Fusões e aquisições no varejo seguem, mas valores serão menores, diz KPMG

Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições.

Depois de crescer fortemente em 2021, o número de fusões e aquisições nos setores de consumo e varejo no Brasil não deve perder ritmo neste ano, mesmo com o cenário macroeconômico ainda mais pressionado por indicadores internos e pelos desdobramentos da guerra ente Rússia e Ucrânia, acredita o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e América do Sul, Fernando Gambôa. Os valores movimentados, porém, devem mudar.
Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições (107 transações) em comparação com o ano anterior.

Os dados são resultado de uma pesquisa feita trimestralmente pela KPMG, que abrange todas as transações anunciadas no Brasil, classificadas em segmentos da economia.
Foram 53 transações do varejo, sendo 10 delas de supermercados e o restante de outros segmentos.

Já no setor de consumo constam os números dos segmentos de vestuário e calçados (3), alimentos, bebidas e fumo (43), eletroeletrônicos (7) e higiene (1), o que equivale a 54 transações.

De acordo com Gambôa, esse avanço expressivo nas transações se deve ao fato de que muitas companhias estavam, sim, capitalizadas e foram buscar capilaridades no mercado. “Dinheiro ainda tem. O que ouvimos de investidores é que tem muito mais dinheiro do que oportunidade no mercado esse momento. Muito fundo está buscando boas alternativas, buscando ativos para engordar. E algumas empresas estão buscando complementariedades (aumentar portfólio ou melhorar rentabilidade)”, diz.
Para ele, o número de transações deve continuar no patamar visto no ano passado, mas deve haver “uma ‘quedinha’ no valor de transação pelo contexto do mundo hoje”. “Todo mundo que está em movimento de M&A [sigla em inglês para fusões e aquisições] fica monitorando o mercado para ver se chegou no piso”, afirma, acreditando que as transações, nesse momento, podem ficar mais no compasso de espera.

Ele pondera, porém, que o cenário de guerra e incertezas já trouxe mais dinheiro para o Brasil. Embora o movimento de aumento de juros no país atraia mais recursos para investimentos em renda fixa, Gambôa diz que os bloqueios sobre um “player” importante como a Rússia podem tornar os ativos no Brasil mais atrativos.

Entre as principais apostas de o que deve movimentar fusões e aquisições, o sócio da KPMG segue apostando nas movimentações dos grandes marketplaces, como Magazine Luiza, Americanas e Via, e dos grandes conglomerados de moda, que iniciaram um movimento de criação de ecossistemas no ano passado. “Mas ainda tem muitos capitalizados que não se movimentaram muito e precisam ir às compras para tirar esse atraso [em relação aos competidores]”.
Gambôa acredita que boa parte das transações será para buscar ferramentas de análise do comportamento do consumidor. “Todo o setor de varejo, enfim, começa a olhar muito mais para receita e principalmente para o cliente. As principais empresas lidam muito pouco com indicadores vinculados a clientes, como fazem Netflix e Facebook.” A capacidade de captação e análise de dados dos clientes ainda é muito limitada dentro das próprias companhias e muito mais desenvolvidas em startups, que devem ser os principais alvos das empresas dispostas irem às compras.

Outra trilha importante de fusões e aquisições, diz ele, é o metaverso, “pois vai extrapolando para coisas que vão além do metaverso e vão pro mundo real”. A complexidade, porém, ainda é maior, pois não está claro como contabilizar ativos do tipo nos balanços. “Se compro um terreno no metaverso, em criptomoeda, onde eu contabilizo? No metaverso ou no balanço real? E como paga imposto sobre isso?”, destaca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/02/fusoes-e-aquisicoes-no-varejo-seguem-mas-valores-serao-menores-diz-kpmg.ghtml

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Mercado Livre cresce 60,5% no 4º tri, terá mais 4 centros logísticos em SP em 2022

O Mercado Livre obteve resultados fortes no quarto trimestre, apesar de seguir em desaceleração, uma vez que o maior portal de comércio eletrônico da América Latina manteve esforços no engajamento das dezenas de milhões de usuários conquistados durante a pandemia e em obter fontes extras de receita para gradual rentabilização do negócio.

