Anunciantes investem mais na internet e reduzem mídia em TV: entenda por que o e-commerce ganha com isso

Estamos diante de mais um marco significativo da internet, após quase três décadas da sua chegada ao cotidiano das pessoas. E, dessa vez, é no mundo dos investimentos publicitários: o quase empate dos gastos na internet em relação à TV aberta. Segundo o Cenp (Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário), a internet alcançou um total de R$ 8,9 bilhões em investimentos, e a TV aberta mantém-se apenas ligeiramente à frente, com R$ 9,2 bilhões. A tendência é de que a internet até ultrapasse a TV como mídia, uma vez que, de 2022 para 2023, o crescimento foi de 18%, enquanto que o da TV diminuiu, e foi de apenas 4,2%.

Isso nos faz pensar mais profundamente nas escolhas antes tão óbvias dos anunciantes e na democratização da propaganda – já que, com verbas bem menores e bem aplicadas na internet, é possível atingir resultados iguais ou melhores do que um patrocínio do BBB, por exemplo.

Chama também a atenção, no relatório do Cenp, a mídia Out Of Home (exterior), sobre a qual já falei em artigos anteriores, que vem em terceiro lugar, com R$ 2,5 bilhões de investimento, ainda à frente da TV por assinatura. Acredito que o crescimento dessa mídia se dá pela crescente possibilidade de se medir resultados, cruzando a comunicação externa com o digital.

Internet como plataforma publicitária

A ascensão da internet como plataforma publicitária primária é impulsionada por diversos fatores, sendo quatro deles particularmente mais relevantes:

– a capacidade da publicidade programática de ser altamente direcionada e movida por dados (1:1);
– a possibilidade de medição de resultados de forma acurada, com a atribuição e visibilidade total da jornada de compras;
– a dependência das pessoas da internet em todas as suas atividades: trabalho, estudo, organização pessoal e financeira;
– preferência crescente dos consumidores por fazer compras de todas as naturezas pela internet.

Publicidade programática

A publicidade programática revolucionou a maneira como as marcas alcançam seu público-alvo. Ao utilizar algoritmos e dados para segmentar audiências específicas em tempo real, as campanhas publicitárias se tornaram mais eficazes e direcionadas. Esse método altamente preciso permite aos anunciantes maximizar seu retorno sobre o investimento, aumentando a relevância e o impacto de suas mensagens.

O crescimento exponencial do comércio eletrônico é um exemplo claro dessa tendência. Atualmente, o comércio físico serve como vitrine, no qual os consumidores exploram produtos e experiências, mas é na internet que muitos concluem suas compras, aproveitando a conveniência, variedade e acessibilidade que ela oferece. Enquanto isso, do outro lado, anunciantes conseguem entender e acompanhar a jornada de compras completa de seus clientes, tomando decisões de investimentos em anúncios cada vez mais assertivos e, assim, gerando um ciclo de retorno sobre investimento cada vez mais positivo.

A futura virada histórica da internet em relação à TV em anúncios não apenas reflete a evolução do comportamento do consumidor, mas também representa uma oportunidade sem precedentes para os profissionais de marketing que ainda não absorveram a transição. Aqueles que abraçarem as mudanças e adaptarem suas estratégias para o ambiente digital colherão os benefícios de um público altamente engajado e de uma eficácia publicitária aprimorada.

Fonte: “Anunciantes investem mais na internet e reduzem mídia em TV: entenda por que o e-commerce ganha com isso – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

O crescimento do e-commerce no Norte e Nordeste: o olhar que todo empreendedor deve ter

Sul e Sudeste são regiões mais lembradas do que Norte e Nordeste quando o assunto são negócios e grandes polos de comércio. No entanto, é um verdadeiro equívoco não direcionar o olhar para tais regiões, principalmente porque suas participações nas compras online estão crescendo mais do que nas demais há anos, como mostraremos neste texto.

O empreendedor – seja seller, marketplace ou mesmo empresas de logística – que negligencia essa parte do país perde valiosas oportunidades de crescer. Esse olhar deve vir junto de estratégias direcionadas a essas regiões.

Para quem é um empreendedor no comércio eletrônico dessa parte do país, a notícia é ainda melhor, já que conhece melhor os locais, as opções de parceria, a cultura e outras particularidades que impactam os negócios.

Neste artigo, vamos mostrar os índices, o porquê de ambas as regiões estarem crescendo e como utilizar essas informações para aumentar as vendas.

