Entrevista exclusiva traz insights sobre inovações e desafios na logística moderna do e-commerce

Para Vanderlei Ferreira, country manager da Zebra Technologies, eficiência e precisão na logística são cruciais para o sucesso de qualquer operação de e-commerce. Para trazer insights valiosos ao leitor do portal, entrevistamos com exclusividade o executivo, que compartilhou sua visão sobre a importância da rastreabilidade para a cadeia de suprimentos, expectativas e desafios das entregas ultrarrápidas, logística reversa e muito mais.

A seguir, você acompanha alguns dos segredos para otimizar a logística do seu negócio e garantir a satisfação dos clientes nesse mercado cada vez mais competitivo!

ECBR – O que impede o e-commerce brasileiro de utilizar um recurso de rastreio similar ao do iFood, com a visibilidade em tempo real do entregador e o respectivo produto?

Ferreira – A tecnologia necessária para melhorar a logística no varejo já existe e pode ser implementada. No entanto, ao considerar o segmento mais amplo do varejo, o número de SKUs é enorme, o que complica a maturidade do mercado. Embora existam grandes empresas bem consolidadas no e-commerce no Brasil, muitas pequenas empresas ainda estão em estágios iniciais e dependem de marketplaces para vender seus produtos.

Um dos grandes desafios apontados em um estudo da Zebra é que mais de 70% das empresas que trabalham com logística no Brasil não possuem uma forma totalmente integrada de rastreamento e gestão de inventário. No varejo de pequeno e médio porte, isso significa que muitas empresas ainda não têm uma visão precisa do que têm em estoque, do que está sendo pedido e do que está em trânsito.

Sem um sistema bem implementado é difícil ter essa visibilidade. A maioria das pequenas empresas está mais preocupada em receber pedidos dos clientes e enviá-los rapidamente. No entanto, elas sabem que podem evoluir. Muitas empresas de médio porte já começam a implementar sistemas mais avançados para obter visibilidade em tempo real.

O investimento em tecnologia pode parecer caro, mas é crucial entender o retorno sobre ele. Uma melhor prestação de serviço, que inclui rastreabilidade e garantia de entrega, é um facilitador importante. Muitas empresas ainda não têm controle mínimo, como a prova de entrega, o que é um grande desafio, especialmente em grandes centros como São Paulo.

É uma evolução natural. As empresas estão aprendendo com aquelas que já implementaram essas tecnologias e sabem que é possível. Com o tempo, elas também adotarão essas práticas, garantindo que o produto seja entregue corretamente e que todos fiquem satisfeitos. Acredito que essa adoção ocorrerá em um futuro próximo, inclusive no e-commerce.

ECBR – Nos EUA, a entrega em até 3 horas já é uma realidade, com empresas como Target, Amazon e Walmart apostando cada vez mais nisso. Você acha que é possível esse modelo rodar no Brasil hoje? O que implica para que ele seja assertivo?

Ferreira – Grandes empresas conseguem realizar entregas extremamente rápidas devido a uma grande capilaridade. Elas utilizam tanto o modelo de “dark store” quanto suas próprias lojas como pontos de envio. Essa capilaridade permite uma operação eficiente. O segundo ponto, que é complementar ao primeiro, é o conhecimento preciso e a visibilidade do inventário. Algumas empresas no Brasil já oferecem entregas em uma, duas ou três horas porque têm um controle perfeito de onde cada item está localizado.

Para o consumidor, essa precisão permite saber exatamente o que pode ser entregue rapidamente e o que não pode. Portanto, é possível rodar esse modelo no Brasil, desde que a empresa tenha um controle eficiente do inventário e uma visibilidade clara de seus produtos.

Se uma empresa não possui grande capilaridade para atender todo o Brasil ou um grande estado como São Paulo, é essencial estabelecer parcerias com outras empresas de logística. A formação de parcerias com duas, três, ou até mais empresas de logística pode cobrir áreas extensas e garantir a agilidade nas entregas.

