Varejo brasileiro caiu 2,4% em setembro

A 21ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo registrou uma queda de 2,4% em setembro, em comparação ao mês anterior, revertendo o resultado positivo de agosto. O estudo, em parceria com o Instituto Propague, acompanha mensalmente o desempenho do varejo no país.

“O resultado de setembro é o pior do varejo no ano, sendo a segunda queda dos últimos quatro meses. Além disso, o resultado é acompanhado de baixas também no comparativo anual, revertendo uma tendência até então positiva”, detalha Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.

“Assim, embora haja uma diminuição generalizada, a volatilidade dos últimos meses torna a expectativa para o restante do ano ainda incerta”, completa o executivo.

O índice utiliza a metodologia introduzida pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que criou um indicador econômico semelhante nos Estados Unidos. A avaliação se baseia em transações com cartões, vouchers e Pix dentro do grupo StoneCo, com o objetivo de mapear mensalmente o varejo de pequenos, médios e grandes negócios, oferecendo um panorama do setor que pode auxiliar em estratégias empresariais e decisões de investimento.

“A partir deste mês, estamos adotando uma abordagem mais clara na composição dos índices gerais, seguindo o modelo utilizado pelo IBGE/PMC. Assim, passamos a fixar e divulgar os pesos de cada setor nos nossos índices (ampliado e restrito). Ressaltamos, no entanto, que como nossas amostras são diferentes das do IBGE, ajustes são necessários e, portanto, a composição não é exatamente igual ao benchmark”, reitera Calvelli.

Setores principais

Todos os oito segmentos analisados tiveram queda em setembro. Os setores de móveis e eletrodomésticos – além de livros, jornais, revistas e papelaria – tiveram as maiores retrações, com queda de 3,5%. Na sequência, aparecem tecidos, vestuário e calçados (3,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%), material de construção (2,0%), artigos farmacêuticos (1,9%) e combustíveis e lubrificantes (1,8%).

Destaques trimestrais

No terceiro trimestre, o setor de combustíveis e lubrificantes foi o destaque, com alta acumulada de 2,6%.O setor de tecidos, vestuário e calçados também apresentou crescimento, fechando o trimestre com alta de 0,8%.

Por outro lado, o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico caiu 2,0%, seguido por artigos farmacêuticos (-1,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%), móveis e eletrodomésticos (-0,6%) e material de construção (-0,5%).

Detalhes por região

No comparativo anual, quatro estados tiveram resultados positivos: Roraima (5%), Amazonas (3,6%), Maranhão (1,8%) e Goiás (0,6%).

Por outro lado, 22 estados apresentaram queda em relação ao ano anterior: Ceará (10%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rondônia (6,4%), Tocantins e Santa Catarina (5,8%), Paraíba (5,0%), Distrito Federal (4,0%), Espírito Santo (4,2%), São Paulo (3,9%), Piauí (3,6%), Mato Grosso (3,4%), Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco (todos com 3%), Acre (2,8%), Alagoas (2,7%), Minas Gerais (2,5%), Amapá (2,1%), Rio Grande do Norte (2,0%), Sergipe (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,3%).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/varejo-brasileiro-caiu-24-em-setembro”

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Varejo registra retração em junho mas fecha primeiro semestre com alta, mostra Stone

O termo ‘instabilidade’ foi marcante para o varejo durante o primeiro semestre de 2024. Com atuações boas e ruins tanto em segmentos quanto nas regiões, o setor viu crescimento tímido de 0,3% no volume de vendas dos primeiros seis meses do ano. Mesmo assim, em junho, houve baixa de 0,1%. Os dados são do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo.

Construída em conjunto com o Instituto Propague, a pesquisa reforçou o clima de incerteza na movimentação do varejo brasileiro. Segundo Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, entre altos e baixos, o resultado da primeira metade de 2024 só confirma o esperado.

“Com os dados deste mês, o cenário de incerteza pontuado no último relatório parece se resolver, mostrando que o primeiro semestre de 2024 se encerrou com uma tendência de estabilidade e leve alta quando comparado com os primeiros seis meses de 2023”, complementa.

Regiões do país

Por estado, a análise da Stone mostra equilíbrio, em junho, quanto às variações no volume de vendas do período. Segundo Calvelli, no caso do Rio Grande do Sul, que em maio sofreu com enchentes, o recorte do varejo é positivo.

“O estado apresentou, de forma generalizada, forte alta na primeira quinzena de junho em vários setores, com o restante do mês seguindo em linha com a média histórica. Após o impacto ocasionado pelas cheias, a alta pode demonstrar que o varejo do estado do RS está se reestabilizando, mas será necessário aguardar os resultados de julho para confirmar essa tendência”, explica.

Na comparação com o mesmo período em 2023, portanto, dez estados foram destaques positivos:

  • Maranhão (9,1%)
  • Rio Grande do Sul (7%)
  • Amazonas (6,1%)
  • Roraima (5,2%)
  • Pará (2,2%)
  • Sergipe (2%)
  • Acre (0,8%)
  • Mato Grosso (0,5%)
  • Mato Grosso do Sul (0,1%)
  • Pernambuco (0,1%)

Contudo, outros quatorze estados registraram quedas no comparativo anual:

  • Rondônia (13%)
  • Alagoas (9,9%)
  • Piauí (5%)
  • Santa Catarina (3,8%)
  • Ceará (3%)
  • Amapá (1,6%)
  • Paraíba (1,6%)
  • Bahia (1%)
  • Paraná (0,8%)
  • Espírito Santo (0,8%)

Os estados do Rio Grande do Norte e Minas Gerais, além do Distrito Federal, permaneceram estáveis (0%).

Desempenho por segmento

Entre os seis segmentos analisados, também houve equilíbrio nos resultados mensais, comparando anualmente. Ao todo, três registraram altas, sendo o setor de Livros, jornais, revistas e papelaria liderou os índices positivos (1,7%), seguido por Tecidos, vestuários e calçados (0,6%) e Material de construção (0,5%).

Os outros três segmentos que tiveram retrações foram Artigos farmacêuticos (1%), seguido por Móveis e eletrodomésticos (0,6%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/varejo-junho-primeiro-semestre-stone”

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