Vai Fácil, de logística de última milha, negocia fazer entregas para Renner, Reserva e Nike na Rocinha

A startup fechou parceria com a Carteiro Amigo, que opera há 20 anos na favela carioca.

Marcas como Renner, Reserva, Centauro e Nike podem estar a um passo de terem seus produtos entregues na Rocinha, no Rio de Janeiro, diz Humberto Bahia, fundador e CEO da Vai Fácil. Todas essas marcas são clientes da startup carioca de logística carbono neutro de última milha, que fechou parceria com a Carteiro Amigo. Ela atua na mesma área da Vai Fácil, mas focada em favelas.

Pelo acordo, a Rocinha passa a contar com um CEP virtual, que indica um hub de entrega logística para a Vai Fácil. De lá, a rede parceira distribui os pedidos. Só na Rocinha — ela atua também em Rio das Pedras — a Carteiro Amigo atende a 1,2 mil residências, com 300 entregas por dia.

— Temos esse serviço em Paraisópolis (SP). Como empresas apoiaram lá, vimos que faria sentido repetir em outras favelas. Vamos ajudar a levar cidadania, gerar emprego e renda —diz.

Ele destaca que a Carteiro Amigo opera há 20 anos, tendo criado algoritmos próprios.

— Estamos conversando com diversas empresas. E já pensamos em, na sequência, expandir para Rio das Pedras e, depois, Complexo do Alemão. A previsão é gerar mais de 50 mil entregas por mês em 21 favelas do Rio a partir do segundo semestre de 2023. Vai ajudar a entender o perfil de consumo — avalia ele.

Pela parceria, a Vai Fácil terá exclusividade na entrega de artigos de vestuário, calçados, perfumaria e cosméticos. A startup deve mais que dobrar a receita este ano, ante a 2021. E já estima repetir o desempenho em 2023.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/pense-grande/post/2022/11/vai-facil-de-logistica-de-ultima-milha-negocia-fazer-entregas-para-renner-reserva-e-nike-na-rocinha.ghtml

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Amazon Brasil firma parceria com a Favela Llog para atender comunidades em São Paulo

A Amazon Brasil anunciou parceria a Favela Llog, do grupo Favela Holding, para expandir a capacidade de entrega nas comunidades de São Paulo. A iniciativa é focada nas rotas localizadas em regiões periféricas como Paraisópolis.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente Paraisópolis – uma das maiores comunidades do país – tem hoje mais de 100 mil habitantes. Com a ação, a população local terá mais facilidade em receber produtos adquiridos no site da Amazon, que poderão vir de várias partes do mundo.

Para Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil, o novo projeto é uma forma de dar visibilidade para novas regiões. “Estamos falando de um impacto positivo, colaborando com a criação de postos de trabalho e com a movimentação da economia como um todo. São mais oportunidades e, consequentemente, mais inclusão.”

De acordo com a pesquisa “Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, desenvolvida pelo instituto Data Favela, os moradores das comunidades brasileiras movimentam cerca de R$ 124,1 bilhões por ano.

“Na Amazon, sabemos o quanto o sucesso e o crescimento trazem também grandes responsabilidades. Por isso, estamos sempre atentos para atender nossos clientes, estejam eles onde estiverem. Precisamos pensar grande e agir de maneira que todos e todas possam comprar e receber seus pacotes em casa, de forma rápida. Trabalhamos sempre com determinação e tecnologia para aprimorar nossos processos e buscamos colaborar com as comunidades onde atuamos.” – Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil.

“Nós vamos ajudar a proporcionar ao morador da favela o conforto de poder comprar e receber que as pessoas que moram no asfalto têm”, reforçou Thales Athayde, líder da Favela Holding. “O que até um tempo atrás era difícil, pois o serviço de entrega quase não entrava na favela. A Favela LLog e Amazon mudaram esse cenário.”

Além de realizar as entregas para consumidores com oportunidades limitadas nas favelas no Brasil, a Favela LLog também gera oportunidades de emprego. A CUFA é a parceira social e a responsável pela inserção dos egressos no mercado de trabalho através do projeto Recomeço. “Nosso objetivo é ajudar a construir uma rede de empregabilidade e de empreendedorismo na base da pirâmide social”, disse Luciano Luft, sócio da Favela LLog.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/amazon-brasil-firma-parceria-com-a-favela-llog-para-atender-comunidades-em-sao-paulo

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Americanas S.A. anuncia ampliação da atuação em favelas e meta de formar mais de 5 mil mulheres em tecnologia até 2023

A Americanas S.A. divulgou o Relatório Anual 2021 — o primeiro após a combinação das operações de Lojas Americanas e B2W Digital. Além de trazer os resultados das diferentes frentes da companhia e da estratégia ESG (do inglês ambiental, social e de governança), o documento torna públicas as metas socioambientais da Americanas S.A.. Em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, dos quais a Americanas S.A. prioriza cinco, a companhia avança para neutralizar emissões de carbono até 2025, além de definir metas sociais ousadas como a de ampliar a iniciativa Americanas na Favela para 50 comunidades e formar mais de 5 mil mulheres em competências relacionadas à tecnologia até 2023.

