Operadores logísticos registram receita bruta de R$ 192 bilhões e crescem 15% em 2023

Números integram a edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos.

Em 2023, os operadores logísticos atuantes no Brasil registraram receita bruta operacional de R$ 192 bilhões, cerca de 15% a mais do que o verificado em 2021, última vez em que o montante foi apurado e ficou em R$ 166 bilhões. O valor atual é equivalente a quase 2% do PIB e a 17% dos custos de transporte e armazenagem do país, que somam R$ 1,1 trilhão. Além disso, 76% das empresas informaram aumento no faturamento.

Os números fazem parte da edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e encomendado ao Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). O material analisou a performance das operadoras e revelou a evolução, desafios e anseios do setor.

A pesquisa estimou um universo de 1,3 mil empresas, de pequeno, médio e grande portes. Deste, 127 operadores, entre eles, os associados à ABOL, colaboraram diretamente com o material. Juntos, eles representam 40% do faturamento do setor.

ARRECADAÇÃO, TRABALHO E INVESTIMENTOS
Segundo o estudo, no período, os operadores logísticos arrecadaram R$ 43 bilhões em tributos. Quando comparado ao total de impostos recolhidos no Brasil, os OLs foram responsáveis por 0,5%, 1,1% e 0,7% do máximo arrecadado pelas esferas municipais, estaduais e federais, respectivamente.

Além disso, os operadores logísticos foram responsáveis por cerca de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos no ano passado. A maioria das vagas foi no regime CLT.

“Os dados apurados reforçam a relevância dos operadores logísticos não apenas para a evolução contínua da modalidade de serviços no Brasil, mas também para o desenvolvimento da economia nacional. Essa representatividade se evidencia diante dos investimentos feitos em 2023, que chegaram a R$ 20 bilhões”, destacou a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha.

Em 2023, 68% dos OLs avançaram nos investimentos em comparação ao volume injetado em 2022. Em 2021, o percentual foi de 59% em relação ao exercício anterior. O foco dos operadores logísticos foi nos softwares (83%).

De acordo com os dados levantados, as obras de infraestrutura receberam capital de 78% dos operadores respondentes e aparecem em segundo lugar no ranking de aportes. Logo depois vem a aquisição de novas máquinas ou equipamentos, por 69%.

O relatório apontou que em meio aos novos projetos, os OLs sentiram o impacto do incremento no preço do combustível em 2023, também constatado na edição anterior. Outras despesas com acréscimos relevantes foram: mão de obra, equipamentos e transporte rodoviário, todos com aumento considerado médio ou alto por mais de 60% dos operadores. No geral, 75% não repassaram a elevação dos custos para o valor do serviço.

“Não é de hoje que os OLs driblam a alta do combustível, que sempre representa uma parcela significativa dos seus custos operacionais, e vêm buscando alternativas para evitar grandes prejuízos. Quando se trata de investimentos, a constante evolução tecnológica tem impacto direto, uma vez que os operadores precisam acompanhar as tendências, aumentando a produtividade e mantendo a competitividade”, ressaltou Marcella.

ABRANGÊNCIA SETORIAL E DE ATIVIDADES
Segundo o estudo, do total de OLs, 47% operam nas cinco regiões brasileiras ao mesmo tempo e 40% possuem participação internacional, revelando um incremento ao longo dos últimos anos na atuação regional das empresas. Em 2022, 37% estavam presentes em todas as regiões brasileiras.

Desde a edição 2020 da pesquisa, as altas foram de 25% para 51% no Norte, de 43% para 69% no Nordeste, de 37% para 70% no Centro Oeste, de 63% para 76% no Sul e de 92% para 94% no Sudeste.

Os dados apontaram que as empresas de maior porte são as de superior abrangência geográfica: 81% delas estão presentes em todas as regiões. Por outro lado, os OLs de menor porte são aqueles com atuação mais regional, com boa parte se posicionando como especialistas em mercados locais. Em média, cada um opera 19 instalações, como galpões, CDs, transit points e cross docking. No entanto, 64% dos participantes da pesquisa garantiram que estão incrementando esse número.

Levantamento mostrou que o transporte rodoviário fechado é o serviço mais comum, presente em 92% das operações. Logo em seguida, o transporte rodoviário fracionado representa 63% das atividades, destacando-se como uma opção essencial para entregas de menor volume.

Além disso, a distribuição urbana, que atende especialmente à crescente demanda por entregas rápidas nos centros urbanos, está presente em 27% dos serviços oferecidos. Já o transporte aéreo nacional, embora menos utilizado, abrange 21% das operações, atendendo a necessidades específicas de agilidade.

INDÚSTRIAS ATENDIDAS
Com o aumento da posição geográfica dos OLs, cresceu também os segmentos da economia atendidos. A pesquisa revelou que os operadores atuam em mais de 20 setores diferentes, posicionando-se em diversos elos da cadeia de suprimentos. Cada um possui, em média, clientes de nove indústrias distintas.

No topo da lista está o setor de bebidas, com 72%, alta de 14% em comparação a 2022. Em seguida, aparece automotivo e autopeças, com 70% e expansão de 13% nos últimos dois anos. Na terceira posição estão os cosméticos, com 66% e elevação de 2%.

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA E AEROPORTUÁRIA
A edição 2024 do “‘Perfil dos Operadores Logísticos”’ trouxe, pela primeira vez, o posicionamento mais aprofundado das empresas em relação às infraestruturas portuária e aeroportuária do país. No caso dos portos, os operadores entendem que são necessárias melhorias estruturais, de forma que apenas 18% não apontam gargalos logísticos nas operações.

Os OLs também destacaram a existência de potenciais oportunidades de melhoria na infraestrutura aeroportuária para o transporte de cargas. O levantamento revela que 26% observam carência de disponibilidade para carga nos aeroportos brasileiros.

