3 pontos a observar na implantação da entrega rápida

Nos dias de hoje, a velocidade de entrega é um diferencial competitivo para o varejo. Observe que envios rápidos são capazes de convencer o consumidor a comprar e, não raramente, ele chega a pagar um pouco mais caro para receber a mercadoria o quanto antes. Sendo assim, podemos concluir que a velocidade de entrega é um benefício percebido pelos clientes e, por causa disso, deve ser explorada ao máximo para maximizar os resultados.

Diferencial competitivo

Uma vez que a agilidade para receber produtos em casa é um diferencial competitivo e convence o consumidor, temos como consequência o fato de que ela acaba convencendo também os investidores. Não sem razão, grandes players do comércio eletrônico têm investido muito em logística, firmando parcerias com logtechs que oferecem soluções extremamente ágeis.

Sempre que uma das empresas de e-commerce, de capital aberto, anuncia novidades, como uma nova e mais ágil modalidade de entrega, o resultado é que suas ações sobem no mercado. Elas ganham força porque mostram que estão mais preparadas para atender o consumidor da forma que ele valoriza.

Além do prazo, há a conveniência da entrega. E-commerces têm expandido parceria com lojas que se comportam como extensões dos Correios. O cliente pode retirar a mercadoria comprada em uma padaria ou em uma loja de materiais de construção perto de casa.

Melhor ainda, havendo necessidade de devolução, basta levar o produto em uma dessas unidades parceiras. É o que se chama de logística reversa. Antigamente, era comum o consumidor fazer esse trâmite em unidades dos Correios. Agora, isso é desnecessário. Essa malha construída com parceiros gera uma conveniência muito grande para o consumidor. Trata-se de uma estratégia interessante para o varejo observar e absorver, um diferencial competitivo que cria vínculo com o cliente.

Desafios

Toda solução, no entanto, gera desafios. E quais são os obstáculos da implementação da entrega rápida e de serviços que facilitam caminhos para os consumidores?

Precificação do carrinho

O primeiro é como o varejista precifica não só o produto, mas também o carrinho, porque, no final das contas, o cliente não paga só pelo produto, paga pela entrega. Então, existe uma composição formada pelo preço do produto mais o valor da entrega. Isso é o carrinho.

Como é que o lojista equilibra o preço do produto e da entrega em uma determinada região? É necessário também observar o envio na hora certa em que a loja precisa ser competitiva em um determinado local.

Índice de competitividade

Derivado do ponto acima, surge o segundo desafio: como se cria um índice de competitividade? Usualmente, costuma-se dividir o seu preço pelo preço médio da concorrência para saber se o seu índice é maior do que 1 (mais caro) ou menor do que 1 (mais barato).

Saber se está mais caro ou mais barato, ou quanto mais caro e quanto mais barato. Isso é bem comum em pricing. Porém, aqui estamos falando do índice de competitividade do preço do carrinho. Porque seu varejo pode ser mais barato no produto, porém, muito mais caro no carrinho, pois o frete e a logística não são os ideais.

Então, chegar a esse índice é muito difícil pelo fato de que o volume de dados empregados em uma análise dessas é gigantesco. Tem o desafio de conseguir montar o índice de competitividade por região geográfica (Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-oeste). Por estado, município, capital ou interior.

Ter informação sobre competitividade de frete ajuda a formar o índice de competitividade no preço do carrinho. Mas como se vê, esse é um dos desafios da área de pricing que pode ser maior conforme a modalidade e os prazos de entrega, que também são específicos conforme a data e o momento do dia.

O monitoramento do frete

A pergunta é: como enfrentar tantas dificuldades? A única forma realmente eficiente de monitorar o frete e, assim, precificar adequadamente o valor do carrinho, considerando as mais diversas variáveis, é com o apoio de soluções que se baseiam em inteligência. Elas ajudam o e-commerce a enfrentar os desafios na precificação. E como isso é feito? Tais soluções entregam escala nas informações de competitividade do mercado, fazendo monitoramento dos produtos e fretes nas regiões de entrega, capturando preços, prazos e modalidades. E tudo em uma velocidade muito rápida.

Soluções inteligentes de pricing conseguem tornar não só o preço do produto dinâmico como também levam em conta o preço do carrinho. Ou seja, monitoram o valor do produto, do frete, dos competidores, e só depois disso determinam a precificação.

Em resumo, a entrega rápida é uma importante estratégia, pois atualmente tem grande poder de influência na decisão do cliente. Porém, por se tratar de um fator extremamente dinâmico em um mercado altamente concorrido, a única forma de oferecer esse benefício com eficiência e competitividade é com o apoio da tecnologia. A inteligência de dados aplicada à estratégia faz a total diferença na hora do resultado.

* Ricardo Ramos é CEO e fundador da Precifica.

Como o frete pode ser um aliado do aprimoramento do CX?

Tempo é dinheiro. E na corrida da entrega mais rápida – serviço cada vez mais apreciado entre os consumidores – o valor do frete pode ser um aliado ou inimigo. Prova disso é que o estudo da Moonsend, feito em 2020, constatou que o preço salgado é motivo de desistência de 60% dos carrinhos virtuais. Mas tem como superar esse gargalo? Como o e-commerce pode trabalhar nisso?

Essa questão é comercialmente relevante, pois o usuário fica com a sensação de que está pagando a mais ou de que está arcando com um custo que deveria ser apenas da loja. Entretanto, um varejista, para lucrar, necessita incluir todos os custos possíveis na formação do seu preço de venda, o que acaba recaindo no valor do produto, muitas vezes.

