Vida60Mais, marketplace para idosos, capta R$ 750 mil para decolar

Lançado no fim do ano passado com o intuito de ser mais que um marketplace de produtos e serviços para idosos, mas uma comunidade de representatividade, o Vida60Mais se prepara para alçar voos maiores. A startup anuncia a sua primeira captação, via investimento-anjo, de R$ 750 mil.

Segundo a CEO e cofundadora, Arine Rodrigues, o aporte feito pelo investidor Inácio Ferreira, diretor do Grupo Adapta, será o combustível para garantir uma melhor experiência no site, além de ampliar o alcance de usuários. “O dinheiro será aplicado 100% em tecnologia. Queremos prover uma jornada de compra mais simples e intuitiva, hospedar cursos de parceiros, e também criar um aplicativo”, contou Arine em conversa com o Startups.

O Vida60Mais conta hoje com quase 300 produtos/serviços variados como roupas, aulas de idiomas, dança, cuidadores, fisioterapeutas, dentre outros. A expectativa, com a injeção de capital, é de atingir 5 mil produtos vendidos por mês, dentro de 20 categorias que atendem as necessidades/desejos do público 60+.

A empresa aposta também na recente chegada de Carla Núbia Borges e Mirella Rebello, duas médicas geriatras, com o objetivo de desenvolver novas parcerias ligadas à saúde. “Queremos fortalecer nosso propósito de gerar renda e contribuir com a autonomia, saúde mental e física, além de representatividade do público idoso ao ter um espaço funcional dedicado a eles”, complementa, Arine.

Longevidade representada

Foi motivada por sua experiência própria familiar, que Arine decidiu criar um negócio pensado na população idosa. Filha de pais mais maduros, a empresária conviveu por anos com a falta de representatividade desse público no ambiente online.

Fazendo pesquisas online com pessoas longevas, ela constatou que 70% dos entrevistados sofriam com o mesmo que seus pais: não se sentiam representados nas plataformas atuais de compras. Se juntou então à sócia Gabriela Manhoso e cada uma investiu R$ 25 mil do próprio bolso para dar vida à empresa em outubro de 2020.

Foram quase 2 anos estabelecendo uma conexão com o público, criando uma comunidade, prestando informações, etc, para daí, no ano passado criar um marketplace completo e começar a venda de produtos e serviços.

Em 2023, o objetivo é aumentar o número de opções de produtos e serviços, facilitando as escolhas de compras dos idosos e de seus familiares, priorizando parcerias. Para o Vida60Mais, a cereja do bolo é se tornar a principal comunidade voltada para os 60+ no Brasil.

Fonte : https://startups.com.br/noticias/vida60mais-marketplace-para-idosos-capta-r-750-mil-para-decolar/

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Os desafios de tecnologia no Labs da Magalu

Com a aquisição de 22 empresas nos últimos 18 meses pelo grupo Magalu, os anos recentes da empresa foram de crescimento acelerado. Nesse contexto, o desafio do time de tecnologia, hoje com 2 mil pessoas, foi descobrir como extrair e fundir o melhor das empresas, entendendo como as novas aquisições poderiam fazer uso das soluções Magalu e vice-versa.

André Fatala, VP de Tecnologia do Magazine Luiza, conta que depois de um trabalho minucioso de definição estratégica, os resultados começaram a aparecer e as fusões se mostraram favoráveis à experiência do consumidor. Um exemplo disso é a absorção da logística da Netshoes pelo Magalu Entregas, gerindo operação das entregas e permitindo também que os clientes retirem suas compras em lojas físicas.

Além disso, a aquisição dessas 22 empresas permitiu também o desenvolvimento de um modelo de mini apps, com a compra do sistema de novos sistemas e oferecimento do login via API.

Os detalhes da aceleração
Segundo André, o desenvolvimento depende de análises técnicas, da eficiência do fluxo e do envolvimento por demanda. Sob sua liderança, o time do grupo se norteia por 4 métricas-chave do accelerate, sendo elas:

Elite e alto, que indicam cenários com quantidade diária de deploys cada vez maior e tempo de recuperação cada vez menor;
Mediano e baixo, apontando falta de uso da automação para alcançar as mesmas métricas e objetivos.
Além de trabalhar com objetivos e medição de resultados, é importante também escutar a visão do time usando essas métricas. No Magazine Luiza, negócios e tecnologia trabalham estreitamente juntos, em busca de um mesmo objetivo. “Aproximar os times para gerar de verdade times multidisciplinares é um processo”, diz Fatala.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/os-desafios-de-tecnologia-no-labs-da-magalu/

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Amazon compra One Medical, provedor de saúde primária, por US$ 3,9 bi

O interesse da Amazon na saúde e em ser um player importante nesse setor está dando um grande passo à frente na última quinta-feira (21). A empresa anunciou um princípio de compra da One Medical, prestadora primários de saúde dos EUA, por US$ 3,9 bilhões. A One Medical abriu seu capital em 2020 e a gigante do varejo afirmou que pagará US$ 18 por ação, totalizando o valor citado anteriormente.

Até agora, a Amazon não divulgou muitos detalhes a respeito da aquisição e planos para a One Medical após integrar seu guarda-chuva de empresas. Não se sabe, por exemplo, se a empresa continua como independente ou se será integrada ao planejamento mais amplo da própria Amazon envolvendo o segmento de saúde.

A compra da One Medical, por sua vez, está longe de ser um movimento surpreendente da varejista. Isso porque, nos últimos meses, a Amazon já lançou uma farmácia online e construiu ainda uma plataforma de serviços de saúde sob demanda.

