a tecnologia e a inovação está presente em tudo o que fazemos. O uso de Inteligência Artificial em nossas operações, por exemplo, é muito importante e está presente desde a automatização do inventário, orientando a localização e armazenamento dos produtos em nossos centros de distribuição e estações de entrega, até o transporte de mercadorias, mapeando, otimizando e planejando as melhores rotas para nossas parceiras e parceiros de entrega, considerando até fatores como tempo e condições climáticas”, diz o líder de Transportes da Amazon Brasil. 

Na Eu Entrego, a IA analisa grandes quantidades de dados e identifica as rotas mais eficientes para entrega, considerando fatores como tráfego, condições climáticas, restrições de tempo e distâncias, otimizando as rotas em tempo real para garantir entregas rápidas e eficientes.  

“Nosso maior movimento diz respeito à Inteligência Artificial, que desempenha um papel crucial nas plataformas de tecnologia logística, transformando a maneira como as cadeias de suprimentos e logística operam”, diz Pessin.  

Com a Big Data, a logtech analisa as tendências de mercado, os padrões de entrega e as preferências dos consumidores para prever as demandas futuras e ajustar os serviços. 

Na Loggi, a Inteligência Artificial é aplicada para alcançar respostas mais rápidas e eficientes que otimizam os modelos operacionais. “Estamos incorporando novas inteligências, dentro dos nossos processos. Uma das tendências mais impactantes que estamos utilizando é a IA. Desde o momento da fundação da Loggi, sempre construímos algoritmos que ajudam a alimentar os nossos modelos de machine learning”, destaca o COO. 

Todos os cross dockings da empresa, que são os centros de consolidação e separação de carga ou encomendas, possuem algum tipo de automação, como sorters, equipamentos que permitem em alta escala produtiva efetuar a separação e roteirização de pacotes, e scanners para rápida leitura e separação de cada recebimento e embarque. Ao todo, são 10 cross dockings espalhados pelas principais capitais do País que abastecem as 4.200 cidades atendidas pela Loggi. 

Um dos principais investimentos em tecnologia feitos pela DHL é o RPA (Robotic Process Automation). Já são mais de 300 robôs RPA para automatizar atividades repetitivas de back office, como geração de notas. Outra inovação é a aplicação do RFID (Radio Frequency Identification), de identificação automática por sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente com dispositivos denominados etiquetas passivas.

A empresa também está testando a tecnologia AMR (Autonomous Mobile Robot), na qual um veículo utiliza sensores e processadores integrados para movimentação de materiais, de forma autônoma e sem a necessidade de guias físicos ou quaisquer outros marcadores. “Os AMRs são tão inteligentes que podem reconhecer e, ao mesmo tempo, desviar-se de pessoas e outros objetos. Em um armazém em Cabreúva (SP), estamos rodando com robôs que utilizam tecnologia para reduzir o deslocamento do colaborador, facilitar a movimentação de carga e principalmente aumentar a produtividade sem perder qualidade”, conta Gabriela. 

Catani destaca que a utilização de drones para entregas é outra frente tecnológica em ascensão, que, além da velocidade na entrega, reduz os custos associados ao tráfego e à logística tradicional. Porém, ainda é necessário enfrentar desafios regulatórios e de segurança para uma implementação em larga escala. 

  • Revolução verde 

Impulsionado pela crescente conscientização global sobre a importância da sustentabilidade e pelas pressões para cumprir metas relacionadas às pautas ESG, o setor de logística está passando por uma revolução verde, com as empresas líderes investindo significativamente em práticas sustentáveis para reduzir seu impacto ambiental.  

“Muitas empresas estão migrando suas frotas para veículos movidos a biocombustíveis ou veículos elétricos. Além disso, a grande questão é movimentar o produto o menos possível para reduzir a emissão de CO2 na atmosfera. Quanto mais o produto tiver que “andar” para chegar ao seu destino, maior será o seu impacto ambiental”, afirma Rodrigo Catani, diretor e head de Entregas na Gouvêa Consulting.  

Com o propósito de eliminar as emissões de carbono no transporte de mercadorias em cidades estratégicas até 2030, a Amazon tem investido em frota de veículos totalmente elétricos. “Nosso investimento inicial foi de US$ 10 milhões e faz parte do projeto Laneshift, que tem como estratégia substituir os veículos de carga rodoviários por alternativas elétricas, incluindo melhorias na infraestrutura de rotas nas cidades selecionadas”, afirma Márcio Neves, líder de Transportes da Amazon Brasil. No Brasil, o projeto vai começar no Rio de Janeiro e Curitiba; na Colômbia, em Bogotá e Medellín; no Equador, em Quito; no México, na Cidade do México; e na Índia, em Bengaluru, Delhi, Mumbai e Pune.  

Outra estratégia adotada pela varejista é a parceria com a To Do Green, na qual sete unidades de última milha permitem que os pacotes cheguem ao destino final de maneira rápida, eficiente e impactando menos o meio ambiente. “Estamos falando de 100% das entregas sendo realizadas com veículos elétricos, reforçando o modelo de economia circular com base na sustentabilidade”, destaca Neves. 

A DHL começou a investir em caminhões elétricos em 2021 e hoje conta com 80 veículos. Esse projeto, inclusive, ganhou destaque global, porque mais de 50% dos motoristas são mulheres. 

Em suas operações logísticas, a Infracommerce tem buscado a redução do consumo de embalagens, aproveitando o embrulho primário nos envios, o que resulta em uma diminuição significativa do uso de materiais. “Também investimos em parceiros que tenham política de sustentabilidade, como transportadoras que trabalham na redução de emissão de CO2”, afirma Aline Genaro, head comercial de Logística da Infracommerce.  

Catani reforça que algumas empresas têm investido em centros de distribuição mais modernos, com uma infraestrutura preparada para coletar e reutilizar água da chuva, usar fontes renováveis de energia, especialmente a solar. 

Fonte: “A era da entrega rápida – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

 

Download

Tripé “tecnologia, processos e pessoas” não está fortalecido na logística, revela executivo

Gerente de Excelência e Processos da Ypê enfatizou o gap de profissionais e empresas para liderarem essa jornada; tema será um dos destaques do LogTalk, novo evento da MundoLogística.

A tecnologia sendo um fundamento das operações logísticas ao redor do mundo é um fato. Tanto é que, de acordo com publicação da DHL em fevereiro deste ano sobre as quatro tendências de logística para se observar em 2024, três são relativas à tecnologia.

Porém, também é fato que a logística é, por essência, um setor elementarmente operacional — demandando, portanto, o fator humano. E é nesse ponto que o tripé “tecnologia, processos e pessoas” ganha relevância e a atenção aprofundada dos gestores do segmento.