Outro ponto importante são as interfaces de usuário complexas e experiências de checkout desajeitadas. Algumas saídas apresentadas pelo levantamento são configurar um e-mail automatizado de abandono de carrinho e oferecer frete grátis. Isso pode realmente fazer a diferença e ajudar a recuperar mais de 20% do público, de forma que até mesmo o atendimento ao cliente acaba ganhando com essas medidas.

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Fonte: Octadesk/Opinion Box

No Brasil não seria diferente. Pesquisa da Octadesk em parceria com a Opinion Box descobriu que 62% dos consumidores desistiram de uma compra pela web ou aplicativo em razão de uma experiência ruim durante o processo de aquisição de um serviço ou produto.

Ou seja, em média, a cada três pessoas que decidem comprar algo, duas desistem por uma experiência negativa. O principal motivo apontado pelos ouvidos pela pesquisa é o alto valor do frete, seguido dos preços elevados e a falta de credibilidade da empresa.

Outros pontos de atenção são a quantidade de etapas que os clientes precisam percorrer em um site ou aplicativo para concluir a compra, a quantidade de informações pessoais exigidas e a necessidade de realizar um cadastro no site.

Como o frete é um custo variável de acordo com o destino de entrega, é natural que ele seja destacado separadamente. Infelizmente, para alguns, essa prática tem resultado na perda de vendas no momento do fechamento do pedido. Fica em vantagem quem oferece isenção de frete e pensa em todos esses processos, como é o caso da Amazon Prime.

Como driblar o preço do frete

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Mariana Roth, líder de Amazon Prime Brasil

De acordo com Mariana Roth, líder de Amazon Prime Brasil, colocar o cliente como o centro de tudo (customer centric) é – e sempre foi – um dos focos da companhia. Logo, entregar uma experiência boa e completa ao consumidor é o grande objetivo. “Temos o compromisso de inovar e entregar excelência operacional, ofertando escolha, velocidade e conveniência”, afirma.

Um bom exemplo disso é o benefício de frete grátis ilimitado do Amazon Prime. “Investimos continuamente na expansão das entregas rápidas e gratuitas: em 2019, no lançamento do Amazon Prime, o frete grátis em dois dias era oferecido para 90 cidades e agora já expandimos para mais de mil cidades”, conta a executiva.

A entrega gratuita em um dia, lançada em 2021, está agora disponível em mais de 100 cidades nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de JaneiroGoiás e São Paulo.

Além disso, a opção de entrega no mesmo dia agora também está disponível para todos os clientes nas cidades do Rio de JaneiroBelo HorizonteBarueri, Osasco e Guarulhos, com o desconto para membros do Amazon Prime.

“Estamos sempre inovando para que possamos oferecer o que eles precisam – quando, onde e como eles desejam. Nossa obsessão pelo cliente é permanente, e se destaca como um dos mais importantes entre os nossos 16 Princípios de Liderança. Por isso focamos na experiência do consumidor, assim, podemos exercitar nossa paixão por inovar e nosso compromisso com excelência operacional e visão de longo prazo”, explica Mariana Roth.

Clientes que não assinam o Amazon Prime contam com entrega gratuita na primeira compra, nas compras acima de R$99 em livros e acima de R$149 em produtos enviados pela Amazon.

No Brasil, o Amazon Prime inclui frete grátis e rápido para todo país em milhões de produtos, sem valor mínimo de compras, e acesso a promoções exclusivas. Oferece filmes e séries de sucesso no Prime Video, mais de 2 milhões de músicas e podcasts no Prime Music, acesso a centenas de livros e revistas digitais no Prime Reading e jogos gratuitos no Prime Gaming. Tudo em uma única assinatura por apenas R$9,90 ao mês, ou R$89 ao ano, podendo ser cancelado a qualquer momento.

CX e frete andam lado a lado

Frete e customer experience (CX) podem se tornar aliados se trabalhados estrategicamente e de forma unificada, de modo que o consumidor note os esforços da companhia para gerar uma experiência do cliente personalizada, intuitiva e atrativa.

“Colaboramos estreitamente e ouvimos atentamente para conquistar confiança. Construído com base no frete rápido, gratuito e ilimitado, o Amazon Prime foi projetado para tornar a vida do cliente melhor a cada dia – tornando-a mais fácil, conveniente e divertida, oferecendo uma combinação entre o que há de melhor em compras e entretenimento. Já são mais de 200 milhões de clientes no mundo aproveitando o frete grátis e rápido através desse programa”, coloca a profissional.

“Vamos continuar trabalhando para criar serviços que tenham impacto positivo, seja para o consumidor, para os funcionários ou para nossos vendedores parceiros. Começamos obcecados pela experiência do cliente, examinando constantemente maneiras de melhorar o valor para eles e introduzindo novos recursos ou serviços que os surpreendem e encantam”, finaliza Mariana Roth.

Amazon amplia locais de entregas rápidas no Brasil e frete no mesmo dia chega a RJ e BH

A Amazon anunciou na última terça-feira a ampliação da estrutura logística no Brasil para entregas de produtos em até dois dias e expansão da modalidade frete no mesmo dia para cinco cidades, incluindo Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O anúncio ocorre em meio a uma concorrência entre varejistas online para acelerar as entregas a fim de atrair consumidores. Além da competição, fatores como inflação elevada e alta de juros vêm impactando os negócios de empresas do setor no país.

O frete no mesmo dia da Amazon, que antes só valia para a capital paulista, agora incluirá Rio de Janeiro, Belo Horizonte e as cidades paulistas de Barueri, Osasco e Guarulhos. A modalidade é disponível para compras de itens específicos feitas até 12h do dia da encomenda.

