Governo Federal descarta assinar MP para taxar compras do exterior adquiridas através da Shein, Shopee e AliExpress

O Governo Federal afirma que não assinará a Medida Provisória para taxar compras feitas por consumidores da Shein, Shopee e AliExpress, aplicativos chineses que disponibilizam produtos mais baratos.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou em suas redes sociais no último sábado (21), que o Governo Federal não assinará nenhuma Medida Provisória (MP) para taxar compras do exterior feitas em aplicativos internacionais como Shein, Shopee e AliExpress. A afirmação foi feita dois dias após o ministro da Economia, Paulo Guedes, adotar uma posição contrária do presidente.

Todos os detalhes sobre a decisão do Governo Federal sobre não taxar compras internacionais

De acordo com Bolsonaro, em uma publicação no Twitter e Instagram, não será assinado nenhuma MP para taxar compras em aplicativos como Shein, Shopee e AliExpress, como grande parte da mídia está divulgando e para que irregularidades nestes serviços sejam corrigidas, a saída deve ser a fiscalização e não o aumento de impostos.

Na última quinta-feira (19), Guedes criticou as plataformas em um evento de uma consultoria. De acordo com o ministro, os aplicativos praticam fraude por não pagarem impostos. A regra atual permite a entrada de produtos de até US$ 50, sem nenhuma taxa, desde que a venda seja dada entre pessoas físicas. De acordo com o titular da pasta em um evento da Arko Advice com o Traders Club, o objetivo da MP é que “a regra do jogo” seja pelo menos igual para todo mundo.

Não deve ser permitido lojas que estão, claramente, aplicando fraudes, que entram sem imposto, sem nada e também afirmou que é uma fraude porque o valor do bem é falsificado.

Entenda como funciona o sistema de taxar compras da Shein, Shopee e AliExpress

De acordo com o presidente da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Hamilton Sobreira, remetentes pessoas físicas podem enviar encomendas de até US$ 50 sem a cobrança de taxas para o consumidor final residente no Brasil, como dito anteriormente.

Acima deste valor, é cobrado 60% de tributos de importação. A partir de US$ 500, é acrescentado o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e uma tarifa de despacho aduaneiro. O presidente destaca que manipular dados ao registrar mercadorias mais caras com preço abaixo do limite estabelecido é caracterizado como evasão fiscal tipificada como crime de sonegação.

É importante frisar também, que sites asiáticos como Shein, Shopee e AliExpress são uma alternativa para consumidores que buscam comprar artigos infantis, aparelhos eletrônicos e roupas infantis mais baratas. Para se ter uma noção, um brinquedo com 1 mil peças de blocos de montar, que em uma loja brasileira custa mais de R$ 330 reais, cai para R$ 39 a R$ 126,84 nestas plataformas online.

De onde surgiu a Medida Provisória para taxar compras internacionais?

O comércio por meio da Shein, Shopee e AliExpress tem se tornado cada vez mais popular no Brasil nos últimos anos, numa espécie de “camelódromo digital”. Sendo uma boa alternativa ao aumento de impostos, o governo federal defende a fiscalização das vendas com objetivo de evitar possíveis irregularidades.

O dono da rede de lojas Havan e aliado de longa data do atual presidente, o empresário Luciano Hang, ao lado do presidente da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, costuraram a articulação para o texto da Medida Provisória. Os empresários também se uniram a outros empresários do ramo.

Sendo assim, sob pressão da indústria e do varejo, o intuito seria tornar as regras para importação mais rígidas. Na receita Federal, há uma avaliação de que empresas internacionais estariam vendendo a brasileiros de forma ilegal. Outra fraude possível seria declarar o bem por um valor inferior, abaixo do limite estabelecido.

Fonte : https://neofeed.com.br/blog/home/na-cola-do-mercado-livre-olx-desapega-e-investe-em-cartao-e-logistica/

Download

Benefícios sociais devem impulsionar varejo no segundo trimestre, diz CNC

Mesmo com inflação e juros altos, as vendas no varejo devem aumentar 1,5% no segundo trimestre na base mensal, estima a CNC.

Os vários benefícios sociais que serão ou já estão sendo liberados pelo governo devem ajudar as vendas no varejo no segundo trimestre, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio.