A empresa anunciou na última terça-feira (22), que sua receita líquida somou 2,1 bilhões de dólares no quarto trimestre, alta de 60,5% sobre um ano antes. Em moedas locais, a expansão foi de 73,9%. No Brasil, que representa 53% do faturamento da empresa, o avanço foi de 56% em dólares e de 62,4% em reais.

Um ano antes, na esteira do crescimento explosivo das operações digitais na América Latina ocorrido por medidas de isolamento social, a receita da companhia com sede na Argentina tinha praticamente dobrado em dólar.

A desaceleração da receita refletiu um crescimento mais gradual tanto de novos clientes, quanto das vendas. A base de usuários únicos ativos somou 82,2 milhões no fim de 2021, 11,1% maior em 12 meses, após ter disparado 74% no ano anterior.

E o volume de vendas (GMV) de outubro a dezembro aumentou 21,2% em dólar (32,2% em moedas locais), atingiu 8 bilhões de dólares, após um salto de 70% um ano antes.

“Crescer nessa intensidade sobre uma base de comparação tão forte foi muito positivo”, disse à Reuters o vice-presidente de estratégia, desenvolvimento e relações com investidores do Mercado Livre, André Chaves, destacando que a companhia ganhou participação de mercado, com base em métricas internas.

Segundo ele, o crescimento do negócio segue como prioridade da empresa, o que deve implicar novos investimentos em logística no Brasil e em mercados como México e Chile em 2022, assim como na operação de novas aeronaves dedicadas.

Por segmentos, o Mercado Livre deve mirar vendas de supermercados, dada a leitura de que o ambiente macroeconômico com inflação alta e juros em elevação deve levar consumidores a concentrar gastos em artigos mais básicos, em detrimento de produtos como eletrônicos. É uma tendência que os principais marketplaces do país já estão explorando, como a Americanas.

“E a tendência é o consumidor procurar mais as compras online, onde pode conseguir melhores preços”, disse Chaves.

Outro foco do grupo será nos negócios financeiros, liderados pelo Mercado Pago, que registrou um avanço de 52,1% no volume de pagamentos no quarto trimestre, para 24,2 bilhões de dólares. Em moedas locais, a expansão foi de 72,8%.

Além de ampliar a oferta de produtos como seguros e crédito — o volume de empréstimos fechou 2021 em 1,7 bilhão de dólares, mais do que o triplo em um ano –, a companhia planeja oferecer mais tipos de investimentos ligados a criptomoedas, segmento no qual estreou no Brasil em dezembro.

Segundo Chaves, mesmo ainda priorizando o crescimento da base, o Mercado Livre está evoluindo gradualmente os níveis de rentabilização do negócio, como a melhora da margem Ebit.

De outubro a dezembro, o Mercado Livre teve prejuízo de 46,1 milhões de dólares, ante prejuízo de 50,6 milhões um ano antes.

NOVOS CENTROS

O grupo revelou à Reuters a inauguração de quatro novos centros de distribuição no Brasil, todos em São Paulo ao longo de 2022. Um, no bairro paulistano de Perus, já começou a operar, enquanto dois em Barueri, na região metropolitana; e outro em Araçariguama (SP) vão ser abertos nos próximos meses.

Segundo a companhia, os novos centros aumentarão em mais de 1 milhão de pacotes sua capacidade logística diária, dobrando o potencial de entregas de encomendas no país.

Fonte : https://www.istoedinheiro.com.br/mercado-livre-cresce-605/

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Metaverso: nunca a experiência digital foi tão atrativa para consumidores e marcas

Nunca a experiência digital foi tão atrativa para consumidores e marcas. O encontro entre real e virtual se consolidou rapidamente por capacitar experiências mais sofisticadas e imersivas aos consumidores. Com a pandemia, essa estratégia mexeu com empresas ao redor do mundo e inovar tornou-se um gatilho para atrair e fidelizar novos e velhos consumidores.

