Tendências para 2025 e além: os pontos críticos da implantação da IA nas vendas B2B

Fernanda Nascimento, CEO da Stratlab e especialista em marketing e vendas B2B, dá as dicas para um projeto de tecnologia bem-sucedido

A inteligência artificial é uma realidade que tem se mostrado até mais presente no B2B que no B2C. Segundo pesquisa da RD Station, 63% das empresas B2B usam a IA em marketing, ante 47% no B2C; na área de vendas, a adoção dessa tecnologia é de 41% no B2B e 26% no B2C.

Uma vez que se trata da principal tendência em vendas e marketing no B2B para 2025, a IA generativa requer uma análise que vá além dos números, lançando uma luz mais qualitativa sobre suas soluções tecnológicas para executivos e decisores das empresas do setor.

O primeiro ponto a ser considerado é justamente o da aplicabilidade da IA, ou como ela pode efetivamente melhorar o relacionamento com os clientes e aumentar a sua fidelidade, resultando em altas nas vendas. Nesse sentido, Fernanda Nascimento, fundadora e CEO da Stratlab, estrategista digital centrada no cliente e especialista em marketing e vendas B2B, indica três caminhos principais de atuação da IA no B2B.

“Um deles é a automatização das tarefas administrativas, como pesquisa de clientes e atualização de CRM, liberando tempo valioso para os vendedores se concentrarem na construção de relacionamentos”, diz a especialista. A partir dessa otimização de esforços, a IA também se torna um instrumento poderoso para a efetivação de duas grandes rotas estratégicas imprescindíveis para os negócios B2B no presente e no futuro, conforme aponta Nascimento:

– Personalização de interações: as ferramentas de IA podem analisar grandes quantidades de dados para personalizar comunicações e ofertas, criando uma experiência mais relevante para os clientes;
– Antecipação de necessidades: a IA pode prever comportamentos e identificar oportunidades de vendas cruzadas, melhorando a experiência do cliente e aumentando a fidelidade​.

Contudo, para que os resultados desejados sejam atingidos, existem prerrogativas e cuidados a serem tomados na implementação e integração da IA nas vendas B2B. Um dos pontos-chave nessa estruturação do uso da inteligência artificial é a necessidade de “manter o elemento humano em interações críticas e de alto valor”, frisa Nascimento. Para somar forças entre pessoas e automação de maneira equilibrada e produtiva, é preciso “oferecer treinamento contínuo para garantir que a equipe aproveite ao máximo as novas ferramentas​”, diz. Essa recomendação está diretamente conectada com uma das 10 tendências tecnológicas estratégicas do momento elencadas pelo Gartner: a da democratização da IA generativa, fazendo com que sua utilização esteja ao alcance dos profissionais de maneira geral.

Tanto a capacitação do time quanto a própria implantação das ferramentas de IA têm de estar alinhadas com as necessidades reais da equipe de vendas. “Algumas empresas implementam a inteligência artificial sem uma estratégia clara ou sem levar em conta os processos existentes”, alerta a CEO da Stratlab.

Um dos erros mais comuns na implementação da IA, de acordo com Nascimento, está na falta de equilíbrio entre a automação e o toque humano, o que “pode resultar em interações despersonalizadas e perda de fidelidade”. “Usar a IA para interações complexas pode alienar clientes, especialmente em vendas de alto valor”, afirma.

Outro aspecto vital na caracterização de um projeto de IA generativa é o da escolha das ferramentas mais apropriadas para as necessidades da empresa. Nascimento ressalta que “53% dos executivos de vendas relatam que a quantidade de tecnologias disponíveis é confusa, dificultando a escolha da ferramenta correta”. Diante desse problema, as dicas são “escolher ferramentas que sejam fáceis de usar e apoiar a equipe com treinamento contínuo”.

A especialista destaca que “a ferramenta considerada mais eficaz para a otimização de vendas no B2B é o LinkedIn Sales Navigator”. “Ela combina a vasta base de dados do LinkedIn com modelos avançados de IA, permitindo que os vendedores identifiquem, se conectem e engajem com os tomadores de decisão certos em escala”, diz. “A Sales Navigator ajuda a encontrar insights relevantes e a se preparar melhor para cada conversa, otimizando o processo de vendas e aumentando a eficácia das equipes.”

Bases de dados, por sinal, são um dos segredos de uma estratégia de IA de excelência. “A IA depende de dados precisos e de alta qualidade para funcionar de forma eficaz”, sentencia Fernanda Nascimento.

Não por acaso, a Bigly Sales elege as estratégias centradas em dados como uma das grandes tendências das vendas no B2B para 2025 e além, particularmente a capacidade de aproveitar dados em tempo real, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças nas condições do mercado e nas preferências dos clientes. “Ferramentas de IA podem analisar grandes quantidades de dados para personalizar comunicações e ofertas, criando uma experiência mais relevante para os clientes”, reforça a especialista.

Entre as disponíveis no mercado, Fernanda Nascimento cita duas outras ainda pouco conhecidas e que podem melhorar as ações de marketing e vendas no B2B:

– Gong: analisa chamadas e e-mails de vendas usando IA para fornecer insights sobre o que está funcionando nas interações de vendas e onde melhorar.
– Conversica: utiliza IA para automatizar interações com leads, engajando clientes em potencial e nutrindo relacionamentos até que estejam prontos para uma interação com o vendedor​.

