Essa empresa foi criada num grupo de WhatsApp. Agora, mira os R$ 30 milhões com marketplace

O objetivo da empresa é conseguir rodar, até o final do ano, uma captação Series A, que ajudará a crescer e atingir novos clientes.

Às vezes, um negócio pode começar onde menos se imagina. Veja o caso da Magis5, uma startup paulista que fornece a pequenas e médias empresas um integrador de vários marketplaces. Os dois sócios, Claudio Dias e Vitor Lima, se conheceram num grupo de WhatsApp.

À época, 2019 para ser exato, Dias estava em um grupo com outros empreendedores quando conheceu seu sócio, Vitor Mateus Lima. Lima era desenvolvedor em uma empresa de tecnologia e, no tempo livre, vendia produtos no Mercado Livre com ajuda de sua mãe. Como a mãe já tinha quase 70 anos, não conseguia lidar tão bem com muitas informações sobre vendas, como endereços e despachos. Por isso, Lima começou a automatizar o processo para ajudar a mãe.

“Nisso, eu e Lima marcamos um café em uma padaria para falar mais sobre o negócio e decidimos criar uma facilitadora para e-commerce”, afirma Dias. “Em 2018, estruturamos o negócio e lançamos a empresa em 2019”.

No primeiro ano, faturaram 158.000 reais. Depois, com a pandemia e o boom dos e-commerces, o faturamento escalou. Agora, apesar de uma estabilidade no varejo online, a empresa segue crescendo porque adiciona, recorrentemente, novos pequenos clientes em sua plataforma.

Por causa dessa estratégia, a Magis5 apareceu, pela segunda vez, entre as pequenas e médias empresas em expansão no país. Com um faturamento de 14,1 milhões de reais ano passado, 78% a mais do que em 2022, a startup ficou em 58º lugar no ranking EXAME Negócios em Expansão, o maior anuário do empreendedorismo brasileiro.

“Nosso mercado não é estático”, diz Dias, CEO da empresa. “Embora o mercado tenha diminuído de tamanho, o tempo todo chegam novos entrantes. O mercado aumenta a quantidade de novos vendedores, tira a fatia maior de um grande vendedor e entrega um menor. Com isso, conseguimos crescer”.

Para 2024, a meta é chegar perto dos 30 milhões de reais em faturamento. O objetivo da empresa é conseguir rodar, até o final do ano, uma captação Series A, que ajudará a crescer e atingir novos clientes. A empresa também aposta no segundo semestre, quando há datas importantes como Black Friday e Natal, para atingir esse objetivo.

“Ano passado, nossos clientes movimentaram 5 bilhões de reais com suas vendas. Neste ano, até agora, já foram 4 bilhões de reais, e as principais datas nem chegaram ainda”, afirma o CEO.

O que faz a Magis5

A Magis5 é uma integradora de marketplaces. Ela junta várias empresas diferentes, como Mercado Livre, Shopee e a Shein, por exemplo, e permite que uma pequena ou média empresa anuncie nessas várias plataformas por um único sistema. Nesse mesmo sistema, se a pessoa vender uma unidade do produto na Mercado Livre, o estoque é automaticamente ajustado em todos os outros marketplaces.

“A ideia é facilitar e automatizar a vida de quem está vendendo nesse marketplace”, diz Dias. “Imagina que o cliente, sem automação, faz 1.000 vendas por dia e precisa cuidar de tudo isso manualmente. Se não tiver automação, ele não consegue”.

Nesse processo, a Magis5 fatura cobrando uma mensalidade pelo uso da plataforma e também uma taxa em cima de cada compra faturada.

Quais as próximas metas da Magis5

Para crescer nos próximos anos, a Magis5 traçou alguns objetivos. O principal dele é virar uma plataforma completa de venda para os pequenos e médios negócios, e não somente uma integradora de marketplace.

“Queremos nos transformar numa suite para quem vende no mercado online. Para isso, precisamos olhar o backoffice”, diz. “Não queremos ser hub de marketplace ou um ERP. Queremos ser uma solução única para vendedores pequenos e médios, para que a gente resolva todo problema dele”.