É neste cenário que o Espaço Consul nasce unindo navegação intuitiva e diversos produtos da marca para o consumidor explorar e se inspirar. O tour virtual do Espaço Consul funciona assim: ao redor de uma pracinha central, o visitante virtual encontra três casas que refletem diferentes estilos de vida: a Casa Tecnologia, fácil de usar, que valoriza a funcionalidade; a Casa Design Inteligente, que destaca as práticas sustentáveis; e a Casa Cativante, que utiliza as cores para criar atmosferas confortáveis e aconchegantes. Em cada uma das casas, o consumidor vivencia virtualmente os ambientes, conhece a inspiração dos arquitetos, interage com os produtos da marca, confere vídeos e obtém outras informações.

“A criação do Espaço Consul é mais uma das formas que encontramos de nos aproximar dos nossos consumidores de forma que eles pudessem vivenciar a experiência dos produtos Consul. Eles podem conhecer os produtos e ainda ver como eles ficam dispostos nos ambientes”, comenta Allyne Magnoli, Diretora de Marketing da Whirlpool, dona da marca Consul.  Além disso a marca oferece até R$ 500 em cashback. “É incrível podermos criar algo desta dimensão para oferecer descontos, promoções e cashback diferenciados aos nossos clientes. Realmente faz a experiência ser ainda mais especial”, destaca a executiva.

 Metaverso traçando novos caminhos na jornada do cliente

Ações em que o consumidor pode ter acesso virtual ao produto e ainda obter vantagens vem sendo muito explorado por marcas que buscam diferenciação no digital. Segundo Chris Bradley, CEO da Batux, agência especializada em live marketing, que assina o projeto Espaço Consul, a estratégia incorpora e desdobra tendências atuais. “A ideia foi criar uma experiência completa que aproveitasse ao máximo as possibilidades que o metaverso nos oferece. Proporcionamos momentos agradáveis, envolventes e ricos em detalhes, que recompensam o consumidor e potencializam a conversão”.

imersão é a nova ordem quando o assunto é metaverso. Nunca foi tão importante para uma empresa estar atenta ao desenvolvimento de atrativos virtuais imersivos para seus clientes. O metaverso, que nada mais é que a integração de vários recursos tecnológicos e o espaço físico, vem transformando a relação entre clientes e marcas.

No Brasil, o conceito têm se destacado em ações por parte das empresas que exploram o universo dos gamers. Uma das empresas que se lançou nesse desafio foi o Banco do Brasil (BB). Em outubro deste ano, ela lançou o Game Box, uma carreata física que percorreu várias cidades brasileiras para promover uma experiência imersiva com jogos eletrônicos. O diferencial é exatamente a experiência metaverso, onde a empresa leva computadores, consoles, sala de streaming, entre outras atrações para tornar os jogos de alta performance acessíveis a todos. De olho nesse público, o banco também tem sido patrocinador de campeonatos do mercado gamer.

Outra marca que apostou nesse tema foi o Boticário. A empresa abriu uma loja no Avakin Life, um game de simulação de vida em 3D, na qual os jogadores podem resgatar recompensas em itens da marca, além de uma consultora virtual para explicar sobre ativações no jogo.

Já o iFood criou uma parceria com o jogo Grand Theft Auto (GTA) V e está presente no Cidade Alta, principal servidor do game na América Latina, no qual os jogadores podem criar seus personagens e viver situações semelhantes à vida real. Nesse ambiente virtual, o jogador poderá ser um entregador do aplicativo e ganhar dinheiro virtual (usado somente dentro do game) e até cupons de desconto para utilizar no app real.

Sem dúvida, muitas marcas estão sendo atraídas pelo potencial de engajamento do metaverso, principalmente com o público gamer. E a maioria dos líderes está saindo do campo da observação e indo para a prática.  Muitos especialistas defendem que os mundos virtuais onde conheceremos marcas, produtos e realizaremos compras mais imersivas irão além de uma geração e público específico. Essa experiência se consolidará num futuro próximo e, certamente, o metaverso traça este novo roteiro na jornada do cliente. Como bem salienta o britânico David Mattin, fundador do New World Same Humans, um informativo semanal sobre tendências, tecnologia e sociedade, “muito consumo vai acontecer lá. Esta é uma grande parte do futuro do consumo online”.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2021/12/01/metaverso-experiencia-digital/

Fusões e aquisições: como anda o varejo brasileiro nesse processo?