Segundo o gerente de Excelência de Processos da Ypê, Francisco Silva, é impossível pensar em aumento de performance sem abordar esse tripé. “Com o avanço tecnológico, profissionalização da logística em nosso país e, consequentemente, aumento da competitividade, há uma grande necessidade de desenvolvimento de processos robustos que habilitem a utilização de novas tecnologias e pessoas devidamente capacitadas para tal.”

Entretanto, de acordo com o executivo, ainda não é possível afirmar que esse tripé está devidamente estabelecido na logística brasileira. “Ao analisarmos nossas ineficiências em operações logísticas, penso que a compreensão de que esse tripe é fundamental. Porém, nem todas as empresas conseguiram investir adequadamente em ações para fortalecê-lo”, explicou.

Nesse sentido, Silva enfatizou o gap de profissionais qualificados para liderarem essa jornada, assim como de empresas com essa ideia fortalecida. “Empresas que não possuem esta ideia fortalecida tendem a perder competitividade no mercado, visto que não atenderão a padrões de níveis de serviço que estão  mais acirrados a cada dia e clientes cada vez mais exigentes.”

Portando, o gerente de Excelência de Processos da Ypê salientou a importância de os profissionais estarem alinhados a essa ideia não só para atender às expectativas do mercado, mas para crescer na carreira em logística.

“Esse tripé reflete um modelo mental de frentes que precisam ser aprimoradas para que sejamos, nós e as empresas, mais eficientes”, pontuou. “Não investir nessas frentes fará com que gaps sejam criados, trazendo impactos negativos para um plano de evolução de carreira.”

Fonte: “Tripé “tecnologia, processos e pessoas” não está fortalecido (mundologistica.com.br)

DHL Express Brasil planeja aumento de 15,5% na frota de veículos elétricos em 2024

Segundo a companhia, eletrificação da frota faz parte do plano estratégico da para atender a meta do grupo Deutsche Post de zero emissão até 2050.

A DHL Express Brasil prevê aumentar a frota de veículos elétricos de 10,5% para 15,5% do total em 2024. Atualmente, são 42 unidades entre bikes, scooters, utilitários e vans e 20 novas unidades elétricas de automóveis serão entregues nos próximos dois meses. Até 2026, a expectativa é chegar a 35% de veículos elétricos da frota.

Segundo a companhia, considerando todas as unidades de negócios da DHL, o número de veículos elétricos em todo o mundo chega a 29 mil unidades, sendo a maioria na Europa. O número representa aproximadamente 32% da frota utilizada nos 220 países onde a empresa está instalada.

“A DHL é uma das primeiras empresas de logística verde. Em 2008, tornou-se pioneira ao se comprometer com uma meta mensurável de carbono para melhorar a eficiência de seus serviços em 30% (em relação a 2007)”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

Segundo o diretor de Operações Ground da DHL Express Brasil, Amaury Vitor, a adoção de veículos elétricos faz parte do plano estratégico da DHL Express Brasil para atender a meta do grupo Deutsche Post de zero emissão até 2050.

Fonte: “DHL Express planeja aumento na frota de veículos elétricos (mundologistica.com.br)

 

Download

DHL Supply Chain expande e moderniza estrutura com novo Centro de Distribuição em Goiás

Com as novas instalações, a DHL passará a trabalhar com, além de medicamentos, vacinas e insumos médicos e hospitalares, incluindo testes clínicos.

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, está expandindo e modernizando suas operações em Goiás com um novo Centro de Distribuição (CD) em Aparecida de Goiânia (cerca de 150 km de Brasília e 20 km de Goiânia). As novas instalações têm 12 mil m² de área, layout customizado, docas dedicadas para carga e descarga e um sistema anti-incêndio padrão NFPA-13 de última geração. Agrega também práticas sustentáveis como sistema de climatização baseado em amônia e CO2, utilização de caixas retornáveis e o reaproveitamento de água para redução de impacto ambiental. O CD emprega cerca de 150 pessoas. Além da armazenagem, são oferecidas soluções logísticas end to end por meio da malha de transportes da DHL que já atende empresas do mercado de saúde em nível nacional.

“Já tínhamos uma operação em Goiás, mas com a demanda do mercado de saúde sentimos a necessidade de expandir e modernizar nossas instalações no Estado. Além disso, com uma política de incentivos, Aparecida de Goiânia vinha atraindo muitos investimentos. Agora, as empresas poderão acessar com mais facilidade nossas soluções, contando com uma infraestrutura mais robusta e eficiente e serviços de ponta a ponta”, afirma Marcos Cerqueira, vice-presidente de Saúde da DHL Supply Chain.

O centro de distribuição presta serviços de armazenagem, transportes (rodoviário e aéreo), logística reversa e processos de valor agregado como etiquetagem e montagem de kits. Com as novas instalações, a DHL passará a trabalhar com, além de medicamentos, vacinas e insumos médicos e hospitalares, incluindo testes clínicos.

As operações logísticas no local já iniciam com quatro clientes ativos: as farmacêuticas Roche, Teva, United Medical e Zambon. Para isso, o CD conta com todas as certificações e aprovações necessárias e quatro tipos de áreas climatizadas: 15º a 25º C; 8º a 16º C; 2º a 8º C; e -20º a -25º C. Destaque também para o sistema de combate a incêndio NFPA-13 que traz práticas de combate e prevenção mais severas, como o maior volume de sprinklers, outros elementos químicos antifogo, dentre outras iniciativas.

Práticas sustentáveis
Em linha com seu plano de ESG, que dentre outros prevê zerar as emissões até 2050, o novo CD adotou práticas sustentáveis importantes. Primeiro, o teto foi revestido com uma película que reflete calor e luz solar, o que reduz em até 20% a temperatura ambiente e em consequência o consumo de energia. São utilizados condensadores com maior eficiência energética no sistema de climatização, o que reduz o impacto ambiental.

Destaque ainda para a utilização de caixas retornáveis, reduzindo o custo com embalagem e o impacto ambiental. Inclusive, a DHL faz o reaproveitamento da água utilizada nas caixas de medicamentos oriundos de importação, reutilizando-a na própria operação. Com isso, estima-se que serão reaproveitados 260 mil litros de água por ano e evitado o descarte de 12 mil caixas no mesmo período.

