SHOPLAZZA permite que as empresas vendam além das fronteiras geográficas e escalem

A SHOPLAZZA, uma plataforma de comércio baseada em nuvem, ajuda pequenas e médias empresas (PMEs) a expandir seus negócios para alcançar clientes em praticamente qualquer lugar hoje, pois a maioria delas espera poder vender além das fronteiras geográficas e da escala.

Apesar das inúmeras plataformas de suporte disponíveis no mercado hoje, o processo nem sempre é tão claro e simples. Por um lado, gerenciar pagamentos e transações financeiras pode ser um desafio devido a motivos como regulamentação e custo.

Para ajudar as PMEs a resolver o desafio, o SHOPLAZZA visa tornar o processo muito mais simples. Na verdade, mais de 360.000 comerciantes estão usando a plataforma de criação de sites de código zero da SHOPLAZZA. Em parceria com provedores de tecnologia como Stripe, a SHOPLAZZA usa as soluções de pagamento da empresa de tecnologia para manter quaisquer custos adicionais sob controle e não precisa adicionar encargos de custo aos seus comerciantes.

A Tech Wire Asia fala com Jeff Li, CEO da Shoplazza, sobre os planos da empresa para o ano e como ela espera alcançar mais PMEs na região e permitir que aumentem seu alcance.

Como acontece com qualquer negócio ou plataforma, a SHOPLAZZA espera aumentar seu alcance e criar um ecossistema de comércio eletrônico aberto. Li quer permitir que mais parceiros forneçam aos 360.000 comerciantes da SHOPLAZZA serviços diversificados por meio de sua plataforma e aumentem os lucros de forma sinérgica. Ao mesmo tempo, Li disse que maiores tecnologias de IA são adicionadas para capacitar comerciantes e parceiros a tomar decisões mais fortes no nível dos dados.

“Também estamos mais atentos à estratégia de abertura e efeitos de maior escala , adaptando-nos aos cenários e mudanças do mercado externo. Esperamos cobrir mais comerciantes e países e ajudar a acelerar a velocidade de expansão global de nossos comerciantes”, explicou Li.

Como a SHOPLAZZA está atualmente focada nos mercados da América do Norte e APAC, Li acrescentou que eles estabeleceram a sede em Toronto, Canadá, e implementaram a estrutura interna dos centros de operação dupla Shenzhen-Toronto. As equipes colaboram ativamente para garantir que abordamos os mercados de uma perspectiva global.

“Continuaremos a investir no mercado asiático. Estamos otimistas com o desenvolvimento geral do mercado de comércio eletrônico do Sudeste Asiático e melhoraremos ativamente nosso ecossistema e serviços de produtos nesse sentido”, comentou Li.

No mercado asiático de e-commerce, Li acredita que tem grande potencial e espaço para crescer. Ele destacou que a Ásia possui a indústria manufatureira e o sistema de cadeia de suprimentos mais completo e desenvolvido do mundo e, ao mesmo tempo, possui uma população de mais de 4,5 bilhões, o que sem dúvida liberará um enorme potencial de mercado no campo do comércio eletrônico .

Li também destacou que com a assinatura e implementação do RECP da China e outros acordos comerciais, o mercado asiático será mais integrado no futuro, o que proporcionará grande conveniência e suporte ao desenvolvimento do comércio eletrônico.

“A estratégia geral da SHOPLAZZA é continuar contando com as vantagens do centro de operações norte-americano, focar no desenvolvimento no ambiente global de e-commerce em rápida mudança, ter PLG (Product-led Growth) como orientação de crescimento e pensar em como fazê-lo a partir da perspectiva de produtos para melhor atrair e satisfazer os comerciantes. Estamos comprometidos em ajudar os comerciantes globais a alcançar o sucesso nos negócios com excelente tecnologia”, disse ele.

Globalizando as regulamentações com o SHOPLAZZA

Sendo uma plataforma internacional de e-commerce , um dos desafios do SHOPLAZZA é navegar pelas regulamentações financeiras dos países em que ajuda a expandir as PMEs. Li explicou que, como fornecedora de SaaS de carrinho de compras, a SHOPLAZZA está atuando mais como um ‘engenheiro de site’ para os comerciantes, que oferecem tecnologia de construção de lojas online, sem envolvimento real no fluxo de liquidação. Assim, os comerciantes são responsáveis ​​por atender aos pedidos e garantir que sua atividade comercial e os fundos de capital fluam para atender aos requisitos dos países-alvo.

“No entanto, o SHOPLAZZA tem que garantir sua conformidade com a perspectiva técnica. Para isso, trabalhamos em estreita colaboração com os canais de pagamento e também com os esquemas de cartões (VISA/Mastercard), realizando reuniões periódicas online e offline e reservando atualizações por e-mail”, acrescentou.

Citando um caso recente, por exemplo, Li disse que de acordo com as exigências do Banco Central do Brasil, os sites de comércio eletrônico precisam cumprir os termos e condições antes de enviar a solicitação de pagamento. Esta informação deve ser lida e totalmente compreendida antes do consentimento final para fazer a compra. É aqui que o SHOPLAZZA precisa oferecer suporte à função da caixa de seleção dos termos e condições antes da data obrigatória.

Li também destacou que o Stripe Connect desempenha um papel crucial porque permite que a SHOPLAZZA esboce seus contratos com seus comerciantes em conformidade com a lei de pagamentos local, sem que a SHOPLAZZA tenha que buscar suas próprias licenças de pagamento e se tornar uma empresa regulamentada.

