Vida60Mais, marketplace para idosos, capta R$ 750 mil para decolar

Lançado no fim do ano passado com o intuito de ser mais que um marketplace de produtos e serviços para idosos, mas uma comunidade de representatividade, o Vida60Mais se prepara para alçar voos maiores. A startup anuncia a sua primeira captação, via investimento-anjo, de R$ 750 mil.

Segundo a CEO e cofundadora, Arine Rodrigues, o aporte feito pelo investidor Inácio Ferreira, diretor do Grupo Adapta, será o combustível para garantir uma melhor experiência no site, além de ampliar o alcance de usuários. “O dinheiro será aplicado 100% em tecnologia. Queremos prover uma jornada de compra mais simples e intuitiva, hospedar cursos de parceiros, e também criar um aplicativo”, contou Arine em conversa com o Startups.

O Vida60Mais conta hoje com quase 300 produtos/serviços variados como roupas, aulas de idiomas, dança, cuidadores, fisioterapeutas, dentre outros. A expectativa, com a injeção de capital, é de atingir 5 mil produtos vendidos por mês, dentro de 20 categorias que atendem as necessidades/desejos do público 60+.

A empresa aposta também na recente chegada de Carla Núbia Borges e Mirella Rebello, duas médicas geriatras, com o objetivo de desenvolver novas parcerias ligadas à saúde. “Queremos fortalecer nosso propósito de gerar renda e contribuir com a autonomia, saúde mental e física, além de representatividade do público idoso ao ter um espaço funcional dedicado a eles”, complementa, Arine.

Longevidade representada

Foi motivada por sua experiência própria familiar, que Arine decidiu criar um negócio pensado na população idosa. Filha de pais mais maduros, a empresária conviveu por anos com a falta de representatividade desse público no ambiente online.

Fazendo pesquisas online com pessoas longevas, ela constatou que 70% dos entrevistados sofriam com o mesmo que seus pais: não se sentiam representados nas plataformas atuais de compras. Se juntou então à sócia Gabriela Manhoso e cada uma investiu R$ 25 mil do próprio bolso para dar vida à empresa em outubro de 2020.

Foram quase 2 anos estabelecendo uma conexão com o público, criando uma comunidade, prestando informações, etc, para daí, no ano passado criar um marketplace completo e começar a venda de produtos e serviços.

Em 2023, o objetivo é aumentar o número de opções de produtos e serviços, facilitando as escolhas de compras dos idosos e de seus familiares, priorizando parcerias. Para o Vida60Mais, a cereja do bolo é se tornar a principal comunidade voltada para os 60+ no Brasil.

Fonte : https://startups.com.br/noticias/vida60mais-marketplace-para-idosos-capta-r-750-mil-para-decolar/

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Fusões e aquisições no varejo seguem, mas valores serão menores, diz KPMG

Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições.

Depois de crescer fortemente em 2021, o número de fusões e aquisições nos setores de consumo e varejo no Brasil não deve perder ritmo neste ano, mesmo com o cenário macroeconômico ainda mais pressionado por indicadores internos e pelos desdobramentos da guerra ente Rússia e Ucrânia, acredita o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e América do Sul, Fernando Gambôa. Os valores movimentados, porém, devem mudar.
Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições (107 transações) em comparação com o ano anterior.

Os dados são resultado de uma pesquisa feita trimestralmente pela KPMG, que abrange todas as transações anunciadas no Brasil, classificadas em segmentos da economia.
Foram 53 transações do varejo, sendo 10 delas de supermercados e o restante de outros segmentos.

Já no setor de consumo constam os números dos segmentos de vestuário e calçados (3), alimentos, bebidas e fumo (43), eletroeletrônicos (7) e higiene (1), o que equivale a 54 transações.

De acordo com Gambôa, esse avanço expressivo nas transações se deve ao fato de que muitas companhias estavam, sim, capitalizadas e foram buscar capilaridades no mercado. “Dinheiro ainda tem. O que ouvimos de investidores é que tem muito mais dinheiro do que oportunidade no mercado esse momento. Muito fundo está buscando boas alternativas, buscando ativos para engordar. E algumas empresas estão buscando complementariedades (aumentar portfólio ou melhorar rentabilidade)”, diz.
Para ele, o número de transações deve continuar no patamar visto no ano passado, mas deve haver “uma ‘quedinha’ no valor de transação pelo contexto do mundo hoje”. “Todo mundo que está em movimento de M&A [sigla em inglês para fusões e aquisições] fica monitorando o mercado para ver se chegou no piso”, afirma, acreditando que as transações, nesse momento, podem ficar mais no compasso de espera.

Ele pondera, porém, que o cenário de guerra e incertezas já trouxe mais dinheiro para o Brasil. Embora o movimento de aumento de juros no país atraia mais recursos para investimentos em renda fixa, Gambôa diz que os bloqueios sobre um “player” importante como a Rússia podem tornar os ativos no Brasil mais atrativos.

Entre as principais apostas de o que deve movimentar fusões e aquisições, o sócio da KPMG segue apostando nas movimentações dos grandes marketplaces, como Magazine Luiza, Americanas e Via, e dos grandes conglomerados de moda, que iniciaram um movimento de criação de ecossistemas no ano passado. “Mas ainda tem muitos capitalizados que não se movimentaram muito e precisam ir às compras para tirar esse atraso [em relação aos competidores]”.
Gambôa acredita que boa parte das transações será para buscar ferramentas de análise do comportamento do consumidor. “Todo o setor de varejo, enfim, começa a olhar muito mais para receita e principalmente para o cliente. As principais empresas lidam muito pouco com indicadores vinculados a clientes, como fazem Netflix e Facebook.” A capacidade de captação e análise de dados dos clientes ainda é muito limitada dentro das próprias companhias e muito mais desenvolvidas em startups, que devem ser os principais alvos das empresas dispostas irem às compras.

Outra trilha importante de fusões e aquisições, diz ele, é o metaverso, “pois vai extrapolando para coisas que vão além do metaverso e vão pro mundo real”. A complexidade, porém, ainda é maior, pois não está claro como contabilizar ativos do tipo nos balanços. “Se compro um terreno no metaverso, em criptomoeda, onde eu contabilizo? No metaverso ou no balanço real? E como paga imposto sobre isso?”, destaca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/02/fusoes-e-aquisicoes-no-varejo-seguem-mas-valores-serao-menores-diz-kpmg.ghtml

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