Ao analisarem as rotas aéreas domésticas, dos 46% que atuam nesse modal, somente 6% dos entrevistados caracterizam-nas como ótimas.

DESCARBONIZAÇÃO
Com as atenções voltadas à mitigação dos impactos das suas operações no meio ambiente, diante de um cenário no qual 13% das emissões de gases do efeito estufa são feitas pelo setor de transporte, o estudo apontou que 94% dos operadores logísticos possuem um departamento responsável por temas relacionados à sustentabilidade.

Os operadores logísticos com maior avanço nesta questão (39%) têm metas e objetivos claros e a área responsável tem um orçamento definido. Outros 23% também já têm um setor com indicadores, mas ainda sem definição orçamentária.

Quando se trata de descarbonização, o objetivo médio para redução de pegada de carbono é de 37% em até oito anos. Para as empresas que buscam diminuir em 100%, o prazo seria entre 20 e 26 anos. O cumprimento dos períodos estipulados está alinhado a iniciativas como a redução da idade média da frota (55%), otimização da malha logística (47%) e a roteirização (47%).

Entre as medidas já adotadas estão o uso de veículos elétricos e a utilização de energia renovável, com 41% e 53% das empresas apostando nessas soluções, respectivamente.

A busca de outras fontes de combustível também faz parte dos planos dos OLs dentro da premissa ESG. A eletricidade para veículos, conforme apontado por 39% das empresas consultadas, teve a preferência. Outras fontes em uso são o etanol (33%) e o GNV (26%). Ambos possuem baixos níveis de emissão de carbono e maior quantidade de pontos de abastecimento espalhados pelo país.

Há ainda o biogás, diesel verde, gás natural liquefeito e hidrogênio verde, usados por menos de 10% dos operadores, porém com grande potencial para se desenvolverem no médio e longo prazo. A maioria dos operadores logísticos (63%) afirmou que absorve totalmente os custos para redução das emissões, sem qualquer tipo de repasse para o preço final de seus serviços.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/operadores-logisticos-registram-receita-bruta-de-192-bilhoes

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Setor de bens de consumo tem sido impactado por redução de gastos dos consumidores

Segundo estudo da Bain & Company, 54% das empresas entendem que o freio do consumidor tem afetado os resultados.

O mundo vem passando por um período financeiro complicado, vendo uma onda inflacionária acabar aumentando os preços de um modo geral. Segundo o novo Relatório Global de Bens de Consumo da Bain & Company, chegou a hora das empresas recuperarem o crescimento em volume. O estudo ressalta uma necessidade de reformulação de conceitos e estratégias nas organizações, já que o espaço para aumento de preços e redução de custos é pequeno.

A consultoria estratégica global entrevistou mais de 120 executivos sêniores de diversas regiões do mundo para entender as perspectivas sobre como restaurar valor e lucratividade ao setor. De forma global, o valor das vendas no varejo (RSV) subiu quase 10% de 2022 para 2023. Contudo, três quartos do total são resultado de aumento de preços. Nos Estados Unidos e na Europa, os aumentos de preços foram responsáveis por 95% do crescimento do RSV, enquanto na América Latina essa parcela representa 85% do total. Essa escalada nos preços ocorreu principalmente pelo aumento de custos e commodities para as organizações.

“De um lado, durante a alta dos preços, os consumidores acentuaram a polarização do consumo, com muitos migrando para marcas mais acessíveis ou para produtos premium em categorias específicas – outros também passaram a comprar menos ou em promoções. Em contrapartida, os preços não subiram o suficiente e, para reduzir gastos, grande parte das principais companhias do setor está recorrendo a grandes programas de corte de custos para compensar o impacto nas margens”, comenta Ricardo de Carli, sócio da Bain e líder da prática de bens de consumo para a América do Sul.

Os números do segmento confirmam essa contraposição: enquanto 54% dos executivos dizem que foram significativamente afetados pela redução dos gastos dos consumidores em 2023, suas organizações aumentaram os preços em mais de 20%, em média, desde o terceiro trimestre de 2021. Ainda assim, a margem EBIT média ficou próxima ao mínimo dos últimos 10 anos (12,2% no terceiro trimestre de 2023 na comparação com um máximo de 13% em 2020).

Desse modo, a busca pelo crescimento sustentável nesse novo panorama envolve desde o investimento em mercados emergentes, que oferecem maior espaço para crescimento de volume, até um entendimento profundo das novas demandas dos consumidores, que estão mais sofisticados e heterogêneos. O crescimento vai depender de uma reformulação completa das propostas de valor, dos portfólios e dos modelos de negócio.

Desafios do setor

Investimentos em ESG e tecnologia se destacam como desafios que, enfrentados com seriedade e diligência, têm o potencial de criar vantagens competitivas para o negócio. Em relação à tecnologia, os pioneiros terão maior facilidade para capitalizar o conhecimento em gestão de dados e Inteligência Artificial generativa. As possibilidades de ganhos com otimização de tempo, personalização no atendimento e ampliação do relacionamento com o consumidor são os exemplos mais evidentes.

A pressão crescente sobre a sustentabilidade exige que as empresas avancem em direção a metas ambientais, sociais e de governança. Metade dos consumidores globais diz agora que a sustentabilidade é uma das quatro principais considerações quando fazem compras. Apesar disso, apenas 20% dos entrevistados apontam que a proteção ao meio ambiente é uma prioridade em 2024. Por outro lado, entre as companhias, apenas cerca de 10% sentem que estão atrás de seus concorrentes em relação a produzir um impacto positivo no planeta.

A redefinição da agenda de crescimento é a principal prioridade para o setor de bens de consumo em 2024 e a melhor forma para alcançar esse objetivo é uma abordagem equilibrada para atender a consumidores, clientes, colaboradores e o planeta. Para a maioria das organizações, isso deve exigir uma transformação completa – do portfólio, das capacidades e das empresas. Embora não seja uma tarefa simples, pode ser feita. Com as pressões crescentes do mercado, a adaptação e a inovação serão essenciais para o sucesso contínuo da indústria de bens de consumo.