“Tivemos uma boa aceitação do mercado às novas instalações e temos planos de outras expansões nos próximos anos, além de estudar trazer soluções verdes como o uso de veículos elétricos para a distribuição de produtos”, finaliza Marcos Cerqueira.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/06/03/2023/logistica/dhl-supply-chain-expande-e-moderniza-estrutura-com-novo-centro-de-distribuicao-em-goias/

Download

DHL Supply Chain anuncia novo presidente e investimento de R$ 800 milhões no Brasil

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, anuncia sua nova liderança no Brasil, o executivo Plínio Pereira (40 anos). Ele sucede a Maurício Barros, que segue para uma posição global do Grupo. Com quase 15 anos de casa e tendo ingressado pelo Programa de Trainee, Plínio Pereira ocupava a posição de Vice-Presidente de Operações do Setor de Consumo, já tendo passado também por outros cargos de liderança (mini-cv abaixo). O executivo assume com a missão de manter a trajetória de crescimento sustentável da DHL Supply Chain no Brasil nos últimos anos, com foco nas áreas de Transportes, E-commerce, Digitalização e Real Estate. O plano da companhia prevê investimentos de cerca de R$ 800 milhões até 2025.

“Estamos vivendo um momento único no mercado logístico. De um lado, temos a reconfiguração das cadeias de suprimentos, com as empresas buscando ganhar eficiência e flexibilidade frente as frequentes flutuações de mercado. De outro lado, temos uma agenda de inovação e ESG que ainda tem muito a ser percorrida. Nos posicionamos, justamente, como um parceiro que pode integrar e potencializar esses movimentos, ao mesmo tempo que dá acesso ao compartilhamento de custos e capacidades, abrindo assim espaço para nosso crescimento sustentável nos próximos anos”, afirma o novo presidente da DHL Supply Chain no Brasil.

Na área de Transportes, o plano da DHL Supply Chain inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e a ampliação da frota elétrica (que atualmente já supera os 80 veículos). Destaque também para os serviços de transporte aéreo – a companhia dispõe de um hub exclusivo com acesso a pista em Guarulhos – que irá receber mais investimentos e opções ao longo do ano.

Em inovação, além de manter o bem-sucedido programa de parcerias com startups, a companhia irá aplicar cada vez mais tecnologias como Inteligência Artificial, RPA e desenvolver ainda mais seu data lake. “Já estamos utilizando mais de 300 robôs RPA para automatizar atividades repetitivas de back office como geração de notas. Inclusive, agora dispomos de uma célula interna para a aplicação desta tecnologia”, explica Plínio Pereira.

Real Estate é outra área importante do plano. No segundo semestre de 2022, a companhia anunciou a aquisição de um terreno de mais de 300 mil m² em Jundiaí (interior de São Paulo) no qual construirá seu primeiro Centro de Distribuição do zero. Este movimento marca também a ampliação da área de soluções de real estate. Com isso, além de serviços para as fases de planejamento e gestão, a DHL Supply Chain passou a oferecer as operações de built-to-suit (construção sob medida), purchase/lease (aquisição associado ao modelo de leasing) e leasing de instalações já existentes. Em paralelo, a companhia investiu na modernização ou expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (SP, MG, ES, SC e GO), com destaque para sua operação de Extrema, sul de Minas que continuará a receber investimentos.

Para E-commerce, os planos da DHL trazem, além do aumento de capacidades (infraestrutura dedicada e equipe) o lançamento no primeiro semestre de uma solução que visa a execução da logística de vendas online de ponta a ponta de forma colaborativa. “Nos últimos três anos, acompanhamos uma grande migração de uma logística B2B para uma B2C. Esse movimento desacelerou, mas permanece em níveis elevados. Muitos nichos ainda apresentam grandes possibilidades, sem contar o potencial sinérgico de consolidação nas entregas e pontos avançados de armazenagem”, diz o executivo.

Mini-cv Plínio Pereira

Casado, natural de São Paulo, Plínio Pereira (40 anos) é formado em Engenharia Civil, com pós-graduação em Economia Financeira pela Unicamp. Começou sua carreira na DHL Supply Chain em 2007 como trainee de Finanças, e após uma trajetória de desenvolvimento em áreas essenciais para a empresa, desempenhou papel fundamental na criação da Estratégia de Transportes no Brasil, liderando projetos transformacionais como a aquisição da Polar Truck e Rio Lopes. Plínio liderou ainda a área de Desenvolvimento de Negócios entre 2017 e 2020, quando assumiu a responsabilidade pelo setor de Consumo no Brasil, composto por mais de 4.000 pessoas, e obteve resultados sólidos nos pilares Clientes, Colaboradores e Acionistas.

Fonte : https://noticias.r7.com/prisma/luiz-fara-monteiro/dhl-supply-chain-anuncia-novo-presidente-e-investimento-de-r-800-milhoes-no-brasil-02022023

Download

Black Friday phygital e a logística pós-pandemia

O e-commerce cresceu como nunca nos últimos anos e, agora, os clientes também podem ir à loja física. Como entregar uma experiência excepcional nesse cenário?

As imensas e inúmeras transformações que aconteceram no mundo em decorrência da pandemia de COVID-19 não são novidade para ninguém. No âmbito do consumo, todos os segmentos foram impactados de alguma forma – alguns, inclusive, cresceram de maneira inimaginável, como o e-commerce. E a Black Friday, uma das datas mais importantes para o varejo, também passou por mudanças sensíveis nesse período.

De acordo com a Ebit | Nielsen, em 2020 o número de consumidores do e-commerce cresceu 29%, totalizando 79,7 milhões de pessoas; em 2021, a empresa calcula que 87,7 milhões de brasileiros fizeram compras pelo e-commerce e, entre eles, 12,9 milhões eram novos compradores. Não por acaso, o setor faturou R$ 150,8 bilhões em 2021, segundo dados da ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – um recorde histórico. Para este ano, a previsão é de crescimento de cerca de 12%, apontando para um volume de R$ 169,5 bilhões.

EM 2021, 87.7 MILHÕES DE BRASILEIROS FIZERAM COMPRAS PELO E-COMMERCE;
ENTRE ELES, 12,9 MILHÕES ERAM NOVOS COMPRADORES
Fonte: Ebit | Nielsen

Os números tornam indiscutível o fato de que as empresas de e-commerce e os marketplaces precisam, sim, investir no ambiente e na experiência on-line. Entretanto, não se pode esquecer que o crescimento do digital nesse período esteve atrelado ao distanciamento social e ao fechamento de lojas físicas – ou seja, o e-commerce se tornou, em muitos casos, a única alternativa para quem precisava e queria consumir.

Mas qual será a preferência do consumidor nesse cenário? De acordo com um estudo realizado pela plataforma Tiendeo, 42% dos brasileiros consideram que as lojas físicas garantem uma experiência melhor e mais satisfatória do que as lojas on-line. E como as empresas devem reagir, então, nesse cenário? O único caminho possível é a aposta no modelo phygital que, há pouco tempo, era apenas uma utopia.

