30 KPIs: O norte da agenda ESG na Solistica, com foco em sustentabilidade e inovação logística

Empresa aposta na consolidação de cargas, eletrificação da frota e ações comunitárias para atingir metas ambientais, integrando clientes e fornecedores em um ecossistema sustentável.

O ESG se fortalece cada vez mais no Brasil, especialmente entre empresas que enxergam a sustentabilidade como um diferencial competitivo e uma responsabilidade com o futuro. A agenda avança amplamente no país, com 51% das empresas brasileiras declarando ter estratégia de sustentabilidade — um aumento de 14 pontos percentuais entre 2021 e 2024.

Um desses exemplos é a Solistica, operador logístico que tem apostado na implementação dessas práticas — de acordo com a companhia, de forma contínua e estratégica. Segundo o diretor de Contratos Logísticos da companhia, Marcelo Andrade, a empresa desenvolveu iniciativas ESG ao longo dos anos, alinhando-se com as exigências globais e as necessidades específicas de clientes e parceiros.

“Desde o início, a Solistica sempre teve uma cultura muito voltada à parte ambiental e regulatória. A gente sempre olhou para esses aspectos com muita seriedade. Operamos em mercados onde a gestão técnica, a qualidade e o compliance são absolutamente essenciais”, explicou o executivo.

De acordo com ele, a companhia propôs a ser “mais do que um operador logístico”. “Queríamos ser uma extensão da indústria dos nossos clientes, sempre pautando o mercado e nos colocando em um nível superior em termos de exigências. A sustentabilidade, dentro desse contexto, foi algo que aconteceu naturalmente para nós.”

A EVOLUÇÃO DO ESG NA SOLISTICA

Para a Solistica, o ESG não foi uma pauta repentina, mas uma consequência de práticas já consolidadas. Andrade destacou que, há mais de uma década, a empresa já trabalhava com certificações como a ISO 9000, 14000 e 45000, que garantiam padrões de excelência em gestão ambiental e de qualidade, algo que poucos operadores logísticos no Brasil faziam à época.

“A gente já tinha a ISO 14000 quando quase ninguém falava disso no Brasil. Isso só reforça nosso compromisso de sempre olhar para frente, de pautar o mercado em vez de só seguir tendências. Na nossa história, sempre estivemos à frente no quesito de qualidade e sustentabilidade”, ressaltou.

A partir dessa base, a Solistica criou três plataformas internas para organizar ações ESG: “Nosso Planeta”, “Nossa Comunidade” e “Nossa Gente”.  “Esses três blocos são o cerne das nossas ações hoje. Eles nos permitem focar em indicadores que realmente fazem diferença e criar um ambiente de troca de experiências entre nossos clientes e fornecedores, sempre elevando o nível das operações”, detalhou o executivo.

DESAFIOS DE MATURIDADE E ESTRATÉGIAS PARA AVANÇAR

No entanto, ter a pauta ESG fortalecida dentro da companhia não significa que essa pauta está livre de desafios. Segundo Andrade, essa maturidade varia muito de cliente para cliente. “Todo mundo quer avançar em ESG, mas os níveis de apetite e de investimento ainda oscilam bastante, principalmente quando envolvem questões financeiras. A verdade é que muitas empresas querem fazer, mas esbarram no custo e na viabilidade econômica”, afirmou.

Para lidar com essas diferenças, a Solistica desenvolveu uma abordagem estratégica que considera três fatores essenciais: impacto, eficiência e custo. “Primeiro, sempre avaliamos qual é o impacto gerado por cada ação. Não adianta você fazer algo que não traga um resultado relevante. Depois, a gente analisa a eficiência: qual é o nível desse impacto? E, por fim, a gente vê se é viável, financeiramente falando. Muitas vezes as pessoas acham que ESG é caro, mas nós provamos que não precisa ser.”

Um exemplo de projeto barato e bem-sucedido citado pelo executivo é o “Papatampinha”, que envolve coleta seletiva de tampinhas de refrigerante. “O mais legal é que essa ação envolve não só nossos colaboradores, mas também suas famílias, criando um hábito sustentável que vai além do ambiente corporativo”, pontuou.

METAS AMBIENTAIS E ELETRIFICAÇÃO DA FROTA

Um dos grandes focos da Solistica no pilar ambiental é a redução de emissões de CO2. “Sem dúvida, nosso maior passivo é o CO2, porque somos uma empresa de transporte. Mas estamos constantemente buscando formas de mitigar isso”, comentou Andrade.

Focada em enfrentar esse desafio, a empresa tem apostado em veículos elétricos e na otimização das rotas de transporte. “A eletrificação da frota é uma prioridade, mas também estamos focados em consolidar cargas para evitar que os veículos saiam com capacidade ociosa. O que a gente faz de mais efetivo hoje é consolidar. Se antes a gente precisava de dez veículos, agora a gente pode fazer a mesma operação com sete, e isso diminui significativamente nossas emissões”, explicou o diretor de Contratos Logísticos.

Além disso, a Solistica tem metas ambiciosas de sustentabilidade para 2030 e 2050. Segundo Marcelo Andrade, essas metas incluem o uso de 85% de energia limpa nos centros de distribuição e a reciclagem de quase 100% dos resíduos gerados por suas operações. “A gente recicla praticamente tudo o que passa pelos nossos CDs, desde plástico até pallets. Isso inclui não só os resíduos da Solistica, mas também os que vêm dos nossos clientes. É uma cadeia de reciclagem que beneficia todos”, enfatizou.