Para os clientes do seu programa de benefícios Prime, a Amazon disse que a entrega de produtos em um dia sem custo de frete será disponível agora para mais de 100 cidades, enquanto a entrega em dois dias alcançará mais de mil cidades.

A empresa disse que o frete de dois dias passou de 90 para mais de mil cidades desde seu lançamento, em 2019. A entrega no mesmo dia é cobrada, mas clientes Prime tem desconto.

Novo estudo da Fabric revela que envio gratuito no dia seguinte e no mesmo dia são novos padrões de consumo para compras on-line

Oito dos dez maiores varejistas oferecem frete grátis em dois dias e quatro oferecem frete grátis no dia seguinte.

NOVA YORK, 26 de abril de 2022 –( BUSINESS WIRE )– Fabric , uma plataforma de varejo sob demanda que permite que as marcas obtenham um atendimento rápido em unidades econômicas competitivas, divulgou seu mais recente relatório de pesquisa, ” Fast and Free: The One- Way Ratchet das Expectativas do Consumidor .” O relatório descobriu que o envio gratuito de dois dias é considerado uma aposta de mesa para as marcas e destacou um apetite considerável por entrega gratuita no dia seguinte e até no mesmo dia.

Dado que o envio rápido é um enorme desafio para as marcas fornecerem de uma perspectiva financeira, operacional e estratégica, as descobertas da Fabric servem como um alerta para as marcas de que as janelas de envio padrão de três a cinco dias não são mais suficientes.

Pesquisa: pelos números

Com base em 700 respostas de 500 consumidores e 200 gerentes seniores de varejo e marca, os resultados da pesquisa fornecem informações sobre o que os consumidores esperam em relação à velocidade de envio, por que eles esperam isso de graça, por que essa proposta é tão desafiadora para tantas marcas oferecerem e o que marcas podem fazer sobre isso. Alguns destaques da pesquisa incluem:

  • O envio gratuito de dois dias já é uma aposta da mesa para os consumidores: 76% dos consumidores esperam envio gratuito de dois dias com uma compra mínima de apenas US $ 40. Isso porque oito dos 10 maiores varejistas dos EUA oferecem frete grátis em dois dias, o que representa 71% das vendas no varejo dos 65 maiores varejistas (não mercearias).
  • Já existe um apetite considerável por frete grátis no dia seguinte e até mesmo frete grátis no mesmo dia: 61% dos consumidores esperam frete grátis no dia seguinte e 52% esperam frete grátis no mesmo dia com uma compra mínima de apenas $ 40. 40% dos 10 principais varejistas oferecem entrega gratuita no dia seguinte, uma proposta quase impossível para todos os outros players.
  • O frete grátis é difícil e caro para as marcas fornecerem em qualquer velocidade: o custo do frete padrão para uma marca de alto volume aumentou 71% nos últimos cinco anos. Mais de um quarto da lista dos 100 principais varejistas da National Retail Foundation nem sequer oferece frete padrão de graça, muito menos nas velocidades que os consumidores exigem agora.

Os resultados reforçam um dilema que os varejistas online enfrentam: frete grátis não é grátis – o custo recai sobre a empresa. Mas os preços de envio dispararam e entregas rápidas são complicadas de executar do ponto de vista logístico e estratégico. A solução é mover as operações de fulfillment para mais perto de onde os consumidores moram.

Para ajudar empresas de todos os tamanhos a atender à demanda por entrega super rápida sem aumentar a sobrecarga, a Fabric oferece vários centros de fulfillment (MFCs) nos Estados Unidos. Os MFCs ocupam uma fração do espaço de um armazém tradicional e podem caber em centros comerciais densos sem sacrificar a eficiência ou o volume. O mais recente MFC da Fabric inaugurado em Dallas, combina o atendimento robótico automatizado e o gerenciamento inteligente de estoque para entregar o estoque local no lugar certo na hora certa.

“O varejo está sempre mudando e não é fácil prever o que o futuro reserva, mas fica claro a partir desses resultados que as apostas nunca foram tão altas”, disse Colin Coggins, diretor comercial da Fabric. “As marcas precisam adotar uma estratégia de atendimento distribuído, combinada com automação, para atender e superar as expectativas dos consumidores hoje e amanhã, sem aumentar os custos.”

Para obter mais informações sobre a pesquisa e como o Fabric pode ajudar sua empresa a atender a essas crescentes demandas dos consumidores, visitegetfabric.com.

Sobre a Fabric

Fabric é uma empresa de tecnologia de varejo que permite experiências excepcionais aos clientes, desde o clique até a entrega. Ao combinar o atendimento robótico inteligente com operações locais de última milha, a Fabric está redefinindo como as cadeias de suprimentos funcionam.

A rede de malha proprietária da empresa e as tecnologias de fulfillment aproximam as marcas de seus clientes, desbloqueando os insights para colocar o inventário local no lugar certo, na hora certa. A Fabric está executando operações de fulfillment para marcas de supermercado e de consumo nos EUA e em Israel e se expandirá para outros grandes centros de comércio dos EUA no próximo ano.

Fundada em 2015, a Fabric é apoiada por investidores líderes, incluindo Temasek, Canada Pension Plan Investment Board (CPP Investments), Corner Ventures, Playground Ventures, Princeville Capital, Innovation Endeavors, Aleph e outros. A Fabric está sediada na cidade de Nova York com escritórios principais em Tel Aviv e Atlanta e tem mais de 300 membros de equipe em todo o mundo.

Para mais informações visitewww.getfabric.com.