“No cenário atual de vendas no B2B, a IA é imprescindível para conquistar e manter clientes em toda a jornada de compra”, reitera Fernanda Nascimento. “Mas, sem a estruturação adequada, o instrumental tecnológico pode significar desperdício ou subaproveitamento de recursos”, arremata.

Sobre Fernanda Nascimento

Fernanda Nascimento é planejadora de Marketing, fundadora e CEO da Stratlab, empreendedora, estrategista digital centrada no cliente e especialista em marketing e vendas B2B, que estuda e cria estratégias de marketing digital para empresas B2B. Com mais de 30 anos de mercado, atua na Stratlab, criando planejamentos integrados que priorizam a experiência do cliente, geram leads e convertem em vendas de alta qualidade.

Fonte: “https://www.segs.com.br/seguros/408710-tendencias-para-2025-e-alem-os-pontos-criticos-da-implantacao-da-ia-nas-vendas-b2b”

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Ri Happy está transformando loja física em mobile com pagamento feito ao lado do produto

A marca também criou uma rádio com conteúdo musical baseado em IA e pretende monetizar o canal com retail media.

Em meio a brinquedos e jogos, a loja da Ri Happy, no Bourbon Shopping, em São Paulo, foi escolhida para ser o laboratório de tecnologia e inovação da companhia. É nesta unidade que a empresa testa e aperfeiçoa as soluções que irão moldar a experiência de compra, como a integração de tecnologias que permitiram transformar o ponto de venda em uma plataforma móvel desde o primeiro atendimento até a finalização da compra.

Ao utilizarem dispositivos eletrônicos integrados, como tablets ou smartphones, os colaboradores podem realizar tarefas múltiplas, como registrar vendas, processar pagamentos e até mesmo atender pedidos do e-commerce – pelo WhatsApp, Rappi, iFood e marketplace proprietário -, diretamente do local onde o cliente está, sem a necessidade de um ponto de venda fixo.

Além de transformar a experiência de compra, o projeto também foca na integração dos meios de pagamento diretamente nos dispositivos móveis dos colaboradores. Sendo assim, os clientes não precisam mais ser conduzidos até o caixa, aguardar a fila de pagamento para depois retirar a compra. Muitas vezes, os adultos estão acompanhados de crianças pequenas, impacientes pela espera, o que deixa esse processo ainda mais desafiador para o perfil de consumidores de uma loja de brinquedos.

“Agora, os vendedores podem realizar transações em qualquer lugar da loja, ao lado do produto que o cliente deseja comprar, eliminando a necessidade de filas e proporcionando uma experiência de compra muito mais ágil e conveniente”, afirma Paulo Henrique de Toledo Farroco, chief Digital Officer (CDO) da Ri Happy. O executivo está na companhia há 2 anos e é responsável por liderar as principais mudanças tecnológicas na organização.

De acordo com Farroco, os principais meios de pagamento já estão integrados, como Pix e cartões de crédito e débito e, em breve, será implementada uma carteira digital.

Varejo fígital

A Ri Happy vinha fazendo bem a sua lição de casa em relação à tecnologia. A varejista já havia integrado os canais de compra para o omnichannel, o que deu a possibilidade de seus clientes comprarem, pagarem e retirarem o produto da forma mais conveniente. Implementou, inclusive, a prática conhecida como “ship from store”, em que os pedidos da venda online são atendidas e enviadas diretamente das lojas físicas, em vez de sair de um centro de distribuição ou armazém. Essa solução agiliza as entregas e reduz custos, vez que os CDs, geralmente, estão distantes dos bairros residenciais.

Na semana passada, a empresa confirmou a implementação do Google Workspace em processo de transformação digital e cultural. A ferramenta amplia a produtividade da equipe e reúne em uma mesma plataforma todos os serviços realizados em vários aplicativos ou telas.

O projeto piloto para o desenvolvimento das lojas físicas em unidades móveis e interativas foi implementado em 1º de julho. A previsão de Farroco é a de que em menos de 2 meses todo sistema estará integrado e poderá começar a expandir para outras as outras unidades.

Laboratório de testes

A loja do Bourbon Shopping, transformada em uma “lab sotre” para experimentação de novas tecnologias e soluções, funciona como um ambiente separado dos objetivos de lucro da empresa, permitindo testar e errar sem comprometer os resultados financeiros.

Rádio, IA e retail media

Outra aposta inovadora foi o lançamento da Rádio Ri Happy, concebida e gerida integralmente por Inteligência Artificial (IA). A rádio virtual foi criada para oferecer experiência personalizada e totalmente controlada para o público infantil, que é o foco da empresa.

“Sentimos a necessidade de ter uma mídia 100% nossa, com músicas e mensagens adequadas para crianças, sem depender de conteúdos externos”, explicou o CDO da empresa. A programação musical é gerada por IA, isto é, a tecnologia cria novas músicas e letras continuamente, sem custos de royalties, a partir de temas e contextos sugeridos. “Isso proporciona um canal de comunicação que pode ser adaptado às necessidades e preferências do público em tempo real”, complementa Paulo Farroco.

Segundo o executivo, a Ri Happy dispõe de um volume de conteúdos inéditos que lhe permite transmitir sua grade musical durante um dia todo sem nenhuma repetição.