“A carga regulatória é tratada por nós e permite que a Shoplazza concentre seu tempo e recursos na administração de seus negócios. Além disso, essa abordagem não limita os tipos de serviços que podem ser vendidos no Shoplazza, pois nossa rede robusta e ofertas de serviços são capazes de oferecer suporte a vários tipos de negócios”, afirmou um porta-voz da Stripe.

Na segunda parte da entrevista, a Tech Wire Asia fala com Bing Xia, CTO da SHOPLAZZA sobre como ela protege os dados de seus clientes, bem como as medidas de segurança cibernética tomadas para proteger a plataforma.

Fonte : https://techwireasia.com/2022/05/shoplazza-enables-businesses-to-sell-beyond-geographical-borders-and-scale/

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Cross Border: a nova tendência do ecommerce brasileiro vem de fora

A presença chinesa, facilmente reconhecida no comércio de rua em todo Brasil, especialmente nas grandes cidades, começa a ser notada também no mundo online. Basta ver o ranking dos portais de compra que mais venderam no Brasil em dezembro de 2021. As asiáticas Shopee e Aliexpress aparecem juntas com as gigantes brasileiras Americanas.com e Magalu.

 (Top Ecommerce Ranking Reports – Netrica / E-commerce Brasil/Reprodução)

A chegada dos estrangeiros ao nosso comércio eletrônico tem nome: Cross Border. Essa prática consiste na compra online de produtos de outros países, principalmente China e Estados Unidos. No passado, existia desconfiança das pessoas em relação a esta prática. Os produtos demoravam para chegar aos destinatários e havia um receio em relação ao pagamento de impostos alfandegários. Após investimentos em logística e marketing digital, a adesão do consumidor aumentou.

Em busca de novos mercados estas empresas têm investido pesado por aqui, não só em estrutura com escritórios locais, mas também em marketing. Prova disso são os comerciais de TV sempre presentes nos grandes canais do país e os anúncios digitais borbulhando em sites e redes sociais.

Por que eles escolheram o Brasil? Acredito que o tamanho do nosso mercado foi fundamental para que desembarcassem aqui. Somente em 2021, as vendas online atingiram R$ 260 bilhões, segundo a gestora Canuma Capital. Não é uma cifra a ser desprezada, mesmo para quem vende na China. Segundo dados do Webshoppers 44 da Ebit|Nielsen, o volume de vendas de produtos comprados por brasileiros no cross border está estimado em R$9,6 Bi no primeiro semestre de 2021 e com um crescimento de 15% na quantidade de pedidos comparado ao semestre anterior. Segundo a própria da Ebit|Nielsen, em 2020 o volume total de vendas estrangeiras por aqui foi de R$22,7 bilhões.

O momento para quem vem de fora não poderia ser melhor. Eles chegaram num período de pandemia em que os brasileiros se digitalizaram e perderam o medo da compra online. Além disso, a situação econômica do país – com desemprego recorde, juros em alta e inflação que ultrapassou os 10% – fez o brasileiro perder poder aquisitivo. Com isso, na hora de fazer suas compras, ele vem buscando opções com melhor custo-benefício, deixando de lado a preferência por uma marca ou outra.

Os preços baixos especialmente dos players chineses vêm aguçando a curiosidade dos consumidores que aos poucos estão comprando mais. Quem comprou um simples chaveiro de apenas R$ 10 e recebeu sem nenhum contratempo, vai se encorajar a adquirir itens mais caros a cada compra (como o famoso robô aspirador de pó inteligente). Com o tempo, passa a enxergar ainda mais vantagem no serviço lá de fora na comparação com os nacionais. Foi isso que vimos acontecer no ano passado e acredito que será intensificado este ano.

Dispostas a não perder a oportunidade, as marcas estrangeiras estão criando times próprios no Brasil para estabelecer um serviço cada vez mais competitivo. Melhorias já podem ser vistas no tempo de entrega e na qualidade do produto, que são as principais reclamações dos usuários de aplicativos internacionais.

O exemplo dos grandes atrai players menores, que começam a chegar por aqui via marketplaces. A Via Varejo já começou a colocar esse tipo de item estrangeiro em sua cartela de opções. Magalu está estudando esse caminho, Amazon já começa a liberar os sellers internacionais, Mercado Livre e Americanas têm isso já bem desenvolvido e com volumes crescentes.

Este fenômeno estimulou inclusive o surgimento da figura do integrador que faz esse meio de campo entre vendedores chineses e compradores brasileiros. Uma das empresas que presta esse tipo de serviço é a Cross Commerce Store, que inclui produtos estrangeiros em sua plataforma e cuida de todo relacionamento com os marketplaces nacionais. Para os chineses é maravilhoso, pois contam com atendimento em mandarim, ferramentas de tradução e cálculo de preço e não precisam se preocupar com o relacionamento local. Além disso, a Cross Commerce também resolve toda a logística, do armazém na China até a casa do consumidor, facilitando e incentivando sellers menores a venderem seus produtos para os brasileiros e melhorando muito a experiência de compra.

Todos esses fenômenos combinados – economia brasileira em crise, consumidor com menos poder aquisitivo e o movimento do mercado para facilitar a operação estrangeira – criarão as condições perfeitas para o aumento do market share dos cross borders. É só uma questão de tempo para vermos a multiplicação desses produtos, de eletrônicos a vestuário (quem aí já comprou na Shein?), em diversos sites nacionais. É esperar pra ver.

Fonte : https://exame.com/blog/bernardo-carneiro/cross-border-a-nova-tendencia-do-ecommerce-brasileiro-vem-de-fora/