Histórico de crescimento

Faz alguns anos que as regiões Norte e Nordeste se destacam pelo crescimento no e-commerce do país. Foi em 2020 que o Webshoppers, da E-bit/Nielsen, mostrou que as duas regiões apresentaram crescimento significativo para serem consideradas mais relevantes dentro das estratégias dos setores de comércio eletrônico, ficando, respectivamente, em primeiro e em segundo lugares.

De acordo com o relatório mais relevante para o setor, a participação do Nordeste no faturamento nacional foi de 18%, com crescimento de 107% nas vendas. Já no Norte, as compras representaram 7%, com um salto de 93%. Os dados, divulgados em 2020, refletem o cenário de 2019.

Em 2021, em um dos picos da pandemia e onde o e-commerce cresceu consideravelmente, segundo a Synapcom, o Norte bateu recorde, com 672% de aumento nas vendas no primeiro trimestre daquele ano. O Nordeste veio em seguida, no segundo lugar, com 671% de crescimento. Podemos dizer que foi um empate técnico entre essas duas partes do país.

Ambas as regiões continuaram relevantes. O índice MCC-ENET, da Neotrust | Movimento Compre & Confie em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), mostrou crescimento do Norte de 27,02% e do Nordeste de 22,79%. São as partes do país com crescimento mais relevante no período analisado – primeiro trimestre de 2022.

Por que Norte e Nordeste estão crescendo tanto no e-commerce?

Há uma série de fatores que explicam o porquê de o Norte e o Nordeste estarem puxando o crescimento do e-commerce no país, que incluem:

O impacto do frete grátis

O segundo fator com maior peso na decisão do consumidor, o valor do frete, parecia privilégio de quem mora nas regiões Sul e Sudeste, no entanto, isso está começando a mudar.

Com a oferta de entrega sem onerar o pedido, moradores do Norte e Nordeste começaram a comprar mais pelas lojas online.

A justificativa para a falta do benefício era a distância dos estados nordestinos e nortistas dos grandes centros de distribuição dos e-commerces, além de menor oferta de transportadoras, algo que também está diferente nos últimos anos, como veremos no tópico a seguir.

Segundo a Consumer Insights for the 2021 Holiday Shopping Season Survey, 38% dos consumidores consideram o frete decisivo para fechar uma compra ou abandonar o carrinho. Dessa forma, vantagens competitivas de entrega não podem ser desconsideradas nessas regiões, já que contribuíram para maior movimentação de compras online.

Expansão dos centros de distribuição

Uma das vantagens que faz os olhos do consumidor brilhar, o frete grátis, só foi possível porque grandes centros de distribuição instalaram-se no Norte e Nordeste.

A Amazon, por exemplo, tem três armazéns em cidades nordestinas, dois inaugurados de 2021 em diante. É provável que a decisão tenha acontecido depois que os dados de relevância da região apareceram e, como um grande player, o marketplace necessita manter sua posição e alcançar outras gigantes do país, como o Mercado Livre.

“O Nordeste é uma região de extrema importância para a Amazon, tanto que estamos inaugurando a nossa segunda operação em Pernambuco. Com isso, nosso intuito é aumentar a capacidade logística da empresa no país, aumentando a variedade e aproximando os produtos comercializados, melhorando a experiência dos clientes e reduzindo o tempo de entrega em nível nacional, além de gerar emprego e renda para as comunidades em que atuamos”, disse Ricardo Pagani, diretor de operações da Amazon.

Voltando a falar do Meli, não devemos deixar de citar a expansão de seu serviço fulfillment e a possibilidade de seu Mercado Envios Flex (que entrega pedidos em até 24 horas e está presente apenas em poucas regiões metropolitanas) chegar a ambas as regiões nos próximos anos.

A Americanas também inaugurou dois CDs – um na Bahia e outro no Pará – em 2022, e o Magalu investe igualmente em expandir seu território.

Mais transportadoras em território nacional

Segundo a Fretebras, houve um aumento de 9,6% de transportes de carga circulando no Nordeste de 2020 para 2021. Além de contar com os serviços de entrega dos grandes marketplaces, o seller passou a ter mais opções, o que ajudou a melhorar as condições para os compradores dos estados nordestinos.

A maior presença de CDs e transportadoras no Norte e Nordeste contribui para mais um fator de decisão do cliente: o tempo de entrega.