O projeto, também de acordo com Farroco, é parte da estratégia da empresa de integrar o retail media neste canal, gerar novas receitas em parceria com anunciantes. Ele estima que metade de toda a rede já tenha integrado a rádio às suas operações. O processo de implementação envolve adaptações de hardware nas lojas, o que tem sido um desafio, mas a empresa está avançando rapidamente para que todas as unidades contem com essa novidade.

“A rádio é um exemplo de como estamos utilizando a Inteligência Artificial para melhorar a experiência nas lojas e, ao mesmo tempo, criar novas oportunidades de comunicação e monetização,” destaca Farroco.

Apesar de todas as inovações facilitarem a jornada de compra, a Ri Happy caminha para se transformar em um espaço de serviço e entretenimento em que a consequência pode ser ou não a compra de um produto. A rede oferece programação gratuita os finais de semana, que não obrigam os frequentadores a consumir na loja. Para o CDO, o bem-estar das crianças e a oportunidade de lazer e de relacionamento que o grupo oferece dentro de suas lojas têm sido o norteador das ações da empresa em direção ao futuro.

Fonte: “Ri Happy está transformando loja física em mobile com pagamento feito ao lado do produto – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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Veja como a IA possibilita um atendimento mais personalizado

O objetivo da Inteligência Artificial nas plataformas de e-commerce é criar uma experiência intuitiva e sem fricções.

A Inteligência Artificial está transformando o cenário do comércio eletrônico, proporcionando uma revolução na forma como os consumidores compram e como as empresas vendem. Desde a personalização da experiência do usuário até a previsão de tendências de mercado, a solução vem oferecendo ferramentas que transformam a jornada de compra e aumentam a eficiência operacional das plataformas de vendas online.

Segundo um levantamento realizado pelo eCommerceDB, o impacto econômico global da IA pode alcançar 15,7 trilhões de dólares até 2030, impulsionado por benefícios em produtividade e consumo.

De acordo com Renatto Moreira, CMO da Ticto, a capacidade de fornecer recomendações personalizadas é um dos principais diferenciais da IA. “Com algoritmos de aprendizado de máquina, torna-se possível analisar o histórico de navegação e compra dos usuários, bem como padrões de comportamento para sugerir produtos e conteúdos de seu interesse. Este tipo de personalização melhora a experiência do usuário, aumentando as taxas de conversão e o valor médio das compras”, revela.

Assistentes virtuais e chatbots programados por Inteligências Artificiais estão transformando o atendimento ao cliente.

“Essas ferramentas são capazes de responder a perguntas comuns, fornece informações sobre produtos e, até mesmo, guiar os usuários através do processo de compra, possibilitando uma interação mais personalizada e em tempo real”, afirma.

Otimização da jornada de compra
Renatto aponta que a IA permite uma análise detalhada do comportamento do consumidor. “Há sistemas que monitoram cada interação do usuário, desde a navegação até a conclusão da compra, possibilitando o uso desses dados para otimizar os funis de vendas. Se um cliente abandona o carrinho de compras, por exemplo, os algoritmos podem identificar padrões que levaram a essa decisão e sugerir ajustes na interface ou nas ofertas para reduzir o abandono de carrinhos no futuro”, relata.

Algoritmos de aprendizado de máquina possuem a capacidade de criar campanhas publicitárias que se adaptam em tempo real com base no comportamento do usuário.

“Isso inclui a determinação do público-alvo e a otimização de anúncios em plataformas como Google Ads e Facebook, aumentando a eficácia das campanhas enquanto reduz investimentos”, pontua.

Futuro do e-commerce com a IA
O objetivo da Inteligência Artificial nas plataformas de e-commerce é criar uma experiência intuitiva e sem fricções. “As aplicações da IA estão redefinindo as interações entre empresas e seus clientes. Podemos esperar que a jornada de compra se torne cada vez mais eficiente, beneficiando tanto os consumidores quanto os varejistas”, finaliza.

Fonte: “Veja como a IA possibilita um atendimento mais personalizado (terra.com.br)

 

 

 

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Varejo 2024: quais são as principais tendências?

Não se pode dizer que o clima seja de otimismo para 2024. A expectativa é de que haja uma melhora na economia, mas nada espetacular, a ponto de termos um crescimento acentuado do PIB.

Um dos termos mais destacados nos planejamentos que estão sendo finalizados é a cautela. Ou seja, é hora de fazer os ajustes necessários no caixa para não enfrentar maiores dificuldades.

Compreensível, já que os juros devem continuar altos, apesar das reduções esperadas para 2024, o que deve inibir investimentos mais significativos nas operações.

Omnicalidade, jornada de compra e propósito estão entre elas.
Por parte do consumidor, a situação é praticamente a mesma: as pessoas tendem a se manter mais cuidadosas nos gastos, de olho no ambiente econômico e na instabilidade do cenário global.

Para além das questões pontuais da economia, o varejo tem desafios adicionais. Houve uma mudança no comportamento de consumo do público, e ela exige revisão dos processos adotados nas empresas.

O consumidor, mesmo de outras gerações, já é omni, e há uma agenda obrigatória para a atender à geração Z, que assume agora o protagonismo do mercado de consumo, tanto na compra como na influência.