EM 2021, O E-COMMERCE FATUROU R$ 150.8 BILHÕES
Fonte: ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico

É nesse cenário que, em novembro de 2022, ocorrerá a Black Friday. Até 2019, o e-commerce influenciava, moderadamente, os resultados desse evento; em 2020 e 2021, as vendas on-line foram determinantes. Agora, pela primeira vez, a capacidade de combinar o digital com o físico será testada. Mas os desafios não acabam aí. Uma vez feita a venda e concluído o pagamento, o varejo passa para mais uma etapa que, se não for bem planejada e administrada, pode se transformar em um grande atrito na jornada do cliente: a logística.

O e-commerce ainda enfrenta muitos desafios para garantir uma boa experiência de entrega para os clientes no Brasil. As principais dificuldades estão na chamada last mile, ou última milha, em que o produto é levado até a casa do cliente. Na Era da Conveniência, o consumidor espera receber a mercadoria em perfeito estado, com uma entrega rápida, confiável, com custo reduzido e em data e hora escolhidas por ele.

“Uma logística mal-acertada, com demora na entrega ou prazos surreais, é algo inconcebível no mundo em que vivemos hoje”, afirmou Charles Varani, consultor em Experiência do Cliente e Transformação Digital da Ambidestra. “A experiência da entrega passou a ser uma peça fundamental de diferenciação de marca.”

Nesse sentido, o autor do livro Logística – O Último Rincão do Marketing e ex-presidente da Associação Brasileira de Logística, Carlos Mira, enfatiza que, na Era da Conveniência, a logística passa a ser um diferencial da marca durante todo o ano, não apenas em períodos como a Black Friday. Ele lembra que, no passado, o marketing trabalhava muito com os 4Ps: produto, preço, propaganda e praça. “Hoje já se sabe: vender é fácil, difícil é fazer a logística de forma conveniente. As empresas precisam pensar em soluções criativas, tecnológicas e sérias para fazerem boas entregas”, explica Carlos.

ALTERNATIVAS PARA UMA LOGÍSTICA EFICIENTE

Ainda que seja necessário manter a atenção a questões de logística durante todo o ano, especialistas são categóricos em afirmar: em momentos de aumento de demanda ou de crise, as empresas precisam compreender que as áreas de back office devem assumir esse protagonismo. Portanto, quando se fala de Black Friday, a logística passa a ser o grande diferencial das marcas.

Segundo o professor de Marketing e Mídias Sociais, Inovação e Gestão Comercial da FGV, Roberto Kanter, nos grandes centros esses desafios vêm sendo minimizados. “Uma das soluções que têm aparecido são os PUDOS, ou Pick Up & Drop Off, os quais são sistemas que permitem ao cliente pegar o produto em lugares como lockers e lojas de assuntos variados e fazem esse papel de centro logístico da última milha. Outras soluções têm sido os chamados dark places, ou dark stores, que são locais dentro das cidades onde você, simplesmente, armazena o produto; deixa uma parte do estoque”, detalha.

Mira afirma, entretanto, que mesmo as principais capitais do Brasil foram planejadas apenas pensando no fluxo de pessoas e não de mercadorias. “As cidades são projetadas a partir de um conceito ‘atacadista’ que, hoje, não funciona mais. É preciso repensar essas estruturas – criar centros de triagem de mercadorias nos bairros, por exemplo, para que as empresas deixem seus produtos para serem distribuídos por uma única van para as casas das pessoas”, defende.

O que o especialista explica é que a logística deve ser pensada de forma descentralizada, não dependente de tantos CDs (Centros de Distribuição) gigantescos, mas obedecendo a pequenos pontos que estejam localizados em raios de poucos quilômetros dos clientes. O desafio é muito mais de planejar o sortimento com maior saída nas diferentes áreas da metrópole do que, simplesmente, percorrer trajetos distantes dos CDs para os bairros e municípios adjacentes. Muitos varejistas utilizaram a própria rede de lojas como centros de coleta, de distribuição e, também, de troca.

42% DOS BRASILEIROS CONSIDERAM QUE AS LOJAS FÍSICAS GARANTEM UMA EXPERIÊNCIA MELHOR E MAIS SATISFATÓRIA DO QUE AS LOJAS ON-LINE.
Fonte: Tiendeo

Apesar dos desafios estruturais, os principais players do mercado têm investido no aprendizado e no investimento constante em logística. Já se sabe que o que se coloca para baixo do tapete durante todo o ano, principalmente em períodos de baixa demanda, acaba explodindo na Black Friday. Por isso, planejamento é fundamental.

COMPRE HOJE, RECEBA HOJE
Fala-se bastante – inclusive na Consumidor Moderno – sobre empresas que, por prestarem serviços acima da média, fizeram com que o consumidor se tornasse mais exigente. No
e-commerce, o Mercado Livre é referência nesse sentido. É ele quem faz entregas com mais velocidade no País: em menos de 24 horas, consegue entregar 20% das mercadorias compradas pela plataforma. Isso inclui cem cidades do País – aquelas com maior volume de vendas. Além disso, 75% das entregas são feitas no prazo de um dia, para mais de 2 mil cidades. Em dois dias, 90% das entregas são finalizadas em quase 5 mil cidades pelo Brasil.

De acordo com Julia Rueff, diretora de Marketplace do Mercado Livre, isso é possível porque a empresa entendeu que a logística é um dos principais pilares de competitividade hoje no mercado. Por isso, o Mercado Livre pensa e investe de forma contínua na área. Com uma malha logística própria, a empresa consegue ter total controle da qualidade da entrega e dos prazos. Hoje, a frota do Mercado Livre conta com 4.200 caminhões, 1.250 vans, mais de 2.300 carros Fiorinos, 5 aviões e 18 mil veículos atuando na última milha.

Mesmo sendo referência em entrega, Julia Rueff afirma que o Mercado Livre não se acomoda, se colocando sempre em uma posição de aprendizado e buscando soluções que melhorem a experiência do cliente. Já pensando na Black Friday deste ano, e seguindo o plano de investimento para a ampliação de sua eficiência logística, o Mercado Livre está fazendo a implantação do primeiro Centro de Consolidação (Sortation Center) da América Latina. Localizado em Cajamar, em São Paulo, o novo centro logístico deve ter a capacidade de consolidar cerca de 450 mil pacotes por dia, número que corresponde a cerca de 30% das entregas realizadas no Brasil.

O sistema funciona como uma grande esteira seletora de pacotes, que conecta todas as origens da rede do Mercado Livre com mais de cem destinos em 24 Estados do Brasil, por meio de tecnologia desenvolvida pela companhia. A executiva explica que, além de querer garantir uma melhor experiência de entrega para os clientes, o Mercado Livre está sempre inovando, pois acredita no potencial de crescimento do e-commerce no Brasil.