Fonte: “Setor de bens de consumo tem sido impactado por redução de gastos dos consumidores – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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Consumo por meio de mídias sociais ainda gera “sentimentos contraditórios” em usuários, aponta PwC

A confiança é a base de qualquer relação, não sendo diferente entre consumidores e marcas. Em meio a era digital, valorizar esse tipo de virtude ou entendê-la pode definir o sucesso de uma empresa e o fracasso de outra. A pesquisa “Voz do Consumidor”, da PwC, confirma isso.

De acordo com o estudo, na relação com consumo por meio de mídias sociais, os respondentes apresentam inconsistência na opinião. Mesmo com 49% dos brasileiros e 46% globalmente utilizando este canal, questões de segurança e confiabilidade estão no centro dos problemas identificados. Este modelo, aliás, é considerado o menos confiável para esta atividade.

Ainda do lado positivo, as redes também servem são aproveitadas para descobrir produtos e avaliá-los. Essa abordagem é válida para 67% dos consumidores globais e 78% dos brasileiros.

Fora do consumo, a segurança envolvendo dados nas mídias sociais também é considerada um ponto de atenção para os usuários. No mundo, 80% dos respondentes exigem garantias do não compartilhamento de informações pessoais. O índice para o Brasil é de 86%.

Ao todo, 85% dos consumidores brasileiros e 71% no mundo estão preocupados com seus dados pessoais e a segurança dos mesmos nas mídias sociais.

Tecnologia

Vale destacar que mais da metade dos consumidores confia na IA generativa para tarefas simples, como agregar informações sobre produtos ou fornecer recomendações. No entanto, eles estão menos confiantes em seu uso para serviços mais pessoais e arriscados, como assistência à saúde.

Entre os brasileiros perguntados sobre quais das atividades acreditam que a IA poderia executar com precisão no lugar de um ser humano, as principais opções escolhidas foram “compilar informações sobre o produto antes da compra” (62%), “fornecer recomendações de produtos para mim” e “ajudar nas comunicações escritas” (ambas 57%), e “lidar com atendimento ao cliente” (52%).

A pesquisa também destaca que já há uma parcela significativa de consumidores que confia na IA para receber recomendações de produtos: 57% no Brasil e 50% no mundo. Esse percentual tende a continuar crescendo com o aumento da familiaridade com o Chat GPT e outras aplicações de IA.

ESG

O estudo mostra, também, que há mais motivação por compras conscientes de fácil identificação. Métodos de produção que enfatizam a redução de resíduos e a reciclagem (43% no Brasil; 40% globalmente), embalagens ecológicas (39% no Brasil; 38% no mundo) e capacidade de causar impacto positivo na natureza e na conservação da água (35% no Brasil; 34% no mundo).

Ainda dentro da dimensão ESG, mensagens-chave das marcas que promovem programas de responsabilidade social e engajamento comunitário têm menos influência (no Brasil, 27% e 18%, respectivamente; no mundo, 20% e 17%).

De acordo com a pesquisa, 90% dos entrevistados no Brasil e 83% na média global, a proteção de seus dados pessoais é um dos fatores mais importantes para que as empresas conquistem a sua confiança.

Os efeitos das mudanças climáticas também aparecem em destaque: 94% dos brasileiros e 85% dos consumidores no mundo sentem estas mudanças em seu dia a dia. Uma parcela menor, mas ainda significativa (47% no Brasil e 46% no mundo), compra mais produtos sustentáveis para reduzir o seu impacto pessoal no meio ambiente.

Ao todo, 31 países, incluindo o Brasil, foram representados na pesquisa da PwC. Foram mais de 20 mil consumidores questionados sobre seus comportamentos e crenças envolvendo fatores ligados ao consumo. Estão incluídos meio ambiente, custo-benefício, Inteligência Artificial (IA), saúde, entre outros.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/consumo-por-meio-de-midias-sociais-ainda-gera-sentimentos-contraditorios-em-usuarios-aponta-pwc”

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Com bicicletas, J&T Express quer reduzir volume mensal de emissões de CO2 em até 50%

De acordo com a companhia, expectativa é que bicicletas sejam usadas em 10% de todas as entregas realizadas no Brasil até o final deste ano.

A J&T Express investiu na expansão das operações com foco no uso de bicicletas como meio de transporte. Segundo a companhia, a iniciativa tem como objetivo melhorar a eficiência das entregas que atualmente são feitas por motocicletas. Com as bikes, a meta é reduzir emissões mensais de CO2 em até 50% em nove das unidades regionais da companhia.

A expectativa é que o uso de bicicletas atinja 10% de todas as entregas realizadas no Brasil até o final deste ano.

Atualmente, a J&T Express conta com uma frota de mais de 590 bicicletas, com uso concentrados nas regiões Norte e Nordeste do país. De acordo com a companhia, são entregues 150 mil pacotes mensalmente por meio desse modal.

O intuito é aumentar o número de bicicletas para cerca de 1,2 mil nos próximos meses, ampliando esse modelo no Sudeste do país.

“De acordo com estimativas calculadas pela nossa equipe de Redes, devemos diminuir nosso volume diário de emissão de CO2 em cerca de 5 mil kg, graças ao aumento da frota de bicicletas em circulação”, explicou o responsável pela Gestão de Redes da J&T Express Brasil, Eduardo Caires.

Segundo o executivo, a companhia prevê duplicar a quantidade de bicicletas utilizadas em entregas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Goiás, Ceará e Bahia. “Já em Minas Gerais e no Maranhão, onde esse modal ainda é pouco utilizado, o número de entregadores com bicicletas deve crescer dez vezes, até dezembro de 2024”, disse.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/bicicletas-j-t-express-quer-reduzir-emissao-co2-em-50

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Grupo Boticário avança no mercado de beleza e omnicanalidade

Com crescimento histórico, Grupo Boticário se destaca com maior rede omnicanal do Brasil e entrada em segmentos de pet care e baby care.