Além da tradicional promoção, hoje é necessário digitalizar o posicionamento e entregar valor em toda a jornada, o que exige foco em determinados aspectos, como:

– over delivery – entregar além do esperado;
– atendimento de excelência;
– postura nos canais sociais;
– engajamento do time;
– e humanização das relações comerciais

Separamos alguns pontos para reflexão sobre essas transformações e o que elas demandam do varejo.

Omnicanalidade não é mais opcional
Desde antes da pandemia, a omnicanalidade já aparecia como pendência para as empresas, em razão do aumento da influência do digital na decisão de compra. Contudo, com as medidas de distanciamento social, a adoção e a integração dos canais tornaram-se questão de sobrevivência.

O isolamento físico teve um papel importante nessa questão, porque acabou por potencializar ao máximo as relações sociais nos meios digitais. E, no pós-pandemia, essa situação se consolidou: o comportamento do consumidor hoje é omnichannel, e nenhuma marca é forte o suficiente para determinar o canal mais conveniente para o cliente.

Em 2024, o trabalho de integração entre os diferentes pontos de interação deve ser reforçado. Não faz mais sentido, por exemplo, manter estoques separados para a loja física e o e-commerce. Até em função da necessidade de otimizar os custos das operações (para viabilizar a geração de caixa), é fundamental investir em estratégias que permitam explorar melhor o potencial dos negócios, independentemente de onde a compra ocorra.

Vale lembrar que, com uma jornada de compra mais complexa e fortemente influenciada pelo digital, a decisão do cliente é cada vez mais determinada pelas suas interações sociais.

Resulta daí a importância de as empresas diversificarem seus investimentos em comunicação e direcionarem seus esforços para abordar o consumidor no canal que ele julgar mais conveniente.

Seguindo essa mesma linha de raciocínio, é prioritário investir em soluções que facilitem o processo de unificação das vendas. Por exemplo, ferramentas que permitam que o vendedor apoie o cliente na compra à distância. E, se ele estiver na loja física, deve ter fácil acesso aos recursos do digital para conhecer melhor os diferenciais do produto ou serviço, ter informações sobre o uso, interagir com outros clientes etc.

Jornada de compra e experiência do cliente
Pensar nesse processo de vendas cada vez mais fluído é essencial quando levamos em conta o conceito da full journey, uma das tendências do varejo.

Mapear e ter iniciativas específicas para cada etapa da jornada não representam apenas mais vendas imediatas. Esse trabalho é fundamental para que as marcas continuem se aproximando cada vez mais do seu público e, a partir daí, tenham condições de oferecer experiências personalizadas.

Ao refletirmos sobre o que deve ser feito para aumentar a base de clientes, o relacionamento continua sendo importante. Contudo, tem mudado a forma como o cliente se conecta com as marcas.

Com um consumidor cada vez mais exigente, essa busca por fidelização não depende mais apenas de boas ofertas ou de programas de fidelidade.

Os propósitos estão em alta!
Os estudos têm mostrado que a nova geração que está chegando ao mercado de consumo está muito atenta aos valores, aos propósitos das operações das quais consomem.

O resultado prático no dia a dia é que o varejo deve implementar e comunicar de forma adequada suas políticas nas áreas sociais e ambientais.

Relatório recém-divulgado pela Kantar confirma a influência dessas questões no comportamento de consumo. O Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, estudo da Kantar que revela as atitudes dos consumidores em relação à sustentabilidade, mostra que as questões relacionadas ao tema se tornaram prioridade para o público.

Alguns dos dados apurados:

– No Brasil, 56% dos consumidores pararam de adquirir produtos e serviços de empresas que não investem em sustentabilidade ou impactam o planeta;

– 77% dos entrevistados brasileiros ainda acreditam que os negócios têm a responsabilidade de tornar a sociedade mais justa;

– e 67% defendem que as marcas devem se responsabilizar e resolver os problemas climáticos e sociais.

Uma das conclusões do relatório é que ainda existe espaço para as marcas trabalharem oportunidades e se adaptarem a essa nova realidade.

Uma das preocupações é com o greenwashing – ato de divulgação falsa sobre sustentabilidade. Segundo o estudo global, mais da metade dos entrevistados acredita que marcas de todas as áreas não estão sendo honestas ao divulgarem suas ações de sustentabilidade.

O agravamento das condições climáticas (vide as ondas de calor que enfrentamos no Brasil) tende a aumentar o nível de exigência do consumidor.

No relatório, constatou-se que, como era esperado, aqueles que são mais afetados pelas questões ambientais sentem mais o descaso e as mentiras das empresas. E isso gera um abalo na confiança dos clientes com as marcas.

Dados serão cada vez mais importantes
Entender melhor o comportamento do consumidor não é exatamente uma novidade. Desde o início do varejo, o sucesso sempre chegou mais rápido para aquele comerciante que sabia o nome de seus clientes e se antecipava às suas preferências.

O que mudou muito é a forma como devemos empregar essas informações. No digital, muitas operações ainda privilegiam as métricas de performance – por exemplo, deixando de considerar informações valiosas sobre a movimentação do seu público na loja.

Na teoria, muitas empresas dizem que o foco de sua estratégia está na experiência do cliente, contudo, nem sempre é isso que acontece na prática.

A empresa monitora de perto o nível de satisfação? Promove melhorias em seu processo de vendas mirando a conveniência do cliente? Preocupa-se em realmente personalizar as experiências?