“Achamos que os cuidados com a saúde estão no topo da lista de experiências que precisam de reinvenção. Marcar uma consulta, esperar semanas ou até meses para ser atendido, tirar uma folga do trabalho, dirigir até uma clínica, encontrar uma vaga de estacionamento, esperar na sala de espera e depois na sala de exames para o que muitas vezes são alguns minutos apressados ​​com um médico, em seguida, fazer outra viagem a uma farmácia – vemos muitas oportunidades para melhorar a qualidade da experiência e devolver às pessoas um tempo valioso em seus dias”, disse Neil Lindsay, vice-presidente sênior da Amazon Health Services, por meio de um comunicado oficial.

Amazon: modelo de negócio
Amir Dan Rubin, CEO da One Medical, citou que a negociação é uma oportunidade de transformação dos cuidados de saúde, tendo em vista a expertise da Amazon em tecnologia, equipe e investimento.

“Há uma imensa oportunidade de tornar a experiência de assistência médica mais acessível, econômica e até mesmo agradável para pacientes, provedores e pagadores. Estamos ansiosos para inovar e expandir o acesso a serviços de saúde de qualidade, juntos”, complementou.

A One Medical atua tanto no modelo direto ao consumidor, quanto na venda de serviços via empresas em seus planos de saúde para funcionários. Atualmente, possui mais de 8 mil organizações como clientes B2B2C.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/amazon-compra-one-medical-provedor-de-saude-primaria-por-us-39-bi/

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Frete.com investirá R$ 300 milhões em fusões aquisições nos próximos dois anos

A Frete.com anunciou que destinará R$ 300 milhões para fusões e aquisições de empresas de tecnologia para melhorar a eficiência do setor logístico. Os esforços de M&A serão liderados por Marco Fabio Moura de Castro, executivo com experiência na área de fusões e aquisições que foi contratado para estruturar e liderar as áreas de Fusões e Aquisições (M&A) e Relações com Investidores (RI) da empresa.

Atualmente, a Frete.com está analisando mais de 20 transações, em diversos elos da cadeia de valor de logística. O objetivo é aumentar os níveis de eficiência e sustentabilidade do setor.

“Entendemos que existem empresas muito boas, focadas em resolver diferentes problemas que afetam aos caminheiros, e que se beneficiaram não só do nosso capital, mas também da nossa base caminhões e cargas”, afirmou Marco Fabio. O executivo se mostra otimista com as oportunidades do setor logístico, após fazer carreira nos principais bancos de investimentos internacionais e ter liderado, em seu último projeto, mais de 15 aquisições em pouco mais de três anos.

Segundo o CEO e fundador da Frete.com, Federico Vega, os recursos serão investidos ao longo dos próximos dois anos, com grande foco nas empresas de tecnologia localizadas no Brasil. “Acreditamos que nos próximos 12 meses veremos consolidações significativas”, pontua.

“Essas ações acontecerão em um momento onde a liquidez está mais restrita para empresas de tecnologia, que passarão por dificuldades e verão em uma transação de M&A oportunidades para acelerarem o crescimento. Acreditamos que existem muitas empresas, realmente interessantes, e que terão muitas sinergias conosco, gerando valor para o setor como um todo. Quando a soma das partes é maior do que as partes separadas, existem oportunidades de investimento a serem exploradas e é justamente esta a razão pela qual queremos abrir conversas com potenciais parceiros que possam se beneficiar de nosso capital ou do nosso efeito de rede para desenvolverem seus negócios.” – Fernando Vega, CEO e fundador da Frete.com.

O investimento acontece em meio a um cenário de baixa em fusões e aquisições no Brasil. No entanto, Marco Fabio destaca que a consolidação conquistada pelo grupo por meio de captações permite que a empresa aposte nesse modelo de negócio para impulsionar ainda mais o seu crescimento.

“Estamos diminuindo os custos, sendo o mais eficientes possível com nossos gastos e cuidando bem do nosso dinheiro. Os M&As nos ajudam a acelerar nossa estratégia, que será executada de forma muito focada e consciente”, pontua o executivo.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/fretecom-investira-r$-300-milhoes-em-fusoes-aquisicoes-nos-proximos-dois-anos

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Sequoia (SEQL3) apresenta prejuízo 24,2% maior no 1º trimestre de 2022; Ebitda quase dobra

Despesas financeiras pesaram negativamente sobre o resultado da empresa no período.

A Sequoia ([ativo=SEQL3) reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 4,6 milhões, uma piora de 24,2%na comparação com o prejuízo de R$ 3,7 milhões contabilizado no 1T21.

O ajuste é feito descontando amortização de intangíveis gerados nas aquisições, além de despesas não-recorrentes.

O resultado, segundo a empresa, foi impactado de forma negativa pela variação do Resultado Financeiro (Despesas Financeiras) como consequência do aumento da taxa de juros básica da economia, a Selic. “Isolando apenas o efeito do aumento da taxa de juros em relação aos financiamentos da companhia, as despesas financeiras teriam um incremento de menos R$ 11,4 milhões no 1T22 versus 1T21. Desconsiderando este efeito, o Lucro Líquido Ajustado apresentaria evolução positiva no trimestre”, defende.

O Ebitda, entretanto, cresceu 83,5%, na base anual, para R$ 38,4 milhões, ante os R$ 20,9 milhões de um ano atrás. A margem Ebitda subiu 2,2 pontos percentuais, para 8,6%.

O Ebitda ajustado por despesas não-recorrentes de fusões e aquisições alcançou R$ 46,7 milhões, uma alta de 52,4% na comparação com os R$ 30,6 milhões alcançados no 1T21. A margem Ebitda ganhou 1,0 pp, indo a 10,4%.

A receita líquida cresceu 37,6% no 1T22, indo a R$ 449,1 milhões, contra os R$ 326,4 milhões do mesmo trimestre do ano passado.

A empresa destaca “expressivo crescimento no segmento B2C, de 88% no número de Pedidos e 57% na Receita Bruta, refletindo a forte da capacidade da companhia em ganhar market share”.