O levantamento de 2023 do Grupo Boticário mostrou que a marca tem seguido os padrões de crescimento de mercado da beleza e, no ano citado, suas vendas gerais tiveram um crescimento de 30,5% em comparação com 2022. Esse percentual representa um valor de R$ 30,8 bilhões. Para a marca, o desempenho é considerado histórico, uma vez que representa quase o dobro do GMV (sigla em inglês para Gross Merchandise Volume, ou Volume Bruto de Mercadoria) registrado em 2021, quando a empresa atingiu R$ 18 bilhões. Para a companhia, o valor é resultado de avanços na multicanalidade e na variedade de marcas, além da entrada em novos canais. Houve ainda um crescimento no número de parceiros do grupo.

“A sólida performance de 2023 confirma a potência das alavancas internas e consistência no nosso desenho estratégico de longo prazo”, comenta Artur Grynbaum, Vice-Presidente do Conselho do Grupo Boticário. “Estamos formatando um ecossistema de beleza que expande nossa presença junto aos consumidores brasileiros, por meio de parceiros sólidos, atuando com diversas marcas, em diversas categorias, presentes nos mais diversos canais. Nosso crescimento não diz respeito a apenas uma marca, categoria ou canal. Temos um conjunto de ações que corroboram o desempenho de uma estratégia robusta, bem executada e com geração de valor a todos os clientes do ecossistema”.

Crescimento nos canais de venda do Grupo Boticário

Em 2023, o Grupo Boticário passou por uma expansão em seus canais de venda. Foi o maior crescimento de lojas reformadas, o que resultou na consolidação como a maior rede omnichannel do Brasil, com mais de 4 mil pontos de “Clique e Retire” e cerca de mil “Espaços do Revendedor”. Isso acontece em um cenário em que os consumidores brasileiros buscam mais de um canal para o relacionamento com as marcas. Vale pontuar ainda que, dentro dessa busca dos clientes, eles querem também um atendimento mais humano, com interação de forma direta.

Investimentos estratégicos e o cliente no centro

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e marcas sustentaram um alto patamar de inovação com cerca de quatro mil novos produtos desenvolvidos e outros 2 mil reformulados. Cerca de 26% das vendas totais (GMV) do Grupo Boticário foram provenientes de produtos lançados há menos de um ano.

Além disso, em 2023 a base ativa e identificada de consumidores cresceu 13% e chegou a 24 milhões de pessoas que realizaram pelo menos uma compra no último ano. Isso aconteceu a partir do conhecimento que a companhia tem sobre seus clientes, e que permitiu uma entrega de valor ao integrar marca, canal, categoria e parceiro. A cada quatro itens do setor de higiene e beleza que chegaram às mãos dos consumidores no Brasil, um passou pelo ecossistema do Grupo Boticário.

“Em um mundo cada vez mais volátil, decidimos mirar no consumidor, que é cross-marcas e cross-canal. Tão importante quanto o aumento no número de clientes identificados é o tratamento adequado dessas informações, que nos permite construir fundamentos e sistemas para uma experiência personalizada e de excelência, o que se traduz em maior ticket e frequência de compra”, destaca Artur Grynbaum.

Resultado em todas as dimensões

O impacto positivo na sociedade e em todo o ecossistema da beleza levou a companhia a ser reconhecida por premiações renomadas no Brasil e no mundo. Resultado do Corporate Sustainability Assessment (CSA) – avaliação anual das práticas de sustentabilidade das empresas e principal critério de elegibilidade para o Índice Dow Jones Sustainability Index – da S&P Global, uma das três maiores agências de classificação de risco, traz o Grupo Boticário na liderança das empresas de beleza brasileiras e como a 3ª empresa mais sustentável do mundo na categoria de produtos pessoais.

A companhia também foi reconhecida como a mais admirada na área de dados da América Latina segundo a 4ª edição da pesquisa State of Data, realizada pela Data Hackers em parceria com a consultoria Bain & Company. O compromisso com a excelência em práticas corporativas levou o Grupo Boticário a ser considerada a 4ª empresa de reputação mais sólida do Brasil, segundo o Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco) 2023.

Expansão do mercado da beleza

Os Estados Unidos lideram as vendas globais com uma participação de 39,8%, seguidos pela China (13,8%), Japão (6,1%), Alemanha (4%) e Reino Unido (4,2%). Esses cinco principais mercados representam juntos 67,7% das vendas totais em todo o mundo, enquanto os demais países contribuem com os 32,3% restantes. O estudo também revelou que 25,4% das vendas ocorreram online.

As projeções para os próximos anos apontam para um contínuo crescimento. Prevê-se que em 2023 as vendas atinjam US$ 1,107 trilhão e em 2024 é esperado um resultado global de US$ 1,179 trilhão, representando um aumento de 6,5%. Para 2027, estima-se que o setor alcance US$ 1,374 trilhão em vendas líquidas mundiais.

Mídia e consumo de beleza

No cenário do mercado da beleza, a mídia exerce forte influência. Segundo o estudo da Opinion Box, 40% dos brasileiros seguem nas redes sociais influenciadores voltados para a área de beleza e bem-estar. Ainda de acordo com o levantamento, 48% das pessoas têm o hábito de usar maquiagem. Dentro desse percentual, 81% são mulheres e 13% são homens.

Fonte: “Grupo Boticário avança no mercado de beleza e na omnicanalidade (consumidormoderno.com.br)

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Por que a logística impulsiona a transparência na sua empresa

Depois do tempo em que o foco estava nos clientes e nos times, é essencial mantermos os fornecedores no centro da estratégia corporativa para impulsionar o cumprimento de metas ESG, fortalecer a cultura, dar musculatura à transparência no ambiente empresarial e estimular a inovação.