Portanto, os fatores chave são: visibilidade precisa do inventário, capilaridade, e parcerias estratégicas. Além disso, é crucial manter a transparência com o consumidor. Informar claramente quais produtos podem ser entregues rapidamente e quais levarão mais tempo ajuda a garantir a satisfação do cliente e contribui para a fidelização.

ECBR – Como aumentar a eficiência das operações logísticas em áreas rurais, de riscos e regiões mais remotas do Brasil, como regiões ribeirinhas?

Ferreira – As comunidades ribeirinhas no Brasil representam um grande desafio logístico. É essencial entender a complexidade dessas regiões para desenvolver soluções eficazes. Como mencionei anteriormente, a formação de parcerias é crucial. Conheço várias empresas de logística e e-commerce no Brasil que trabalham com até 15 diferentes empresas parceiras. Cada uma opera em uma região específica: algumas se encarregam do transporte aéreo, outras visitam frequentemente comunidades mais distantes, e algumas operam com lockers (armários) onde os clientes podem retirar seus produtos.

Na minha opinião, a logística é o segredo para o sucesso de qualquer operação, especialmente no varejo. Isso depende fortemente de parcerias. Não adianta uma empresa pensar que apenas contratar os Correios, que cobre todo o Brasil, será a solução mais eficiente. Muitas vezes, essa não é a melhor opção. Por isso, é comum que empresas de e-commerce tenham mais de 10, 15 parceiros para garantir uma boa distribuição e também para facilitar a logística reversa.

No Brasil, é essencial estabelecer parcerias. As grandes empresas já possuem seus próprios hubs e formatos de captura e devolução de produtos. Por exemplo, muitos consumidores imprimem etiquetas e levam seus produtos aos Correios, que se encarrega da devolução para a empresa, um processo que funciona muito bem. No entanto, para empresas de médio e pequeno porte, essas parcerias são fundamentais para garantir capilaridade e eficiência.

Essas parcerias não só aumentam a capacidade de distribuição, mas também ajudam a fidelizar os consumidores. Quando uma empresa presta um bom serviço e entrega o produto de forma correta e no tempo desejado, ela conquista a confiança e a lealdade do cliente.

ECBR – Estima-se que aproximadamente 23% dos roubos ocorridos no Brasil no primeiro trimestre de 2024 tiveram como alvo o transporte de mercadorias compradas online. Quais dicas você daria para empresas brasileiras mitigarem as perdas e roubos durante o transporte de mercadorias?

Ferreira – No nosso estudo global de consumidor, constatamos que a questão de roubos e fraudes é uma grande preocupação para o varejo. No entanto, não temos um sistema específico de prevenção contra roubos. O que oferecemos são sugestões sobre como utilizar algumas tecnologias para melhorar a prevenção e rastreamento de itens.

Uma das soluções interessantes é a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência). Ela permite rastrear a posição de uma carga ou item em tempo real utilizando redes 5G. Isso pode ser feito através de sensores ou dos nossos próprios computadores móveis, que podem estar nas mãos dos funcionários responsáveis pelo armazenamento e transporte.

Com a RFID, é possível acompanhar os processos de separação, armazenagem e transporte para garantir que o produto esteja no lugar correto. Essa tecnologia também ajuda a identificar desvios antes mesmo que o produto saia do depósito, permitindo uma ação rápida.

Outro ponto importante é o uso de sensores e computadores móveis para os entregadores e motoristas de caminhão. Com isso, é possível capturar a geolocalização em tempo real e garantir a prova de entrega. A prova de entrega pode ser melhorada com a captura de geolocalização no momento da entrega, além do nome e RG da pessoa que recebe o produto. Isso adiciona uma camada extra de segurança e rastreabilidade ao processo de entrega.

Sendo assim, embora não tenhamos um sistema específico de prevenção contra roubos, nossas tecnologias podem ser utilizadas para melhorar a rastreabilidade e segurança dos produtos em todo o processo logístico.

ECBR – Quais os principais pontos que uma empresa de e-commerce/logística deve levar em questão para otimizar a cadeia de suprimentos?