Veja a versão de origem em businesswire.com:https://www.businesswire.com/news/home/20220426005074/en/

Duas estratégias poderosas de frete grátis para a sua loja virtual

Dia 28 de abril é “comemorado” pelo e-commerce o Dia do Frete Grátis. Depois do Natal e a Black Friday, esse dia é um dos principais para o comércio virtual e espera por um grande volume de vendas.

O “Free Shipping Day” começou nos EUA em 2008 e vem ganhando força no Brasil, ano após ano, mostrando seu espaço através de grandes campanhas voltadas totalmente para essa data.

Confira duas estratégias poderosas para você vender mais nesse Dia do Frete Grátis.

De acordo com dados do Wishtec, aproximadamente 55% dos consumidores abandonam seus carrinhos quando se deparam com o preço do frete. Isso mostra como o valor das entregas impacta diretamente no faturamento das lojas e mostra também a importância dessa data para os lojistas.

Então, aproveitar essa oportunidade é uma estratégia importante para a sua loja virtual. Neste artigo, te apresentamos duas estratégias poderosas para você vender mais nesse Dia do Frete Grátis.

Planeje sua loja para o Dia do Frete Grátis

Na empolgação de oferecer esse benefício aos clientes, muitos lojistas não pensam nas melhores alternativas.

Você deve pensar, por exemplo, se o frete grátis irá acontecer para todos os seus produtos, se existirá um valor mínimo ou se só irá acontecer para entregas em locais específicos. Isso te ajudará a não passar por prejuízos, a ter mais lucros, além de definir algo concreto para passar ao seu público através de redes sociais e e-mails.

Também é essencial conversar com seus fornecedores logísticos, fazer parcerias e acordos, para que os valores da entrega realmente não sejam repassados aos compradores.

Além desses pontos, é muito importante verificar o estoque da sua loja. Em datas como essa, as vendas tendem a crescer e será um grande transtorno não ter estoque de produtos com grandes saídas.

Assim, após verificar todos esses pontos, chegou o momento de pensar em estratégias de marketing para a data. Faça conteúdos com antecedência e deixe os seus clientes com muita curiosidade sobre o dia.

Nesse sentido, o ideal é fazer stories e conteúdos, avisando sobre o dia especial, mostrando os preparativos da sua loja, respondendo dúvidas sobre o tema etc. Você deve pensar em diversas formas de antecipação.

Conquiste o cliente para ele comprar novamente

Conquistar novos clientes deve ser o seu maior trunfo na estratégia do frete grátis. Isso porque é uma oportunidade para novos compradores conhecerem a sua loja e se encantarem com o seu produto e atendimento.

Clientes satisfeitos compram novamente e custam menos para estratégias de marketing com mídia paga, por exemplo.

Portanto, faça com que ele se sinta encantado e compre de você mesmo quando não for o Dia do Frete Grátis. Você pode oferecer alternativas como:

  • Cupons de descontos para próximas compras;
  • Brindes especiais com a entrega do produto;
  • Embalagens especiais e diferenciadas;
  • Rapidez na entrega no atendimento etc.

Atualmente, poucas coisas são tão atrativas e agradam tanto os clientes como o frete grátis. Aproveite essa data para girar o seu estoque, conquistar novos clientes e faturar ainda mais.

Com certeza será possível vender e obter lucros, desde que essa estratégia seja feita da maneira correta e planejada. Procure aplicar as nossas dicas e busque pelos melhores resultados no seu e-commerce! Boas vendas!

Casas Bahia lança programa de fidelidade omnichannel para clientes

Objetivo é estimular frequência de compras tanto nas lojas físicas quanto no no e-commerce.

A rede varejista Casas Bahia acaba de lançar o Vip Casas Bahia, primeiro programa de fidelidade da marca. O objetivo é aprofundar a relação com o cliente por meio do programa, que é omnichannel – estimulando a frequência de compras tanto nas lojas físicas quanto no no e-commerce. A ideia é, também, expandir o relacionamento com os consumidores e engajá-los em todo o ecossistema da rede, disponibilizando ofertas exclusivas, frete grátis, benefícios em empresas parceiras, atendimento exclusivo, além outras vantagens.

O programa de fidelidade da Casas Bahia, que já conta com mais de 10 milhões de clientes na base, chega com três categorias – VIP, Super VIP e Mega VIP – e se diferencia dos demais programas ao “livrar o cliente” da obrigação de juntar pontos para destravar benefícios ou evoluir de categoria. No VIP Casas Bahia, a frequência do cliente e seu perfil de compras são os principais requisitos para obter os benefícios e as categorias do programa.

“O Vip Casas Bahia atende a uma demanda dos nossos clientes. É fácil de usar, tem regras claras e a jornada dentro do programa é bastante intuitiva. Não é preciso juntar pontos para obter um benefício, basta fazer compras com frequência para garantir descontos exclusivos como frete grátis ou cupons de descontos”, explica Ilca Sierra, CXMO da Via, dona da marca.

Central de relacionamento

Para ser membro do programa, o cliente, da loja física ou online, precisa acessar o aplicativo Casas Bahia e dar o aceite nas condições do programa. O app servirá como a grande central de relacionamento do cliente com o programa e meio pelo qual ele terá acesso aos benefícios. Além disso. o Vip Casas Bahia é um programa totalmente centrado na experiência do cliente, pois o vendedor da loja, através do CPF do cliente, consegue conceder os descontos tanto no mundo físico, quanto no virtual.