Qual a responsabilidade que você tem com os fornecedores que contrata? Se não disser toda, direi que tem muita. Nos últimos anos, além de ser cada vez mais cobrada pela sociedade, essa responsabilidade vem sendo considerada pelas empresas como um multiplicador de performance. Atualmente, um número maior de organizações entende que colocar o fornecedor no centro da estratégia ESG é decisivo.

A Estrada brasileira é um exemplo clássico. Na logística analógica, é comum uma empresa “terceirizar” ou até “quarteirizar” seu fluxo de distribuição de produtos e matérias-primas. Em francês, minha língua materna, essas palavras nem mesmo existem. No frete manual, cada parte delega uma à outra a responsabilidade pela distribuição e a indústria perde controle, visibilidade e conhecimento sobre quem transporta suas mercadorias.

Se isso acontece, como podem mensurar e elaborar um plano de desenvolvimento de sua logística? Algumas companhias ignoram se as rotas que os motoristas escolhem são as mais eficientes e se seus procedimentos de segurança contam com o devido rigor. Mal sabem os riscos que correm por corresponsabilidade em caso de desrespeito à legislação por parte do fornecedor.

No modelo antigo, os gestores logísticos chegam a perder o controle de quase todas as fases do processo. Não dá para acreditar que isso possa acontecer em plena era dos dados. Em todo caso, ainda acontece e, infelizmente, há inúmeros situações de empresas que não estão por dentro de informações fundamentais, dispensando qualquer chance de redesenhar sua operação logística e aperfeiçoá-la. Ou mesmo atuar conforme as exigências de compliance, afastando-se de investidores e clientes.

Alinhada com as melhores práticas de transparência e governança, o modelo digital devolve para a organização o conhecimento sobre cada etapa e o poder de pensar na logística de forma estratégica, por meio do monitoramento e da análise de dados 24 horas por dia. E mais: faz tudo isso de forma transparente, segura, ética e facilmente auditável, trazendo sólidos ganhos de governança para as organizações.

Vivemos um cenário de transformações aceleradas, que impactam na exposição da empresa e geram riscos de todo tipo. Adotar mecanismos ágeis que simplificam e integram a visão sobre os fornecedores – reduzindo, assim, a chance de imprevistos e prejuízos –, é essencial para a estratégia corporativa.

A “Pesquisa Global de Gestão de Riscos de Terceiros 2023”, realizada pela Deloitte, indica que, no geral, “as organizações que investem adequadamente em gestão de riscos têm níveis mais altos de maturidade”, além de serem mais “resilientes e sustentáveis”, reforçando a confiança nas relações com as pessoas e no uso da tecnologia de maneira mais inteligente. Ainda no caso da Estrada, com a transparência das informações, ganha-se tempo e eficiência na contratação dos parceiros, municiando a organização com os melhores caminhoneiros para transportar suas cargas e garantindo a competitividade nos níveis de serviço.

Não foi apenas a pandemia que nos obrigou a reforçar o olhar para além das paredes do escritório. Se as maiores mudanças estão acontecendo do lado de fora, a inovação precisa contemplar espaços diferentes, condições variadas, além de pessoas que, embora estejam conectadas ao negócio, realizam seu trabalho a partir de suas casas, dos seus espaços próprios, cidades e até mesmo na rua ou nas rodovias. A evolução virá para as empresas que se aproximam dos parceiros e os enxergam como parte de sua cultura, do seu propósito. Grupos alinhados e conscientes de que o sucesso de uma parte depende do sucesso da outra.

Com todos os recursos de inovação acessíveis, precisamos aproveitar a oportunidade de utilizá-los para liderar a transformação que desejamos, aliada à transparência que a sociedade exige e merece.

Fonte: “Por que a logística impulsiona a transparência na sua empresa (suno.com.br)

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Setor logístico implementa princípios ESG visando sustentabilidade em transporte

O setor logístico está passando por uma transformação significativa ao integrar os princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) em suas operações de transporte de cargas. Essa mudança reflete um compromisso crescente com a sustentabilidade, incentivando práticas que visam reduzir o impacto ambiental, promover o bem-estar social e garantir uma governança transparente e responsável.

Nos últimos anos, a conscientização sobre a importância da sustentabilidade tem crescido exponencialmente em todos os setores da economia global. De acordo com um relatório recente do Fórum Econômico Mundial, a demanda por práticas empresariais sustentáveis está em ascensão, com consumidores cada vez mais preocupados com o impacto ambiental e social das empresas. Nesse contexto, o setor de transporte de cargas não está apenas acompanhando a tendência, mas está liderando a mudança, integrando os princípios ambientais, sociais e de governança (ESG) em suas operações.

A pressão para reduzir as emissões de carbono, minimizar o desperdício e promover práticas comerciais éticas está impulsionando empresas de logística a repensarem suas estratégias e adotarem medidas inovadoras para atender às demandas da sociedade e do meio ambiente. Um estudo publicado pela revista científica Nature Communications destaca a urgência de reduzir as emissões de carbono no setor de transporte para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

O compromisso com a sustentabilidade no transporte de cargas não é apenas uma escolha ética, mas tem se tornado uma necessidade urgente. Em uma entrevista recente à CNBC, o CEO Credit Suisse, Thomas Gottstein, afirmou que “a demanda que vemos – tanto de nossos clientes privados, mas também de clientes institucionais – por produtos compatíveis com ESG está sempre aumentando. É claramente visto como, também, uma oportunidade para melhorar os retornos”. Empresas líderes no setor estão reconhecendo a importância de reduzir sua emissão de carbono e estão implementando medidas concretas para alcançar essa meta.

Isso inclui a adoção de tecnologias de transporte mais eficientes, como veículos elétricos e híbridos, e o investimento em soluções de logística mais inteligentes que otimizam rotas e reduzem o consumo de combustível. Um estudo conduzido pela consultoria McKinsey & Company demonstrou que a adoção de veículos elétricos pode reduzir significativamente as emissões de carbono no setor de transporte de cargas.