Ferreira – Eu acredito que um ótimo serviço às vezes pode ser inimigo de um bom serviço. Quando falo de “bom”, refiro-me ao seguinte: é fundamental prestar muita atenção no sistema de gestão do seu próprio inventário. A parte mais crítica para qualquer varejo é o controle do inventário, que inclui o que está sendo pedido e o que está em trânsito. Esse é o grande segredo para uma operação bem-sucedida.

O grande desafio é a precisão na separação e no envio dos produtos. Em e-commerces de grande volume, se você não tiver uma equipe bem treinada e os equipamentos corretos, acaba separando e enviando produtos errados, o que gera insatisfação do cliente e o custo da logística reversa. Portanto, a gestão eficiente do inventário e uma equipe bem treinada, equipada com as ferramentas adequadas, são fundamentais para evitar esses problemas.

A velocidade também é crucial. As empresas de logística enfrentam um alto índice de turnover, especialmente em posições de entrada ou com jovens trabalhadores. É importante ter os equipamentos corretos e fornecer um bom treinamento para esses funcionários, que podem não ficar na empresa por muito tempo. Assim, você não precisa investir tanto tempo na formação de cada colaborador.

Os pontos principais são: ter visibilidade precisa do inventário, fornecer ferramentas adequadas para que os colaboradores possam trabalhar de forma rápida e eficiente, e evitar a insatisfação do consumidor e a logística reversa.

Algumas ferramentas podem ajudar nesse processo. Por exemplo, os equipamentos vestíveis, como os “wearables“, permitem que os trabalhadores tenham as mãos livres enquanto coletam dados. Eles podem receber informações no pulso sobre os itens a serem separados, indo rapidamente até o local correto no armazém. Essa tendência é aplicável a empresas de todos os tamanhos.

Outro exemplo são os sistemas de conferência automática para validação de itens separados e embalados. Tais sistemas verificam automaticamente se tudo está correto, o que melhora a eficiência e a precisão.

Em resumo, o uso de tecnologias como os equipamentos “hands-free” e sistemas de validação automática são tendências fortes que ajudam a melhorar a gestão de inventário e a eficiência operacional em empresas de todos os portes.

ECBR – Qual é o principal desafio logístico enfrentado pelo e-commerce na distribuição de alimentos frescos no Brasil? Indique algumas estratégias mais eficazes para garantir a qualidade e a segurança desses produtos durante o transporte e armazenamento?

Ferreira – Hoje já existem tecnologias de rastreabilidade de temperatura e geolocalização. A Zebra é uma das empresas que oferecem soluções nesse sentido, especialmente para a cadeia de refrigerados e congelados. A preocupação com a qualidade e a segurança alimentar é grande, e temos uma linha altamente especializada para atender a essas necessidades, assim como outras empresas.

Essas tecnologias permitem monitorar e manter a temperatura adequada de um item desde a indústria até o varejista ou consumidor final, durante o armazenamento e transporte. Existem sensores que registram a temperatura e transmitem esses dados em tempo real. Outra opção são as etiquetas visuais, que mudam de cor se a temperatura ultrapassar uma faixa de tolerância pré-estabelecida. Por exemplo, se uma carga de carne refrigerada sofrer uma variação de temperatura além do permitido, a etiqueta mudará de cor, indicando que em algum momento do processo logístico houve um problema.

Nos caminhões frigorificados, há todo um controle teórico da temperatura, mas problemas podem ocorrer, como motoristas que desligam o sistema de refrigeração durante longas viagens. Infelizmente, isso é comum não só no Brasil, mas no mundo todo. A adoção de tecnologias adequadas pode ajudar a evitar que produtos cheguem ao destino com qualidade comprometida.

É totalmente factível implementar essas tecnologias para garantir a responsabilidade em diversos níveis da cadeia de frio. É possível começar com um modelo básico para testar a eficiência e depois avançar para soluções mais sofisticadas, conforme necessário.

ECBR – Quais os impactos da logística sustentável no e-commerce brasileiro? Você reconhece alguma atenção das empresas em busca da redução da pegada ambiental nas operações de entrega? O que a logística sustentável pode trazer de benefícios ao negócio além da questão do impacto global?