“Apesar da sazonalidade, com uma menor demanda esperada para o início do ano, a companhia conseguiu capturar forte crescimento orgânico, mantendo a Receita Bruta total no mesmo patamar do 4T21, por meio de novos clientes e ganho de participação em mesmos clientes (Same Client Sales)”, explica. “O número total de pedidos atingiu 19,6 milhões no período, 81% superior ao mesmo trimestre o ano anterior, e acima do número de Pedidos realizados no 4T21. A Receita Bruta avançou 39%, sendo o crescimento orgânico 28%”.

Os custos cresceram 36,5%, basicamente por impactos da pressão inflacionária nos últimos 12 meses, por conta de combustíveis, aluguel e materiais; aumento da parte variável dos custos com o crescimento do volume; e pela expansão da operação para atender a forte demanda do segmento

Fonte : https://www.infomoney.com.br/mercados/sequoia-ativoseql3-apresenta-prejuizo-242-maior-no-1o-trimestre-de-2022-ebitda-quase-dobra/#:~:text=Log%C3%ADstica-,Sequoia%20(SEQL3)%20apresenta%20preju%C3%ADzo%2024%2C2%25%20maior%20no,de%202022%3B%20Ebitda%20quase%20dobra&text=A%20Sequoia%20(%5Bativo%3DSEQL3,7%20milh%C3%B5es%20contabilizado%20no%201T21

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Americanas (AMER3), Magalu (MGLU3) ou Via (VIIA3): qual saiu fortalecida após a difícil temporada de balanços para o setor?

Como previsto, os resultados do quarto trimestre de 2021 das empresas com grande exposição ao e-commerce não empolgaram os investidores. Pelo contrário, mostraram os desafios que as companhias enfrentaram no período e, mais ainda, evidenciaram o que está por vir para as empresas.

Ainda que nenhuma das principais companhias listadas na B3, caso de Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), tenha conseguido “brilhar”, as duas primeiras sentiram mais fortemente o impacto da deterioração dos indicadores macroeconômicos, que afetou diretamente as categorias de bens duráveis, enquanto a Americanas acabou se destacando positivamente por ter um portfolio de produtos de maior recorrência, de valores mais baixos, já há mais tempo.

A tendência das empresas, por sinal, é por diversificação de categorias, o que inclusive levou o Magalu a exaltar a expansão para outros horizontes (como roupas e alimentos) e o destaque positivo para o 3P (marketplace) em seu resultado, enquanto a alta no 1P (estoque próprio) foi tímida. Contudo, as margens menores com as novas frentes, as bases de comparação após um 2020 muito forte, o cenário concorrencial e a deterioração macro seguem sendo fatores de atenção e levando a uma maior cautela dos investidores.

As vendas totais do Magazine Luiza no trimestre, medidas pela sigla GMV, ou volume bruto de mercadorias, somaram cerca de R$ 15,5 bilhões no quarto trimestre, um aumento de cerca de 4% na base anual, quando a expansão sobre mesma etapa de 2020 tinha sido de 66%. A rival Via, por sua vez, divulgou queda de 7% no GMV nos últimos três meses do ano passado, na comparação anual. Já a Americanas se destacou positivamente nas vendas totais, conforme destacado no quadro abaixo:

Como ressaltado acima, entre as três, a primeira a soltar resultados, a Americanas, foi a que mais se destacou positivamente. Isso ainda que, na ocasião da divulgação dos resultados, no final de fevereiro, a companhia tenha sofrido com a interrupção do serviço de e-commerce por alguns dias, o que acabou ofuscando os números de seu balanço.

Conforme destaca a XP, o principal destaque do resultado foi o crescimento de receita, com resiliência das lojas físicas e um crescimento robusto do canal online. Entre outubro e dezembro, o volume total de vendas da Americanas foi de R$ 18,1 bilhões, um crescimento de 28,3% frente ao igual período de 2020, com um crescimento de 36% do canal online e de 11% das lojas físicas (vendas mesmas lojas em alta de 4,1%). No consolidado do ano, o GMV total da Americanas foi de R$ 55,3 bilhões, um crescimento de 32,8%.

O Itaú BBA ressaltou que a varejista manteve a sua jornada de ganhos de participação de mercado, apesar dos ventos macroeconômicos contrários. Seu sólido desempenho tanto nos canais de vendas físicas quando no digital aumentou sua resiliência, apontaram os analistas, em um momento em que alguns concorrentes foram enfraquecidos pelas condições de mercado.

As lojas físicas continuaram abaixo do potencial máximo dado contexto da pandemia e os desafios macroeconômicos, mas em linha com as expectativas. O e-commerce, no geral, ficou um pouco melhor do que o esperado.

Contudo, esse desempenho acima também gerou “efeitos colaterais”. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, ou o Ebitda, sobre a receita líquida) seguiu pressionada, a 11,8%, uma queda de 4,3 pontos percentuais na base anual, principalmente devido à maior participação do online, investimentos no nível de serviço e reforço dos times de dados e tecnologia.

Já no caso da Via, o forte controle de despesas acabou levando a um impacto positivo nas margens, com uma alta de 2,1 pontos na base anual da margem Ebitda, de 5,8% no quarto trimestre de 2020 para 7,9%. Mas nem por isso a visão de analistas para a empresa foi muito promissora, com um especial destaque para os dados de vendas fracos nas lojas físicas, ainda que esperados, sendo colocados como um ponto de atenção.

Os analistas da XP destacaram que a margem ficou acima do esperado, mas também fizeram menção à dinâmica de crescimento de receita, que continua sendo impactada pelo cenário macroeconômico desafiador, forte base de comparação e restrições relacionadas à Covid-19, com declínio geral das vendas, muito impactadas pela baixa de 24% das lojas físicas. Enquanto isso, o canal online cresceu 20%, impulsionado pelo 3P, com alta de 68% na base anual.