Além das questões ambientais, o setor de transporte de cargas também está focado em criar um impacto social positivo. Isso envolve garantir condições de trabalho justas e seguras para os funcionários, promovendo a diversidade e a inclusão em todos os níveis da organização e colaborando com comunidades locais para minimizar os impactos negativos das operações logísticas.

A integridade e a transparência são fundamentais para a governança eficaz no setor logístico. Segundo pesquisas da consultoria ODATA, ela destaca a importância da transparência nas operações logísticas para construir a confiança dos stakeholders e fortalecer a reputação das empresas. As empresas estão adotando práticas de governança responsável que promovem a ética nos negócios, a conformidade regulatória e a prestação de contas aos stakeholders.

Isso inclui a implementação de políticas anticorrupção robustas e a divulgação transparente de informações relacionadas às práticas ESG. À medida que a consciência sobre as questões ESG continua a crescer, o setor logístico está se posicionando como um líder na busca por soluções sustentáveis. Empresas que priorizam a sustentabilidade estão não apenas protegendo o meio ambiente e promovendo o bem-estar social, mas também fortalecendo suas próprias operações e construindo relacionamentos mais sólidos com clientes, investidores e comunidades.

No Brasil a empresa C-Freight que atua no setor de transporte de cargas, ocupando a 22ª posição no ranking OTIs de 2023, tem procurado transformar o transporte de mercadorias, integrando os princípios ESG em todas as suas operações abrir o caminho para um futuro mais sustentável e responsável.

Segundo o Diretor Executivo da C-Freight, Lucas Morgado, ao adotarem uma abordagem centrada na sustentabilidade, a C-Freight não está apenas reduzindo o impacto ambiental, mas também fortalecendo a posição competitiva no mercado. Para ele, a inovação e a eficiência que acompanham a busca por práticas mais sustentáveis não só permitem atender às crescentes expectativas dos consumidores e reguladores, mas também capacitam a criar novas oportunidades de negócio e a atrair investidores alinhados com visão de longo prazo.

Lucas acrescenta: “acredito firmemente que a integração desses princípios em nossas operações não é apenas uma responsabilidade moral, mas também uma estratégia inteligente para garantir o sucesso a longo prazo da nossa empresa.”

Fonte: “Setor logístico implementa princípios ESG visando sustentabilidade em transporte (folhavitoria.com.br)

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Com o que o setor logístico deve se preocupar em 2024: 8 desafios e tendências

Quais são as tendências da logística brasileira e quais os aspectos que merecem atenção?

Desafios não são, exatamente, uma novidade para o setor logístico e, em 2023, as empresas brasileiras tiveram de consolidar suas adaptações ao chamado “novo normal” — conceito pós-pandemia que exigiu realinhamentos em diversos segmentos.

O crescimento do e-commerce foi apenas um dos reflexos das mudanças no comportamento do consumidor. Agora, consciente sobre as demandas, a cadeia de suprimentos precisa dar mais um passo e reforçar os investimentos em automação, integração e colaboração. Nesse aspecto, 2024 será o ano da virada de chave: quais são as tendências da logística brasileira e quais os aspectos que merecem atenção?

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS E PONTOS DE ATENÇÃO EM 2024

O setor logístico precisa manter a vigilância em relação aos desafios e às nuances do mercado e da economia. As soluções para otimizar operações, ampliar a visibilidade da cadeia de Supply Chain e reduzir custos estão disponíveis, mas é preciso iniciativa.

Para não perder o timing, as empresas devem priorizar a adaptabilidade e a inovação. Mais do que nunca, uma cadeia de suprimentos resiliente será necessária em 2024 e alguns aspectos chamam atenção:

Logística colaborativa

Apontada como uma das soluções mais eficientes para otimizar os processos da cadeia de suprimentos, a colaboração é uma tendência promissora em 2024. Ainda que em estágios iniciais no Brasil, a logística colaborativa vai ganhando força à medida que embarcadores, operadores logísticos, transportadores etc. entendem seus benefícios e encaram a cooperação como alternativa para gerenciar ativos e reduzir desperdícios ou custos.

O compartilhamento de informações (como dados de rastreamento e roteirização) e de recursos e ativos (inclusive frotas) deve impulsionar os resultados e as melhorias no setor logístico. No entanto, para alcançar seu potencial máximo, a logística colaborativa ainda depende de conscientização da indústria, maturidade e integração de tecnologias, melhoria na infraestrutura logística e alinhamento às regulamentações.

Investimento em capacitação

A escassez de motoristas profissionais é uma das dores do setor logístico. O número de caminhoneiros vem caindo ao longo dos últimos anos e o fenômeno não é exclusividade brasileira. Oferecer treinamento não garante apenas mão de obra qualificada e postos de trabalho abastecidos. Os investimentos em educação profissional –— especialmente para quem usa a tecnologia a seu favor, como plataformas EaD, gamificação e apps — leva à eficiência e à segurança nas viagens e melhora a qualidade dos serviços prestados.

Os programas de capacitação também conscientizam sobre a importância dos cuidados com a saúde, mantêm os times atualizados sobre as mudanças nas regulamentações, habilitam os profissionais para o uso de novas tecnologias e contribuem com práticas sustentáveis (redução de emissão de CO2 e eficiência energética).

Logística verde e ESG

Condição para operações que desejam se tornar ambientalmente sustentáveis e ganhar espaço frente à concorrência, a logística verde está em alta, assim como a chancela do “selo” ESG para quem busca novos investidores.

O setor de transporte é um dos principais responsáveis do planeta pela emissão de CO2 e, para se alinhar à logística verde, as empresas terão de investir em frotas sustentáveis (caminhões com baixa emissão), na redução da pegada de carbono, em eficiência energética, embalagens ecológicas, programas de manutenção preventiva, logística reversa etc.