Ferreira – Vários aspectos demonstram a preocupação das empresas em reduzir as emissões de gases de efeito estufa, conforme observado em nosso estudo. É amplamente reconhecido que essa é uma questão importante, e muitas empresas de e-commerce já estão adotando estratégias para mitigar seu impacto ambiental.

Uma dessas estratégias é a reutilização de caixas e papelões para evitar quebras e desperdícios. Hoje, muitas indústrias trabalham com embalagens retornáveis, e há um controle rigoroso dessas caixas, utilizando tecnologias como RFID para rastrear seu retorno e garantir uma gestão eficiente.

Outro ponto interessante é a preocupação com a longevidade e a destruição correta dos equipamentos industriais. As empresas, incluindo a nossa, tentam maximizar a vida útil dos equipamentos para evitar trocas frequentes, o que também contribui para a sustentabilidade. Nos últimos cinco anos, nossos equipamentos se tornaram pelo menos 30% mais eficientes em termos de consumo de energia elétrica. Essa preocupação não é exclusividade nossa, mas compartilhada por várias indústrias sérias que buscam eficiência energética.

Incentivamos o uso de equipamentos eficientes por nossos clientes, como os vestíveis. Equipamentos eficientes permitem que os colaboradores realizem suas tarefas mais rapidamente, consumindo menos energia e outros recursos. Isso também ajuda a evitar desperdícios e a necessidade de logística reversa, contribuindo para a sustentabilidade.

Portanto, quando falamos de sustentabilidade ambiental, é crucial considerar todos os aspectos e a contribuição de cada setor, incluindo a indústria, a logística, o varejo, o consumidor e a tecnologia. Somando os esforços de todos esses elementos, podemos trilhar um caminho sólido para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

ECBR – Como você percebe a abordagem da logística reversa pelos lojistas de e-commerce no Brasil, especialmente diante do aumento das devoluções de produtos?

Ferreira – Percebemos em nossas pesquisas que a maioria dos consumidores prefere comprar em lojas de e-commerce que também tenham uma loja física. Isso não se deve apenas à segurança, mas também à facilidade de troca de produtos. Esse é um aspecto muito importante. Quando falamos em logística reversa, precisamos pensar em como evitá-la, pois ela impacta diretamente na margem do varejista.

Primeiro, o site deve ser bem desenhado e fácil de navegar. O cliente precisa ter uma visão clara do que está comprando para ter certeza de que é o item que ele realmente deseja. Muitos problemas de logística reversa ocorrem porque o produto recebido não corresponde às expectativas do consumidor. Por exemplo, minha esposa recentemente comprou uma malha cuja cor era muito diferente da mostrada no site. A empresa lidou bem com a troca, mas isso é um problema que ocorre diariamente. O site precisa fornecer informações claras e relevantes para que o cliente tenha confiança na compra.

Além disso, a eficiência na gestão de inventário e na separação de produtos também é crucial. Um sistema de inventário bem gerenciado e uma equipe bem treinada reduzem os erros e, consequentemente, a necessidade de logística reversa.

Resumindo, todo o processo, da experiência do e-commerce até a interação com o consumidor, precisa ser bem implementado. Não existe uma solução mágica, mas há processos consagrados e testados que, quando bem executados, reduzem significativamente a necessidade de logística reversa. Isso preserva a margem do varejista e melhora a satisfação do cliente. Todos esses aspectos, desde a separação até a equipe, devem ser cuidadosamente considerados.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/entrevista-exclusiva-inovacoes-e-desafios-logistica-moderna”

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DATAFRETE lança torre de controle e roteirizador integrados à plataforma de gestão logística

Segundo a companhia, solução pode reduzir em 20% o volume de deslocamentos e proporciona planejamento automatizado das rotas, organizando a distribuição de pedidos

A DATAFRETE lançou as funcionalidades de roteirização e torre de controle inteligente na plataforma de gestão logística. Segundo a companhia, o otimizador pode reduzir em até 20% o volume de deslocamento durante a entrega de pedido, permitindo que as empresas criem rotas conforme a necessidade. Além de reduzir deslocamentos duplicados para uma mesma região e aproveitar a ida e volta do veículo.