“Vemos um consumidor cada vez mais exigente, buscando excelência também na Black Friday. Então, estamos trabalhando para garantir ofertas e promoções relevantes. Estamos realizando eventos e treinamentos com os nossos vendedores, para que eles possam oferecer produtos interessantes, a preços imperdíveis, em prazos competitivos”, explica.

6 PASSOS PARA ASSEGURAR A MELHOR EXPERIÊNCIA DO CLIENTE NA BLACK FRIDAY
▷ INVESTIMENTO EM FORECAST: planejar a Black Friday com antecedência, aprimorando o portfólio de produtos para atender melhor à necessidade dos clientes.

▷ TRANSPARÊNCIA: garantir boas ofertas para o cliente e as informações necessárias para ele tomar a decisão de compra.

▷ ENTREGA RÁPIDA: não é porque o cliente está comprando com desconto que ele vai abrir mão da velocidade, que hoje é um grande diferencial dos principais players do mercado.

▷ CUMPRIMENTO DA PROMESSA: mais do que entregar rápido, é imprescindível que o produto chegue dentro do prazo combinado e nas condições informadas no momento da venda.

▷ PÓS-VENDA: garantir um bom atendimento no pós-venda, mantendo o cliente informado do status do pedido e oferecendo soluções rápidas em caso de “erros”.

▷ APRENDZADO COM OS ERROS: saber ouvir e entender as principais dores dos clientes, para aperfeiçoar a experiência oferecida no próximo ano.

ANTECIPAÇÃO E CUIDADO

Além de ser a primeira sem restrições e distanciamento social, a Black Friday 2022 acontecerá em meio à Copa do Mundo e pouco tempo depois do segundo turno das eleições no Brasil. Quem destaca esses pontos é Eduardo Souza, Digital Business Unit director da Evino. “Em outubro, a atenção do consumidor está mais dispersa”, comenta. “Talvez a Copa fortaleça players de produtos eletrônicos por exemplo, mas, para o nosso mercado, que não se encaixa no perfil da Copa do Mundo, fica difícil saber qual será o impacto desse evento.”

Apesar de tais fatores gerarem alguma imprevisibilidade, a Evino já está se organizando para a próxima Black Friday desde maio. Eduardo Souza, Digital Business Unit director da Evino, conta que o mês de novembro é o maior do ano para a empresa – o faturamento chega a dobrar. Por isso, a Evino trabalha dois pontos-chave para garantir uma Black Friday bem-sucedida: planejamento e plano de contingência.

A empresa começa a analisar o potencial da próxima Black Friday com seis ou sete meses de antecedência – estima o volume de vendas, planeja lançamentos, quantos produtos novos devem ser acrescentados ao portfólio e quanto de suprimento será necessário para isso.

Além disso, as áreas comercial, de compras e de marketing da Evino começam a trabalhar com a mesma antecipação, desenvolvendo as ofertas, organizando a produção de mídia, programando o que é preciso e buscando produtos novos para o portfólio da empresa, que é 99% composto por itens importados.

O dimensionamento da operação é outro ponto ao qual a Evino tem dedicado esforços desde maio. Nesse momento, de acordo com Souza, é avaliada a necessidade de aumentar a capacidade do Centro de Distribuição e de contratar mais pessoas. Também começam a ser planejados os treinamentos das equipes, para conseguir fazer uma entrega rápida e eficaz, sem perda de qualidade.

A Amazon, um dos players mais relevantes quando o assunto é e-commerce, também reforça o time de operações nesse período, recrutando associados temporários. E para entregar uma boa experiência para o cliente, mesmo com a correria exigida em períodos como este, a empresa considera essencial assegurar o bem-estar e a satisfação dos funcionários, como conta Thomas Kampel, líder de Relações Públicas das Operações da Amazon no Brasil.

Nesse sentido, a Amazon oferece a todos o maior conforto possível, que vai desde ar-condicionado central nas instalações, áreas de descanso, serviço fretado de ida e volta ao trabalho para diversas regiões e treinamentos constantes para manter os processos operacionais seguros. Para os entregadores, a Amazon disponibiliza um aplicativo criado pela empresa capaz de determinar a sequência das entregas de forma otimizada pelas rotas.

“Tudo isso nos permite garantir o alto nível de segurança que trabalhamos durante o ano, equilibrando a carga de trabalho dos nossos funcionários, enquanto atendemos nossos clientes com alta qualidade e agilidade. Um dos segredos do nosso sucesso é o fato de priorizarmos a saúde e o bem-estar de nossos associados e associadas antes de tudo o que fazemos. Acreditamos que, se eles estão bem e felizes, a experiência de atendimento certamente será muito melhor”, afirma Thomas Kampel, líder de Relações Públicas das Operações da Amazon no Brasil.

Desde 2020, a empresa inaugurou 11 Centros de Distribuição no Brasil, localizados em São Paulo, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Atualmente, a capacidade de produção da Amazon permite que a empresa atenda 100% dos municípios brasileiros, oferecendo uma variedade de mais de 45 milhões de produtos.

“Um planejamento sólido e com antecedência evita, de fato, muitas questões, assim como o uso mais intensivo de tecnologia, que permite o acompanhamento em tempo real de todas as etapas logísticas, de ponta a ponta. Uma equipe treinada e experiente também faz toda a diferença, pois, por meio dela, é possível se adaptar a eventuais imprevistos que ocorram”, afirma Gabriela Guimarães, VP de Operações de Varejo e E-commerce da DHL Supply Chain.

O QUE APRENDER COM QUEM É REFERÊNCIA?
▷ Pensar a logística como diferencial competitivo na Era da Conveniência
Investir na área durante todo o ano é um diferencial para se sair bem em momentos de alta demanda. Hoje, a logística é considerada um dos principais diferenciais das marcas, porque o consumidor quer receber o produto rapidamente, em perfeito estado, com segurança e custo reduzido.

▷ Planejar com antecedência
▷ Ter planos de contingência
▷ Integrar as áreas
▷ Dispor de tecnologia e inovação

ALÉM DA BLACK FRIDAY
Ainda que o volume de entregas da AMARO não possa ser comparado ao do Mercado Livre e ao da Amazon – até pela diferença entre os modelos de negócio – é preciso destacar que esta retail tech brasileira inovou na formatação da jornada oferecida ao cliente. O grande diferencial da AMARO é a possibilidade de conhecer, experimentar e comprar produtos nas lojas físicas – as chamadas guide shops – e recebê-los em casa, em um prazo curtíssimo.

