De acordo com o Sebrae, mulheres lideram 10,1 milhões de empreendimentos no Brasil

Um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que o empreendedorismo feminino no Brasil apresentou sinais de recuperação no último trimestre do ano passado, depois de sofrer retração a partir dos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O estudo foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc). Neste caso, mostrou que após recuar para um total de 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres à frente de um negócio no país fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões, mesmo resultado registrado no último trimestre de 2019, antes da pandemia.

Apesar dessa evolução, a participação das mulheres empreendedoras no universo de donos de negócio no Brasil (34%) ainda está abaixo da melhor marca histórica, registrada no 4º trimestre de 2019, quando elas representavam 34,8% do total.

Maioria das mulheres está no setor de serviços

O estudo do Sebrae indica ainda que a participação feminina entre os donos de negócios empregadores também continua abaixo do período pré-crise. No final de 2019, havia 1,3 milhão de donas de empresas que contratavam empregados, o que representava 13,6% do total das donas de negócio. Já no final do ano passado, esse número havia recuado para 1,1 milhão (11,4% do universo).

Os dados mostram que 50% das proprietárias de negócios de estão no setor de serviços, enquanto 21% estão no setor de construção. Em relação aos homens, 35% dos donos de negócios se concentram no setor de serviços, enquanto 21% estão no setor de construção.

Ainda segundo a pesquisa, aumentou a proporção de mulheres que são chefes de domicílio. Em 2019, elas eram 47% e no último trimestre de 2021 as empreendedoras chefes de domicílio representaram 49% do total.

Por outro lado, diminuiu a participação das mulheres negras à frente dos negócios. No último trimestre de 2019, antes da pandemia, elas eram 50,3% das donas de negócio. Porém, no último trimestre do ano passado, elas passaram a responder por 48,5%. Já as mulheres brancas passaram de 48,4% das donas de negócio para 49,9%.

Maior escolaridade

O Sebrae mostra ainda que a escolaridade das mulheres que estão empreendendo aumentou. Aliás, a diferença do número de mulheres com ao menos o nível médio aumentou em relação aos homens entre o último trimestre de 2019 e o mesmo período de 2021.

No quarto trimestre do ano passado, 68% das empreendedoras tinham pelo menos o ensino médio. Entre os homens, essa proporção era de 54%. A variação no período foi de 11 pontos percentuais entre as mulheres e 4 pontos entre os homens.

A pesquisa mostrou crescimento da participação feminina nos setores de informação/comunicação e educação/saúde. Entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período do ano passado, a presença das empreendedoras cresceu 3 pontos percentuais e 4 pontos, respectivamente.

 

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/sebrae-mulheres-lideram-empreendimentos-no-brasil/

Seis dicas de leitura de mulheres líderes e empreendedoras

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher (08/03), trazemos algumas dicas de leitura para mulheres líderes e empreendedoras (e homens também) sobre startups, negócios sociais, soluções práticas e conceitos que servem como inspiração na construção do pensamento disruptivo e empreendedor.

As indicações são de seis executivas que estão à frente de negócios que impactaram decisivamente nosso mercado e a vida de consumidores no Brasil. Confira!

Boa ideia sem execução não leva ninguém a lugar nenhum

Renata Zanuto, co-head do Cubo Itaú, hub de empreendedorismo

“Um dos livros que sempre indico é o ‘Startup: Manual do Empreendedor’, do Steve Blank e Bob Dorf. Considerado o papa do empreendedorismo, Steve Blank traz, junto a Bob Dorf, o conceito de que uma boa ideia sem execução não leva ninguém a lugar nenhum. Segundo os escritores, ideias surgem todos os dias, mas não são elas que levam ao sucesso ou ao fracasso. A primeira coisa a ser levada em consideração é se ela endereça uma necessidade real de um cliente, seja ele uma pessoa ou uma empresa, e se esse mesmo cliente está disposto a pagar pela solução proposta. Este é um guia bem completo para quem pensa em ingressar nesse universo de startups. Aliás, o Steve Blank tem uma série de ferramentas para serem utilizadas desde o começo de sua startup e durante toda a jornada”.

Filosofia e negócios sociais

Simone Ponce, VP de Negócios e co-fundadora da Eats for You, startup que conecta donas e donos de casa que amam cozinhar com pessoas que querem garantir uma alimentação caseira de forma rápida e fácil.