De acordo com a empresa, na torre de controle, a equipe da central de monitoramento tem visibilidade de toda a frota, em tempo real e por meio de geolocalização, acompanha os horários previstos e realizados de entregas e trata ocorrências como atrasos ou cancelamentos ainda em rota.

Além da possibilidade de criação de formulários digitais personalizados para cada tipo de aplicação dentro da jornada de transportes. Segundo a DATAFRETE, o time em campo preenche dados como check-in e check-out, ocorrências, despesas, vistorias e tarefas, que são acompanhadas e tratadas com maior precisão. A solução pode ser implementada tanto em empresas com frota própria quanto em negócios que utilizam frota terceirizada para sua distribuição logística.

Para o CEO da DATAFRETE, Marcelo Martins, um dos diferenciais das novas funcionalidades é a integração de dados com os demais serviços da empresa, além dos sistemas integrados na plataforma. “Todo esse controle realizado em todas as etapas da distribuição traz insights valorosos para a gestão, que pode tomar decisões com base em dados atualizados e confiáveis, além de dar mais transparência ao processo logístico”, disse.

Fonte: “DATAFRETE lança torre de controle e roteirizador (mundologistica.com.br)

Eu Entrego encerra 2023 com 20 mi de entregas realizadas e prevê dobrar o volume em 2024

A empresa também criou uma plataforma para viabilizar o equilíbrio entre entregadores e lojistas.

A Eu Entrego, logtech brasileira de entregadores autônomos, alcançou a marca de 20 milhões de entregas em 2023, além de 1 milhão de entregadores parceiros, e projeta dobrar o volume em 2024. A companhia também apresentou crescimento de 42% em sua receita após o rebranding, isto é, o reposicionamento da marca, que contribuiu com 6 milhões do total de entregas realizadas. Para este ano, a previsão é abranger 600 municípios de diferentes perfis.

Com a identidade visual renovada, a Eu Entrego traduziu o DNA da empresa, baseado em modernidade, tecnologia e inovação, no slogan “Segura, rápida e inteligente”. A empresa tem como meta tornar-se uma referência em conteúdo tanto para motoristas quanto para o mercado de varejo, com respostas reais aos desafios do segmento.

“Para a construção da personalidade da marca, o rebranding traz elementos que se comunicam com a capacidade da companhia de solucionar problemas logísticos, efetuar as entregas com segurança e dentro do prazo, proporcionar a melhor experiência, atender às necessidades dos profissionais envolvidos na operação e, no final, fidelizar o cliente”, explica Vinicius Pessin, o CEO da logtech.

Empresas e entregadores

A Eu Entrego criou sua própria plataforma para viabilizar o equilíbrio entre entregadores e lojistas, garantindo frete adequado para o empresário e remuneração justa aos entregadores, o que levou a 90% de sucesso nas entregas, segundo a empresa.

Para fazer uso da ferramenta, os entregadores se cadastram no portal em uma aba exclusiva e contam com vantagens, como o repasse quinzenal das rotas diretamente em suas contas bancárias e notificações de entregas na região de atuação escolhida. Como autônomos, eles têm liberdade para definir horários mais flexíveis, controlar ganhos e atender grandes varejistas.

“Somos avaliados pelos entregadores como uma das melhores soluções de entrega devido ao custo-benefício entre repasse e atendimento. Há diversos colaboradores que querem entrar na plataforma em todas as regiões do País”, ressalta Pessin.

Já as empresas têm acesso a um sistema de rastreamento que transmite informações detalhadas de toda logística. A Eu Entrego ainda possui serviços de entregas expressas rápidas, com envios no mesmo dia, e devoluções simplificadas.

Otimização de trajetos

Com algoritmo próprio para criar rotas e geolocalização, a empresa destaca que oferece trajetos otimizados e a gestão da rota dos entregadores.