Ao acompanhar a evolução das lojas no digital, ainda percebemos muitos problemas relacionados à falta de diagnósticos mais precisos sobre as condições de cada negócio.

O objetivo de qualquer marca é escalar as vendas, ampliar a base de clientes, mas, sem entender o que impacta a decisão de compra do cliente, fica muito difícil alcançar a meta.

Geração Z: varejo deve entender e atender esse público
Pela sua forte presença no mercado de consumo, impossível falar de tendências para 2024 sem olhar para a geração Z. Hoje, ela representa aproximadamente 30% da população global total, e a expectativa é de que, até 2025, ela será 27% da força de trabalho.

Estamos falando de pessoas que lidam com o digital de forma bem diferente, e o varejo precisa compreender essas particularidades.

Mais do que qualquer outro grupo, essa geração busca informação online antes de realizar suas compras e é muito mais influenciadas por vídeos, por exemplo.

Plataformas como o TikTok são fontes de referência para as buscas, mas eles continuam valorizando as compras nas lojas físicas.

A única forma de termos marcas relevantes para esse público é continuar investindo em análises mais cuidadosas dos dados, de forma a entender não apenas o comportamento de compra, mas como esses jovens vivem, trabalham, se divertem etc.

Isso nos leva a um aspecto que deve ser observado com muita atenção pelo varejo: o cliente e os dados deles são o ativo mais importante. É por meio deles, por exemplo, que o varejo vai conseguir expandir o faturamento, procurando ter uma oferta cada vez mais abrangente, pensando justamente na conveniência do cliente.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/varejo-2024-quais-sao-as-principais-tendencias

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Jornada de compra é afetada por ideologias e experiências de terceiros

Experiências ruins, posicionamento político e fatores financeiros são os principais motivos que fazem o consumidor desistir da compra.

Fidelizar o cliente não é uma tarefa fácil. Além de ter um produto bom, a apresentação, relação com o consumidor e tudo que parte da jornada de compra são fatores decisivos para uma marca se consolidar no dia a dia de alguém. E, quando falamos de “abandonar” um produto, há uma série de motivos que levam os brasileiros a decidirem deixar de comprar mercadorias de empresas específicas.

Essa escolha muitas vezes é influenciada por uma combinação de fatores que abrangem desde questões financeiras até considerações éticas e de qualidade. Entender esses motivos é crucial para as empresas que desejam manter a fidelidade, não aumentar a insatisfação do cliente, e melhorar seus produtos e práticas de negócios, pois ajuda a identificar áreas onde a satisfação do consumidor pode ser aprimorada e a estabelecer estratégias de marketing mais eficazes. Neste contexto, a startup Orbit Data Science realizou uma análise dos motivos que levam os brasileiros a deixar de comprar determinados produtos ou marcas.

Para fazer esta análise, a Orbit avaliou qualitativamente diversas queixas em comentários de usuários nas redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter), no qual foram capturados e filtrados 3.500 tweets com os termos termos “não compro mais”, “parei de comprar”, “não compre” e “não comprem” entre janeiro e setembro de 2023.

Principais motivos para desistir da jornada de compra
Um caso atual que podemos citar como exemplo é o “cancelamento” que alguns internautas estão fazendo à Lacta por causa da imagem de Felipe Neto associada ao chocolate BIS. Consumidores contrários às falas do influenciador deixaram de comprar os doces da empresa e optaram por outras no mercado. Esse é apenas um dos motivos: ideais políticos e convicções pessoais divergentes são, para muitos, fator determinante para a rejeição de marcas.

Outro ponto é a experiência individual de um cliente durante a jornada de compra. De acordo com a Orbit, esse é o principal fator de decisão na hora do consumidor desistir, levando em conta queixas sobre canais de atendimento e problemas com entregas, que geram insatisfação nos usuários e os fazem buscar outras opções.

Já a expectativa contra a realidade do que se compra é outro motivo levado em conta. Experiências com produtos que não possuem a qualidade esperada e itens que quebraram com pouco tempo de uso são motivos para tornar o consumidor um detrator da marca e desistir da compra.

A maioria dos contemplados na pesquisa não compra de marcas com as quais já tiveram experiências negativas, somando 40% da análise. Já 28% das pessoas deixam de comprar produtos que não supriram as suas necessidades em termos de qualidade, enquanto 22% das pessoas não compram quando os seus ideais diferem dos ideais da marca e, por fim, 10% deixam de comprar por fatores financeiros.

Detalhes sobre a desistência dos consumidores
A startup compartilhou detalhadamente dentro de cada motivo o que afeta o consumidor a ponto de aumentar a rejeição de marca. Veja:

Experiência e associação de marca (40% do total)

• A qualidade e tempo de durabilidade do produto traduzem as necessidades dos consumidores. Cerca de 38% dos usuários (dentro do grupo que comenta sobre produto) reclamam de sua qualidade, 14% deixam de comprar aqueles que estragam rapidamente, 7% alegam que o produto já chegou em sua casa com defeito e 2% pararam de comprar porque acham que a qualidade caiu ao longo do tempo;
• A preocupação com a saúde também interfere na decisão de compra. Cerca de 5% dos usuários que desaprovam a qualidade pararam de comprar produtos que podem prejudicar a sua condição de saúde e pouco mais de 1% dos usuários deixaram de comprar produtos que consideram “perigosos”.