De acordo com Guilherme Perez, gerente executivo de CRM da Via, para chegar ao Vip Casas Bahia a rede realizou uma pesquisa com consumidores com idade entre 18 e 65 anos, das classes C e D. “Durante o trabalho de reposicionamento da Casas Bahia, que teve início em 2020, identificamos que o brasileiro tem predileção por benefícios aspiracionais e que ele gostaria de participar de programas de fidelidade”, explica Perez. “Ao analisar o mercado, notamos que os programas disponíveis apresentavam mecanismos muito complexos, repletos de regras e prazos. Estruturamos o Vip Casas Bahia com quatro pilares: imediatismo na troca por benefícios, personalização, reconhecimento e entretenimento por meio de parcerias”, conclui.

Mudanças de comissionamento nos marketplaces em 2022

Mercado Livre

O primeiro comunicado de mudança foi emitido pelo Mercado Livre, que acabou com os descontos na tarifa de frete grátis para quem utilizava o fulfillment – os valores passaram a ser os mesmos para os demais serviços de entrega do Mercado Envios – e instaurou a cobrança de armazenagem e de coleta para envios de itens ao armazém, para todos os produtos do full (exceto a categoria Supermercado), ambas até então isentas desde a criação do serviço, em 2017.

O comunicado para vendedores anunciou também um reajuste médio de aproximadamente 3% nos valores das tarifas de frete e mudou o prazo de repasse dos valores para os sellers – de dois dias após a entrega do produto para até nove dias.

Por fim, houve uma mudança significativa no subsídio do Mercado Livre para suportar o serviço de entregas no mesmo dia, o Mercado Envios Flex. Nesse serviço, o próprio seller é responsável pela entrega no mesmo dia e recebia um subsídio de 40% do valor do frete cobrado do cliente para os itens acima de R$ 79. Esse benefício foi reduzido para 10%, ficando em torno de R$ 1,30.

Em itens abaixo de R$ 79, continua sendo repassado 100% do valor do frete pago pelo comprador para o vendedor. A redução do subsídio vai na contramão dos frequentes reajustes de combustíveis e da inflação, deixando o seller em situação complicada, principalmente os menores, que negociam taxas de entrega mais altas com as transportadoras.

As mudanças também atingiram os compradores, com a redução da quantidade de parcelas para compras com cartão de crédito na modalidade de anúncio PREMIUM, aqueles que já oferecem parcelamento sem juros aos compradores.

Se antes era possível parcelar em até 12 vezes sem juros, respeitando apenas a parcela mínima de R$ 5, a situação agora é assim:

  • Em vendas até R$ 299, haverá parcelamento de até nove vezes sem juros, dependendo do valor do produto;
  • Em vendas entre R$ 300 e R$ 1.499, haverá parcelamento em dez vezes sem juros;
  • Em vendas acima de R$ 1.500, foi mantida a condição de parcelamento em 12 vezes sem juros.

Via

A Via varejo seguiu os passos do Mercado Livre e, menos de 15 dias após o anúncio de reajuste do concorrente, promoveu um forte reajuste em sua tabela de comissionamento.

Vale ressaltar que a Via é a única empresa deste artigo que ainda não possui um programa de frete grátis para os compradores, tornando o reajuste ainda mais desproporcional aos demais canais.

Se antes todas as categorias possuíam comissão de 16%, agora os valores variam de 18,5% a 21%, sendo que a grande maioria dos produtos se encaixa na comissão mais alta.

A Via também implantou uma mudança que, até então, somente a Americanas adotava e que, como vocês verão a seguir, foi abolida por eles. É a cobrança de comissão quando um pedido é cancelado pelo comprador. A partir de agora, 50% do valor da comissão ficam retidos pela Via, mesmo que o comprador cancele o produto, o que é um direito dele, e a empresa joga por terra a estratégia comercial do “ganha-ganha”, comumente utilizada pelos marketplaces para explicarem o seu negócio: como pode haver ganha-ganha se o pedido foi cancelado e mesmo assim o seller precisa pagar comissão?

A Via justificou todas essas mudanças alegando que se estruturou e agora é um dos maiores marketplaces do país, o que sustentaria esse reajuste. É literalmente pagar para ver…

Americanas

Na contramão de todas as expectativas, a Americanas anunciou no começo do ano o que muitos consideram uma redução de tarifas.

Primeiramente, houve a extinção da taxa de R$ 5, que antes era cobrada em itens comercializados abaixo de R$ 39,99. Também, conforme já comentei, aboliu a cobrança de comissão quando o pedido é cancelado pelo comprador, desde que o seller utilize o seu serviço de entregas, o Americanas Entrega, que é usado por praticamente todo mundo…

Houve também a definição da política de frete para o fulfillment, que deixou os valores de frete para itens de até 5Kg como os mais baratos do mercado, como podemos ver nesta tabela comparativa montada especialmente para você, leitor dos meus artigos.

A comissão teve um pequeno reajuste porque passou a ser cobrada por categoria, prática adotada por todos os grandes marketplaces a partir de agora. Mas esse reajuste foi pequeno ao compararmos com os demais e pode ser compensado com as reduções na tarifa de frete grátis. Vendedores das categorias Pet Shops e Mercado ainda viram a comissão cair de 16% para 12%.

A tabela de comissionamento da Americanas ficou da seguinte forma:

Magazine Luiza

O último grande canal a noticiar mudanças foi o Magazine Luiza. Por muito tempo, a empresa subsidiou integralmente os custos de frete em compras realizadas via aplicativo da marca (certamente, algo em torno de dois terços de todas as vendas…) para os vendedores de marketplace, mas infelizmente esse benefício chegou ao fim.

A empresa já dava sinais desde o ano passado de que implantaria um modelo de rateio do frete similar ao já existente em outros canais. E assim, neste março de 2022, passa a vigorar a política de frete grátis para os vendedores de marketplace do Magazine Luiza para todos os itens a partir de R$ 79 de preço de venda, independentemente do canal de vendas.