O Bradesco BBI revisou para baixo as suas estimativas para a Via após o balanço, além de reduzir o preço-alvo de R$ 6 para R$ 5 (ainda um potencial de alta de 19% frente o fechamento da véspera). Para eles, o conjunto de resultados, no geral, tem o potencial de reforçar as preocupações dos investidores em relação à demanda de eletrônicos e eletrodomésticos e até que ponto isso pode impactar os resultados da Via ao longo dos próximos trimestres.

Além disso, “embora o marketplace tenha tido um bom desempenho em 2021, a diversificação de categorias ainda é muito mais limitada do que em Mercado Livre (MELI34) e Americanas”, destacaram os analistas. Na sessão pós-balanço, as ações fecharam em queda de 4,11%.

Em teleconferência com analistas no dia 10 de março, a diretoria da Via Varejo afirmou que o ano de 2022 começou ainda com os impactos da nova onda de Covid-19. Contudo, destacou algumas notícias positivas, apontando que, a partir do início de fevereiro, iniciou-se uma melhora significativa no fluxo de pessoas e nas vendas, o que vinha se mantendo até então.

3P em alta, margens em baixa

Já a maior decepção pós-balanço acabou ficando com o Magazine Luiza, que viu suas ações caírem mais de 8% após o resultado.

“Em decorrência do período sazonal mais forte, era esperado que a operação de varejo físico voltasse a ter um bom desempenho, porém isso não aconteceu. Vimos um aumento das despesas desproporcional ao nível de retomada das vendas. Já no canal online, a companhia, mais uma vez, reporta bons números sustentados pelo excelente resultado no 3P, mas que não contribuem tanto para a recuperação das margens operacionais consolidadas”, avaliaram os analistas do Banco Inter.

Por outro lado, o Magazine Luiza teve a oportunidade de fortalecer seu ecossistema, integrando as últimas aquisições, bem como demonstrou evolução de seus serviços financeiros garantindo novas fontes de faturamento, complementou a casa de análise.

No trimestre, as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace, cresceram 4% na comparação anual, como reflexo mais uma vez do avanço de 60% do marketplace, enquanto o estoque próprio teve modesta alta de 1%, Contudo, houve queda de 18,4% das vendas totais nas lojas físicas; no critério vendas nas mesmas lojas, a queda foi de 22,8%.

Já a margem Ebitda ajustada foi de 2,6% no quarto trimestre, baixa de 2,6 pontos percentuais na comparação anual; em 2021, a margem foi de 4,2%, queda de um ponto percentual.

A queda das vendas nas lojas levou a uma revisão de números para baixo por algumas casas, como o Bradesco BBI, que reduziu o preço-alvo da ação após o balanço, de R$ 11 para R$ 9 (ainda uma alta de 31%), mantendo recomendação neutra. Isso apesar dos analistas saudarem a maior diversificação de produtos nas plataformas da empresa, mostrando também os resultados das aquisições feitas recentemente.

Colocando todos esses pontos na balança, a avaliação é de que as margens em queda devem seguir como uma preocupação.

A recomendação da XP segue neutra para o papel MGLU3, por esperar uma continuidade de resultados pressionados pelo cenário macro no curto prazo, ainda com um preço-alvo de R$ 12 (upside de 75%).

O Itaú BBA ressaltou que, nos últimos dois anos, o Magazine Luiza foi favorecido por um cenário atípico que impulsionou seus números de crescimento e resultados. Agora que esse ambiente se normalizou, vê a empresa sofrendo os impactos de uma base de comparação difícil e a necessidade de readequar sua estrutura para um cenário mais normalizado de operação – levando a algumas despesas pontuais durante o quarto trimestre de 2021 que não foram contabilizadas.

“Apesar da recente pressão sobre o desempenho das ações, não vemos gatilhos de curto prazo para uma recuperação neste momento”, apontaram os analistas. A recomendação da casa para a ação, contudo, segue outperform (desempenho acima da média do mercado) para o papel, também com preço-alvo de R$ 12.

Em teleconferência pós-resultado, Frederico Trajano, CEO do Magalu, apontou o cenário difícil em meio à inflação, ressaltando que a renda média do comprador da empresa é de R$ 2.500, público este que perdeu muito poder de compra. “Um Brasil com impacto inflacionário é um país de poucos”, com exceção dos clientes premium, afirmou. “Esperamos que a situação se normalize rapidamente”, e que haja queda da inflação e distribuição de renda, disse.

Ele afirmou que em janeiro de 2022 houve crescimento de 40% no negócio on-line, fruto de fatores como avanço na base de clientes ativos. Entre outros impactos positivos, citou a melhoria de UX (user experience), que leva a conversão.

Apesar do bom desempenho do online, o executivo disse enxergar uma mudança mais expressiva no cenário macroeconômico apenas no segundo semestre de 2022. Ele ponderou que “pode acontecer de tudo”, mas disse que não espera “grandes surpresas”.

Empresas investem no online, com ajustes

Com muitos desafios pela frente, uma estratégia segue certa: o investimento em experiência do cliente e em digitalização, ao mesmo tempo em que há ajuste nas políticas de forma a sustentar a rentabilidade das operações. Na teleconferência com analistas pós-resultado, a diretoria da Via afirmou que o marketplace e a estratégia omnicanal (abordagem dos clientes por canais diversos) serão fundamentais para impulsionar o crescimento da rede nos próximos anos, trazendo novos clientes e aumentando o lifetime value (valor que o cliente gera à empresa ao longo do tempo) dentro do ecossistema da empresa.

Roberto Fulcherberguer, CEO da Via, afirmou que os vendedores online são o ponto chave da melhora do desempenho da empresa no segmento e também no conjunto.

Enquanto isso, a Americanas promoveu mudanças em políticas para vendedores em sua plataforma em fevereiro. A empresa introduziu um sistema de cobrança de comissão que varia de acordo com a categoria do produto. Antes, o percentual era aplicado de forma linear.

