Fusões e aquisições: como anda o varejo brasileiro nesse processo?

Até o início de agosto, o mercado de fusões e aquisições movimentou US$ 59,4 bilhões no Brasil. Os dados são da consultoria Dealogic, e mostram que esse valor já supera todo o volume negociado em 2020. Além disso, a cifra desse ano fez com que o país batesse o recorde de 2017, que era de US$ 52,6 bilhões.

Entre os destaques, estão os setores de saúde, financeiro e varejo. No caso do varejo, o setor protagonizou a segunda maior operação do ano, que foi a cisão do GPA (Grupo Pão de Açúcar) e Assaí, no valor de US$ 3,4 bilhões. Mais recentemente, as Lojas Americanas (LAME4) anunciaram negociações preliminares para a compra da Marisa.

De forma geral, analistas se mantêm otimistas com as fusões e aquisições no Brasil, inclusive no próximo ano. Nesse sentido, a liquidez no mercado é um dos principais fatores que motivam as boas perspectivas.

Neste artigo, falaremos especificamente sobre como está o varejo brasileiro nesse processo. Veremos alguns exemplos dessas negociações e, também, quais as estratégias de M&A no varejo. Continue a leitura e confira a seguir.

O que você verá neste artigo:
Fusões e aquisições no varejo: panorama geral
Aproveitando sinergias
Estratégias de M&A no varejo brasileiro
Perspectivas para as fusões e aquisições no varejo brasileiro
Fusões e aquisições no varejo: panorama geral

Para Elias Wiggers, assessor de investimentos da EQI, não foi só a necessidade de transformação digital que os novos hábitos de consumo trouxeram com a pandemia. Com o aumento do e-commerce, os varejistas viram que, para otimizar as suas estruturas, precisavam de produtos complementares.
Um exemplo disso foi a recente aquisição do hortifruti Natural da Terra pela Americanas (AMER3), anunciada em 11 de agosto. Antes disso, a Amazon já tinha apostado no varejo de alimentos com a aquisição da Whole Foods, nos Estados Unidos.

Segundo Wiggers, um dos fatores que motivam aquisições como essas é a subutilização da estrutura do varejo. Com o esvaziamento das lojas físicas na pandemia, precisou-se pensar em novas formas de rentabilizar a atividade.

“Afinal, por que não utilizar a mesma estrutura operacional e de logística para atender também as compras do dia a dia?”, pergunta ele. Ou seja, a mesma transportadora que leva o eletrodoméstico pode perfeitamente entregar itens de consumo básico, por exemplo.

Aproveitando sinergias
Para aproveitar melhor essas sinergias, os grandes players do varejo brasileiro têm ido a mercado em busca de parceiros que possam oferecer essas oportunidades. Nesse sentido, Elias dá o exemplo do IPO da Infracommerce, que ocorreu em abril desse ano.

A Infracommerce atua no modelo de full commerce. Em outras palavras, oferece suporte operacional para empresas que desejam fazer distribuição ou vendas on-line. Para isso, ela tem a hospedagem de site, sistema de pagamentos, controle de estoques, entrega, e assim por diante. Dessa forma, em vez de criar o próprio e-commerce, a empresa pode utilizar a expertise da Infracommerce para a operação.

Desde que fez o IPO, a Infracommerce já realizou duas aquisições. A primeira delas foi a argentina Summa Solutions, em meados de julho, por US$ 9 milhões. Menos de um mês depois, a companhia reforçou a operação com a aquisição da Tatix, empresa que atua no mesmo segmento. Com mais de 500 funcionários, a Tatix possui uma carteira de mais de 40 clientes, entre eles Vivo, Sky, Ambev e Uber e Mondelez. O valor da negociação foi de R$ 124 milhões.

Estratégias de M&A no varejo brasileiro
Segundo Aline Cardoso, gestora de renda variável da EQI, há três tipos de estratégias de M&A no varejo. A primeira delas visa complementar o ecossistema da plataforma com novas categorias. Nesse sentido, a aquisição da Natural da Terra pela Americanas é um bom exemplo.

Por outro lado, há também a estratégia de comprar ativos que sofreram muito na pandemia e ficaram bem mais baratos. Nesse caso, um exemplo é a aquisição da Hering pelo Grupo Soma. A negociação foi realizada em abril desse ano e, em julho, o Grupo Soma anunciou follow-on para levantar R$ 882 milhões.

As ações começaram a ser vendidas na bolsa no dia 22 de julho. Dessa vez, a oferta foi direcionada apenas a investidores profissionais.

Por fim, temos a estratégia de compra de expertise no varejo brasileiro. As aquisições de fintechs e mídia on-line (como Canaltech) por parte da Magalu (MGLU3) são um exemplo.

Perspectivas para as fusões e aquisições no varejo brasileiro
De acordo com Aline, o setor deve continuar aquecido. Nesse sentido, declara a gestora, “a Renner levantou R$ 4 bilhões em oferta nesse ano e ainda não gastou praticamente nada. Além disso, há ativos que estão publicamente à venda, como C&A e Marisa. ”

No entanto, ela acredita que as companhias listadas darão preferência a aquisições menores. Ou seja, empresas que complementem e fortaleçam seus portfólios de produtos e serviços.