Essa inovação está na raiz do modelo de negócio, mas a AMARO não parou por aí. Todos os meses, independentemente da Black Friday, a empresa lança novas features, produtos digitais e melhorias de navegação e integração entre o on-line e as lojas físicas, seguindo uma estratégia omnichannel. É um fluxo constante de inovação que tem como consequência menores prazos de entrega, uma experiência fluida e um menor índice de troca de produtos.

“A AMARO já é reconhecida por entregar uma experiência de compra incrível e ter uma entrega muito rápida para todo o País. Na Black Friday, vamos manter essa percepção positiva. Como esses níveis de serviço já são padrão, apenas aumentamos nossos contingentes para que eles sejam mantidos”, explica Wellington José, head of Digital Product da AMARO.

O esforço das empresas corresponde à necessidade de estar disponível e acessível para todos os consumidores, em todo o território brasileiro. Quem deu um grande passo nesse sentido foi a Riachuelo.

A partir de uma parceria iniciada em dezembro de 2021, com a Favela Brasil Xpress – uma startup parceira do G10 Favelas – em São Paulo, a Riachuelo já entregou cerca de 16 mil pacotes nas comunidades de Paraisópolis, Capão Redondo, Heliópolis, Cidade Júlia, Brasilândia e Diadema.

“A estratégia foi bem assertiva, pois, antes, o e-commerce não chegava às favelas por limitações de estrutura, como vielas estreitas, ou por falta de CEP ou numeração, e, assim, as entregas paravam nas agências dos Correios mais próximas. No início deste ano, com a intenção de ir aonde nosso cliente estiver, fechamos também uma parceria com o ‘Na Porta’ no Rio de Janeiro. No detalhe, a startup coleta os itens loja a loja na Riachuelo e, além de fazer middle mile, se responsabiliza pela entrega final”, conta Anaia Bandeira, diretora de Logística da empresa.

Esta é apenas uma entre as muitas inovações nas quais a Riachuelo apostou. A empresa investiu, nos últimos anos, em uma infraestrutura logística 100% integrada entre os canais físicos e digitais, em parcerias colaborativas, e vem implementando o conceito phygital em todas as suas lojas. Para a Black Friday, essa também será uma estratégia da Riachuelo.

“Estamos sempre buscando aprimorar nosso e-commerce e nosso canal direto com os consumidores. O cliente é omnicanal, podendo ter uma jornada que começa no digital, passa para o físico e finaliza no digital. Então, estamos aprimorando nossas ferramentas como o ‘Retire em Loja’, o ‘Retire Rápido’ e nossa operação E-store, plataforma digital de prateleira infinita que permite ao cliente comprar em nosso e-commerce e receber o produto em casa ou, então, retirar na loja”, descreveu Márcia de Bruno, head de E-commerce da Riachuelo.

PARCEIROS DE LOGÍSTICA
Além das inovações aplicadas internamente, as empresas contam com parceiros que atuam em diferentes frentes – no caso da Riachuelo, o apoio está em transporte e tecnologia com projetos integrados. Segundo a empresa, o efeito será percebido em um melhor prazo, menor custo e maior volume de entrega. “Melhoramos nosso tracking, desenvolvemos nossa Torre de Controle e investimos em novas ferramentas que nos permitirão ser mais proativos em caso de alguma dificuldade em alguma região específica”, exemplificou Anaia Bandeira, diretora de Logística da marca.

No caso do Mercado Livre, que é um marketplace, alinhar estratégias com os vendedores parceiros em um momento de aumento de demanda é indispensável. “É feito um planejamento conjunto, robusto, estimando a demanda”, explica Julia Rueff, do Mercado Livre. “Preparamos a nossa logística para o aumento do volume de entregas; fazemos um dimensionamento do time de pós-venda, para manter os níveis dos nossos serviços; e fazemos um investimento contínuo para garantir a satisfação dos nossos clientes – e isso inclui investimentos ao longo de todo o ano em logística.”

“Nossa intenção é sempre que o cliente volte. Não adianta a gente ter um excelente número de vendas, mas com um nível de serviço baixo. Temos meses maiores que a Black Friday. Queremos oferecer uma experiência que faça com que esse cliente que chega fique conosco dali em diante”, complementa a diretora de Marketplace.

Para a Evino, que trabalha com transportadoras terceirizadas, é fundamental investir em integração. “Nós passamos para elas a nossa expectativa de volume de entregas por região, para desenvolvermos juntos estratégias e negociarmos prazos para a operação”, conta o Digital Business Unit director da empresa. Ele explica que essa linha direta com as transportadoras é importante tanto para acompanhar o status detalhado da entrega do produto quanto para saber informar o cliente caso ele entre em contato com o atendimento.

Em relação aos principais desafios logísticos do e-commerce no Brasil em períodos como a Black Friday, Wellington, da AMARO, destaca o tamanho do País e a dependência de modais específicos como o rodoviário. Para driblar essas dificuldades, a AMARO se dedica a fazer um planejamento bem construído e a firmar parcerias sólidas com experts em logística. Além disso, a empresa conta com guide shops em formato de megastore, nas principais capitais do Brasil, que funcionam como minicentros de distribuição.

NÚMEROS, CÁLCULOS E ESTOQUE
O head of Digital Product da AMARO afirma, ainda, que o controle de estoque é um dos pontos centrais do planejamento para a Black Friday. A empresa se prepara meses antes para evitar qualquer tipo de desabastecimento ou rupturas. Isso é feito a partir de estudos das demandas de anos anteriores.

A C&A, por sua vez, além de possuir um Centro de Distribuição inteiramente dedicado ao e-commerce, investiu em tecnologias especializadas em promover agilidade e precisão em todas as etapas de preparação para a entrega de um produto. Uma delas foi o OSR Shuttle, que promove a movimentação de estoque de forma automatizada: robôs localizam e coletam os itens de cada pedido, enviando-os através de esteiras aos responsáveis pelas próximas etapas.

Segundo Marcel Modesto, head de Supply Chain da C&A, por meio desta tecnologia, o processo de separação de pedidos, que antes era feito em 2 horas, passou a ser finalizado em 5 minutos. Essa solução, somada ao Push & Pull por SKU, e a Identificação por Radiofrequência (RFID) são capazes de aumentar a eficiência logística do Centro de Distribuição e das lojas.

Nesse sentido, Kanter, da FGV, destaca que o estoque pode ser o “calcanhar de aquiles” de muitas empresas. “Na época da Black Friday, o principal desafio das empresas é fazer gestão de demanda, de estoque. Se está com muito estoque e não vende, há um problema no capital de giro. Em compensação, se há muita demanda e não há produtos suficientes, é uma perda irreparável”, detalha.