A partir dessa tecnologia, surge o sistema Envoy, uma plataforma de gestão last mile – logística traçada entre o centro de distribuição até o consumidor final – que habilita os varejistas a administrar operações escaláveis com mais economia e eficiência. A ferramenta é flexível e adapta-se às necessidades específicas de cada cliente, mantendo todas as funcionalidades e, principalmente, os aprendizados coletados ao longo da jornada na gestão de uma grande base de entregadores autônomos.

Pessin conta que a plataforma usa painéis de business intelligence, que significa um tipo de solução sofisticada para o gerenciamento e visualizados de dados. Dessa forma, os clientes atendidos têm informações sobre a operação em tempo real.

Fonte: “Eu Entrego encerra 2023 com 20 mi de entregas realizadas e prevê dobrar o volume em 2024 – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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Roteirização inteligente: como a tecnologia pode apoiar o avanço do setor logístico

Atualmente, os mercados de e-commerce e varejo mostram-se extremamente aquecidos. De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o valor gasto com compras pela internet no Brasil cresceu 10% em 2023, representando um valor total de R$ 185,7 bilhões. O crescimento destes dois segmentos impacta significativamente no setor logístico, que tem um papel fundamental para a economia brasileira. Nesse sentido, muitos dos desafios que surgem na logística são um reflexo direto desse expressivo aumento de demanda.

Além disso, em junho de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu novas alterações na lei Nº 13.103/2015, conhecida como Lei do Motorista, e que visa regulamentar a jornada destes profissionais do transporte rodoviário. Com as mudanças concentradas no descanso e no fracionamento de intervalos dos motoristas, a legislação impõe desafios adicionais para as empresas quanto ao cumprimento de prazos de entrega acordados com os clientes.

Desse modo, se torna ainda mais necessário ajustar as rotas e tempos de viagem para que seja possível atender cada entrega no menor tempo possível, independentemente do deslocamento. Esses aspectos podem ser mais facilmente alcançados por meio de uma inovação tecnológica: a roteirização inteligente, tendência significativa que deve se consolidar no setor logístico nos próximos anos.

O uso da roteirização inteligente no segmento surge como um elemento crucial para os líderes das transportadoras que buscam sincronizar eficientemente entregas com uma demanda elevada e mudanças realizadas pela legislação.

Como funciona a roteirização na logística e o uso de soluções inteligentes

A roteirização simples, técnica que visa otimizar custos e operações das transportadoras, já existia, mas era bastante modesta, focando apenas no uso de parâmetros de geolocalização para definir a menor distância, parâmetros de quilometro rodado e custo médio do veículo. Além disso, utilizava parâmetros mais palpáveis e fixos, sem levar em consideração dados variáveis relacionados ao trânsito e clima.

A roteirização inteligente traz novos recursos de tecnologias, utilizando dados em tempo real, com os quais é possível considerar a condição do trânsito, clima e outras informações inteligentes para otimizar a roteirização de uma entrega. Igualmente, essa técnica busca dados históricos para fornecer uma previsão melhor de algo que pode acontecer durante o percurso.

Para tal, esse procedimento forma novas rotas para que o motorista consiga otimizar seu caminho, utilizando inovações tecnológicas como machine learning e a Inteligência Artificial (IA), aprendendo e refazendo de forma mais assertiva o trajeto. Ao aplicar a roteirização inteligente, uma transportadora pode chegar a uma considerável redução dos custos relacionados ao transporte, possibilitando otimizar uma entrega de ponta a ponta.

As soluções de roteirização inteligente também permitem tornar o setor logístico mais sustentável. Com os dados gerados, é possível que a companhia escolha o veículo de menor impacto ambiental, contribuindo não apenas para o meio ambiente, de modo geral, mas também para a sustentabilidade da própria empresa. Além da pegada de carbono, essa inovação traz dados reais de quantidade de emissões que podem ser neutralizadas posteriormente.

Diante disso, atualmente, existem diversas soluções de roteirização inteligente disponíveis no mercado. Algumas ferramentas serão boas para longas distâncias e outras para curtas, entre outros aspectos importantes. De toda forma, aos operadores logísticos, é importante levar em consideração o tipo de transporte, o volume das mercadorias transportadas e o horário de rodagem para aquele tipo veículo, pontos importantes de uma operação logística.