A roteirização inteligente, a gestão de resíduos, as certificações de gestão ambiental — como a ISO 14001 — e a colaboração na cadeia de suprimentos são outras estratégias para acelerar a adesão das empresas à logística verde.

Infraestrutura

A infraestrutura precária em muitas regiões do país impõe custos elevados ao transporte de cargas. Em 2023, o tema “manutenção rodoviária” entrou na pauta do Governo Federal, mas a má condição das estradas e a falta de locais seguros para abastecimento e descanso continuam representando um dos grandes desafios do setor logístico.

Até 2026 estão previstos, no Brasil, investimentos de R$ 1,7 trilhão em infraestrutura. Estradas, pontes e viadutos estão na lista. Em 2023, o Governo Federal fez a manutenção ou restauração rodoviária de 2.045 quilômetros e 42 obras de arte especiais (pontes e viadutos).

Quais são as alternativas para reduzir os custos no transporte e os prejuízos com acidentes ou quebras na frota provocados pelas más condições das estradas? Como as empresas podem driblar a falta de infraestrutura e reduzir seus custos em 2024? A estratégia envolve a gestão da manutenção dos veículos, controle do consumo de combustível, roteirização para “fugir” de estradas ruins ou reduzir o tempo de viagem, monitoramento e controle de temperatura para evitar que atrasos levem à perda de produtos etc. A boa notícia é que, para tudo isso, já existe tecnologia.

Acidentes nas estradas e RoadSafe

O índice de acidentes e mortes nas estradas é um dos principais motivos de dor de cabeça para os gestores logísticos. Todos os anos, cerca de 2,5 mil pessoas morrem em acidentes envolvendo caminhões nas rodovias brasileiras. O prejuízo estimado é de R$ 13 bilhões.

O uso de tecnologias de monitoramento e rastreamento, aprimoramento da gestão de riscos, adesão a campanhas de prevenção e criação de programas de capacitação e conscientização são alguns dos aliados.

Tornar as estradas mais seguras é, sem dúvidas, uma urgência no Brasil. Além de salvar milhares de vidas, o que, por si só, já justifica investimentos no gerenciamento dos riscos.

Ineficiência logística

No Brasil, 40% dos caminhões rodam vazios e, só por isso, pensar na logística colaborativa e no compartilhamento de frotas e rotas já é uma grande ideia em 2024.

A baixa produtividade, a ociosidade da frota e falta de processos integrados são outros fatores que levam à ineficiência logística. Entre as alternativas para reverter o cenário, estão o uso de algoritmos de Machine Learning e os recursos de Inteligência Artificial — tecnologias capazes de prever demandas, fazer a roteirização eficiente e tornar a gestão de estoques mais assertiva.

Operações omnichannel

Tendência crescente no setor logístico é a estratégia omnichannel, considerada não mais uma inovação, mas uma resposta aos clientes que buscam uma experiência de compra completa e sem barreiras entre o off e online.

Para que o uso interligado de diferentes canais de vendas e de comunicação dê certo, as empresas terão de investir em: sistemas de gerenciamento de estoque integrados, com atualização em tempo real; plataformas de e-commerce unificadas e sincronizadas; personalização da experiência do cliente por meio de ferramentas de análise de dados e comportamentos dos consumidores; logística integrada e sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos capazes de coordenar armazéns, transportadoras e pontos de venda; integração de dados por meio de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações), garantindo a visão unificada das operações e sistemas de rastreamento de entregas em tempo real que ofereçam ao cliente a visibilidade sobre o status dos pedidos.

Integração de sistemas, soluções end-to-end e plataformas open logistics

Em 2024, será possível ser competitivo sem integrar sistemas, melhorar a visibilidade end-to-end e contar com uma plataforma integradora de tecnologias?

À medida que o cenário competitivo evolui e as expectativas dos consumidores aumentam, a integração, a otimização contínua e a automação se tornam elementos essenciais.

O primeiro passo é recorrer a uma plataforma open logistics e o Brasil tem a maior delas. A implementação de todos os sistemas, ferramentas e tecnologias necessárias para que sua empresa esteja em dia com as tendências de 2024 até pode ser feita gradualmente, mas é preciso começar agora.

Operações estruturadas e integradas, tecnologias para o monitoramento e a visibilidade total da cadeia logística, assim como a adesão a plataformas open logistics são medidas mais eficazes para o aumento da performance operacional do setor logístico.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/artigos/com-o-que-o-setor-logistico-deve-se-preocupar-em-2024”

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Com investimento de R$ 20 milhões, OPME Log mira expansão no interior de São Paulo

Novidades incluem nova unidade em Campinas, que contará inicialmente com dois veículos e projeção de aumentar para 15 nos próximos cinco anos, incluindo veículos elétricos.

Em processo de expansão para atender a demanda na região de Campinas, a OPME Log anunciou investimento de R$ 20 milhões, que contempla o lançamento de uma unidade no município em março deste ano.

Segundo a empresa, Campinas se tornou um importante polo de saúde, evidenciado pela inauguração recente da unidade do Hospital São Luiz pela Rede D’or. Atualmente, a OPME Log já realiza cerca de 200 cirurgias por mês em Campinas e região, a partir da unidade em São Paulo.

“A nova filial permitirá uma maior eficiência operacional, liberando espaço na matriz em São Paulo e, do ponto de vista ESG, reduzindo a emissão de carbono ao diminuir o número de veículos no trajeto entre as duas cidades”, afirmou a empresa em comunicado à imprensa.

Quanto à frota, a unidade contará inicialmente com dois veículos e projeção de aumentar para 15 nos próximos cinco anos, incluindo veículos elétricos.

De acordo com a empresa, o investimento total para a implementação desta filial é próximo a R$ 1 milhão, sendo 100% financiado com recursos próprios da empresa.