Por fim, Aline declara que “o grande nome do jogo é melhorar e fortalecer os ecossistemas. Para isso, será preciso melhorar os serviços, o engajamento do usuário e a monetização dos sites e apps.

Fonte : https://www.euqueroinvestir.com/fusoes-e-aquisicoes-como-anda-o-varejo-brasileiro-nesse-processo/

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Top 10 de crescimento de varejo eletrônico tem Brasil em segundo lugar

China se mantém como maior e-commerce no futuro previsível e Índia é o que mais cresce. Brasil entra para o top 10 de maiores e-commerce.
Não é segredo que a pandemia deflagrou uma forte aceleração do varejo eletrônico em vários países, trazendo amadurecimento a certos emergentes que se mostravam relativamente atrasados. Desde março de 2020, o crescimento em certos mercados tem sido tão puxado que previsões foram revistas. Ainda que a lista referente aos maiores e-commerces em termos de tamanho não tenha mudado muito, o top 10 dos mercados eletrônicos que mais crescem vem apresentando surpresas hora sim, hora também.

Segundo o Previsão para o E-commerce Global 2021, da consultoria eMarketer, o Top 10 de crescimento de varejo on-line tem o Brasil em segundo lugar para 2021. Segundo as estimativas, o País terá um avanço de 26,8%, à frente de outros emergentes como Rússia, Argentina e México. A média global prevista para o crescimento do e-commerce neste ano é de 16,8%.

Há diversos indícios que baseiam uma previsão otimista sobre o e-commerce brasileiro. As startups de soluções ao varejo são um exemplo. Em termos de investimento, elas já bateram o total de aportes de 2020, superando os US$ 700 milhões. Nos pagamentos, o varejo já conta com uma maturidade digital para resolver gargalos nos processamentos das transações, além de contar com um celeiro de retailstechs de fidelidade em ponto de ebulição.

Ainda assim, a Índia será o mercado de comércio eletrônico de crescimento mais rápido neste ano. Embora o crescimento total das vendas no varejo da Índia tenha despencado em 2020, seu e-commerce segue em ritmo forte. Segundo a eMarketer, as vendas digitais devem aumentar 27% no país este ano, à medida que mais varejistas lançam ou expandem suas lojas on-line. “Isso levará o país ao oitavo lugar na tabela anual de vendas de comércio eletrônico no varejo”, conforme a previsão.

Vale lembrar que na pesquisa da eMarketer de 2020, o mercado latino desbancou todos os outros continentes em termos de crescimento do e-commerce. A Argentina foi o mercado que mais cresceu, beirando os 80% de avanço. O Brasil avançou 35%, pelos cálculos da consultoria, quando o crescimento global foi de 27,6%.

O estudo também chama a atenção da Rússia, que estreia no ranking dos 10 mercados eletrônicos que mais crescem, com um aumento estimado de 26,1% em 2021.

Maiores e-commerces
Em 2021, a região Ásia-Pacífico será de longe o maior mercado de comércio eletrônico de varejo, com vendas digitais chegando a quase US $ 3 trilhões. Assim, seu e-commerce se tornará três vezes maior que o varejo eletrônico da América do Norte e quase cinco vezes maiores do que na Europa Ocidental.

A China é o mercado maior comércio eletrônico do mundo por uma grande considerável. “O grande número de compradores digitais e seu crescente poder de compra coletiva manterão a China na liderança em qualquer futuro previsível”, prevê o estudo. A China corresponderá por ​​52,1% de todas as vendas de comércio eletrônico no varejo em todo o mundo neste ano, ultrapassando, em muito, os 19% dos EUA.

Ainda no subcontinente asiático, a Índia é a grande promissora porque acredita-se que seu potencial para comércio eletrônico ainda não foi explorado, muito por conta da pandemia, o que deve manter o crescimento latente entre 2021 e 2025.

A América do Norte será a segunda maior região, com as vendas no varejo digital em torno de US $ 1 trilhão neste ano. A América Latina, que ficou atrás da Europa Central e Oriental em 2020, vai superá-las em 2021 mediante sua contínua arrancada em países como Brasil e Argentina, com vendas estimadas US $ 131,4 bilhões. Dado o forte incremento do e-commerce brasileiro em 2020 e 2021, o País deve fechar o ano como 10 º maior varejo eletrônico do mundo.

Ainda assim, os cinco principais mercados de comércio eletrônico permaneceram os mesmos desde 2018, e a previsão é que China, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul continuem como os cinco principais até 2025. O estudo aponta que há uma concentração nos países com mais aumento e tamanho de e-commerce, já que o número de países onde o comércio eletrônico deve expandir dois dígitos está aumentando.