De acordo com a já citada pesquisa da Consumer Insights for the 2021 Holiday Shopping Season Survey, a velocidade com que as encomendas chegarão às mãos do cliente fica em primeiro lugar na decisão de compra – 52% dos consumidores analisam esse ponto para decidir se vão comprar online e de quem.

Marketplaces como principal canal de venda para consumidores

A popularização dos marketplaces e das vendas online também teve grande impacto no crescimento do e-commerce do Norte e Nordeste. Esses dois fatores levaram à maior diversidade de vendedores e compradores.

Se antes era difícil ter um comércio virtual, os marketplaces tornaram muito mais simples colocar as mercadorias à venda na internet.

Dessa forma, sellers de demais partes do país puderam aproveitar os benefícios do e-commerce. Isso significa mais facilidade na logística, menor impacto no valor do frete e até mais possibilidades de oferecer vantagens no valor da entrega nessas regiões do país.

Maior acesso à internet

As regiões Norte e Nordeste igualmente vêm crescendo em relação à conectividade de internet, seja por acesso a dispositivos móveis ou por domicílio.

Segundo o Pnad TIC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação), divulgado pelo IBGE em 2021, o número de casas conectadas no Nordeste aumentou 9,5% em um ano. Já em 2019, a região fechou com aproximadamente 74,3% dos lares com acesso à internet.

Em contrapartida, no Norte, 25% da população ainda têm dificuldade em acessar a internet, mesmo com a mais recente tecnologia 5G, o que afeta a qualidade de navegação. Ou seja, ainda há muito o que melhorar para que todos do país tenham acesso a uma conectividade de qualidade.

Pandemia

Assim como nos outros lugares do Brasil, nordestinos e nortistas foram impactados pelo isolamento social e aderiram fortemente ao comércio eletrônico. O Nordeste chegou a 108% de aumento nas compras online durante a pandemia, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), sendo o maior crescimento, seguida pelo Norte, com 78,4%. Igualmente, a demanda dos Correios cresceu 25% na região.

Os hábitos de consumo também mantiveram-se com a estabilização da pandemia, como outras informações deste artigo mostraram.

Como aproveitar crescimento do Norte e Nordeste no e-commerce

Como os dados estão mostrando, o Norte e o Nordeste estão ganhando fatias cada vez maiores do faturamento no comércio eletrônico.

Para atender a essas demandas, os empreendedores devem dar devida atenção às seguintes ações, por exemplo:

Frete grátis para o Norte e o Nordeste

Um dos grandes obstáculos para a compra no Norte e Nordeste era o valor da entrega. E como mostrado ao longo do artigo, a concessão de frete grátis pelas maiores lojas online do Brasil incentivou o consumidor dessas duas regiões a comprar mais.

Ao conceder esse benefício, o seller deve destacar que é válido para todo país ou fazer promoções específicas para o Norte e o Nordeste. Afinal, por muitos anos, a entrega gratuita para Sul e Sudeste foi destacada nos maiores e-commerces brasileiros.

Aliás, ainda se encontra esse tipo de restrição da condição de compra em algumas lojas online. Pode, sim, haver barreiras para que isso não seja possível, mas o seller deve estar ciente de que pode comprometer as vendas e se planejar para dar cupons de frete grátis ou outras ações benéficas para tal público.

Parcerias logísticas nas regiões

Para conseguir proporcionar frete grátis ou entregas mais rápidas, é preciso ter parcerias logísticas estratégicas. Mesmo sem o benefício, escolhas de transportadoras, serviço próprio ou uso dos Correios ajudam a diminuir o valor da entrega, o que influencia diretamente a decisão de comprar ou não do seller.

Hoje, além da logística própria, é possível aderir ao fulfillment, serviços dos marketplaces para colaborar com essa etapa tão importante para a experiência do consumidor.

Marketing que valoriza o povo nordestino e o do Norte

Diversidade é bem-vinda em todos os espaços, e no e-commerce não é diferente. É preciso se lembrar do povo do Norte e Nordeste nas ações de marketing, não só nas datas comemorativas, como Dia do Nordestino, mas durante todo o ano para mostrar que a marca valoriza pessoas dessa parte do país.

Usar imagens e vídeos de pessoas que sejam da região (mas sem estereótipos), falar da cultura e dos lugares são ações que mostram que a loja também é para quem mora nesses lugares.