Fonte: “OPME Log mira expansão no interior de São Paulo (mundologistica.com.br)

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Cresce a relevância da pauta ESG para os consumidores brasileiros

Entre as mudanças que estão acontecendo no comportamento do consumidor, destaca-se neste momento a relevância conferida aos produtos e serviços pautados por ESG.

O assunto está há alguns anos na agenda das empresas, mas agora existe uma maior predisposição por parte do público em premiar (ou punir) as marcas em função do seu comprometimento com as causas relacionadas à sustentabilidade, à governança e à responsabilidade social.

E a tendência é de que o tema se torne cada dia mais presente, uma vez que essas questões têm impactado a vida da população de forma mais significativa.

Não se pode mais ignorar as mudanças climáticas e muito menos os debates vinculados à necessidade de as empresas se posicionarem melhor frente aos dilemas enfrentados pela sociedade.

Em outras palavras, os problemas têm ganhado mais evidência, fazendo com que a pauta finalmente “fure a bolha”. Ou seja, não está mais restrita aos ativistas.

ESG influencia na decisão de compra cada vez mais
O Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, da Kantar, divulgado recentemente, indica que mais da metade da população (56%) deixa de consumir os produtos de uma marca que não investe em sustentabilidade ou que tem práticas vistas como nocivas ao meio ambiente e à sociedade.

Em sua terceira edição, o estudo global considera que o tema ganhou mais urgência para as empresas, exigindo que elas se posicionem sobre suas ações.

Ao fazer isso, contudo, elas devem ser criteriosas. De acordo com os dados da pesquisa (apenas no Brasil, foram entrevistadas mais de mil pessoas), o consumidor também está mais atento às marcas que praticam o “greenwashing”.

Ou seja, o público está de olho naquelas ações das companhias que se dizem sustentáveis, mas que não passam de marketing.

Para se ter ideia, nesta edição, mais da metade dos entrevistados vê ações de ESG das empresas como enganosas.

Outros dados relevantes:

– 63% do público diz procurar marcas com um histórico ativo de ações pró-ESG;
– 77% dos entrevistados acreditam que os negócios têm a responsabilidade de tornar a sociedade mais justa;
– 67% defendem que as marcas deveriam se responsabilizar e tentar resolver os problemas climáticos e sociais no mundo;
– a maioria dos brasileiros, segundo o Índice do Setor de Sustentabilidade da Kantar, entende que o combate do aquecimento global e da desigualdade são responsabilidade das marcas.

Qual o impacto dessas ações no varejo?
Outro estudo, dessa vez sobre “Impacto ESG no Varejo”, realizado pela Mosaiclab para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), traz insights importantes a respeito do comportamento do consumidor em relação ao local de compra.

Nesse caso, também chama a atenção a forma como o tratamento do tema tem evoluído. A porcentagem de pessoas que dizem saber do que o tema se trata subiu de 50% em 2022 para 62% em 2023.

Conhecer mais o tema não significa maior prática. Segundo as informações apuradas nesse estudo, 85% dos entrevistados confirmaram que, no seu dia a dia, nem sempre adotam práticas benéficas para o planeta.

Uma questão importante, até porque pode influenciar na decisão de como as marcas vão trabalhar o conceito de ESG, é a análise das diferentes percepções quando se considera o perfil socioeconômico do público.

Enquanto na classe A 33% afirmam conhecer bem o tema do ESG, esse percentual cai para 13% na classe B e para apenas 8% na classe C.

Diante desses dados, refletindo sobre as ações que podem ser mais propositivas por parte das empresas, e uma das oportunidades é atuar no campo da educação, adotando iniciativas que ajudem a população a fazer a sua parte.

Nesse caso, vale lembrar, as marcas conseguem estruturar melhor os seus propósitos. Esse é um aspecto que tem aparecido como determinante para influenciar a decisão de compra de grupos de clientes, como os que pertencem à geração Z.

No ranking geral das iniciativas que mais preocupam os consumidores, o assunto mais destacado são justamente as ações ligadas ao combate ao desmatamento e os incentivos ao reflorestamento.

Para quem ainda tem dúvidas sobre os investimentos nessa área, vale atentar para este dado: mais da metade dos entrevistados declara que estaria disposta a pagar a mais, entre 5% a 20%, por produtos ou serviços que realmente fizessem ações efetivas em ESG.

Quando questionados sobre os temais mais importantes, a maioria indicou a proteção ao meio ambiente: 59% das pessoas disseram que pagariam mais por uma marca alinhada com a redução do seu impacto ambiental.

Focando nas ações do varejo, o estudo indica que os consumidores têm procurado incentivo para serem mais conscientes no consumo e descarte de produtos, embalagens, além de maior uso de materiais recicláveis ou sustentáveis na cadeia.

No âmbito social, por sua vez, destacam-se iniciativas focadas no respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão.

Em governança, figuram ações voltadas à ética e transparência, ao combate ao trabalho escravo ou infantil e à proteção e segurança digital dos dados e informações pessoais dos clientes.

Como em outras áreas, o ideal é que os esforços nessa frente estejam devidamente alinhados à cultura da empresa. Ou seja, serão pouco efetivas as iniciativas isoladas.

Pesquisas relacionadas ao modo como as operações lidam com o assunto têm confirmado que as iniciativas ainda são pouco abrangentes, principalmente quanto à estrutura das áreas.

No relatório da Vetico, que trata justamente dessa adoção por parte das empresas, apenas 17% das companhias entrevistadas contam com a área há mais de cinco anos.

Ou seja, apesar de o conceito ser discutido há mais de 20 anos, ele ainda não ocupa o espaço necessário nas empresas. Por outro lado, percebe-se que esse é um assunto mais relevante também para a retenção de talentos: 50% das pessoas entrevistadas destacaram que o que empresas fazem de ESG é importante na hora de tomar uma decisão durante a proposta de trabalho.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cresce-a-relevancia-da-pauta-esg-para-os-consumidores-brasileiros