Desafios do setor logístico

Nesse contexto, muitas cidades brasileiras não são planejadas, o que pode dificultar a roteirização, desde o tipo de rua que o veículo precisa passar, até qual veículo será utilizado. Além disso, a região pode estar em um bairro que possui características que não permitem a entrada de caminhões, além de outras questões como horário de trabalho, horário de pico de trânsito e complexidades que aumentam o tempo de entrega.

No entanto, o nível de maturidade das transportadoras menores ainda é muito baixo quando se fala em roteirização inteligente e investem pouco em tecnologia na logística. Além disso, muitas empresas ainda não utilizam KPI’s para terem uma visão estratégica da operação. Em contrapartida, empresas de grande porte já possuem um elevado nível de maturidade, buscando resolver e simplificar cada vez mais os processos.

De forma geral, todos os dias surgem novas demandas, ocasionadas não apenas pelas mudanças na lei, mas também pela necessidade de atender às novas características do mercado. Utilizar a roteirização inteligente na logística de maneira assertiva será o grande diferencial das transportadoras que vão aproveitar as oportunidades geradas pelos desafios de um mercado extremamente aquecido na economia brasileira.

Fonte: “Roteirização inteligente: como a tecnologia pode apoiar o avanço do setor logístico | SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação

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Em parceria com Google, Maplink reforça atuação no last mile com soluções de mobilidade

Publicado em 13/09/2023

Resultados foram apresentados pela empresa na 4ª edição do “Logística do Futuro”, evento que foi promovido pela MundoLogística, em São Paulo, durante os dias 29 e 30 de agosto

Em parceria com a Google, Maplink reforça atuação no last mile com soluções de mobilidade
Com o crescimento do e-commerce, as entregas de última milha demandaram uma revolução na cadeia logística (Foto: Divulgação)

Com o crescimento do e-commerce e do delivery, especialmente nos últimos três anos, as chamadas entregas de última milha demandaram uma revolução em toda a cadeia logística, à medida em que reforçaram que a experiência de compra começa, na realidade, muito antes do produto chegar nas mãos do consumidor. Tão amplos quanto às expectativas dos consumidores, contudo, são os desafios de mobilidade na última milha.

As intempéries durante o percurso de entrega de mercadorias (acidentes e bloqueios em rodovias, por exemplo), a falta de transparência sobre o status da encomenda; a discrepância e a incompatibilidade de endereços, a imprevisibilidade do comportamento dos motoristas são alguns exemplos de ocorrências que podem gerar grandes dores de cabeça (e custos) tanto para quem compra, quanto para quem vende, segundo análise de Lucas Alves, Sales Manager Brasil da Maplink.

As soluções para as lacunas foram apresentadas pela empresa na 4ª edição do “Logística do Futuro”, evento promovido pela MundoLogística, em São Paulo, durante os dias 29 e 30 de agosto. No painel “Mobilidade urbana: descomplicando o planejamento e a roteirização da entrega de última milha”, a empresa subiu ao palco junto ao Google para apresentar a “Last Mile Fleet Solution”, um combo de soluções modulares (APIs).

Segundo a companhia, as APIs atuam em cinco frentes:

  1. Captura de endereços, a partir de uma enorme base de dados que completa e válida automaticamente os endereços de entrega para evitar erros;
  2. Otimização das rotas, por meio de um planejamento também automatizado que define o melhor percurso para um roteiro com várias entregas;
  3. Rastreamento e navegação dos motoristas, proporcionando visibilidade de seu próprio percurso e o controle de sua localização pelas empresas;
  4. Rastreamento de entregas para os consumidores, por meio do tracking;
  5. Desempenho da frota, permitindo uma visão holística das operações.

De acordo com Alves, a grande vantagem das APIs é que se tratam de uma solução aberta, o que as tornam comercialmente mais interessantes. “Elas são como blocos de montar, cada uma com uma funcionalidade independente, o que possibilita que sejam combinadas de acordo com as necessidades de cada empresa”, explicou o executivo.