“Antes da pandemia, apenas oito dos 32 mercados que cobrimos registravam penetração do comércio eletrônico na casa dos dois dígitos. Em 2020, essa lista se expandiu para 16 mercados e incluirá 22 mercados até 2025”, aponta o estudo.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2021/07/19/top-10-varejo-eletronico-brasil/

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Pipeline Capital apresenta mapa do ecossistema de e-commerce brasileiro de 2021

Pipeline Capital, uma Capital Tech Driven Company, lançou para o mercado, nesta terça-feira (20), um scape report que traz o mais completo ecossistema do e-commerce brasileiro. O E-Commerce Brasil é parceiro do estudo e um dos responsáveis pela divulgação ao mercado. Como uma empresa está ligada a outra? Como funciona e o que move o e-commerce no Brasil?
O scape report do ecossistema do e-commerce brasileiro é uma ferramenta de conhecimento e um guia de oportunidades de negócios para toda a indústria.

Essa nova edição traz mais 770 soluções e serviços para e-commerce, categorizados e com destaque especial aos mantenedores do Projeto E-Commerce Brasil 2021. Todos os 106 mantenedores do ECBR estão representados em meio a um ecossistema de dar orgulho.

Um dos grandes desafios das empresas, sejam elas grandes ou pequenas, é entender o seu mercado. Hoje as segmentações estão cada vez mais complexas com novos mercados nascendo constantemente, a ideia do Scape Report é ajudar a sua empresa se posicionar, definir estratégias e até procurar fornecedores.

O anúncio oficial do novo scape report do ecossistema do e-commerce brasileiro aconteceu no evento Big Solutions – Black Friday 2021, do E-Commerce Brasil.

Com relação ao divulgado no ano passado, nota-se o grande crescimento do e-commerce brasileiro em menos de 12 meses, com um salto de mais de 100 empresas. Em sua missão de fomentar o mercado de comércio eletrônico, o E-Commerce Brasil é parceiro da Pipeline Capital na divulgação do material.

O mapa do ecossistema do e-commerce brasileiro está disponível para download no link abaixo (fonte desta matéria).

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mapa-do-ecossistema-de-e-commerce-brasileiro-de-2021-pipeline-capital/

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“A gente nunca sabe quantas unidades de negócio o Alibaba tem”

Ex-vice-presidente da empresa, Shaoming Yang, comenta modelo.

AliExpress, Alipay, Taobao, Tmall, Ant Financial, Freshippo. Todas essas empresas fazem parte do Alibaba Group, mas não só. Na verdade, é praticamente impossível saber o tamanho real da gigante chinesa – e isso é difícil até para quem tem experiência dentro dela. “Existe um ditado que diz que a gente nunca sabe quantas unidades de negócio o Alibaba tem”, conta Shaoming Yang, ex-vice-presidente do grupo. Após diversas parcerias e aquisições, a empresa criada em 1999 é, hoje, o principal símbolo do modelo de Ecossistemas de Negócios, que tem sido replicado mundo afora.

Shaoming Yang participou, na manhã desta sexta-feira (28), do primeiro ciclo do Programa de Desenvolvimento Estratégico em Consumo e Varejo da Gouvêa Academy, integrante da Gouvêa Ecosystem, e traçou um panorama geral dos ecossistemas da China.

Como o Alibaba ficou tão grande? “Em 1999, eles eram apenas um negócio B2B, fundado para suprir outros negócios. Com o tempo, novos modelos começaram a ser testados, como o do Tmall, criado em 2008.

O Tmall é o site de e-commerce B2C do grupo. Cria páginas de e-commerce de várias empresas e é definida por Yang como o “portal de todas as marcas”. “A Amazon tentou copiar esse modelo e criar páginas de marcas famosas, mas ainda faz isso de forma muito diferente. O funcionamento do Tmall é portal centralizado, e a da Amazon, descentralizado.”

Outro negócio de destaque no grupo é o Alimama, plataforma de tecnologia de marketing on-line
que oferece aos vendedores serviços de marketing on-line para uso pessoal, computadores e dispositivos móveis. Segundo Yang, é uma das principais fontes de receita do grupo hoje. “Os negócios que fazem parte da camada externa do ecossistema do Alibaba Group fornecem dados e tráfego para o e-commerce.”

Desenvolvimento estratégico

O primeiro ciclo do Programa de Desenvolvimento Estratégico em Consumo e Varejo conta com a participação de Ricardo Geromel, investidor na 3G Radar e autor dos best-sellers “O Poder da China”, sobre tecnologia e inovação da China, e “Bi.lio.nár.ios”.

Participam, ainda, o sócio-líder de Cyber Security & Privacy da KPMG Brasil e para as Américas, Leandro Augusto Marco Antonio, o sócio-diretor de Risk Advisory Services da KPMG Brasil, Eduardo C. Azevedo, e a sócia-líder de Tributos Indiretos – KPMG Brasil, Maria Isabel Ferreira.

A moderação é de Marcos Gouvêa de Souza (fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem) e Eduardo Yamashita (chefe de operações da Gouvêa Ecosystem), autores do whitepaper “Ecossistemas de negócios: Transformando o mercado, o consumo e o varejo”.

O próximo ciclo do Programa de Desenvolvimento Estratégico em Consumo e Varejo será realizado em julho.

 

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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