No Magalu, a empresa reviu a política de frete grátis, que em setembro oferecia até 100% de desconto para os vendedores na plataforma. A partir de fevereiro o desconto passou a ser de até 75%. Já a comissão cobrada dos vendedores teve percentual mantido, mas a empresa agregou uma tarifa de R$ 3 a ela, apontou o responsável pelo marketplace do Magazine Luiza, Leandro Soares, “para ficar economicamente viável”.

Segundo Trajano, do Magalu, o cenário macroeconômico atual não muda a estratégia da companhia de expandir seu ecossistema em torno do marketplace, oferecendo serviços completos, incluindo financeiros e de publicidade, para vendedores na plataforma.

Porém, na frente de aquisições, a ordem agora é para que as equipes se concentrem em seu próprios ativos. “Vamos parar um pouquinho com novas operações e focar em fazer o melhor com aquilo que já esta no ecossistema”, disse o CEO.

Os desafios de logística também estão no radar das companhias. Trajano afirmou na teleconferência que, com a alta recente dos combustíveis, intensificada com a disparada do petróleo em meio à guerra na Ucrânia, o maior custo de distribuição será com transporte. Assim, produtos que percorrem grandes distâncias não têm como ser rentáveis. O foco em logística deve se basear em uma base de vendedores descentralizada e local, cada vez mais para fora do eixo Rio-São Paulo.

A XP destacou em levantamento que, apesar do e-commerce não ser o mais impactado dentro do setor varejista com a alta da commodity, as companhias do segmento também devem ser afetadas.

Qual empresa sai fortalecida?

O Credit Suisse reforça que a dinâmica do setor nos próximos meses deve continuar desafiadora. Porém, os analistas do banco apontaram que a Americanas merece uma menção especial como “prova de força” frente os pares após a divulgação dos resultados.

O curto prazo não é a base da visão construtiva sobre o nome, avaliam, mas os analistas do banco suíço acreditam que a “Americanas se destaca um pouco da multidão”. Com isso, na ocasião da divulgação dos resultados, reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos, com preço-alvo de R$ 41,77, um potencial de alta de 21% em relação ao fechamento da véspera.

Em relatório posterior, após rodada de reuniões com investidores locais sobre o setor de varejo, o mesmo Credit reiterou que muitos deles seguem céticos em relação ao e-commerce.

No caso do Magazine Luiza, o Credit avalia que todos os olhos permanecem voltados para a dinâmica de curto prazo. “Os que estão comprados na Magalu acreditam que a empresa ganhará market share [participação de mercado] em eletroeletrônicos com os desafios recentes da Via. Mas isso provavelmente não acontecerá no curtíssimo prazo, na opinião deles”, aponta o banco suíço. Os analistas ressaltam que os investidores ficaram desapontados com a dinâmica das vendas nas mesmas lojas, mas o que mais os incomodou foi a rentabilidade.

Enquanto isso, a Via, entre as empresas de e-commerce, foi o nome mais discutido. Alguns dos investidores ainda carregam uma posição negativa em VIIA3, enquanto o restante busca entender quais serão os próximos passos para a empresa.

“A visão geral é que a empresa foi empurrada para um impasse após o aumento maciço da provisão de despesas trabalhistas anunciado no terceiro trimestre de 2021, que provavelmente continuará consumindo muito caixa ao longo de 2022 em diante. Além disso, os investidores acreditam que a situação do balanço da empresa não é confortável e que limitará a capacidade da Via de investir no crescimento e provavelmente a levará a perda de market share, principalmente no segmento online”, aponta.

Em geral, aponta o Credit, o sentimento em relação à tese de investimento permanece negativo entre os investidores. O banco tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para VIIA3, com preço-alvo de R$ 5,50 (ou upside de 31%). Já para o Magalu, a recomendação é outperform, com preço-alvo de R$ 15 (potencial de alta de 118%).

O Citi, por sua vez, tem recomendação de compra para Americanas, ainda que tenha reduzido o seu preço-alvo de R$ 48 para R$ 47 no final do mês de março, ainda uma alta de 36% frente o fechamento da véspera. Após reunião com o time de relações com investidores da companhia, os analistas destacaram a visão construtiva da empresa para 2022 como um todo. A companhia, por sinal, registrou um crescimento do GMV online de 40% em janeiro, versus 20% da indústria em geral.

Os gestores da Americanas destacaram estarem mais construtivos com as margens neste ano com a fintech Ame (aplicativo que surgiu como uma plataforma de cashback) e expectativa de crescimento das lojas físicas. Apesar de verem o cenário macroeconômico como desafiador para o consumo discricionário em geral, a diversificação da Americanas e a sua exposição a itens de “cauda longa”  (que envolvem produtos de valores menores, mas que fomentam a recorrência de compras na plataforma) são apontados como fatores positivos.

Já para a Via e para o Magalu, a recomendação do Citi é neutra, com preços-alvo respectivos de R$ 5 (upside de 19%) e R$ 6,80 (queda de 1% frente o último fechamento), destacando a alta exposição da primeira à categoria de eletroeletrônicos. Já para o Magalu, o banco aponta que, embora a gestão da empresa esteja confiante em melhorar suas margens durante 2022, o banco segue cauteloso em meio às incertezas e falta de catalisadores de curto prazo.

Após o resultado, e também destacando as tendências dos canais de vendas, o Morgan Stanley reduziu na última semana a recomendação de Magalu de overweight (exposição acima da média do mercado) para equalweight (exposição em linha com a média do mercado).

Um pilar fundamental da recomendação anterior mais positiva do Morgan foi a tese do crescimento de lojas e alavancagem operacional financiando multicanalidade, marketplace e outras iniciativas de digitalização.

