Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, é imperativo que o setor financeiro se mantenha na vanguarda da inovação. E é exatamente isso que o Banco Central (BC) brasileiro planeja fazer com o projeto Drex, uma revolução que promete, em um ambiente democrático, seguro e distribuído, redefinir a forma como os pagamentos digitais são feitos.
A previsão é de que, entre o final de 2024 e o início de 2025, os brasileiros tenham a oportunidade de passar por uma mudança de paradigma nos pagamentos digitais de forma experimental, o que promete trazer uma série de benefícios e transformações significativas que poderão ser explorados por meio da redução de custos de transações programáveis, padronizadas, com interoperabilidade e reutilização de protocolos. Teremos também a possibilidade de criação de contratos inteligentes (smart contracts) com execução automática e a tokenização facilitando transferências de ativos.
Destrinchando o Drex
O Drex trata-se de uma promessa de Real Digital do BC: uma versão digital da moeda oficial brasileira respaldada pelo governo do país. No cerne dessa operação, está a premissa de tornar os pagamentos digitais mais acessíveis, eficientes e seguros do que nunca. Para alcançar isso, o Drex incorpora inovações tecnológicas que o diferenciam dos sistemas de pagamento convencionais.
Uma de suas características mais notáveis é a base na tecnologia blockchain, que garante o registro de todas as transações de forma transparente e imutável, o que significa que qualquer tentativa de fraude se torna virtualmente complexa. Além disso, a utilização da criptografia fornece mais segurança, proporcionando aos usuários a tranquilidade de que as suas informações financeiras estarão protegidas.
Vale ressaltar que a nova solução não será uma criptomoeda, afinal o Drex tem uma gestão centralizada pelo BC e operada em plataforma própria, em que há regras importantes para manter a segurança, a privacidade e a legalidade das transações – criptomoedas, por sua vez, são ativos digitais normalmente emitidos por iniciativa privada. Outro diferencial é que não haverá volatilidade na moeda, pois o objetivo é fornecer paridade fixa de um para um com o real.
Benefícios
Para os consumidores, haverá inúmeros benefícios, como a eliminação da necessidade de intermediários financeiros, que pode resultar em taxas mais baixas, tempos de processamento mais rápidos e movimentações realizadas em questão de segundos, 24 horas por dia, sete dias por semana, sem depender do horário bancário.
A novidade promete oferecer maior acessibilidade financeira, permitindo que pessoas não bancarizadas tenham acesso a serviços financeiros essenciais, o que pode auxiliar na redução da exclusão financeira e levar mais pessoas para a economia formal.
As empresas também colherão os frutos do Drex, uma vez que, com transações mais rápidas e baratas, os custos operacionais podem ser reduzidos, resultando em margens de lucro mais saudáveis. Vale mencionar ainda a facilidade de integração com sistemas de pagamento existentes, que podem tornar a adoção do método de pagamento uma escolha natural para organizações de todos os portes.
Outro ponto que pode gerar benefícios às companhias é a possibilidade de usar ativos digitais como garantia em transações de créditos. Nesse cenário, o não pagamento de uma dívida pode provocar a execução da garantia de forma automática, barateando a operação de crédito.
O projeto apresenta, portanto, um potencial para transformar a maneira como as corporações lidam com a contabilidade e os impostos, visto que as transações registradas de forma imutável no blockchain simplificam a conformidade tributária e a prestação de contas, o que é positivo para empresas e órgãos governamentais.
Diante desse cenário, é possível acreditar que o Drex chegará ao dia a dia dos brasileiros pronto para liderar a revolução dos pagamentos digitais. É uma mudança que promete transformar o futuro financeiro do país e, quem sabe, de todo o mundo.
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