Até o início de agosto, o mercado de fusões e aquisições movimentou US$ 59,4 bilhões no Brasil. Os dados são da consultoria Dealogic, e mostram que esse valor já supera todo o volume negociado em 2020. Além disso, a cifra desse ano fez com que o país batesse o recorde de 2017, que era de US$ 52,6 bilhões.

Entre os destaques, estão os setores de saúde, financeiro e varejo. No caso do varejo, o setor protagonizou a segunda maior operação do ano, que foi a cisão do GPA (Grupo Pão de Açúcar) e Assaí, no valor de US$ 3,4 bilhões. Mais recentemente, as Lojas Americanas (LAME4) anunciaram negociações preliminares para a compra da Marisa.

De forma geral, analistas se mantêm otimistas com as fusões e aquisições no Brasil, inclusive no próximo ano. Nesse sentido, a liquidez no mercado é um dos principais fatores que motivam as boas perspectivas.

Neste artigo, falaremos especificamente sobre como está o varejo brasileiro nesse processo. Veremos alguns exemplos dessas negociações e, também, quais as estratégias de M&A no varejo. Continue a leitura e confira a seguir.

O que você verá neste artigo:
Fusões e aquisições no varejo: panorama geral
Aproveitando sinergias
Estratégias de M&A no varejo brasileiro
Perspectivas para as fusões e aquisições no varejo brasileiro
Fusões e aquisições no varejo: panorama geral

Para Elias Wiggers, assessor de investimentos da EQI, não foi só a necessidade de transformação digital que os novos hábitos de consumo trouxeram com a pandemia. Com o aumento do e-commerce, os varejistas viram que, para otimizar as suas estruturas, precisavam de produtos complementares.
Um exemplo disso foi a recente aquisição do hortifruti Natural da Terra pela Americanas (AMER3), anunciada em 11 de agosto. Antes disso, a Amazon já tinha apostado no varejo de alimentos com a aquisição da Whole Foods, nos Estados Unidos.

Segundo Wiggers, um dos fatores que motivam aquisições como essas é a subutilização da estrutura do varejo. Com o esvaziamento das lojas físicas na pandemia, precisou-se pensar em novas formas de rentabilizar a atividade.

“Afinal, por que não utilizar a mesma estrutura operacional e de logística para atender também as compras do dia a dia?”, pergunta ele. Ou seja, a mesma transportadora que leva o eletrodoméstico pode perfeitamente entregar itens de consumo básico, por exemplo.

Aproveitando sinergias
Para aproveitar melhor essas sinergias, os grandes players do varejo brasileiro têm ido a mercado em busca de parceiros que possam oferecer essas oportunidades. Nesse sentido, Elias dá o exemplo do IPO da Infracommerce, que ocorreu em abril desse ano.

A Infracommerce atua no modelo de full commerce. Em outras palavras, oferece suporte operacional para empresas que desejam fazer distribuição ou vendas on-line. Para isso, ela tem a hospedagem de site, sistema de pagamentos, controle de estoques, entrega, e assim por diante. Dessa forma, em vez de criar o próprio e-commerce, a empresa pode utilizar a expertise da Infracommerce para a operação.

Desde que fez o IPO, a Infracommerce já realizou duas aquisições. A primeira delas foi a argentina Summa Solutions, em meados de julho, por US$ 9 milhões. Menos de um mês depois, a companhia reforçou a operação com a aquisição da Tatix, empresa que atua no mesmo segmento. Com mais de 500 funcionários, a Tatix possui uma carteira de mais de 40 clientes, entre eles Vivo, Sky, Ambev e Uber e Mondelez. O valor da negociação foi de R$ 124 milhões.

Estratégias de M&A no varejo brasileiro
Segundo Aline Cardoso, gestora de renda variável da EQI, há três tipos de estratégias de M&A no varejo. A primeira delas visa complementar o ecossistema da plataforma com novas categorias. Nesse sentido, a aquisição da Natural da Terra pela Americanas é um bom exemplo.

Por outro lado, há também a estratégia de comprar ativos que sofreram muito na pandemia e ficaram bem mais baratos. Nesse caso, um exemplo é a aquisição da Hering pelo Grupo Soma. A negociação foi realizada em abril desse ano e, em julho, o Grupo Soma anunciou follow-on para levantar R$ 882 milhões.