“Nosso ‘exame de saúde’, contudo, mostra falhas nesta tese, com 101% de crescimento de GMV no acumulado em dois anos, mas alta de apenas 6% de vendas de lojas em dois anos. Essa combinação levou a uma queda das margens Ebitda de 4,2 pontos percentuais frente os níveis de 2019 (para 4,2%), com a pressão das lojas superando qualquer aumento de iniciativas mais recentes em fintechs e outros serviços”, apontaram os analistas.

“Vemos visibilidade limitada em torno de quando o equilíbrio de vendas e margens pode se alterar, pois o cenário para eletrônicos permanece pressionado. Enquanto o Magalu vem diversificando sua exposição em categorias, os eletrônicos continuam sendo uma vertical chave para suas lojas e operações de comércio eletrônico de 1P”, avaliam. Além do corte de recomendação, o preço-alvo foi cortado de R$ 13 para R$ 7,50 (ainda uma alta de 9%).

Para Via, a recomendação do Morgan é underweight (exposição abaixo da média do mercado), com preço-alvo de R$ 4 (downside de 4,5%), diminuição em relação aos R$ 5 anteriores. Já para a Americanas, a recomendação é equalweight, assim como para o Magalu, com o target sendo cortado de R$ 43 para R$ 36 (ou potencial de alta de 4%).

Os analistas do Morgan avaliam que, para a Via, o cenário-base é de que a varejista continue sendo um player relevante em suas principais categorias, mas entrar no “top 3” no online provavelmente será mais desafiador. Já para Americanas, os analistas celebram a fusão das lojas físicas e operações online realizada ano passado, mas aguarda esclarecimentos sobre as vendas combinadas da empresa e as perspectivas de margem.

Isso em um cenário em que a concorrência segue sendo monitorada de perto pelos analistas. Enquanto o Mercado Livre (MELI34se destaca no segmento como um player tradicional, outras companhias como Shopee e Aliexpress ganham cada vez mais expressividade por aqui. Cabe ressaltar ainda que, na semana passada, o Mercado Livre anunciou que investirá R$ 17 bilhões no Brasil em 2022, avanço de 70% ante 2021, como parte da estratégia de crescimento e consolidação dos negócios no país. Já nesta semana, a Shopee anunciou a sua saída da Índia, o que, na visão de analistas, pode levar a varejista asiática a ampliar seus esforços no Brasil.

Desta forma, analistas têm aumentado a cautela com as ações do setor, ainda que, mesmo com os constantes cortes de preços-alvo, haja um potencial de valorização considerável olhando para os targets médios, conforme apresentado no quadro abaixo, com recomendações compiladas pela Refinitiv.

Para a Via, que é vista com maior ceticismo, o potencial de alta frente o preço-alvo se apresenta como maior, mas também deve-se considerar a queda de quase 20% dos ativos no acumulado de 2022 (elevando o potencial de valorização enquanto algumas casas ainda não reavaliam suas projeções). Já MGLU3 acumula queda de 5% em 2022 (ainda que com uma boa recuperação em março); a Americanas, por sua vez, desponta com alta de mais de 11% no ano, sinalizando as visões do mercado mais positivas para os papéis AMER3, que foram reforçadas após o resultado do quarto trimestre de 2021.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/mercados/americanas-amer3-magalu-mglu3-ou-via-viia3-qual-saiu-fortalecida-apos-a-dificil-temporada-de-balancos-para-o-setor/

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Americanas cria fundo e busca 20 startups para investir em 2022

Americanas quer participar de rodadas pré-seed, seed e, em alguns casos, série A

O empreendedor Alexandre Messina fundou a startup Pedala, em 2015, com o objetivo de fazer entregas rápidas de forma sustentável. Mas foi só quatro anos depois que ele conseguiu um grande contrato com a Americanas, que permitiu triplicar as entregas diárias.

A parceria foi o primeiro passo para que a Americanas comprasse a Pedala em dezembro de 2019. Agora, do outro do lado do balcão, Messina é o responsável pelo primeiro fundo de corporate venture capital (CVC) que a Americanas anunciou ao mercado na última sexta-feira, 1º de abril, com a meta de investir em até 20 startups neste ano.

“O objetivo é encontrar, investir, acelerar e conectar as principais startups do Brasil ao Universo Americanas”, disse Messina, com exclusividade ao NeoFeed.

O fundo será gerido pela IF, o braço de inovação da Americanas, que criou a fintech Ame Digital e é responsável por todas as operações de M&A da varejista. Atualmente avaliada em  R$ 30,2 bilhões, a companhia acabou de unificar as operações digitais (Submarino, Americanas.com e Shoptime) com as lojas físicas.

A Americanas não divulga o valor que terá reservado ao fundo de CVC. Mas o objetivo é investir em startups em rodadas pré-seed, seed e até mesmo, em alguns casos, série A. Em 2021, esses estágios tiveram captações média de US$ 221 mil, US$ 359 mil e US$ 1,6 milhão no Brasil, respectivamente, segundo dados do Distrito, ecossistema independente de startups.

A varejista se diz agnóstica nos setores que vai investir, mas busca startups que tenham alguma conexão com a Americanas nas lojas físicas e no digital e em áreas como fintechs, advertising e logística. Elas devem faturar ao menos R$ 10 mil por mês e já ter um produto testado.

O objetivo é que possam prestar serviços à Americanas, escalando seus negócios. “Em dois anos, queremos multiplicar por 10 vezes o faturamento da startup”, diz Messina, que é head de operações da IF.

A onda dos CVCs

A Americanas é a mais recente companhia a anunciar o seu corporate venture capital, passando a fazer parte de uma lista de empresas que não para de crescer. Os nomes incluem Ambev, Itaú, Multilaser, Dexco, Arezzo, Renner e Eurofarma, entre muitas outras que querem se aproximar de startups.

Fundos especializados atraem também empresas interessadas em suas teses. A Terracota Ventures, focada em proptechs e construtechs, tem como cotista Gerdau, Cyrela e Vedacit. A MSW Capital gere o fundo de R$ 200 milhões do Banco do Brasil, além de administrar o BR Startups, que tem BV, Algar, Microsoft e BB Seguros como investidores.