Segundo Dias, a meta é continuar dobrando. “Haja suor, sangue e lágrimas, mas só desistimos da meta quando o ano acabar”, diz.

O que é o ranking EXAME Negócios em Expansão

O ranking EXAME negócios em expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual. O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023.

A análise considerou os negócios com faturamento anual entre R$ 2 milhões e R$ 600 milhões. Após uma análise detalhada das demonstrações contábeis das empresas inscritas, a edição de 2024 do ranking foi lançada no dia 24 de julho.

São 371 empresas de 23 estados brasileiros que criam produtos e soluções inovadoras, conquistam mercados e empregam milhares de brasileiros.

Fonte: “https://exame.com/negocios/essa-empresa-foi-criada-num-grupo-de-whatsapp-agora-mira-os-r-30-milhoes-com-marketplace/”

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Alerta de tendência para empreendedores: conheça o mercado que deve movimentar US$ 53 tri até 2025

Estratégias ESG estão trazendo bons resultados para as empresas – desde melhorar a reputação até trazer rentabilidade; veja como colocar em prática as diretrizes sustentáveis.

Fortalecer a reputação, gerar valor de mercado e alcançar o sucesso financeiro são metas que com frequência aparecem no topo da lista de prioridades dos empresários. O verdadeiro desafio, na verdade, é descobrir a estratégia ideal para atingir esses objetivos.

Mas uma recente estratégia está despontando no mercado com uma promessa tentadora: trazer bons resultados financeiros sem deixar de lado as práticas socioambientais. Estamos falando do mercado ESG, uma das maiores tendências da última década, que está ganhando cada vez mais destaque e adeptos ao equilibrar o melhor de dois mundos.

ESG: uma estratégia lucrativa

Desde 2004, quando o termo apareceu pela primeira vez, até os dias atuais, o ESG tem evoluído de uma simples tendência para se tornar uma prioridade global entre as empresas. Isso porque executivos perceberam que priorizar aspectos sociais, ambientais e de governança, além de positivo para o meio ambiente, poderia ser vantajoso para as finanças.

Este reconhecimento levou a um crescimento visto poucas vezes em outros setores. Um estudo da Infosys, multinacional de tecnologia, estima que esse mercado deve movimentar US$ 53 trilhões até 2025 – isso é mais do que o PIB da China, Japão e Alemanha juntos.

Ainda mais impressionante que isso é o impacto direto que as práticas ESG estão tendo nas empresas. Segundo a mesma pesquisa, 90% dos executivos entrevistados afirmaram que investir nas diretrizes ESG trouxe retornos financeiros positivos para suas organizações. Ou seja: os retornos não se limitam ao fortalecimento da reputação no mercado, mas também refletem em números concretos nos balanços financeiros.

Diretrizes ESG também são lucrativas quando se trata de investimentos externos. Segundo a empresa de consultoria e auditoria EY, 99% dos investidores utilizam divulgações ESG para decidir se investem ou não em uma empresa. Isso significa que organizações que implantam diretrizes ambientais, sociais e de governança têm mais chances de receber investimentos financeiros do que aquelas que não adotam uma estratégia ESG.

Quem não aplicar o ESG, vai ficar para trás

O mercado está se movendo rapidamente em direção ao ESG, e as empresas que não adotarem essa abordagem estão correndo um risco real de ficarem para trás. Mais do que uma tendência passageira, o ESG está se tornando uma necessidade inegável para as organizações que buscam se manter relevantes, competitivas e sustentáveis a longo prazo.

“Empresas que não estão olhando para o ESG de forma sistemática, estão ficando para trás”, afirma Mariana Ricco, coordenadora do MBA em Gestão ESG e Sustentabilidade da Faculdade EXAME. “E elas vão ficar cada vez mais para trás frente às suas concorrentes e ao que os próprios consumidores estão exigindo da atuação de uma empresa”, completa.

Fonte: “Alerta de tendência para empreendedores: conheça o mercado que deve movimentar US$ 53 tri até 2025 | Exame

 

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