O relatório anual é reflexo do compromisso sólido da Americanas S.A. com a transparência e com as boas práticas de governança corporativa. Os avanços expostos na edição 2021 evidenciam o resultado de mais de 15 anos de trabalho em ESG e dos esforços para somar o que o mundo tem de bom para melhorar a vida das pessoas.

Foco em pessoas
Entre os destaques do pilar social da estratégia ESG da companhia no ano anterior estão o ingresso no Movimento Pela Equidade Racial (MOVER), coalizão de empresas e instituições que tem como um de seus objetivos criar 10 mil posições para negros em cargos de liderança até 2030, e a contratação de mais de 7 mil jovens em situação de vulnerabilidade pelo Um Milhão de Oportunidade (1MiO) — iniciativa liderada pelo UNICEF que tem como meta gerar um milhão de oportunidades de acesso à educação de qualidade, inclusão digital, formação profissional e vagas de emprego para jovens em situação de vulnerabilidade.

Ainda na frente de inclusão, a Americanas S.A. pretende formar mais de 5 mil mulheres em tecnologia, com a criação de um programa que fomenta a educação em tecnologia em diferentes regiões do País; e alcançar 50 comunidades por meio da Americanas na Favela — hoje, a companhia está presente em 7 favelas no Rio de Janeiro e em São Paulo, que além de aprimorar a experiência de milhares de moradores, gera empego e capacitação nas comunidades onde atua.

Amiga do meio ambiente
No pilar ambiental, a companhia destaca o lançamento de um plano de descarbonização, que inclui metas para mitigar seus impactos ambientais e neutralizar suas emissões até 2025, como o fortalecimento de uma frota logística multimodal e ecoeficiente, redução da geração de resíduos sólidos e uso de energia limpa nas lojas físicas. Em linha com o esse plano, a Americanas S.A. assinou, em março deste ano, o Compromisso Business Ambition for 1.5°, com o objetivo de desenvolver uma meta de redução das emissões com base na ciência (SBT) e alcançar o Net Zero.

Como consequência destas ações em linha com a Agenda 2030 da ONU, a companhia tem alcançado importantes conquistas, como o reconhecimento entre as 10 varejistas líderes em sustentabilidade no mundo, de acordo com o The Sustainability Yearbook 2022, e a inclusão, pelo oitavo ano consecutivo, no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

Futuro e compromissos assumidos

A Americanas traçou metas alinhadas com os cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos como prioritários dentro da estratégia ESG da companhia: ODS 4, para promoção da educação de qualidade; ODS 5, de igualdade de gênero; ODS 8, que prevê o trabalho digno e crescimento econômico; ODS 10, para redução das desigualdades; e, por fim, o ODS 13, que engloba iniciativas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Entre as metas, estão:

ODS 4 – Educação de qualidade:
Atingir a meta de 100 mil jovens em situação de vulnerabilidade social capacitados pelos programas de formação da companhia até 2023, prevista no plano iniciado em 2014;
Capacitar 500 mil jovens em vulnerabilidade até 2025.

ODS 5 – Igualdade de gênero:
Formar, até 2023, cinco mil mulheres em funções ligadas à tecnologia;
Ter 50% de mulheres em cargos de liderança na área de tecnologia até 2030.

ODS 8 – Trabalho digno e crescimento econômico:
Atingir 100 ONGs, instituições e/ou empreendedores sociais e capacitá-los até o próximo ano (2023);
Gerar renda para mais de 2.500 pessoas com a expansão da iniciativa de entregas e inclusão Americanas na Favelas.

ODS 10 – Redução das desigualdades:
Ampliar a Americanas na Favela para 50 favelas em 2023;
Lançar um programa para ampliar a inclusão de negros na liderança até 2023.

ODS 13 – Mitigar os efeitos das mudanças climáticas:
Ter, até 2023, 20 mil produtos certificados pelo programa Americanas + Clima, que auxilia os clientes na identificação de produtos que ajudam no combate às mudanças climáticas;
Tornar a companhia carbono neutro até 2025;
Atingir 100% da operação de loja abastecida com energia renovável até 2030 (hoje em 37%);
Aumentar o uso de embalagens recicláveis para reduzir os resíduos sólidos em 30% até 2030.