As ações começaram a ser vendidas na bolsa no dia 22 de julho. Dessa vez, a oferta foi direcionada apenas a investidores profissionais.

Por fim, temos a estratégia de compra de expertise no varejo brasileiro. As aquisições de fintechs e mídia on-line (como Canaltech) por parte da Magalu (MGLU3) são um exemplo.

Perspectivas para as fusões e aquisições no varejo brasileiro
De acordo com Aline, o setor deve continuar aquecido. Nesse sentido, declara a gestora, “a Renner levantou R$ 4 bilhões em oferta nesse ano e ainda não gastou praticamente nada. Além disso, há ativos que estão publicamente à venda, como C&A e Marisa. ”

No entanto, ela acredita que as companhias listadas darão preferência a aquisições menores. Ou seja, empresas que complementem e fortaleçam seus portfólios de produtos e serviços.

Por fim, Aline declara que “o grande nome do jogo é melhorar e fortalecer os ecossistemas. Para isso, será preciso melhorar os serviços, o engajamento do usuário e a monetização dos sites e apps.

Fonte : https://www.euqueroinvestir.com/fusoes-e-aquisicoes-como-anda-o-varejo-brasileiro-nesse-processo/

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Riachuelo aumenta aposta em financeira para conhecer jornada do consumidor

Numa ação inusitada promovida há alguns dias, 14 lojas da Riachuelo amanheceram com uma fachada diferente, onde lia-se o nome Midway. Ao mesmo tempo, o avatar do perfil da varejista de moda no Instagram também foi trocado pelo logo da financeira. O objetivo era mostrar que a Midway faz parte do mesmo conglomerado que a Riachuelo, o Grupo Guararapes. Com mais de 33 milhões de clientes em sua base, a financeira é a maior emissora de cartões private label do Brasil, mas quer ampliar a oferta de serviços para os consumidores.

“O cliente conhece a Midway por meio do cartão Riachuelo. Quando decidimos fazer a migração para um banco digital, passamos a oferecer outros serviços financeiros. A conta, assim, substitui o cartão como grande integradora desses serviços”, diz Paulo Mendes, diretor-executivo de serviços financeiros da Riachuelo e Midway, em entrevista ao portal Mercado&Consumo.

A plataforma agora disponibiliza empréstimos, sorteios e rendimentos diários indexados ao CDI na conta remunerada. Também oferece saques em bancos 24 horas, pagamentos, transferências para outros bancos, depósitos, contratação de seguros e assistências. Em breve, oferecerá aos clientes solução Open Banking e Pix.

“A conta tem vantagem sobre o cartão porque não depende de aprovação, o que vai ao encontro do nosso objetivo de democratizar o acesso à moda”, afirma Mendes. “Além disso, oferecemos crédito num ambiente que o cliente conhece, que é o da moda, fora da zona fria dos bancos.”

O aprofundamento da relação com os consumidores é, também, um foco da empresa. Por meio da conta digital, a Riachuelo amplia o conhecimento que tem do cliente. “A conta é mais um elemento de relacionamento conosco, permitindo um atendimento mais completo e o entendimento de quais são as jornadas o que cliente faz conosco”, complementa o diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo, Elio Silva.

Carter’s, Casa Riachuelo e marketplace
O ecossistema ao qual Silva se refere vem ganhando força nos últimos meses, apesar da pandemia de Covid-19 e dos impactos causados por ela no varejo. O Grupo Guararapes abriu no ano passado as primeiras lojas da Carter’s, marca de moda infantil americana licenciada, e da Casa Riachuelo, especializada em itens de casa, mesa e banho, que acaba de ganhar sua maior unidade no Midway Mall, operação de shopping center da companhia.

Em tempos de omnicanalidade, a aposta no digital também é intensa. Inaugurado há dois meses, o marketplace da Riachuelo já conta com cerca de 100 lojistas (sellers) e permitiu um grande aumento de sortimento de itens que complementam a jornada do consumidor.

“Na loja física, oferecemos uma experiência sensorial mais forte e adequada ao timing daquele cliente que decidiu ir até lá. Mas o colaborador também passa a contar com uma prateleira infinita. O cliente pode comprar uma moto elétrica ou uma TV de 60 polegadas e usar nossa ferramenta de crédito para parcelar em 10 ou 15 vezes. Nossos produtos financeiros permitem que ele navegue entre vários canais”, explica Elio Silva.