“Estou relendo o livro ‘Criando um Negócio Social’, do Muhammad Yunus, que, além de ter recebido o prêmio Nobel da Paz, é reconhecido por sua contribuição ao mundo com a filosofia de negócios sociais. O livro traz como proposta a construção de um capitalismo que serve aos problemas mais proeminentes do mundo e se conecta com a minha história, pois trago no meu DNA a função de ‘arquiteta de soluções de negócio para impacto coletivo’. Optei por reler o livro por entender que as necessidades sociais são urgentes e precisamos cada vez mais ter discussões estruturais e edificantes”.

Testar sempre para gerar aprendizado

Sandra Mortari, COO e Co-fundadora da Let’s Delivery, ferramenta SaaS para a gestão de plataformas de delivery no mercado (iFood, Rappi, 99Food, Delivery Direto e Goomer, entre outras).

“Indico, ‘A Startup Enxuta’, de Eric Ries. Nos inspiramos nesta obra para criar a Let’s Delivery, uma startup possível, enxuta em todos os processos, disposta a testar sempre e de forma ágil para gerar aprendizado com foco na resolução das necessidades do cliente. Tenho na minha cabeceira e sempre que me deparo com problemas pontuais, busco nele alguns insights”.

Propósito alinhado ao sucesso

Ivna Góis, Head de Marketing na Hublocal, startup que faz com que as empresas tenham maior presença digital com potenciais clientes.

“Vou recomendar o livro, ‘Comece pelo porquê’, do Simon Sinek. Esse livro tem um significado importante e me surpreendeu. Com uma abordagem que trata principalmente sobre liderança, influência e atitude, o ‘Comece pelo porquê’ trouxe ensinamentos importantes a respeito de crenças, propósito e sucesso”.

Inspiração de trajetória e liderança

Viviane Kuaye, Head de People na Marvin, plataforma que simplifica a relação de pagamento entre fornecedores e varejistas, viabilizando a indústria a vender mais sem ter que assumir o risco de crédito do cliente.

“Há um tempo li o livro ‘A Regra é Não ter Regras’ e agora terminei de ler o ‘Powerful’. Os conceitos práticos são parecidos, mas gostei muito da forma como a Patty McCord, em ‘Powerful’, narra sua passagem como executiva. Uma inspiração de trajetória e liderança. Leitura fácil, leve e bem prazerosa. Ela traz ótimas provocações, com exemplos reais, dicas práticas, com muita atitude e coragem, que nos leva a refletir sobre diversos comportamentos, principalmente sobre liberdade e responsabilidade. Quando as pessoas sentem que têm mais poder, mais controle sobre as suas carreiras, se sentem mais encorajados e confiantes. Mais confiança para se posicionar, se recompor de erros, assumir mais compromissos e responsabilidades. É uma relação de abertura e honestidade, mais leve e genuína, longe do comando e controle e da relação de poder/ medo.”

Transformar desvantagens em vantagens

Renata Nilsson, CEO e fundadora da PX Ativos Judiciais, empresa que trabalha com aquisição de créditos judiciais.

“Minha dica é, ‘Davi e Golias’ de Malcolm Gladwell, foi um livro que me estimulou a enxergar situações de ângulos diferentes e transformar desvantagens em vantagens. Muitas vezes o que enxergamos como desvantagem é também aquilo que nos destaca no mundo, por isso, acho essencial para qualquer um que queira empreender ler esse livro. Nele eu vi que empreender envolve muito mais do que assumir a liderança de um negócio, é ser seu próprio chefe e líder, é ser inspiração para os demais, é ser exemplo e responsável por várias famílias, é acreditar quando ninguém mais o faz.”

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/03/07/leitura-mulheres-lideres-empreendedoras/?utm_campaign=news-cm-080322&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Foco no cliente (de verdade): por que não conseguimos mudar?

Para especialista, alguns sinais indicam que o foco no cliente não faz, de fato, parte da cultura e do propósito da organização; entenda a análise.

Ao longo dos últimos meses, venho compartilhando algumas reflexões sobre como medir o Net Promoter Score (NPS) e a importância das ações que são tomadas para transformar clientes em promotores. Hoje quero focar no que vejo como o maior desafio para que as organizações passem a ter foco, de verdade, nos clientes, e vejam seu NPS alcançar patamares diferenciados.