Como mostramos no quadro comparativo logo acima, os valores cobrados pelo frete grátis no Magalu são os menores do mercado, principalmente se considerarmos que o serviço de fulfillment da Americanas é bem restrito aos sellers, necessitando de aprovação de sortimento pela própria Americanas.com, que pode simplesmente barrar a entrada. E, a partir de 5kg, a tarifa do Magalu já é a melhor em qualquer cenário avaliado.

O Magazine Luiza também implantou uma taxa extra de R$ 3 em todos os pedidos com valor de venda a partir de R$ 10. Essa taxa será cobrada mesmo em pedidos acima de R$ 79 (quando também é cobrada a tarifa de frete grátis), fato que não ocorre nos outros canais (que cobram ou uma ou outra taxa). Por esse motivo, incluímos os R$ 3 na tarifa de frete grátis do Magazine Luiza para termos uma comparação em condições iguais entre todos os canais.

Sendo assim, o modelo de comissionamento do Magazine Luiza agora é:

  • Produtos até R$ 9,99:
    Comissão (média de 16%)
  • Produtos de R$ 10 até R$ 78,99:
    Comissão (média de 16%) + taxa fixa de R$ 3
  • Produtos acima de R$ 79:
    Comissão (média de 16%) + taxa fixa de R$ 3 + tarifa de frete grátis (varia de acordo com o peso do item)

Shopee, AliExpress, Amazon e demais canais não anunciaram mudanças para este ano de 2022. Seguimos na expectativa pelo avanço dos serviços logísticos dos canais, principalmente o lançamento do fulfillment de Via e Magalu, o que deve mexer mais uma vez com as comissões e as tarifas cobradas pelos marketplaces.

As perguntas que ficam são: será que todas essas mudanças serão suficientes para os marketplaces se tornarem rentáveis? E o seller pode esperar novos reajustes num futuro próximo? E você… como sua empresa tem lidado com todas essas mudanças?

Impacto da alta do combustível faz aumento do frete chegar a 29%

A Petrobras anunciou reajuste de quase 25% no diesel. Para o transportador, trata-se de mais uma mudança para uma situação que é crítica. O efeito é fruto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e eleva o preço do barril em proporções enormes, com impacto especial no diesel. A expectativa de preços mais estáveis pós-pandemia de Covid-19 não se concretizou.

Há poucos dias, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte da NT&C Logística (Conet) manifestou-se por meio de nota e afirmou a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte. “O aumento de hoje do preço do diesel, da ordem de 24,9%, acarreta a necessidade de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, fator este que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes, acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 28,82% na carga lotação. A NT&C Logística reitera a importância do transportador negociar a inclusão nos contratos antigos e colocar nos novos contratos um gatilho para os aumentos do diesel”, diz parte do texto. O diesel é um dos maiores custos nos insumos da atividade de transporte.

Fatalmente, como já vem antecipando os especialistas, quem vai pagar essa conta é o consumidor, já que as empresas de transporte terão que repassar para a indústria e para o comércio o efeito da alta. Assim, ferramentas que conseguem automatizar e acelerar os processos das empresas de transporte de cargas e que possuem frotas são uma alternativa a esse movimento sem freios no mercado dos combustíveis.

No Paraná, por exemplo, a Gestran, startup especializada em ajudar empresas e profissionais na construção de soluções práticas para os problemas reais das operações logísticas, oferece algumas soluções que vão exatamente ao encontro desses novos desafios. Uma das ferramentas já disponíveis é a Plataforma de Gestão de Frota, desenvolvida a partir dos processos e necessidades das transportadoras de cargas e gestores de frota para que superem os desafios dos negócios. “Qualquer solução que gere economia aos nossos clientes a curto, médio e longo prazo agrega valor ao nosso produto e satisfação para quem usa ele”, afirma Paulo Raymundi, CEO da empresa.

Mercado Livre (MELI34) aparece como preferido entre consumidores e investidores em meio a ceticismo “quase geral” com e-commerce

Após a temporada de resultados do e-commerce, segmento que enfrenta um período bastante desafiador em meio ao cenário macroeconômico e concorrencial, analistas do setor se debruçaram sobre as tendências para o consumo no Brasil – e quais são as empresas que estão conseguindo se destacar.

Em análises com diferenças óticas, o Bradesco BBI e o Credit Suisse apontaram que uma empresa de capital aberto está chamando mais atenção em relação às outras: trata-se do Mercado Livre (MELI34), que possui BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3, e cujas ações são negociadas na Nasdaq com o ticker MELI.

O BBI reforçou a sua visão positiva para o Mercado Livre após realizar pesquisa com dois mil consumidores, de forma a observar a percepção dos participantes com as plataformas de e-commerce no Brasil – além de entender melhor as ameaças em potencial de Shopee, Amazon e Ali Express no mercado local.

Entre os principais destaques da pesquisa, os analistas Richard Cathcart, João Andrade e Renan Sartorio apontaram terem ficado surpresos ao ver uma sobreposição tão grande e consistente entre os compradores da Shopee e das outras plataformas, com mais de 60% dos compradores das principais plataformas também comprando na Shopee.

Já o Mercado Livre pontuou bem em várias métricas, com a pesquisa sugerindo que ela é vista como a principal plataforma de comércio eletrônico no Brasil. As percepções de Casas Bahia, da Via (VIIA3), foram geralmente inferiores aos pares, enquanto há pontos positivos e negativos para Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3).