“As empresas estão enxergando cada vez mais a importância de uma estratégia de equity bem feita para trazer inovação em diferentes estágios dentro da companhia”, diz Diego Ranciaro, sócio do Distrito. “Isso é extremamente eficiente e gera resultados.”

Apesar disso, o corporate venture capital só agora começa a escalar no Brasil. No ano passado, os aportes de CVC somaram US$ 622 milhões, o triplo de 2020, de acordo com o Distrito. Foram 162 rodadas de investimentos (212, contando aquelas que não tiveram os seus valores divulgados). No mundo, o CVC movimentou US$ 78,7 bilhões em 2099 aportes, segundo a consultoria americana CB Insights.

Esse avanço no Brasil está relacionado com a pandemia do novo coronavírus, que acelerou as iniciativas digitais das empresas. Ao realizar investimentos em startups, as corporações se aproximam das principais inovações do setor. “Quando as empresas olham para o CVC, elas pensam em testar, experimentar e estar à frente de novas tecnologia do mercado”, afirma Ranciaro.

Outra razão para investir em startups através de CVCs é a atração de talentos, aproximando-se de jovens empreendedores que estão inovando em seus mercados. E, por fim, como se trata de um investimento, um dos objetivos é obter um retorno financeiro – muitas vezes, essas startups acabam sendo compradas pelas próprias empresas.

O funil da Americanas

Esses motivos fazem parte do combo pelo qual a Americanas resolveu criar o seu próprio CVC. Agora, a companhia começa a correr atrás das startups – o processo envolve busca ativa e passiva (o site da IF terá um link para as empresas que queiram se inscrever).

Site da IF, da Americanas, que será um funil para escolher startups

A seleção contará com um algoritmo que fará análise quantitativa e qualitativa. Ao passar por esse funil, uma equipe da área de corporate venture capital da Americanas entra em ação para conhecer mais o negócio.

Por fim, as empresas escolhidas vão para um pitch day com o C-Level da Americanas – o primeiro deve acontecer em abril. Se passarem por esta última “prova” ganham o aporte, que pode ser feito em conjunto com outros fundos de venture capital do mercado brasileiro.

Com o fundo de corporate venture capital, a IF (sigla que significa Inovação e Futuro) adiciona mais uma tarefa à sua missão. Criado em 2018, o braço de inovação da Americanas nasceu para incentivar o uso de novas tecnologias.

Para cumprir essa missão, a IF vai desde criar negócios do zero, no estilo de uma venture builder, até comprar outras empresas. No primeiro caso, o exemplo mais emblemático (citado no começo essa reportagem) é a fintech Ame Digital, que atingiu R$ 26 bilhões em TPV (sigla para ‘volume total de pagamentos’) e superou a marca de 1,3 milhão de cartões de crédito emitidos em 2021.

Em relação aos M&As, a IF esteve envolvida em 10 transações entre 2020 e 2021. São desde negócios gigantes, como a compra do grupo Uni.co, dono das redes Imaginarium e Puket, até o Hortifruti Natural da Terra, por R$ 2,1 bilhões.

Mas a IF também fez diversas compras de startups, como o Supermercado Now, a plataforma de open banking Bit Capital, o serviço de banking as a service Parati, a startup de delivery Shipp e a empresa que fornece crédito P2P Nexoos.

Agora, além de criar empresas e comprar, a IF vai ser sócia minoritária das startups. Se tudo der certo, o final da história pode ser parecido com o da Pedala, de Messina, e terminar em um M&A.

Fonte : https://neofeed.com.br/blog/home/exclusivo-americanas-cria-fundo-e-busca-20-startups-para-investir-em-2022/

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Varejo: Fusões e Aquisições permitem crescimento de mercado e novas capacidades

O estudo foi feito pela Bain & Company e indicou outras tendências relacionadas aos varejo.

As mudanças nos hábitos e comportamento do consumidor, causadas pelas restrições impostas pela pandemia, fizeram com que as empresas do varejo precisassem agregar as “entregas rápidas” em suas operações ou estratégias de aquisições (M&A). Essa tendência foi mostrada pelo estudo Global M&A Report 2022, divulgado pela Bain & Company.

O levantamento também destacou que esse comportamento é uma tendência global. Os consumidores estão cada vez mais pedindo entregas rápidas, assim como a exigências por serviços mais imediatos e com uma melhor experiência.

Entretanto, os autores do estudo detalharam a necessidade de as empresas terem maior capacidade para competir se adequando ao novo modelo de comércio, e apresentam estratégias de M&A e a expansão de parcerias como as maneiras mais rápidas para desenvolver as novas necessidades do mercado.

De acordo com a Bain, a ligação entre M&A e desempenho corporativo é relevante principalmente no varejo, pois os varejistas com histórico frequente de fusões e aquisições superam significativamente seus concorrentes com pouca ou nenhuma atividade.

Para as startups, as fusões e aquisições com grandes empresas do varejo são importantes para aceleração da aquisição de clientes, fornecimento de maior portfólio de produtos e escalabilidade. Já do ponto de vista dos varejistas, eles se beneficiam da maior capacidade de entrega, logística e rede de transporte que as empresas mais jovens podem oferecer.

Nesse novo modelo de negócios, o estudo evidenciou como as empresas de sucesso se concentrarão em três grandes áreas: oferecer oferta diferenciada, aplicar dados a seu favor e utilizar M&A para integrar novos recursos.

