MagAli: acordo de Magalu e AliExpress une 60 milhões de clientes e faz ação subir 12%

Em acordo inusitado, varejista brasileira e plataforma chinesa firmam parceria para vendas em seus e-commerces.

Se não dá para ganhar deles, junte-se a eles. Essa foi a máxima adotada pelo Magazine Luiza, que acaba de anunciar uma parceria pouco provável: está unindo forças com o AliExpress.

As duas varejistas fecharam um acordo para vender seus produtos no marketplace uma da outra. No site do Magalu, o AliExpress vai vender seus produtos da linha Choice, itens cauda longa (produtos de consumo constante em categorias como beleza, acessórios de computador e telefonia, etc) e de venda direta do AliExpress que têm maior custo-benefício. Os produtos serão importados por meio da certificação do Magalu para o programa Remessa Conforme.

O Magalu, por sua vez, oferecerá produtos do seu estoque próprio, como linha branca e eletrônicos, no site do AliExpress Brasil.

As duas plataformas têm juntas no Brasil mais de 700 milhões de visitas por mês e 60 milhões de clientes ativos.

Para a plataforma de origem chinesa, a parceria  deve ampliar o valor de venda bruta de mercadorias (GMV). Para a brasileira, a chance é de aumentar a frequência de compra no seu marketplace com mais produtos de compra recorrente e tíquete médio mais baixo do que sua média — embora tenha itens de tecnologia, a linha Choices da AliExpress não concorre, por exemplo, com os produtos da Kabum, especializada no segmento.

“A chance de conversão nos dois canais é muito alta. Aumenta bastante a frequência de compra no nosso site e o aumento de GMV no AliExpress ajuda a monetizar a audiência deles. Somando à audiência do AliExpress, também é uma forma de nos consolidar nossa liderança no 1P, que já somos, de longe, o maior no país”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza.

“A parceria reforça nossa crença no comércio local. Estamos confortáveis em ter os produtos do Magazine Luiza no AliExpress e é muito complementar para o nosso cliente”, completa Briza Rocha Bueno, diretora de desenvolvimento de negócios do AliExpress para o Brasil e a América Latina.

Negociada desde o fim do ano passado, a parceria acelerou e ganhou força para sair do papel depois da votação da alíquota de 20% para produtos importados. Aprovado no Congresso, o texto ainda espera sanção presidencial, mas há pouca visibilidade de veto, após muita disputa sobre o tema.

Representado especialmente pelo Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), o varejo nacional foi o principal opositor da isenção federal para importações até US$ 50, incluindo entre as vozes de destaque a família Trajano, fundadora e controladora do Magazine Luiza.

“Após a nova situação vinda pelo valor da taxação aprovado no Congresso, ficamos confortáveis em acelerar o deal. Nunca critiquei as plataformas asiáticas sempre admirei eles. Acho as plataformas e o cross-boarder inexorável, acontece no mundo todo. O importante era ter isonomia e isso aconteceu”, diz Trajano.

Prevista para valer a partir do terceiro trimestre, a parceria não exclui a cobrança de take rate (percentual sobre o valor da venda) para cada venda, como funciona para os sellers nas plataformas de marketplace. No entanto, embora não abram os valores, as duas companhias negociaram condições especiais para a parceria. 

“A beleza da parceria está nisso, no ganha-ganha. Ela é tão complementar que conseguimos resolver a equação financeira”, diz Trajano. 

Cada um fará as entregas de suas vendas por meio de seus sistemas logísticos, mas as duas companhias consideram estender a parceria para a distribuição logística. Atualmente, a maior parte das entregas do AliExpress no país são feitas por meio dos Correios.

O anúncio animou o mercado. Às 11h, as ações do Magazine Luiza subiam 12%, para R$ 12,13.  No ano, o papel da varejista acumula queda de 43,99%.

Fonte: “MagAli: acordo de Magalu e AliExpress une 60 milhões de clientes e faz ação subir 12% | Exame INSIGHT

 

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Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV

Em meio a entrada recente no segundo mês de 2024, previsões para o varejo no primeiro trimestre começam a aparecer. O Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV) projetou crescimento nominal de 6% para vendas no período.

Na análise segmentada das vendas do varejo no primeiro trimestre deste ano, a expectativa positiva é geral, com poucas retrações aguardadas. Veja o resultado para cada um ao longo de janeiro, fevereiro e março:

Supermercados, hiper, alimentação, bebidas e fumo

Janeiro – +2%
Fevereiro – -0,6%
Março – +6,1%

Material de construção

Janeiro – +5,2%
Fevereiro – +7%
Março – +7%

Artigos de uso pessoal e doméstico

Janeiro – +11,8%
Fevereiro – +13,3%
Março – +12,7%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

Janeiro – +13,2%
Fevereiro – +17,9%
Março – +10,1%

Móveis e eletrodomésticos

Janeiro – +3%
Fevereiro – +2,4%
Março – +3,8%

Tecidos, vestuário e calçados

Janeiro – +1,5%
Fevereiro – +4,6%
Março – +6%

Análise individual do trimestre

De acordo com o levantamento, o índice nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do varejo, o aumento também é visto na análise individual dos meses. Vale lembrar que neste retrospecto temos datas comerciais como Carnaval e Páscoa movimentando o cenário.

A previsão para janeiro, fevereiro e março é de crescimentos de 3,3%, 3% e 4,7%, respectivamente. No entanto, com ajuste do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os dois primeiros meses mostram retração de 1,2% e 1,3%, nesta ordem. Em março, a alta real esperada é de 0,8%.

O IAD-IDV é realizado com base em dados fornecidos por associados quanto às expectativas individuais para faturamento no trimestre em questão.

Fonte: “Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

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