Além disso, é importante direcionar anúncios para essas regiões de forma segmentada e personalizada para que a loja fique conhecida e, como outras empresas, ganhe espaço nesses lugares.

Não é apenas um, mas vários pontos que vão resultar em sucesso de vendas no Norte e Nordeste. Então, cabe aos vendedores e à toda cadeia do e-commerce observar o crescimento e como fazer para estar presente nesses locais.

O ponto principal deste texto é deixar todos conscientes de que o consumo no Brasil já não está mais focado em poucas regiões, e a tecnologia e a democratização do acesso a internet beneficiam a todos, de consumidores a empreendedores.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-crescimento-do-e-commerce-no-norte-e-nordeste-o-olhar-que-todo-empreendedor-deve-ter

Solução de logística dos Correios para empresários de e-commerce chega a Goiás

Serviço promete redução de custos logísticos em até 50% aos empreendedores que vendem produtos pela internet.

Os moradores de Goiás passam a contar com mais um serviço oferecido pelos Correios no estado. Trata-se de uma solução de logística criada para descomplicar o dia-a-dia das lojas virtuais.

O Correios Log+ oferece desde o espaço físico para armazenar e preparar pedidos até a entrega ao consumidor final, até a redução dos custos em até 50%.

A empresa ainda destaca que o novo serviço fornecido aos goianos também inclui a logística reversa.

Além de reduzir algumas despesas fixas, como aluguel de espaço, a solução promete tornar a experiência de entrega tão boa quanto a de venda, ajudando a fidelizar clientes.

Com a novidade, as mercadorias ficam armazenadas nas unidades dos Correios e, após a venda, seguem direto para o cliente.

Além de Goiás, o serviço está disponível em outras 11 cidades brasileiras. A ideia é otimizar a cadeia de atendimento reduzindo o tempo da entrega.

O empreendedor conta ainda com o benefício de gratuidade de 30 dias na armazenagem e na assistência de pedidos entregues pelos Correios. A tabela de distribuição também é diferenciada para quem contrata o Correios Log+.

Em 2022, a demanda de pedidos pela solução apresentou um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Agora, com a expansão para Goiás, a tendência é que a adesão ao serviço cresça cada vez mais.

Fonte : https://portal6.com.br/2023/02/22/solucao-de-logistica-dos-correios-para-empresarios-de-e-commerce-chega-a-goias/

Em 2021, 82% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet

A proporção de domicílios brasileiros com acesso à internet cresceu entre 2019 e 2021. Segundo a pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios brasileiros (TIC Domicílios) 2021, divulgada na terça-feira (21), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), na média, o percentual de residências aptas a acessar a rede mundial de computadores subiu de 71% para 82% no período de dois anos. Apesar disso, o país ainda contabiliza 35,5 milhões de pessoas sem acesso à internet e o número de domicílios das classes B, C e D/E com computadores caiu no mesmo período.

A variação positiva foi mais significativa entre os domicílios de áreas rurais, segmento que evoluiu de 51%, em 2019, para 71%, em 2021. Entre as residências de áreas urbanas, a proporção foi de 75% para 83% no mesmo período.

“Esta proporção aumentou significativamente entre os domicílios das áreas urbanas em relação à situação pré-pandemia, mas a grande variação ocorreu na área rural, onde foi observado um crescimento de 20 pontos percentuais entre 2019 e 2021”, destacou o coordenador da pesquisa, Fábio Storino.

Segundo Storino, o resultado dos dados coletados presencialmente entre outubro de 2021 e março de 2022 devem ser comparados aos de 2019, e não aos de 2020, quando, devido à pandemia, o Cetic.br teve que adaptar o método de coleta, entrevistando um número menor de participantes ouvidos exclusivamente por telefone – o que aumentou a margem de erro em comparação aos levantamentos de outros anos.

Quanto à qualidade do serviço, a pesquisa TIC Domicílios identificou que tanto na área urbana (64%) quanto na rural (39%), a maioria das residências está conectada à rede por meio de fibra óptica ou cabo. Em seguida vem a rede móvel, à qual 20% dos domicílios de áreas rurais e 17% dos das zonas urbanas estão interligados. Praticamente 99% dos usuários acessam a internet por meio de aparelhos celulares, enquanto 50%, ou 74,5 milhões de habitantes do país, utilizam a televisão, que já ultrapassa os computadores (36%).