O Mercado Livre, no geral, ficou no topo com boas pontuações em uma variedade de métricas. “A empresa possui: 1) a maior base de compradores, 2) a menor (mas ainda significativa) sobreposição de clientes com a Shopee, 3) clientes que compram em uma gama maior de categorias do que os pares, 4) a pontuação mais alta na percepção dos compradores sobre os prazos de entrega, e 5) o 2º maior Net Promoter Score (NPS) – métrica que mede a satisfação do cliente – atrás apenas da Amazon”, destacam os analistas.

Além da companhia ser a maior em termos de tamanho, também é vista como a mais forte.

Sobre a Shopee, os dados mostram que os consumidores gostam da companhia, que conta com um grande número de compradores (cerca de 60% da amostra de 2 mil) com alta frequência (o maior número comprando pelo menos cinco vezes nos 12 meses anteriores).

Vendendo para clientes de todos os outros players, a sobreposição é maior com Ali Express e Casas Bahia, e menor com Mercado Livre e Americanas, mas é alta em todas as plataformas.

Os dados também confirmam, avaliam os analistas, que os consumidores compram, e estão dispostos a comprar, principalmente as categorias de Vestuário, Beleza, e Brinquedos e Bebês, com baixa disposição para comprar Eletrodomésticos, Smartphones, Pet Care e Alimentos & Bebidas.

“No geral, a pesquisa sugere que a Shopee é uma ameaça principalmente para as categorias de baixo tíquete, então pode ser um vento contrário à medida que Magalu e Via constroem suas plataformas de marketplace, mas é improvável que capture a participação de suas principais categorias, que são os eletrônicos”, apontam.

Além do Mercado Livre, a Amazon pontuou bem com: 1) o 3º maior número de compradores, 2) maior frequência que Americanas, Magalu e Casas Bahia (mas menor que Mercado Livre), 3) intenção de compra futura acima da média, 4) forte percepção em relação a seus prazos de entrega e custos, e 5) o NPS mais alto.

“Os dados sugerem que a Amazon construiu uma operação de qualidade, portanto, uma estratégia de aquisição de clientes mais agressiva no futuro pode pressionar outros players”, apontam os analistas.

Magalu, Via e Americanas

Sobre as outras grandes plataformas, as principais conclusões são listadas a seguir.:

1) Os consumidores veem os prazos de entrega e custo na Americanas e Magalu como sendo igualmente fortes (cerca de 85% dos compradores classificam tanto como “muito bom” quanto “bom”);

2) Magalu e Casas Bahia estão concentradas em um pequeno número de categorias (principalmente eletrônicos);

3) Magalu e Casas Bahia têm a menor frequência de compra e intenção de compra futura – o que, na visão do BBI, não surpreende, dado o foco em um pequeno número de categorias de alto tíquete (como eletrônicos);

4) NPS da Americanas (64) é menor que do Mercado Livre (72) e Magalu (68), mas maior que Casas Bahia (58);

5) A Americanas é diversificada nas categorias, com 30% de seus compradores já comprando a categoria de Food & Drink (duas vezes maior que Mercado Livre e três vezes maior que Magalu) e

6) as percepções de prazos e custos de entrega da Casas Bahia são mais fracas que os pares.

Neste sentido, aponta o BBI, a pesquisa mostra que o Mercado Livre está à frente de seus pares e construiu vantagens competitivas sustentáveis em frequência, exposição por categoria e prazos de entrega.

Além disso, a pesquisa sugere que Magalu e Casas Bahia têm muito caminho a percorrer para alcançar o Mercado Livre e que a Shopee pode ser um obstáculo na construção do marketplace. Com isso, os analistas do banco apontam estarem confortáveis com as recomendações neutras em MGLU3 e VIIA3, com preços-alvo respectivos de R$ 9 (potencial de valorização de 75%) e R$ 5 (upside de 50%) para os ativos.

A Americanas, para quem os analistas também têm recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 39 (ou potencial de alta de 60%), tem a vantagem de que os consumidores já compram em uma ampla gama de categorias, “e a estratégia de supermercado parece estar valendo a pena”. Para o Mercado Livre, a recomendação é outperform, com preço-alvo de US$ 1.800 para as ações negociadas na Nasdaq, ou potencial de alta de 67% em relação ao fechamento da véspera.

A percepção da pesquisa realizada pelo BBI vai em linha também com a visão de investidores para o e-commerce. Em relatório, após rodada de reuniões com investidores locais sobre o setor de varejo, o Credit Suisse destacou que muitos deles seguem céticos em relação ao e-commerce, mas o Mercado Livre é uma exceção.

No caso do Magazine Luiza, o Credit destaca que todos os olhos permanecem na dinâmica de curto prazo, que será impactada negativamente por um ambiente macroeconômico muito difícil. Consequentemente, a maioria dos investidores não está posicionada na ação.

“Os poucos que estão comprados na Magalu acreditam que a empresa ganhará market share [participação de mercado] em eletroeletrônicos com os desafios recentes da Via. Mas isso provavelmente não acontecerá no curtíssimo prazo, na opinião deles”, aponta o banco suíço.

Eles ressaltam que algumas das reuniões ocorreram logo após a divulgação dos números do quarto trimestre de 2021 e, com isso, as conversas se concentraram nos pontos fortes e fracos dos resultados. “Os investidores ficaram desapontados com a dinâmica das vendas mesmas lojas (SSS), mas o que mais os incomodou foi a rentabilidade. Em suma, o sentimento permanece negativo em MGLU3”, avaliam.

Enquanto isso, Via, entre as empresas de e-commerce, foi o nome mais discutido. Alguns dos investidores ainda carregam uma posição negativa no VIIA3, enquanto o restante busca entender quais serão os próximos passos para a empresa.