Não se sente representado pela marca (22%)

• A posição política dos consumidores reflete diretamente na decisão de compra. Um quarto dos usuários dentro da categoria deixam de comprar de marcas que estão associadas a algum partido ou ideal político;
• O apoio à diversidade ainda é um polarizador de opiniões, grupos que não se sentem representados por campanhas e notícias envolvendo as marcas dividem suas opiniões e se reúnem para organizar boicotes. Cerca de 10% representam usuários que não compram de marcas que apoiam minorias. Enquanto cerca de 7% dos usuários alegam terem deixado de consumir de marcas que tiveram situações de discriminação noticiadas;
• A procedência dos produtos e conhecimento sobre os meios de produção utilizados pelas marcas são levados em consideração. Pouco mais de 8% dos consumidores movimentam boicotes contra marcas relacionadas a condições de trabalho análogas à escravidão.

Fatores financeiros (10%)

• Taxas e impostos desagradam o usuário e fazem com que o consumidor deixe de comprar. Este ponto está relacionado principalmente às compras internacionais;
• O planejamento financeiro individual está em pauta. Cerca de 26% dos comentários sobre fatores financeiros expressam que não compram produtos que consideram caros, 21% deixaram de fazer compras recentemente pois precisam poupar dinheiro e 9% irão esperar o preço do produto baixar para efetuar a compra;
• A inflação e o aumento de preços em produtos do dia-a-dia fazem com que consumidores optem por opções mais baratas. Aproximadamente 7% dos usuários que possuem fatores financeiros como prioridade compartilham suas insatisfações com o aumento dos preços em seus produtos favoritos e alegam que a concorrência é mais barata.
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/18/desistencia-jornada-de-compra/?utm_campaign=cm_news_181023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Varejo 4.0 e omnicanalidade: ainda é hora

A metáfora de caminhada é muito válida no mundo dos negócios. Dá a ideia de evolução, progresso e crescimento que todo setor deseja ter. Mas, diferentemente do que muitos pensam, não se trata de uma estrada plana e uniforme. Há obstáculos e, em algum momento, é preciso passar por uma encruzilhada. Ou seja, fazer uma escolha para continuar caminhando.

No caso do varejo brasileiro, essa encruzilhada chegou, e conceitos como varejo 4.0 e omnicanalidade estão postos diante dos profissionais. Passada a intensa aceleração digital impulsionada pela pandemia de covid-19, os varejistas precisam decidir se abraçam essa nova realidade, ainda que as dificuldades sejam muitas, ou se resistem com o risco de sucumbirem mais à frente.

Antes de explicar os caminhos que podem ser tomados pelo setor, é preciso retornar alguns passos e entender o que significam esses dois conceitos. A expressão varejo 4.0, por exemplo, serve para designar um novo estágio do setor, cada vez mais influenciado por ferramentas tecnológicas e por tendências apresentadas pelo comércio eletrônico, e vem sendo utilizada já há algum tempo, mas ainda é desconhecida por muitos profissionais do segmento. Trata-se de uma forma diferente de fazer o negócio acontecer e, principalmente, de se relacionar com seus clientes.

A omnicanalidade, por sua vez, nada mais é do que a integração de canais físicos com canais digitais, ao redor da jornada de compra (ou experiência) do cliente. Ou seja, a possibilidade de unir o ambiente online com a loja física para criar experiências cada vez mais unificadas e íntegras para os consumidores. Inclusive, já se fala na evolução para o conceito de “unified commerce”.

Com isso em mente, fica mais claro perceber por que essa encruzilhada surgiu agora diante dos varejistas brasileiros. Após dois anos de pandemia e com todas as suas consequências econômicas, refletidas, mas não se limitando à alta dos juros, é certo dizer que a digitalização mudou a jornada de compra dos consumidores e a forma como as empresas fazem negócio. Estamos mais digitais do que nunca.

O que não faltam são tecnologias que agilizam o processo de check-out nas lojas físicas, automação do ponto de venda, soluções logísticas, monitoramento de fluxo, entre outros aparatos necessários para uma maior eficiência operacional. Afinal, é preciso aprimorar a experiência de pessoas que aprenderam a comprar online e a receber um atendimento personalizado. É quase um mantra para o lojista que já atua ou pretende atuar em qualquer segmento, a despeito de seu porte ou ramo de atividade.

Mas não está sendo fácil – em muitos casos, é um processo complexo até mesmo para as grandes redes. O paradoxo é evidente: o investimento em tecnologia expande as possibilidades de vendas ao mesmo tempo que pode comprometer a rentabilidade da operação.

Americanas, Via Varejo, Magazine Luiza e Pão de Açúcar são exemplos de varejistas que se destacaram pela digitalização de alguns anos para cá, mas sofreram com a desvalorização em suas ações na Bolsa de Valores, por motivos diversos. São números que apenas reforçam a importância do planejamento, do cuidado e da atenção em cada passo a ser dado nessa caminhada que citamos no início.

Até porque a digitalização é inevitável – e a evolução do varejo passa justamente pela implementação e adoção dessa estratégia. É neste ponto que o Varejo 4.0 e a omnicanalidade entram na encruzilhada. Ambas têm a missão de garantir uma operação capaz de integrar físico com o digital sem que um canal canibalize e prejudique o desempenho do outro, mas sim potencialize o todo.