A entidade cita a antecipação do 13º salário a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, a disponibilização de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, FGTS, e o pagamento do Auxílio Brasil pelo governo.

A CNC espera que as vendas no varejo aumentem 1,5% entre abril e junho em comparação aos três primeiros meses de 2022. A previsão anterior, feita em abril, indicava alta de 1,1% para o mesmo período.

Os benefícios sociais podem impulsionar a inflação, mas, “no curto prazo, ajudam a recompor a renda das famílias, dando fôlego às vendas no varejo”, apontou a CNC, citando possível injeção de R$ 39 bilhões no setor ao longo deste ano por meio do Auxílio Brasil e dos saques do FGTS.

O cenário de escalada da inflação e dos juros freia o avanço do comércio, conforme a pesquisa. No entanto, a instituição vê os preços no atacado desacelerando nos últimos meses.

O volume das vendas no varejo em março cresceu 1,0%, marcando o terceiro mês seguido de alta, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada na última terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. O dado superou a estimativa da CNC, de aumento de 0,3% ante a fevereiro.

 

Fonte : https://tc.com.br/noticias/mercados/beneficios-sociais-devem-impulsionar-varejo-no-segundo-trimestre-diz-cnc

Download

Pacote de R$ 165 bilhões do governo pode ter impacto positivo para bancos e varejistas, dizem analistas

Bancos com maior exposição a crédito consignado e varejistas de itens básicos tendem a ser beneficiados,

O pacote do governo que pretende injetar até R$ 165 bilhões na economia brasileira antes das eleições promete ser positivo para bancos e varejistas, na avaliação de alguns analistas. Entre as medidas anunciadas no último dia 17, estão a antecipação de pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas da Previdência e a possibilidade de sacar até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), até 15 de dezembro deste ano.

Para o UBS, os estímulos devem ajudar a diminuir o volume de empréstimos bancários não pagos (NPL, na sigla em inglês), melhorando a qualidade dos ativos das instituições financeiras. “Vemos essas medidas como positivas para a dinâmica da qualidade dos ativos dos bancos brasileiros no curto prazo, pois ajuda a postergar um esperado aumento na inadimplência”, escreveram os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Kaio Prato.

O programa do governo também contempla um aumento de margem do empréstimo consignado para beneficiários do INSS, que passa de 35% da renda para 40%. “Essa expansão do limite deve estimular o crescimento do crédito consignado, que representa 19% do total de crédito às famílias, atrás apenas do crédito imobiliário, que representa 30%”, ressalta o UBS. O novo limite também impacta beneficiários de programas sociais, como o Auxílio Brasil.

Diante dessa análise, o UBS reforça a recomendação de compra para ações de quatro bancos: Bradesco (BBDC4), com preço alvo de R$ 28 para a ação BBDC4 (potencial de valorização de 32,2%); Itaú Unibanco (ITUB4), com preço alvo de R$ 30 (potencial de valorização de 14,7%); Banco Inter (BIDI11), com preço alvo de R$ 46 (potencial de valorização de 152,2%); e Nubank (NUBR33), com preço alvo de R$ 13 (potencial de valorização de 68%).

O UBS também vê os estímulos do governo federal como “marginalmente positivos” para o varejo, levando em conta que as medidas podem aumentar a renda disponível dos brasileiros em 2022. Nesse caso, varejistas voltadas a categorias essenciais, como mantimentos, e orientadas à clientela de baixa renda, tendem a ser mais favorecidas. Os analistas Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara e Igor Spricigo citam Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3) .

“A nosso ver, a aprovação do projeto não deve ter impacto relevante na originação sobre a folha de pagamentos, pois é voltado à população de baixa renda, que depende fortemente desses benefícios”, afirma análise do Bradesco BBI. O texto destaca os bancos com maior exposição ao crédito consignado: Banrisul, com 44,9% da carteira nessa modalidade de empréstimo; Banco Pan, com exposição de 44,5%; e Banco do Brasil, com 13,6% da carteira em crédito consignado.

Fonte : https://infocredi360.com.br/noticias/bancos-e-varejo-tambem-esperam-ganhar-com-pacote

Download