“A visão geral é que a empresa foi empurrada para um impasse após o aumento maciço da provisão de despesas trabalhistas anunciado no terceiro trimestre de 2021, que provavelmente continuará consumindo muito caixa ao longo de 2022 em diante. Além disso, os investidores acreditam que a situação do balanço da empresa não é confortável e que limitará a capacidade da Via de investir no crescimento e provavelmente a levará a perda de market share, principalmente no segmento online”, aponta.

Em geral, aponta o Credit, o sentimento em relação à tese de investimento permanece muito negativo entre os investidores. O Credit tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para VIIA3, com preço-alvo de R$ 5,50 (ou upside de 66%). Já para o Magalu, a recomendação é outperform, com preço-alvo de R$ 15 (potencial de alta de 192%). Para Mercado Livre, a recomendação do banco suíço também é outperform, com preço-alvo de US$ 1.685 (upside de 56,6%).

Cabe ressaltar que tanto o resultado do Magalu quanto da Via foram recebidos negativamente pelo mercado, com forte queda das vendas nas lojas físicas e preocupação com margens, enquanto o balanço da Americanas foi visto de forma mais positiva.

O Mercado Livre, por sua vez, divulgou seus números no final de fevereiro, considerados positivos por analistas de mercado.

“A companhia entregou mais uma vez resultados robustos no quarto trimestre, com sólidos números tanto para a divisão de e-commerce quanto em seu braço financeiro. De maneira geral, apesar do cenário macroeconômico desafiador, observamos que a companhia deve continuar em sua trajetória de monetização da plataforma, em um momento em que seus pares ainda não iniciaram este processo. Ao nosso ver, a continuidade deste processo deve sustentar sua posição de liderança de mercado”, destacou o Itaú BBA na ocasião, reiterando recomendação de compra para o papel após o balanço.

Alta do preço do frete deve impactar desempenho de Magalu, Americanas e Via

Nas últimas semanas, com a invasão da Rússia à Ucrânia, os preços do petróleo e de outras commodities dispararam. O barril Brent, por exemplo, saiu de US$ 79 no primeiro pregão de 2022 para US$ 110,45 por volta das 16h desta quinta-feira (10). Com isso, analistas acenderam o alerta para o aumento dos custos de todas as companhias, uma vez que combustíveis fazem parte de qualquer cadeia de produção. Varejistas como a Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) não escapam.

Segundo levantamento dos analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, da XP Investimentos, cada 1% de alta do custo do frete diminui o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) dessas companhias em cerca de 0,5%.

“Colocando em perspectiva, insumos como o petróleo, borracha sintética, metais (como ouro e prata), grãos e algodão já subiram aproximadamente 60%, 20%, 10%, 40% e 5% desde o início do ano, respectivamente. Isso deve pressionar ainda mais a inflação global e, consequentemente, os custos das varejistas”, comentam os analistas da XP.

Quanto à variação da margem Ebitda, a Americanas deve ver, a cada 1% de alta dos custos com frete, a porcentagem recuar 0,1 ponto percentual. Via e Magazine Luiza, no entanto, devem ficar com este número inalterado.

Todas essas empresas devem ainda ser mais impactadas que varejistas dos setores de alimentos e farmacêuticas, por serem de consumo discricionário, ou seja, por venderem “bens não necessários”. Gastos com eletrodomésticos ou eletrônicos, em momentos de crise, acabam sendo postergados.

Impacto em varejistas de moda

A mesma coisa acontece com companhias do setor de vestuário. Neste caso, a XP também prevê impactos maiores em companhias como a Lojas Renner (LREN3), a C&A (CEAB3) e a Alpargatas (ALPA4). Para cada 1% de aumento dos custos das matérias primas e de embalagens, essas empresas devem ver, respectivamente, seus Ebitdas diminuírem 0,8%, 3,9% e 1,7%.

“Apesar de as varejistas poderem compensar parte do aumento de custos através do repasse para preços, acreditamos que isso reduziria o volume de vendas diante o cenário macro desafiador. Portanto, apesar de a rentabilidade permanecer estável, o Ebitda em termos absolutos apresentaria queda”, lembram os analistas.

Imagem de uma tabela

Imagem de uma tabela

Nesse ponto, companhias mais focadas em alta renda devem se sair melhor pelo fato de essa classe não sofrer tanto os impactos da crise. Para a XP, o Grupo Soma (SOMA3) e a Arezzo (ARZZ3) são, por isso, nomes favoritos para se ter na carteira no ano.

Para o braço de research da corretora, a companhia do “varejo discricionário” que deve ser mais impactada é a Natura. Isso ocorre pelo fato de, além de ter mais gasto com frete com lojas próprias, há também os custos dos produtos vendidos dispararem — afinal, estes são muito atrelados ao preço das commodities.

As companhias mais fortes no e-commerce podem se beneficiar, contudo, do corte de cerca de 25% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciado recentemente. Para a XP, Magazine Luiza e Via devem ver o impacto dos custos minimizados pela redução.

Além de alta renda, varejo de bens necessários é “porto seguro”

De acordo com Eiger, Senday e Suedt, os setores de farmácias e de varejo alimentar podem ser boas opções para o momento macroeconômico. Raia Drogasil (RADL3) e Assai (ASAI3) englobam, junto com Soma e Arezzo, os nomes favoritos entre as varejistas.

“O setor farmacêutico está de alguma forma protegido. Isto porque o reajuste regulatório deste ano ainda deve ser suficiente para compensar um aumento da inflação. Por outro lado, varejistas de alimentos, especialmente os atacarejos, tendem a ser uma alternativa de baixo preço para os consumidores frente ao poder de compra mais restrito”, explicam.