Enquanto 100% dos domicílios da classe A possuem acesso à internet, apenas 61% dos das classes D/E dispõem do serviço. A proporção entre as residências da classe B chega a 98%, e os de classe C, a 89%.

“Olhando a evolução [do acesso] por classe [social], há uma estabilidade em patamares elevados entre as classes mais altas [A e B], uma tendência de aumento na classe C e um aumento mais pronunciado entre as classes D/E”, destacou Storino, apontando o crescimento de 11 pontos percentuais entre os mais pobres, entre 2019 e 2021.

“A diferença entre a conectividade nos domicílios de classe A e os de classe D/E, que era de 83 pontos percentuais em 2015, caiu para 39% em 2021. Ou seja, embora as diferenças [sociais] persistam e ainda sejam significativas, ela vem se reduzindo ao longo do tempo”.

Ainda que menores, as diferenças também se fazem sentir em termos regionais. No Sudeste (84%), no Sul (83%) e no Centro-Oeste (83%), as proporções de domicílios com acesso à internet superam a casa dos 80%, enquanto no Norte esse percentual é de 79% e, no Nordeste, 77%. Em comparação a 2019, a conectividade aumentou em todas as cinco regiões. No espaço de dois anos, este indicador variou 13% no Centro-Oeste; 12% no Nordeste; 10% no Sul; 9% no Sudeste e 7% no Norte do país.

Internauta
A pesquisa também aponta que a quantidade de usuários que acessam a rede mundial de computadores aumentou 7% entre 2019 e 2021, passando de 74% para 81% dos entrevistados. Aumento associado à popularização dos smartphones não só no Brasil, mas em todo o mundo.

“Quando perguntamos sobre o uso de computadores, estamos falando de computadores de mesa [desktops] e portáteis [notebooks e tablets]. Os aparelhos celulares, embora sejam quase um computador de bolso, proporcionam um uso mais limitado, que não desenvolve, nos usuários, o mesmo tipo de habilidades digitais que a utilização de múltiplos dispositivos”, finalizou Storino, destacando que, em 2021, a proporção de usuários que acessam a rede mundial de computadores exclusivamente por telefones celulares passou de 58%, em 2019, para 64% da população, em 2021.

O crescimento foi maior entre os moradores das áreas rurais, na qual os percentuais passaram de 53% para 73%. Já entre os habitantes das zonas urbanas, a evolução foi de 77% para 82% dos entrevistados.

Com base nas respostas dos entrevistados, os pesquisadores estimam que cerca de 139 milhões de internautas acessam a rede todos os dias ou quase todos os dias. Na outra ponta da frequência de uso, 9,6 milhões de pessoas pouco acessam a internet, às vezes, uma vez ao mês. “Ainda temos um contingente de 35,5 milhões com dez anos de idade ou mais que não utilizam a internet”, destacou Storino.

“Também é possível notar diferenças significativas quando olhamos [a distribuição da frequência de uso] por classe social. Enquanto grande parte da população das classes A e B faz uso diário da internet, à medida que vamos para as classes C e D/E aumentam tanto a proporção de uso menos frequente da internet, que não está disponível [na mesma medida], quanto o de não usuários”, acrescentou Storino.

A pesquisa também avalia a distribuição dos hábitos de utilização da internet por recortes como sexo, cor, grau de instrução e faixa etária. Para os pesquisadores, um dos destaques desta 17ª edição do levantamento foi o aumento do número de internautas entre a população com mais de 60 anos de idade. “Em 2019, antes da pandemia, um terço desta população era usuária da internet. Esta proporção aumento para 48% em 2021, um contingente relevante”, comentou Storino.

Streaming e comércio eletrônico
Um outro dado importante é que, em 2021, os aparelhos de televisão superaram os computadores no que diz respeito ao acesso à Internet. Ao todo, 74 milhões de indivíduos acessaram a internet usando a televisão, um acréscimo de 25 milhões de usuários no período. Agora, as TVs só perdem para os celulares em quantidade de usuários.

O uso do comércio eletrônico e de serviços públicos digitais aumentou também se comparado a 2019. Entre as atividades realizadas pela Internet, ouvir podcasts foi a que mais cresceu em relação ao período pré-pandemia. O acesso a vídeos, programas, filmes ou séries pela internet, além de músicas também registrou crescimento no período.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/2021-domicilios-brasileiros-acesso-internet/

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