De Blumenau para 900 cidades: o maior marketplace de farmácias independentes do país

Um segmento com uma série de restrições voltadas à comercialização online de medicamentos e, no pequeno varejo e nas farmácias independentes, algumas dificuldades fazem parte da rotina como ruptura de estoque, ausência de inventário, mínima infraestrutura tecnológica, sem logística própria, falta de mão-de-obra especializada e uma diversidade de mais de  170 softwares de gestão para integração de dados.

Foi nesse sentido que Robson Michel Parzianello, fundador do Farmácias APP, criou uma solução. Quando se trata de medicamentos e saúde, o senso de urgência é maior. Na pandemia com o isolamento social e a insegurança pela falta de medicamentos, potencializou ainda mais.

As farmácias não estavam preparadas para uma adaptação radical na jornada de atendimento aos consumidores, venda por canais digitais, o que antes correspondia ser a menor fatia de vendas, tornou-se o carro chefe, foi necessário uma rápida adaptação para manter os estabelecimentos em pé. Sentimos na pele as dores das pessoas por falta de acesso aos medicamentos, grandes filas e até mesmo tendo que se dirigir para outras cidades para conseguir encontrar um produto, uma realidade clara quando olhamos para cidades do interior de um país continental e extenso do qual vivemos“, destaca.

Fundada em 2015, junto com seu sócio Eduardo Felipe Raulino, em Blumenau, a empresa contava com um time de seis pessoas, partindo de dores mapeadas com farmacêuticos e consumidores da própria região.

Lançado em janeiro de 2017, o aplicativo enfrentou uma série de mudanças e adaptações em seu modelo de negócio, para atender as necessidades dos varejistas, consumidores e barreiras regulatórias.

Em março de 2019, a startup foi adquirida pelo GrupoSC, formado pelas distribuidoras SantaCruz, PanPharma e Oncroprod, onde houveram grandes sinergias que trouxeram aceleração para o negócio, a exemplo do aumento pontos de vendas cadastrados, com cerca de 40 farmácias integradas.

Levávamos em média de 3 meses para integrar e ativar uma farmácia, desenvolvemos uma estratégia de expansão com investimentos em tecnologia para mecanismos de integrações entre sistemas, da qual nos permitiu ativar mais de 400 pontos de vendas integrados por mês, chegando na marca de 3 mil farmácias ativas e integradas, presentes em 900 cidades do país, atingindo um crescimento exponencial“, contam os empreendedores.

Para Robson e seus 18 anos de carreira profissional, sua maior realização com a inovação foi perceber o impacto na melhoria eficaz no dia-a-dia das pessoas, ampliando o acesso à saúde, beleza e cuidados pessoais. Ele finalizou seu ciclo como executivo no GrupoSC em outubro de 2022 e atualmente dedica seu cotidiano a novos negócios e atua como conselheiro executivo.

Fonte: “https://economiasc.com/2024/01/25/de-blumenau-para-900-cidades-o-maior-marketplace-de-farmacias-independentes-do-pais/”

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Logística reversa de medicamentos já é realidade em 60% das farmácias

Em vigor desde o início do ano passado, a logística reversa de medicamentos já é uma realidade em seis de dez farmácias brasileiras, mesmo entre aquelas desobrigadas a cumprir a lei nesse primeiro momento. É o que indicou a última enquete do Panorama Farmacêutico.

Dos 3.238 profissionais do setor que se manifestaram, 1.935 (60%) informaram que já descartam os medicamentos vencidos ou em desuso no próprio ambiente da farmácia. Somente 22% (697) mencionaram o lixo doméstico, enquanto 7% (237) relataram que seu PDV não promove a logística reversa.

O decreto presidencial de 2020 prevê diferentes fases para a adoção obrigatória da logística reversa de medicamentos. As farmácias e drogarias devem manter pelo menos um ponto fixo de recebimento a cada 10 mil habitantes. Em até dois anos, todas as capitais brasileiras e os municípios com população superior a 500 mil habitantes terão que contar com pontos de coleta. Em cinco anos, chegará a vez das cidades acima de 100 mil moradores.

Um relatório do Ministério do Meio Ambiente, divulgado no último mês de abril, confirma os avanços da logística reversa. Mais de 3,6 mil pontos de coleta foram implantados em 2021, o que evitou o descarte inadequado de 53 toneladas de remédios.

Conscientização das farmácias e da população

O varejo farmacêutico vem abraçando a causa e estimulando a rápida adesão à lei. Em torno de 3,2 mil lojas das grandes redes vinculadas à Abrafarma recolheram 130 toneladas de resíduos de medicamentos e embalagens no ano passado, dos quais 93% foram incinerados e 7% destinados a aterros sanitários. “E ainda temos espaço para avançar ainda mais nesses números, a julgar pelo exemplo de Portugal, que descarta mais de 1.200 toneladas de medicamentos anualmente. Ou mesmo a França, que recolheu cerca de 9.700 toneladas em 2020”, avalia o CEO Sérgio Mena Barreto.

De acordo com a Febrafar, cerca de 200 farmácias associativistas no estado de São Paulo já participam da logística reversa. “Para o restante do país a expectativa é que também se tenha grande adesão, em função do custo-benefício do programa”, explica Valdomiro Rodrigues, consultor da entidade.

Mas representantes do setor entendem que é necessário reforçar a conscientização da população sobre o tema, tendo a indústria farmacêutica como protagonista. Esse cenário serviu de pretexto para a formulação do Projeto de Lei 977/22, de autoria do deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), determinando que as bulas de medicamentos contenham orientações aos consumidores sobre as formas adequadas para o descarte.

Segundo a Agência Câmara, a proposta tramita em caráter conclusivo nas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania do Congresso Nacional.

Custo para a indústria

Apesar dos avanços, o debate sobre o compartilhamento de custos persiste. O projeto de lei em discussão, inclusive, tende a gerar um gasto adicional para a indústria farmacêutica, que afirma enfrentar dificuldades com as quais outros segmentos não convivem – como o de eletrônicos e de óleos lubrificantes.

“No nosso caso, o medicamento não pode ser reaproveitado, não vira subproduto. Ele precisa ser destruído ou seguir para aterro sanitário específico”, explica o presidente do Sindusfarma,  Nelson Mussolini.

Por conta do controle imposto ao preço dos medicamentos, a indústria farmacêutica não pode repassar os gastos ao consumidor final. Segundo Mussolini, também é responsabilidade da população o processo de logística reversa, o que justificaria o repasse.

Logística reversa de medicamentos

Nova enquete

Com a nova enquete que está no ar, queremos saber como o mercado corporativo está lidando com as máscaras no ambiente de trabalho, diante do descompasso entre a flexibilização do uso e a alta no número de casos da Covid-19.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Fonte : https://panoramafarmaceutico.com.br/logistica-reversa-de-medicamentos/