Para ele, apesar de o consumidor ter se acostumado a usar mais serviços digitais ultimamente, ele não vai deixar de ir na loja física – mas também vai querer ter experiências digitais nelas. “No ano passado, todo mundo deixou de ter e-commerce e passou a ter um sistema de venda digital. Existe o e-commerce, o WhatsApp é integrado à loja, o live commerce e outros meios de relacionamento digital diferentes daquele da jornada pré-pandemia.”

A loja da Casa Riachuelo do Midway Mall, por exemplo, tem um espaço dedicado ao e-commerce de vinhos TodoVino. Nele, o consumidor pode ver todos os rótulos à venda no site, fazer a escolha a partir de uma conversa com um sommelier e pagar por meio do uso de um QR Code – o vinho é entregue em casa. Boa parte dos vinhos vendidos ali não estava nem disponível na cidade de Natal (RN), onde fica o shopping.

Com o consumidor escolhendo o meio, o tempo e a forma de se relacionar com as empresas, o varejista que não tiver os canais certos perderá relevância, afirma o diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo. O cliente nunca teve tantas possibilidades. A boa notícia é que as empresas também nunca estiveram tão preparadas para terem uma relação longa com eles como agora.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/08/18/riachuelo-aumenta-aposta-em-financeira-para-conhecer-jornada-do-consumidor/

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Mercado Livre: De marketplace a provedor de experiências para comprador e vendedor

Empresa se firma como um dos principais Ecossistemas de Negócios em operação no Brasil.
Criado como um marketplace há 22 anos, o Mercado Livre se transformou, ao longo do tempo, em “um provedor de experiências completas para compradores e vendedores”, define o vice-presidente sênior e Country Lead da empresa no Brasil, Fernando Yunes. Na nona edição do Fórum Lide de Marketing e Varejo, realizada na última sexta-feira (13), de forma híbrida – parte presencial, parte on-line -, ele falou sobre o crescimento da empresa, o investimento no Brasil e a aceleração provocada pela pandemia, entre outros temas.

Segundo Yunes, nos últimos 18 meses, entre 12 e 13 milhões de pessoas entraram no e-commerce, além de mais de 1 milhão de novos vendedores. Ancorada nas várias soluções que oferece, como a de logística (Mercado Envios), de crédito (Mercado Pago) e de publicidade (Mercado Ads), a empresa conseguiu capitalizar esse crescimento.

“A Mercado Envios foi criada para permitir que o comprador pudesse receber de forma mais rápida. Antes, as entregas demoravam 5, 6, 7 dias. Hoje, em 2.100 cidades já oferecemos entrega no dia seguinte. Além disso, 20% das nossas vendas são para entrega no mesmo dia – se a compra for feita até as 11h”, exemplifica.

Investimentos em logística
É justamente na logística que a empresa prevê grandes investimentos no Brasil. A empresa anunciou que vai abrir mais dois Centros de Distribuição (CD) do tipo “fulfillment” até 2022. Esses centros são os que armazenam produtos dos lojistas virtuais para fazer entregas mais rápidas. Um deles será lançado até o fim deste ano em Franco da Rocha (SP). O outro deve estrear no quarto trimestre de 2022 na região metropolitana de Minas Gerais.

“O vendedor precisa de crédito? O Mercado Pago oferece crédito. As soluções de pagamento também são variadas para que a conversão possa aumentar. Ou seja: uma série de elementos são colocados ao redor do vendedor para ele ter uma espécie de ‘one stop shop’. Ele chega num lugar que consegue endereçar as necessidades, os problemas e as fricções dele e, com isso, aquele lugar se torna um parceiro super importante de vendas”, diz Fernando Yunes.

Vendas de supermercado
Do lado do consumidor final, o destaque está na oferta de quase 320 milhões de itens. Os produtos usados, que eram predominantes há 22 anos, hoje representam apenas 4% das vendas. Atualmente, o Mercado Livre vende de móveis a produto de supermercado (por meio de uma parceria recente feita com o Grupo Pão de Açúcar).