A ideia do varejo 4.0, por exemplo, dá a bagagem e o conhecimento necessários para que a aceleração digital da loja foque naquilo que é mais importante. Ou seja, seus próprios consumidores. É necessário saber suas demandas, vontades e interesses, principalmente para atendê-los como, onde e quando quiserem. A omnicanalidade justamente oferece os meios para que isso aconteça, permitindo extrair o melhor dos dois mundos, com a praticidade do online e a experiência do off-line.

Na dúvida, saiba que no mundo dos negócios é sempre melhor caminhar para frente, independentemente das dificuldades que podem surgir. Sim, o processo de digitalização pode comprometer a rentabilidade do negócio se não tiver um bom planejamento, mas ignorar esse processo, ou pior – resistir a ele – vai decretar a dolorida morte da empresa.

Com o avanço do digital em todas as esferas da sociedade, o varejo não pode ficar à margem. Na verdade, é justamente nesse setor que as novidades costumam aparecer primeiro, uma vez que tem uma relação direta com a sociedade e representa a essência do consumo.

Portanto, na encruzilhada do varejo 4.0, feche os olhos, se prepare e siga em frente. Lá na frente você vai colher os resultados.

Fernando Moulin é partner da Sponsorb.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/29/08/2023/artigos/varejo-4-0-e-omnicanalidade-ainda-e-hora/

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Grupo DPSP investe em Hub de Transporte Digital para ampliar as opções e agilizar a entrega

Em parceria com a Frete Rápido, o hub vai permitir a gestão unificada das entregas transacionadas nos canais.

“O upgrade tecnológico em nossa estrutura logística permite a conexão integrada dos canais de venda entre as marcas Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco, as mais de mil origens dos despachos, como lojas e CDs, e os parceiros de logística, permitindo uma gestão unificada dos transportes e, consequentemente, uma melhoria significativa na experiência dos clientes”, afirma Leandro Rocha, diretor de Digital da DPSP.

Rocha destaca que Hub de Transporte Digital traz benefícios tanto para a companhia quanto para os consumidores finais, que terão uma jornada de compra mais fluida, eficiente e personalizada.

O hub vai permitir a gestão unificada das entregas transacionadas nos canais, a integração dos parceiros de despacho e dos aplicativos, e a personalização da tela de rastreamento com o logotipo e a cor da marca.
De acordo com Rocha, a implementação do Hub de Transporte Digital é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para revolucionar e otimizar processos de negócios, estimular a jornada de compra do cliente e aumentar a competitividade das empresas no mercado.

“Com a parceria, a DPSP se consolida como uma empresa comprometida com a omnicanalidade e a inovação, buscando sempre oferecer o melhor para seus clientes em todas as etapas da jornada de compra”, afirma.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/16/08/2023/logistica/grupo-dpsp-investe-em-hub-de-transporte-digital-para-ampliar-as-opcoes-e-agilizar-a-entrega/

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Unificando experiências: o consumidor brasileiro busca cada vez mais o omnicanal

O consumidor brasileiro está mais conectado do que nunca. Smartphones, tablets e computadores permitem que ele navegue, pesquise e compre produtos ou serviços a qualquer hora e em qualquer lugar. Além disso, as mídias sociais desempenham um papel importante na formação de opiniões e no compartilhamento de experiências com as marcas. No entanto, a atuação presencial ainda tem uma grande influência no poder de decisão de compra.

Nesse contexto, os clientes têm se tornado cada vez mais adeptos do consumo Omnicanal, onde utilizam diversos canais, tanto online quanto offline, para realizar suas compras e interagir com as marcas.

Na palestra “A experiência do consumidor brasileiro Omnicanal e como o varejo deve inovar para atender às novas expectativas desses clientes”, no Palco Soluções do Fórum E-commerce Brasil 2023, apresentada por Felipe Schepers, COO e Co-founder da Opinion Box, e Andre Fonseca, CEO da Bornlogic, foram apresentadas informações e dados que mostram a importância de estratégias unificadas.

“Quando você muda a experiência de um canal para o outro, você não vai entender o motivo de estar perdendo as pessoas na loja física”, justificou Fonseca.

Com a possibilidade de transitar livremente entre o ambiente físico e digital, o cliente omnicanal busca uma experiência unificada e integrada em todos os pontos de contato com a empresa.

O levantamento apontado pelos palestrantes mostrou que os compradores ainda valorizam o trabalho do vendedor, mesmo que também utilizem canais virtuais. “O consumidor não quer abandonar o digital. Ele quer ter o presencial e o digital”, defendeu Schepers.

Isso significa que o consumidor deseja que a sua jornada de compra seja fluida, independente do canal utilizado, seja na loja física, no site, no aplicativo móvel, nas redes sociais ou mesmo no atendimento por telefone.

Esse texto foi escrito por Larissa Darc em cobertura especial para o Fórum E-Commerce Brasil 2023.

‘ https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/unificando-experiencias-o-consumidor-brasileiro-busca-cada-vez-mais-o-omnicanal

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Shoppertainment: entenda a “Tiktokização” do comércio eletrônico

Marcas e entretenimento se encontram no TikTok, que tem se tornado uma ferramenta essencial para alavancar os resultados de negócio.

