Google anuncia nova integração de pagamentos para e-commerce

Visando construir uma solução que alcançasse todo o ecossistema de pagamentos e permitindo o acesso a todos, o Google anunciou na segunda-feira (4) novidades de pagamentos com Pix para o mercado digital. Natacha Litvinov, líder de negócios para Google Pay e Shopping na América Latina, apresenta as funções durante o evento GPay.

Através do Google Pay, solução de iniciação de pagamentos que disponibiliza de maneira segura e rápida as opções de pagamentos, as novas funcionalidades prometem impulsionar os pagamentos por meio do pix.

Já em agosto a companhia anunciou o lançamento do pix via open finance.  Hoje, as três novidades são: pix por aproximação na carteira, compras online e maior segurança na carteira digital.

Trazendo mais conveniência e cobertura aos usuários, o pix por aproximação permite que os consumidores paguem lojas físicas apenas por meio da aproximação do celular às maquininhas do estabelecimento.

Porém, no momento a funcionalidade ainda exige alguns pré-requisitos: celular desbloqueado, aparelho android com NFC, conta vinculada na Carteira do Google e máquina habilidade para pix aproximação.

Novidades para o e-commerce

Para as compras online, a novidade evita o redirecionamento do cliente para mais de um aplicativo durante o check out. Vale lembrar que, neste cenário das funcionalidades, o consumidor pode comprar com dois cenários: aplicativo ou navegador mobile.

Segundo Litvinov, 30% das compras online são pagas via Pix, porém ainda existe uma fricção muito grande – com aproximadamente 8 passos para a finalização da compra.

A nova função implementa o Pix no próprio botão do GPay para as compras dentro de aplicativos, trazendo agilidade e facilidade. No caso do navegador, a funcionalidade é quase a mesma; no momento de escolher ‘pagar com código’ as contas disponíveis já ficam visíveis para o consumidor.

Por fim, o incremento da segurança diz respeito ao modo noturno para transações. Isso significa que ao ativar a novidade, a carteira do Google permite que somente transações para contatos salvos sejam feitas entre 20h e 06h.

Bate-papo

Em um primeiro momento, o presidente do Google Brasil, Fabio Coelho, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, debateram novidades e desdobramentos dos sistemas de pagamentos e do open finance.

Quando as coisas são produzidas em abundância para preencher o espaço da sociedade, explica o presidente, os custos são barateados. Naquela época, explica Coelho, o mundo vivia uma terceira onda de democratização ao acesso. O acesso às finanças – tão desenvolvido em outros países, como China – ainda tem uma baixa penetração no Brasil.

“A tecnologia é um instrumento de democratização”, diz Campos Neto.

Além disso, a inovação proporciona diversos benefícios, porém frente aos maiores acessos às transações um aumento das fraudes é observado, segundo os executivos. Para o presidente do BC os golpes possuem três dimensões que precisam ser analisadas: conta receptora, exposição a riscos e comportamentos.

Com relação às contas receptoras, hoje em dia, a existência de contas laranja ou contas fantasmas dificulta a identificação dos criminosos. Por conta disso, os critérios para abertura de conta precisam ser mais rígidos, explica Neto.

Em segundo lugar, com relação à exposição a risco, o presidente declara que a interface precisa ser o mais amigável possível para os consumidores adaptarem suas necessidades frente ao risco. Por exemplo, um cliente pode definir horários que ele esteja em casa para possíveis movimentações financeiras.

Por fim, o terceiro ponto de atenção fica para a necessidade de um banco de dados bem estruturado. Somente a partir do processamento de dados, é possível prever e identificar o comportamento antes que as fraudes aconteçam.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/google-anuncia-nova-integracao-de-pagamentos-para-e-commerce”

 

 

 

Download

Black Friday 2023 movimenta bilhões, mas frustra expectativas das varejistas brasileiras

O comércio eletrônico registrou cerca de 4,5 bilhões em vendas no Brasil, 14,4% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Pelo segundo ano consecutivo, as apostas de faturamento recorde na Black Friday foram frustradas.

Embora o valor médio gasto por pessoa na sexta-feira mais esperada pelo varejo tenha registrado um leve aumento na comparação anual, o faturamento ficou aquém do esperado.

No período entre quinta-feira (23), às 00h, até sábado (25), às 23h59, o comércio eletrônico brasileiro registrou cerca de 4,5 bilhões em vendas, bem abaixo dos R$ 6,9 bilhões esperados. A cifra bilionária foi 14,4% menor do que a do mesmo período do ano passado.

O número de pedidos também apresentou recuo. O volume de “carrinhos” atingiu 6,9 milhões, o que representa uma queda de 15,5% na base anual.

Vale lembrar que a redução do volume de compras já era esperado. Isso porque no ano passado, a Copa do Mundo contribuiu para aumentar as vendas no e-commerce na Black Friday, além das festas de fim de ano.

As informações são da Hora a Hora, da Confi.Neotrust, empresa de inteligência de dados, em parceria com a ClearSale, companhia de inteligência de dados e soluções para prevenção a riscos.

Vale ressaltar que o levantamento considera apenas as vendas no comércio eletrônico. Ou seja, o volume das lojas físicas não foi incluído na pesquisa.

Segundo o levantamento da plataforma, os produtos mais vendidos nesta edição da Black Friday são:

  • Eletrodomésticos (20,8%);
  • Eletrônicos (15,5%);
  • Telefonia (11,8%).

Já em relação aos pagamentos, a transferência instantânea, o PIX, não foi o mais utilizado pelos consumidores. Cerca de 56,6% das compras no comércio eletrônico foi realizada via cartão de crédito.

O PIX ficou em segundo lugar, representando 30,4% das transações. O boleto bancário, por sua vezes, foi o meio de pagamento utilizado em 7,9% das vendas.

Por fim, a carteira digital (e-wallet), cashback, pagamentos no débito e vales representaram cerca de 5,1%.

Black Friday: Quem comprou mais? 

O levantamento da Hora a Hora em parceria com a ClearSale apontou que o ticket médio, ou seja, o valor gasto por pessoa, na Black Friday 2023 foi de R$ 659,12 — cerca 1,3% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.

Nesta edição, as mulheres lideraram as compras. Elas representaram cerca de 59,2% dos consumidores.

Além disso, o volume de compras foi maior entre o público feminino na faixa etária entre 36 e 50 anos, sendo 35,1% do total.

As pessoas de até 25 anos, por sua vez, foram os que menos compraram no auge das promoções na última sexta-feira (24), representando apenas 16,8% dos consumidores.

Fraudes também caem

No âmbito das fraudes, o período sofreu 28,5 mil tentativas de ações fraudulentas, representando em valores aproximadamente R$ 41 milhões. Esse valor é cerca de 20% a menos na comparação com o ano anterior.

O ticket médio das tentativas foi de R$ 1.383,66.

No sábado (25), as categorias mais impactadas pelas ações dos golpistas foram: bebidas (1,5%), joias (1,3%), petshop e supermercados (1,2%), e, por último, ferramentas (1%).

 

 

Download