Por fim, o relatório apontou que é de grande interesse a empresa se posicionar à medida que o mercado evolui, pois no meio do varejo se destaca quem pode entregar tudo, para qualquer perfil de consumidor e a qualquer momento. Mesmo que ocorra uma consolidação do mercado, ainda há bastante espaço para o comercio crescer ao longo desse tempo, apresenta a pesquisa. Toda a pesquisa está disponível, em inglês, clicando aqui.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/07/varejo-fusoes-e-aquisicoes-permitem-crescimento-de-mercado-e-novas-capacidades/

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Fusões e aquisições no varejo seguem, mas valores serão menores, diz KPMG

Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições.

Depois de crescer fortemente em 2021, o número de fusões e aquisições nos setores de consumo e varejo no Brasil não deve perder ritmo neste ano, mesmo com o cenário macroeconômico ainda mais pressionado por indicadores internos e pelos desdobramentos da guerra ente Rússia e Ucrânia, acredita o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e América do Sul, Fernando Gambôa. Os valores movimentados, porém, devem mudar.
Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições (107 transações) em comparação com o ano anterior.

Os dados são resultado de uma pesquisa feita trimestralmente pela KPMG, que abrange todas as transações anunciadas no Brasil, classificadas em segmentos da economia.
Foram 53 transações do varejo, sendo 10 delas de supermercados e o restante de outros segmentos.

Já no setor de consumo constam os números dos segmentos de vestuário e calçados (3), alimentos, bebidas e fumo (43), eletroeletrônicos (7) e higiene (1), o que equivale a 54 transações.

De acordo com Gambôa, esse avanço expressivo nas transações se deve ao fato de que muitas companhias estavam, sim, capitalizadas e foram buscar capilaridades no mercado. “Dinheiro ainda tem. O que ouvimos de investidores é que tem muito mais dinheiro do que oportunidade no mercado esse momento. Muito fundo está buscando boas alternativas, buscando ativos para engordar. E algumas empresas estão buscando complementariedades (aumentar portfólio ou melhorar rentabilidade)”, diz.
Para ele, o número de transações deve continuar no patamar visto no ano passado, mas deve haver “uma ‘quedinha’ no valor de transação pelo contexto do mundo hoje”. “Todo mundo que está em movimento de M&A [sigla em inglês para fusões e aquisições] fica monitorando o mercado para ver se chegou no piso”, afirma, acreditando que as transações, nesse momento, podem ficar mais no compasso de espera.

Ele pondera, porém, que o cenário de guerra e incertezas já trouxe mais dinheiro para o Brasil. Embora o movimento de aumento de juros no país atraia mais recursos para investimentos em renda fixa, Gambôa diz que os bloqueios sobre um “player” importante como a Rússia podem tornar os ativos no Brasil mais atrativos.

Entre as principais apostas de o que deve movimentar fusões e aquisições, o sócio da KPMG segue apostando nas movimentações dos grandes marketplaces, como Magazine Luiza, Americanas e Via, e dos grandes conglomerados de moda, que iniciaram um movimento de criação de ecossistemas no ano passado. “Mas ainda tem muitos capitalizados que não se movimentaram muito e precisam ir às compras para tirar esse atraso [em relação aos competidores]”.
Gambôa acredita que boa parte das transações será para buscar ferramentas de análise do comportamento do consumidor. “Todo o setor de varejo, enfim, começa a olhar muito mais para receita e principalmente para o cliente. As principais empresas lidam muito pouco com indicadores vinculados a clientes, como fazem Netflix e Facebook.” A capacidade de captação e análise de dados dos clientes ainda é muito limitada dentro das próprias companhias e muito mais desenvolvidas em startups, que devem ser os principais alvos das empresas dispostas irem às compras.

Outra trilha importante de fusões e aquisições, diz ele, é o metaverso, “pois vai extrapolando para coisas que vão além do metaverso e vão pro mundo real”. A complexidade, porém, ainda é maior, pois não está claro como contabilizar ativos do tipo nos balanços. “Se compro um terreno no metaverso, em criptomoeda, onde eu contabilizo? No metaverso ou no balanço real? E como paga imposto sobre isso?”, destaca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/02/fusoes-e-aquisicoes-no-varejo-seguem-mas-valores-serao-menores-diz-kpmg.ghtml

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Fusões e aquisições têm melhor desempenho anual dos últimos 25 anos

Liderança no ranking ficou para as companhias de internet, com 658 operações.

Feito peça KPMG, o estudo foi iniciado em 1996 e indicou ainda que o último trimestre do ano passado registrou recorde, com 602 negócios concluídos, o melhor da trimestre da história.

Do total de operações realizadas no ano passado, a maioria foi doméstica (1.289), ou seja, realizada entre empresas brasileiras. Em segundo lugar, estão as operações do tipo CB1 (581), seguida por CB4 (40), CB2 (39) e CB3 (9) e CB5 (5).

“Estes resultados consolidam a tendência de investimento em transformação digital e inovação protagonizados pelas companhias brasileiras e multinacionais, que têm feito aportes estratégicos em diversos segmentos de negócios”, afirma Luis Motta, sócio-líder de do M&A Proprietário da KPMG no Brasil.

Motta destaca que o resultado indica que a confiança em negócios relacionados com inovação permanece em uma rota crescente desde o início da pandemia, em 2020.

Ranking de negócios

Com relação aos segmentos de negócios, no acumulado de 2021, a liderança no ranking ficou para as companhias de internet, que realizaram 658 operações de fusões e aquisições durante o ano passado, representando 34% do total.

Na sequência, aparecem tecnologia da informação, com 358 negócios, representando 18%. Juntos, estes dois setores responderam por mais da metade do total de operações do Brasil.

O segmento de instituições financeiras também foi fortemente impactado por diversos tipos de transações (161). Finalizam o ranking as companhias de serviços (78), hospitais e laboratórios de análises clínicas (70) e mídia e telecomunicações (66), sendo este último setor fortemente impactado por transações em infraestrutura e conectividade para modelos inovadores.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/08/fusoes-e-aquisicoes-tem-melhor-desempenho-anual-dos-ultimos-25-anos/