Fico feliz, quando converso com líderes que me contam, com orgulho, o quanto estudaram o Net Promoter System, que estão fazendo medições amplas e robustas de NPS, executando ciclos de feedback rápido com escuta ativa dos clientes, priorizando as principais oportunidades de melhoria, e vendo o NPS aumentar.

Mas aí vem a parte em que me pedem ajuda: “Sílvio, sabemos onde estão as dores e onde temos que melhorar, mas parece que não conseguimos mais evoluir.”

Com alguma frequência, o que observo nesses casos é que os processos e métodos foram implementados e, de forma muito disciplinada e com foco nos resultados, foram atrelados aos incentivos das pessoas. As pessoas estão fazendo porque alguém mandou, seguindo as ordens para ser recompensadas, ou para não ser punidas. Aliás, há empresas que realmente não atrelam o NPS nem outros indicadores de engajamento dos clientes aos incentivos. São empresas que argumentam que tratar bem os clientes é um valor, assim como ser ético.

Em geral, os sinais acima indicam que o foco no cliente não faz, de fato, parte da cultura e do propósito da organização.

Fred Reichheld, criador do NPS, sempre gosta de nos lembrar da “regra de ouro” – tratar as pessoas como gostaríamos que uma pessoa querida fosse tratada – e de como isso tem de estar no “piloto automático” das pessoas. Esse piloto automático, na minha visão, é a cultura. Não é preciso mandar fazer, as pessoas fazem por conta própria, e não porque tem alguém monitorando. Na sua organização, como é o “piloto automático” das pessoas?

Esse foco “de verdade” no cliente tipicamente cria uma atmosfera de trabalho que impulsiona a capacidade das equipes de desenvolver vínculos emocionais com os clientes, seja no atendimento direto, seja na criação de soluções. Os clientes, por sua vez, levam esses vínculos a um grau de engajamento, de fidelidade à marca, à empresa, muito diferenciados. É o que faz as pessoas ser “promotoras”, ter esse sentimento positivo, consumir mais serviços e produtos e trazer seus amigos e amigas para consumi-los também. Isso gera crescimento e mais retorno para as empresas. E retorno “bom”, porque as pessoas escolhem uma empresa por fatores que não são apenas “funcionais” ou “transacionais”.

Mas como ter pessoas com esse tipo de comportamento na organização? Mudar a cultura é algo muito difícil. Da mesma forma que mudar nossos hábitos profundamente arraigados. As organizações que têm sucesso nessa transformação dão especial atenção aos seguintes pontos:

1. Case for change

Ter clareza de por que precisamos mudar, de como nossos “pilotos automáticos” atuais nos prejudicam. Realmente entregamos uma boa experiência ao cliente? Quando tomamos uma decisão, nos perguntamos como ela vai impactar o cliente? Quando a organização tem um histórico de sucesso, isso tende a ser mais desafiador – por que mudar?

2. Visão de futuro e comportamentos esperados.

Aonde queremos chegar, quem queremos ser? Quais comportamentos precisamos ter para chegar lá?

3. Liderança inspiracional

Líderes precisam ser “exemplos” e walk the talk; se as lideranças não demonstrarem de forma consciente e inconsciente que acreditam de verdade nos pontos acima, dificilmente as equipes vão acreditar.

4. Gestão de pessoas

Temos pessoas com perfis e qualificações para fazer o que esperamos delas? Que se comportem do jeito esperado para construir nossa visão de futuro? Que perfis estamos colocando para dentro da empresa? Quais comportamentos estamos incentivando?

5. Modelo organizacional

Como estamos organizados? Como tomamos decisões? Isso cria barreiras ou facilita que nossas equipes façam o que é melhor para o cliente?

6. Comunicação (de mão dupla)

Mais do que comunicar o que valorizamos e o que esperamos das pessoas, é fundamental escutar delas por que não estão conseguindo fazer o que é melhor para o cliente. Quais as dificuldades, como podemos removê-las para que seja fácil para as pessoas praticarem a “regra de ouro”?

Quanto maior a organização, mais “pilotos automáticos” precisam ser reprogramados. É preciso tempo, energia e dedicação – e método, como mencionei. Sem método, mudar “de verdade” é bem mais desafiador. Isso vale para qualquer tipo de transformação.

 

 

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/15/foco-cliente-gestao-cultura/?utm_campaign=news-cm-160222&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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