CONSTRUÇÃO DE INDICADORES E O FUTURO DO ESG

Outro aspecto fundamental no avanço da agenda ESG na Solistica é a construção de indicadores que permitem medir e aprimorar as ações em curso. Andrade explicou que a empresa monitora cerca de 30 KPIs, que foram desenvolvidos ao longo dos anos. “Começamos há cerca de dez anos, com uma base simples, e fomos avançando. Todo ano, nós adicionamos um ou dois novos itens, seja com foco em energia, água, resíduos ou ações sociais. Foi um processo de aprendizado constante, e hoje podemos dizer que temos um programa robusto que leva essas práticas para todos os nossos clientes”, detalhou Marcelo Andrade.

O executivo reforçou estar confiante de que o ESG continuará a crescer em importância no Brasil, especialmente no setor logístico. “Há cinco anos, a gente tinha talvez um quinto das pautas ESG que a gente tem hoje. O interesse dos clientes e das empresas só aumenta. Hoje, muitas negociações que fazemos já trazem o ESG como uma obrigação, e isso é fantástico. Acredito que, nos próximos anos, esse movimento vai se intensificar ainda mais. O ESG é o futuro, e nós vamos continuar a investir nisso. Não é só bom para o planeta, é bom para o nosso negócio também. E essa é a melhor parte: todo mundo ganha.”

Fonte: “30 KPIs: O norte da agenda ESG na Solistica

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Entre as sete tendências para a logística em 2024, conectividade é a base

É chegado o momento de darmos um passo rumo à transformação digital da logística, em todos os elos e fluxos envolvidos.

O ano de 2024 reserva para a logística algumas tendências que considero decisivas para um salto de produtividade, eficiência e sustentabilidade ao setor. Enumero sete tendências, as quais detalho na sequência. De imediato, gostaria de chamar a atenção para alguns pontos.

Importante reafirmar que o transporte de cargas continua a ser uma espinha dorsal vital para economias em todo o planeta. Não é diferente com o Brasil. Se almejamos estabelecer um crescimento contínuo de nosso Produto Interno Bruto (PIB), devemos priorizar nossa infraestrutura.

Emerge como elemento crucial a gestão eficiente de nossa frota de caminhões. O modal rodoviário responde por 75% do transporte de cargas no país. Uma gestão eficiente, que inclua automação, conectividade e outras inovações é fundamental para garantir a eficácia, a sustentabilidade e a competitividade das operações logísticas.

Felizmente, neste ano várias tendências inovadoras estão redefinindo o panorama da gestão de frotas de caminhões, impulsionadas por avanços tecnológicos, exigências regulatórias e uma crescente demanda por práticas mais sustentáveis e eficientes.

Vamos às sete tendências propriamente ditas:

  1. Eletrificação de frotas de caminhões: um caminho sustentável A transição para caminhões elétricos está se acelerando, motivada pela necessidade de reduzir emissões de gases do efeito estufa, e atender a regulamentações ambientais mais rigorosas. Além dos benefícios ecológicos, a eletrificação das frotas de caminhões promete reduzir significativamente os custos operacionais, visto que veículos elétricos requerem menos manutenção e têm um custo menor de energia comparado ao diesel.
  2. Tecnologia de conectividade e IoT A adoção de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) está transformando a gestão de frotas de caminhões, permitindo a coleta e análise de dados em tempo real sobre a condição do veículo, localização e comportamento do motorista. Essas informações possibilitam a otimização de rotas, manutenção preditiva e melhor gestão de recursos, elevando a eficiência operacional a novos patamares.
  3. Automação e veículos autônomos A automação na gestão de frotas de caminhões está ganhando terreno, com o desenvolvimento e teste de veículos autônomos. Embora a adoção em larga escala ainda esteja no horizonte, o uso de tecnologias de assistência à condução já está melhorando a segurança e eficiência. A expectativa é que, à medida que essas tecnologias amadureçam, elas transformarão significativamente as operações de transporte de cargas.
  4. Gestão avançada de dados e análise preditiva A capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real está permitindo uma gestão mais inteligente de frotas de caminhões. Utilizando algoritmos de análise preditiva, as empresas podem prever problemas de manutenção antes que ocorram, otimizar rotas de entrega e melhorar a eficiência do combustível, resultando em economias significativas e redução do impacto ambiental.
  5. Sustentabilidade e eficiência energética A pressão por operações mais sustentáveis está levando a uma ênfase renovada na eficiência energética dentro da gestão de frotas de caminhões. Isso inclui a implementação de tecnologias limpas, como caminhões elétricos e híbridos, e a adoção de práticas que reduzem o consumo de combustível, como treinamento de motoristas para dirigir de forma mais eficiente e o uso de pneus de baixa resistência ao rolamento.
  6. Segurança e bem-estar do motorista A segurança continua sendo uma prioridade máxima, com empresas investindo em tecnologias avançadas de assistência ao motorista, sistemas de monitoramento por vídeo e programas de treinamento focados na saúde e bem-estar dos motoristas. Essas medidas não apenas ajudam a reduzir a taxa de acidentes, mas também abordam questões importantes de saúde mental e física dos motoristas, essenciais para a retenção de talentos.
  7. Flexibilidade e resiliência logística O ambiente de negócios em constante mudança exige que as frotas de caminhões sejam mais flexíveis e resilientes. A gestão de frotas está se adaptando com soluções que permitem uma rápida reconfiguração das operações de transporte em resposta a interrupções na cadeia de suprimentos, demanda flutuante e mudanças nas regulamentações. Isso inclui a diversificação de rotas, a adoção de tecnologias.

Como se vê, a tecnologia está diretamente relacionada a todas essas tendências. É chegado o momento de darmos um passo rumo à transformação digital da logística, em todos os elos e fluxos envolvidos.

Fonte: “7 tendências para logística em 2024, conectividade é a base (mundologistica.com.br)

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