 A crescente tendência do “Shoppertainment”, também conhecida como “Tiktokização” do comércio, está redefinindo a forma como as marcas se conectam com os clientes, e a plataforma líder nessa revolução é, claro, o TikTok. O Shoppertainment é a convergência entre entretenimento e comércio e impulsiona uma mudança significativa na experiência de compra para os consumidores.

O TikTok não é apenas uma rede social; é uma poderosa plataforma de entretenimento, onde elementos como diversão e informação se misturam para criar um ambiente propício para a convergência de criadores e marcas. Com mais de um bilhão de usuários em todo o mundo, o TikTok oferece um espaço fértil para que marcas atraiam o público-alvo e impulsionem as vendas de forma criativa e envolvente.

Theo Lima, Head of Sales do TikTok, enfatizou a importância da influência digital no cenário atual. A convergência entre criadores e marcas tem sido cada vez mais notável, com influenciadores digitais se tornando marcas e as empresas adotando estratégias de conteúdo para criar um vínculo mais autêntico com os consumidores. Lima compartilhou insights valiosos no Fórum E-commerce Brasil 2023.

O case de sucesso da L’Oreal no TikTok

Um exemplo de como o Shoppertainment pode impulsionar resultados de negócio é o case da L’Oreal. A empresa desenvolveu uma estratégia completa de conteúdo para o TikTok, concentrando-se na hashtag #BeautyTok para explorar todo o funil de vendas.

O resultado foi um aumento de 43% no volume incremental de vendas dos quatro produtos incluídos na estratégia. A L’Oreal se tornou a detentora oficial da hashtag BeautyTok e continua a investir na criação constante de conteúdo em torno dela.

O TikTok e o comportamento do consumidor

O TikTok se estabeleceu como uma fonte confiável de informações e dicas para os usuários, com 84% deles recorrendo à plataforma em busca de conteúdo. O principal motivo por trás disso é a facilidade na linguagem e a quantidade de respostas encontradas. A hashtag TikTokMadeMeBuyIt(TikTokMeFezComprarIsso) acumula 45 bilhões de visualizações e ilustra o impacto da plataforma na formação da opinião dos consumidores, especialmente entre a Geração Z.

Lima acredita que as pessoas escolhem cada vez mais passar o seu tempo no TikTok porque se sentem bem. “Em um mundo no qual a atenção está cada vez mais fragmentada e há uma disputa constante por essa atenção, ter uma plataforma que entretém e, ao mesmo tempo, engaja com a qualidade do TikTok é fundamental para qualquer estratégia de marca. As pessoas gastam dinheiro quando e onde elas se sentem bem”, destaca.

O TikTok Shop e o comércio social

O TikTok se destaca como uma plataforma de comércio social, movendo os clientes ao longo de uma jornada de compra personalizada. O loop infinito da plataforma é alimentado pela comunidade de usuários, que se envolvem com o conteúdo e, consequentemente, com o Shoppertainment de forma contínua.

A ascensão do TikTok Shop solidifica essa convergência entre entretenimento e comércio. O TikTok oferece ferramentas para compras ao vivo, vídeos de compra e vitrines de produtos. Diversas marcas começaram a integrar seus serviços com o TikTok, aproveitando o potencial dessa plataforma.

Lima explica que, para sustentar essas conversas, as marcas precisam ter uma estratégia bem definida e estar constantemente engajadas. “Trabalhar os critérios: conteúdos de marca, conteúdo dos criadores nativos da plataforma e mídia impulsionada fará com que você tenha essa estratégia robusta para sustentar qualquer campanha dentro do TikTok”, ressalta.

As 5 dicas para o sucesso no TikTok

Lima ofereceu 5 dicas fundamentais para marcas que desejam prosperar na plataforma:

  1. Seja autêntico e exponha sua marca: Os usuários do TikTok estão acostumados com marcas, portanto, não tenha medo de mostrar sua identidade, desde que a linguagem do conteúdo se comunique com o público da plataforma.
  2. Adapte-se ao TikTok: a plataforma funciona melhor quando a estratégia de conteúdo é pensada diretamente para ela, evitando simplesmente replicar conteúdos de outras redes sociais.
  3. Teste e aprenda: o algoritmo do TikTok mostra conteúdos baseados nos gostos dos usuários, por isso é essencial testar e adaptar a linguagem para melhorar o engajamento.
  4. Ads também precisam ser conteúdo: a publicidade tradicional não funciona no TikTok; é preciso entender o comportamento do público na plataforma e criar anúncios que se encaixem organicamente com os conteúdos que os usuários consomem.
  5. Inspire-se nos criadores: os criadores do TikTok são uma fonte valiosa de inspiração. Mapear e consumir o conteúdo de sucesso dos principais criadores do nicho pode auxiliar as marcas a criar um conteúdo mais envolvente e relevante.

Shoppertainment como tendência duradoura

O futuro do comércio eletrônico está intrinsecamente ligado ao entretenimento. O Shoppertainment veio para redefinir a maneira como as marcas se conectam com os clientes, proporcionando uma experiência diferente de compra.

A “Tiktokização”do comércio eletrônico continuará a moldar a indústria nos próximos anos e as marcas que compreenderem a importância de se adaptar à linguagem e valores da plataforma estarão bem posicionadas para obter vantagens competitivas.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/01/shoppertainment-tiktokizacao-do-comercio-eletronico/

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