“Além disso, a facilidade de integração a qualquer sistema é outro destaque, permitindo que elas sejam incorporadas às plataformas já utilizadas pelas empresas, algo que facilita, também, a vida de motoristas, que não precisam operar diversos aplicativos para realizarem as entregas”, reforçou.

A TECNOLOGIA NA PRÁTICA: O CASO DO FRETO

Segundo a companhia, um exemplo prático de aplicação dessas soluções pôde ser constatado pelo Freto. A plataforma funciona a partir da tecnologia de matchmaking, conectando embarcadores e transportadores, permitindo que as cargas encontrem os melhores caminhoneiros para realizarem o seu transporte.

Com mais de 3,5 mil “matches” e 150 mil toneladas de mercadorias sendo transportadas diariamente, o volume das operações proporcionadas pela plataforma da logtech demandou o investimento em tecnologias que pudessem otimizar o transporte dessas cargas. Para tanto, o Freto utilizou as soluções da Google Maps Platform, disponibilizadas pela Maplink, conforme explicou a companhia.

“Como somos uma plataforma de oferta e demanda de fretes, temos uma necessidade latente de imputar os endereços, com o ponto de origem (de coleta) e o de destino (de entrega) das cargas. Para isso, as soluções de geolocalização e de verificação dos endereços foram imensas facilitadoras para o nosso negócio.”, explicou Ricardo Morale, CTO do Freto.

“Entendemos que não precisamos criar todas as tecnologias, nós podemos contar com parceiros que disponibilizam soluções que agregam e complementam os nossos próprios serviços, e foi por isso que implementamos as APIs do Google, com o intermédio da Maplink, que forneceu todo o suporte necessário para que pudéssemos aplicar as boas práticas e as melhores configurações das APIs às nossas operações”, pontuou.

Em um ano, Ls Translog registrou 9 milhões de entregas no App Umov.Me

Solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas; só em junho de 2022, a transportadora chegou a 808 mil entregas.

A LS Translog realizou 9 milhões de entregas nos entre junho de 2021 e junho de 2022. O resultado foi alcançado por meio do uso do aplicativo de logística da uMov.me, solução desenvolvida por especialistas em tecnologia e negócio.

Só em junho deste ano, a LS Translog realizou 808 mil entregas, totalizando uma média de 202 mil entregas por semana e 40 mil por dia. A solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas da LS Translog.

Atualmente, a transportadora tem operações nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com grandes marcas como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo, Centauro, Lojas Renner, Cobasi, Marisa, C&A, Mandaê, Polishop, Infracommerce, Centauro, Nike, entre outras. A uMov.me já desenvolveu mais de 30 mil aplicativos customizados para mais de 10 mil empresas.

Para o CEO da companhia, Alexandre Trevisan, a solução contribui tanto com a operação das empresas quanto com a experiência dos clientes finais. “Com o nosso aplicativo, os negócios ganham mais agilidade, segurança, economia e informações em tempo real. Dessa forma, os consumidores têm mais qualidade no last mile, tornando a experiência como um todo memorável”, completou o executivo.

Leandro Rebustini, gerente de Contas da LS Translog, destacou que as principais funcionalidades do uMov.me são a assinatura eletrônica, a URL pública de rastreio, a geolocalização de equipes em campo e a captura de fotos e vídeos. “Isso permite que o entregador registre o exato momento da entrega. Como resultado, o nosso processo logístico como um todo ganha em segurança e eficiência”, explicou.

O sistema da uMov.me envia uma mensagem ao cliente final com um link para que possa acompanhar o entregador até a sua porta. “Apenas esse procedimento já tem um impacto enorme, pois diminui a quantidade de reentregas por cliente ausente. A tecnologia atua a favor do negócio e das pessoas, garantindo satisfação até a última milha”, acrescentou Trevisan.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/em-um-ano-ls-translog-registrou-9-milhoes-de-entregas-no-app-umovme

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