“Essa parceria começou com um sucesso explosivo. Já temos 1.600 SKUs nos CDs do Mercado Livre, e a expectativa é terminar o ano com algo entre 7 mil ou 8 mil. Atualmente, 70% das vendas são para cidades e regiões que o GPA não atendia”, conta o executivo. “Como esse exemplo, outras parcerias mostram o potencial grande de integração e sinergia com outras empresas. ”

Com todas essas facilidades, o Mercado Livre tem se posicionado como um dos principais Ecossistemas de Negócios do País, destaca Eduardo Yamashita, COO Gouvêa Ecosystem. Ele cita como exemplos, ainda, o Magazine Luiza e da Via, entre outros.

“O varejo no Brasil é o negócio que mais tem acesso ao consumidor e que conhece esse consumidor. É um setor com uma forte competência de meios de pagamentos e que absorve muita experiência internacional da China e dos Estados Unidos. Por isso os ecossistemas nascem no Brasil pelo varejo”, analisa Yamashita.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/08/13/mercado-livre-de-marketplace-a-provedor-de-experiencias-para-comprador-e-vendedor/

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Guerra do delivery: Mercado Livre vai dar 60% de desconto em itens de supermercado

A categoria supermercado é que mais cresce dentro do delivery. Por isso, a maioria dos marketplaces passaram a vender produtos como sabão em pó, fralda, cerveja e xampu. No Mercado Livre, a venda desses produtos completa um ano.

Para comemorar a data, o Mercado Livre vai dar até 60% de desconto em 5.000 itens dessa categoria, além de além de cerca de R$ 400 mil em cupons diários de descontos. Para carrinhos com 10 ou mais itens de supermercado, o consumidor receberá um desconto adicional de 15% em sua compra.

Guerra do tempo
Para usuários das regiões metropolitanas de São Paulo, Salvador (BA) e Florianópolis (SC), as compras realizadas até às 11h, de produtos sinalizados como FULL na plataforma, serão entregues no mesmo dia.

O Mercado Livre não está sozinho nessa disputa pela entrega rápida. Na Via, compras feitas até as 12h são entregues no mesmo dia. A Americanas tem um serviço de entrega em 30 minutos. No Magalu, as entregas são feitas em até uma hora.

Por que esse interesse por supermercado?
É a recorrência, minha gente. Entre as compras que as pessoas fazem com mais frequência estão as de itens de supermercado, principalmente em tempos de isolamento social. “Esta categoria traz recorrência, ou seja, os consumidores voltam mais vezes para comprar produtos de alimentos e sempre acaba comprando produtos de outras categorias, aumentando o ticket médio da compra total”, diz Flavio Urea, diretor comercial de marketplace da Via.

Fonte : 6minutos.uol.com.br

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Americanas fará entregas de itens de conveniência em 30 minutos

O tempo de entrega é a nova fronteira da guerra do delivery. A Americanas anunciou na última segunda (19), o lançamento do app Americanas Delivery, que promete entregas ultra rápidas. O app está disponível na App Store e no Google Play e também vai funcionar dentro da Americanas como um miniapp.

“Aproveitaremos a capilaridade das mais de 1.700 lojas físicas, verdadeiros hubs urbanos pelo Brasil, para ter uma entrega mais ágil, disponibilizando também todo nosso sortimento”, afirma Tomas Scopel, diretor do Americanas Delivery.

Qual a novidade? Os clientes podem receber, em poucos minutos, itens de conveniência, incluindo supermercados, farmácias, restaurantes, presentes, petshops, entre outros.

O Americanas Delivery tem um tempo médio de entrega de 30 minutos, e possibilidade de horário de entrega agendado.

Essa entrega rápida está disponível em todo o Brasil? Ainda não. O Americanas Delivery vai começar a operação no Espírito Santo, nas cidades de Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari, e também em Niterói, no Rio de Janeiro.

A companhia vai expandir o modelo de ultra fast delivery para Joinville e para o ABC Paulista ainda em 2021. Para o primeiro semestre de 2022 já foram mapeadas outras 22 cidades, com o objetivo de atingir mais de 100 cidades até o final do ano que vem.

Fonte : https://6minutos.uol.com.br/negocios/guerra-do-delivery-americanas-fara-entregas-de-itens-de-conveniencia-em-30-minutos/

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