Armazém da DHL
Gabriela Guimarães, VP de Operações de Varejo e E-commerce da DHL Supply Chain, resume os desafios da Black Friday da seguinte forma: o primeiro é gerenciar um grande volume de pedidos em duas ou três semanas; o segundo é a entrega final que, ao mesmo tempo em que precisa ser rápida, não pode onerar muito a operação. Pensando nessas duas questões, as empresas precisam de um planejamento especial tanto na área de armazenagem como na de transportes, com o reforço de equipe, frota e estruturas dedicadas.

Analisando o cenário atual do Brasil, Gabriela também destaca a pressão sobre os custos, que continuam elevados. Fora isso, também devem ser levados em conta o baixo investimento em estradas e vias, a baixa disponibilidade de alternativas de distribuição e a falta de uma maior rede de lockers e pontos intermediários de entregas. A VP também falou dos aspectos de security, que ainda não tinham sido citados, mas que também se configuram como um grande desafio, principalmente, para a entrega de última milha.

Mesmo com todos os problemas que preocupam tanto as empresas como as transportadoras, a logística para o e-commerce cresceu, segundo Gabriela, cinco vezes ou mais em dois anos. O que por um lado é bom, por outro desenha um cenário bastante complexo e de grande competitividade. Para se diferenciar, são necessários investimentos pesados e mão de obra especializada.

“Uma forma de equacionar estas questões é compartilhar infraestruturas, equipe e malhas de entrega via operadores logísticos, que auxiliam também em questões de visibilidade na cadeia, inovação e flexibilidade para picos de demanda”, sugere a executiva. Atualmente, a área de e-commerce da DHL Supply Chain administra cinco fulfillment centers, com cerca de 300 mil m² de área de armazenagem, 6,5 mil colaboradores dedicados, 55 hubs de transporte e 800 veículos diários – a maior infraestrutura especializada de um operador logístico no Brasil, segundo Gabriela. A companhia trabalha tanto com armazenagem e e-fullfilment para e-commerce como com entregas em todo o processo produtivo, a partir de uma malha compartilhada de mais de 5 mil veículos e com visibilidade completa de ponta a ponta.

Seguindo a lógica de aprendizado e investimento constante, recentemente foi lançado o DHL Fulfillment Network, uma rede fulfillment multiclientes que auxilia na execução de toda a logística de e-commerce. A solução é indicada para indústrias e varejistas de médio e grande portes. Para a Black Friday deste ano, a DHL está trabalhando em duas frentes principais: utilizando, cada vez mais, dados para fazer uma previsão de demanda mais precisa e incorporando mais carros elétricos nas entregas, para agregar valor sustentável às soluções. Também está sendo feita uma expansão da equipe, da frota e de infraestrutura para atender ao pico de demanda.

PRINCIPAIS DESAFIOS LOGÍSTICOS DA BLACK FRIDAY NO BRASIL

Δ Dimensão territorial do País
Grande dependência dos modais rodoviários, acompanhada do baixo investimento em rodovias.

Δ Cidades planejadas para o transporte de pessoas, não de mercadorias
Manutenção do modelo atacadista, com grandes Centros de Distribuição nas marginais e baixa disponibilidade de alternativas de distribuição e pontos intermediários de entregas.

Δ Segurança, ou falta dela
Em muitos locais, a violência e os riscos de roubo de carga acabam se configurando como um grande desafio, principalmente para a entrega de última milha.

Δ Pressão dos custos
Altos custos para a manutenção de equipamentos e veículos; preços elevados de peças e combustível, associados à inflação, que dificultam a manutenção dos ativos logísticos; e alta taxa de desemprego no País.

Δ Aumento da demanda em um curto espaço de tempo

A Black Friday faz com que o volume de vendas cresça e se concentre em um período de dois, três dias, o que traz um desafio de gestão de demanda e de estoque.

LOGÍSTICA E ATENDIMENTO
Ainda que as etapas de descoberta, aquisição, transação e entrega sejam fundamentais, é fato que, em muitos casos, a experiência não termina aí. Por isso, as empresas estão olhando também para o pós-venda. É o caso, por exemplo, da Petlove, um dos principais players do mercado pet.

Diante de todos os desafios trazidos pela grande concentração de vendas em um único dia, a empresa vem investindo em melhorias dos algoritmos de estoque e frete, para garantir a melhor combinação para o consumidor. “O diferencial vai estar na disponibilidade, no preço do produto e no melhor frete. Em algumas regiões, iremos usar aplicativos de entrega gerenciados pela Petlove em parceria com agentes de transporte, trazendo um retorno mais rápido do status de entrega para o consumidor final”, contou Michel Gardim, diretor de Operações da Petlove.

Além disso, Heber Santos, diretor de CX da Petlove, afirma que a marca vem preparando o time de atendimento há um bom tempo para lidar com momentos “de crise”. Segundo ele, a equipe de atendimento ao cliente da Petlove é muito flexível, capaz de se ajustar de acordo com a demanda e a necessidade do momento. “Nós também planejamos um crescimento no headcount e um treinamento para essas pessoas pensando na Black Friday”, completa.

A previsão da Petlove é que haja um aumento entre 30% e 40% do volume de vendas na Black Friday em relação aos períodos convencionais. Heber reforça que, em uma época como essa, muitos fatores externos podem impactar o prazo da entrega dos pedidos. Para ele, a forma com que a marca lida com os problemas é o que vai fazer diferença.

“Nós tratamos caso a caso, entendendo a necessidade do cliente, atuando na medida do que for possível. Aqui na Petlove, temos como um princípio básico atender o cliente independentemente de qual seja a queixa ou a situação. Temos esse lema: mesmo durante um período de crise, a gente vai atendê-los da forma mais humana e empática possível”, enfatizou o diretor.

Mesmo diante de todo o planejamento, o Digital Business Unit director da Evino pondera sobre a necessidade dos “planos de contingência”, afinal, é impossível planejar 100% do que vai acontecer, e as equipes precisam estar preparadas para quando algo sair do controle. Por isso, a Evino monitora indicadores, que emitem alertas quando algo sai do planejamento, preparando a equipe do SAC para reagir.

“É importante preparar a equipe do SAC para a Black Friday. Quantas pessoas eu vou ter? Preciso de recurso extra? Nosso foco é manter a satisfação do cliente alta mesmo nesse período de aumento de demanda. Nosso NPS fica sempre em torno de 90% – é altíssimo – e a gente não tolera que ele fique menor nos momentos de pico. Não nos interessa vender mais a qualquer custo”, reforça Souza.