O Relatório Anual 2021 da Americanas S.A., divulgado no dia 23 de junho, é produzido de acordo com as melhores práticas internacionais de monitoramento e reporte da sustentabilidade corporativa, tem auditoria independente (há 5 anos consecutivos) e segue os padrões do Global Report Initiative (GRI), do Sustainability Accounting Standards Board(SASB) ​e do Task Force on Climate Related Financial Disclosures (TCFD), frameworks que garantem a confiabilidade e clareza das informações prestadas.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/americanas-anuncia-metas-socioambientais/

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Empresa de entregas em favelas faz fusão para chegar a 5.000 comunidades

Comprar um produto pela internet e receber na porta de casa é uma experiência comum nas grandes cidades. Menos para quem vive nas favelas. Com a intenção de pôr um fim a essa dificuldade, Celso Athayde, fundador do grupo de empresas de favelas Favela Holding, e Luciano Luft, acionista da firma de logística Luft Logistics, consolidaram um projeto que começa a ganhar corpo no país.

A Favela Log, empresa de logística do grupo criada em 2014, agora se chama Favela Llog, com um “L” a mais de Luft. A fusão de negócios com o novo sócio Luciano Luft, que no jargão corporativo se chama joint venture, pretende expandir o serviço de entrega de e-commerce aos moradores de favelas brasileiras a partir da expertise de quem conhece esses territórios e os meandros de logística.

A empresa atende 112 favelas e 12 bairros do Rio de Janeiro. O objetivo da dupla, um tanto ousado, é alcançar mais de 5.000 comunidades onde a Cufa (Central Única das Favelas), braço social da Favela Holding, atua. Além desses territórios, a companhia também pretende chegar a comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, localidades onde os empresários fizeram entregas de cestas básicas na pandemia de covid-19.

A favela de Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo, localizada na zona sul, ganhou o primeiro centro de distribuição dessa nova fase. Aliás, os entregadores são pessoas egressas do sistema penitenciário que procuram emprego por meio do Projeto Recomeço, também da Cufa. Atualmente, são 50 funcionários e o número pode chegar a 600 até o fim de 2023.

De acordo com uma pesquisa do Data Favela, instituto de pesquisas do conglomerado de empresas fundado por Athayde, e o Instituto Locomotiva, 17 milhões de brasileiros vivem em favelas. Isso corresponde a 8% de toda a população.

Cada favela mostra um desafio

No papel, a atuação da nova Favela Llog é simples: oferecer aos favelados —como Athayde bem diz, sem o sentido pejorativo— a inserção ao mercado de consumo. Na prática, porém, a dupla de empresários reconhece que há desafios a serem vencidos.

“Nós precisamos entender a realidade de cada uma [das favelas] para montar um projeto baseado em suas necessidades”, afirma Celso Athayde.

Nas favelas, por exemplo, os barracos não têm número, o que dificulta trabalho dos entregadores. Eles, que geralmente vivem nesse território, têm como aliados as associações de bairro e líderes comunitários, que auxiliam na localização do endereço de determinado cliente.

Outro obstáculo é que uma comunidade pode ter, por exemplo, ruas íngremes que impedem a entrada de carros ou uma aldeia indígena só pode ser acessada por rio. “Nós vamos chegar de moto, bicicleta e carrinho de rolimã se for preciso”, brinca Athayde.

“Nós vamos mapear as pessoas e os seus endereços. Isso quer dizer que comprou vai ter uma posição referenciada. [A entrega] vai ficar muito mais fácil a partir da segunda compra”, completa Luft.

De São Paulo para o Brasil

Neste primeiro momento, o crescimento da operação logística será a partir de São Paulo. Depois de Paraisópolis, a favela de Heliópolis e o bairro Santo Antônio, ambos na zona sul da capital, terão centros de distribuição.

Em oito anos de atuação, a Favela Log —antes do segundo L— atendia a gigante P&G, dona de marcas como Gillette, Pampers e Vick e tem atualmente como único parceiro a Natura. Em breve, serão anunciados seis novos parceiros, que a dupla de empreendedores não quis revelar, mas que atuam nos segmentos de consumo, higiene e limpeza e varejo. “São empresas grandes”, diz Celso Athayde.

Após o estado paulista, os empresários almejam novos destinos pelo país, mas não revelam as projeções de expansão. “Podemos ir para Minas Gerais, Bahia e subir o Nordeste. Vamos analisar a necessidade do mercado”, declara Luft.

Além da opção de receber em casa, os consumidores ainda poderão cadastrar o endereço do centro distribuição de sua região em um site de e-commerce para retirar a mercadoria nesse local.

Fonte : https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/06/16/favela-llog-entrega-favelas-brasil.htm

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