Na C&A, o uso de informações do ano anterior foi fundamental para o planejamento de 2022. Através do SAC e do relacionamento com os clientes, a marca conseguiu identificar as principais dores dos consumidores na última Black Friday: as queixas tinham relação com a agilidade na entrega dos produtos, a variação de preços e a necessidade de construção de um atendimento mais unificado, rápido e humanizado, que estivesse preparado para entender processos e auxiliasse clientes a solucionar seus problemas.

“Desde que identificamos essas questões, buscamos trabalhar para aumentar o acerto e garantir uma maior satisfação aos clientes. No ano passado, focamos muito em deixar o processo operacional mais dinâmico e estratégico. Neste ano, um dos focos será ampliar a efetividade do atendimento por meio dos canais digitais”, diz Modesto, da C&A.

Para a Black Friday, a C&A está ampliando o quadro de funcionários do atendimento visando estender a operação do SAC. A adoção de um bot auxiliará no filtro de demandas, agilizando ainda mais o atendimento nesse período de alta demanda. A empresa também está planejando com os parceiros logísticos, o SAC, o Centro de Distribuição e as lojas medidas para reagir rapidamente caso seja necessário.

“Para nós, a chave está na escuta ativa e na proximidade com o cliente. Entendemos e trabalhamos para que o consumidor realmente se sinta valorizado ao escolher nossa marca e ao comprar em nossas lojas. Além disso, para suprir o aumento da demanda, abrimos, recentemente, mais de cem vagas para atendimento digital e temos buscado trabalhar nosso canal de relacionamento com o cliente de forma unificada e ágil, trazendo uma experiência 100% satisfatória”, detalha Modesto.

Por compreender a importância do atendimento ao cliente e da integração entre os canais, a C&A também adotou o atendimento por WhatsApp em mais de 330 lojas. Hoje, o canal é responsável por quase metade das vendas da rede e é uma das plataformas que ajudam a solidificar a imagem omnicanal da C&A no mercado. Não por acaso, aprimorar esse canal é um dos focos da marca, que pretende usá-lo também para sugestões e reclamações e integrá-lo ao SAC.

BLACK FRIDAY NÃO É OBRIGAÇÃO
Diante de todos esses elementos, fica a questão: E se a marca não quiser ou não puder aproveitar a Black Friday? Os especialistas entrevistados pela Consumidor Moderno ponderam que participar desse evento não é uma obrigação. Varani, da Ambidestra, destaca que a pergunta mais importante antes de mergulhar em uma Black Friday é: “Para quê?”. Ele defende que os responsáveis pelas empresas devem avaliar se a participação está alinhada ao propósito da sua marca, se realmente faz sentido, se vai fazer diferença no fim das contas.

A iniciativa proposta vai gerar mais atritos do que benefícios? Se for gerar mais atritos, é melhor investir em algo diferente – uma promoção fora do calendário, novas estratégias comerciais, ferramentas de relacionamento com o cliente etc. Não dá para mergulhar cegamente em uma Black Friday, porque as consequências serão duras”, destaca.

Varani não nega os benefícios que uma boa Black Friday pode trazer: gera vendas, traz visibilidade para a marca, ajuda a nacionalizar marcas regionais, startups. Mas, é algo que precisa fazer sentido, e a empresa precisa estar preparada para oferecer uma experiência satisfatória para o cliente. Então, reforça: a Black Friday é uma ótima iniciativa se os “para quês” estiverem bem respondidos e alinhados à marca.

Fonte : https://revista.consumidormoderno.com.br/a-black-friday-e-phygital-a-logistica-pos-pandemia/edicao-274/

Download

DHL Suply Chain compra novo ponto logístico e investe em soluções de Real Estate

A DHL Supply Chain, empresa de armazenagem e distribuição, comprou terreno com 300 mil m² para dois armazéns multiclientes de última geração, totalizando 137 mil m² de área construída. O novo espaço fica na da Rodovia Anhanguera em Jundiaí (SP).

A área irá abrigar o primeiro campus logístico próprio da DHL construído do zero no Brasil e estão previstos investimentos nos próximos dois anos, com a geração de cerca de mil postos de trabalho diretos. Com aquisição, a DHL Supply Chain passa a atuar com mais força na área de real estate para logística (gestão dos ativos imobiliários de instalações de armazenagem e distribuição), incluindo escolha do local, preparação e gestão de instalações e também a realização de projetos de build-to-suit, murchasse/leaseback e landbank.

Para o diretor de Novos Negócios de Real Estate Solutions da DHL Supply Chain Brasil, Jalaertem Campos, ter bons aliados e experiência pode ajudar muito no processo. “Um parceiro correto pode ajudar as empresas a extrair mais valor de todas as etapas do processo. Agora, vamos utilizar toda nossa experiência em logística para desenvolver o projeto desde o zero, podendo assim captar ainda mais sinergias e entregar mais valor agregado aos nossos clientes”, afirmou.

Atualmente, a companhia opera com mais de 30 milhões de m² em mais de 12 mil localidades ao redor do mundo.

MUDANÇA DO REAL ESTATE NA LOGÍSTICA
Uma pesquisa da DHL (The New Landscape of Supply Chain Real Estate) aponta que quatro fatores mudaram o cenário do real estate na logística, a revolução do e-commerce, a globalização, fusões e aquisições e inovações tecnológicas. Segundo o estudo, o principal reflexo desses movimentos foi tornar a gestão destes ativos mais complexa e dinâmica, passando de uma visão tática/operacional para uma estratégica. No Brasil, há ainda elementos extras: a grande demanda por áreas de armazenagem eficientes próximas aos grandes centros consumidores (principalmente associada ao boom do e-commerce) e o elevado custo de capital.

“Adotamos uma abordagem flexível tanto em relação aos serviços, que podem ser contratados em sua totalidade ou em módulos, como na captação de recursos, que podem ser próprios da DHL, do mercado de capitais e de parceiros investidores”, explicou Jalaertem. De acordo com ele, essa abordagem traz vantagens como a mitigação de riscos, utilização do poder de compra da DHL, compartilhamento de infraestruturas, foco no core business da empresa, acesso mais fácil a opções de financiamento, redução de custos de mão de obra e melhor gestão do ativo em termos financeiros, operacionais e de manutenção.

O Real Estate Solutions da DHL participa da estratégia de desenvolvimento de Real Estate de empresas de todas as indústrias e são recomendados para diversas situações, como primeira terceirização, processos de fusões & aquisições, redesenho de cadeia logística, mudanças rápidas (expansão ou downsizing), demandas financeiras, projetos de e-commerce, novos negócios e projetos de transformação organizacional diversa.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/dhl-suply-chain-compra-novo-ponto-logistico-e-investe-em-solucoes-de-real-estate

Download